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junho 23, 2005

Cretácico Inferior

Já não bastava o fiasco do boicote aos exames. Agora o outro bastião do nosso sindicalismo Cretácico, os Transportes, também já não é o que era. Outra greve, outro fiasco. As greves dos transportes são greves de conteúdo altamente classista. Quanto mais desfavorecido economicamente for o utente, ou quanto mais baixo for o seu estatuto laboral, mais prejudicado é. Na greve dos transportes o utente não passa de um indefeso refém. Duas greves em que se pretendeu tomar o utente como refém, duas greves que falharam. Sector público e transportes eram os últimos redutos do nosso sindicalismo obsoleto. Também aqui a credibilidade sindical está em refluxo. Os trabalhadores não querem servir de tropa de choque de um sindicalismo falido.

Publicado por Joana às junho 23, 2005 07:46 PM

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Comentários

Cretácico? Já não são do Jurássico?

Publicado por: Valente às junho 23, 2005 08:39 PM

Já na altura do governo de Durão Barroso esperava uma acção sindical mais forte e paralizante. Agora com um governo de esquerda as motivações ideológicas para fazer greve diminuem.

E vamos lá ver outra coisa, nos últimos anos tanto se tem falado de défice que os portugueses já se vão apercebendo que há aqui um problema grave.

Penso que a escolha da Joana de Cretácico em vez de jurássico foi feita para criar ressonâncias meio inconscientes com a palavra "cretino".

Publicado por: Mario às junho 23, 2005 09:10 PM

Não eram inconscientes

Publicado por: Joana às junho 23, 2005 10:34 PM

Negar sistematicamente o direito à greve é ignorar o que foi a luta sindical contra o primeiro liberalismo (o do século XIX) e a sua importância. Foram os sindicatos que salvaram o capitalismo, obrigando-o a investir, a inovar e a racionalizar a produção para suportar os custos crescentes do factor trabalho impostos por um sindicalismo militante. Foram os sindicatos que conseguiram uma melhoria sustentada dos níveis de vida dos trabalhadores. Só é de lamentar que o sindicalismo, tendo ficado prisioneiro das economias nacionais, já não consiga fazer frente a um capitalismo internacionalizado, capaz de pressionar os trabalhadores com a ameaça da deslocalização. Há greves idiotas, como a dos professores, mas é pouco lúcido criticar de forma generalizada toda a luta sindical. Ainda havemos de lamentar a perda de eficácia dessa luta.

Publicado por: Albatroz às junho 23, 2005 10:36 PM

Publicado por: Albatroz às junho 23, 2005 10:36 PM

Vejo que é adepto das teorias da conspiração pela positiva.

Publicado por: Mario às junho 23, 2005 10:42 PM

Eles estão a perder "eficácia" porque fazem "greves idiotas". Nos outros sectores têm perdido audiência porque tentam levar os trabalhadores para situações sem saída.
Por isso os trabalhadores estão a preferir negociar directamente com o patronato, passando ao lado dos sindicatos.
Limito-me a constatar os factos

Publicado por: Joana às junho 23, 2005 10:43 PM

Não acho que seja de "lamentar" este "sindicalismo".

Publicado por: Joana às junho 23, 2005 10:45 PM

Esta discurso curto e duro de Joana e do adeptos do FCLiberal vai fazer 30 anos no próximo Novembro 25th e não há maneira de nação ganhar rumo ! Só pode ser culpa do desgraçado do preâmbulo da Constituição !

ps: umas gafes do tipo "justiça da Replúbica versus justiça dos Açores" também não têm ajudado muito o FCLiberal !

Publicado por: zippiz às junho 23, 2005 11:17 PM

As notícias da morte do sindicalismo em Portugal são, provavelmente, um pouco exageradas.
Os trabalhadores de muitos sectores poderão não aderir em massa às iniciativa sindicais, mas é vê-los a correr e a bater à porta dos sindicatos, quando uma multinacional muda de poiso ou quando uma falência fraudulenta os deixa sem emprego e com salários em atraso

Quanto à greve dos professores, o futuro dirá se foi um fiasco ou não.

Publicado por: Wishful thinking às junho 23, 2005 11:20 PM

É interessante como as greves são maioritáriamente em serviços do estado ou associados...Nas empresas chega-se sempre a acordo rápidamente porque estão todos interessados em que o conflito dure o menos possível por interesse próprio...

Publicado por: lucklucky às junho 23, 2005 11:25 PM

Mas vi ontem nos Restauradores a "nova" vaga Sindical - Os Polícias e GNR´s -
Só com duas Palavras de ordem: Mentirosooooooo...Gatunoooooo

Hoje apresentaram uma medida com 100% de adesão Popular, vão fazer "greve" às multas !

Fora com as multas !

Até eu que detesto as fardas os apoio !!!

Publicado por: Templário às junho 23, 2005 11:29 PM

É natural que os trabalhadores procurem apoio jurídioc de borla.

Publicado por: David às junho 23, 2005 11:35 PM

É claro que na Opel e na AuroEuropa não precisaram.
Eles precisam de apoio jurídico depois de terem dado ouvidos aos sindicatos e terem feito com que a empresa dê à sola.

Publicado por: David às junho 23, 2005 11:37 PM

Mario às junho 23, 2005 09:10 PM

Com Durão e com Santana, a Classe média, não se movimentou muito, porque ao verem toda a economia a entrar em Recessão, acabaram pensando, que eram Uns Privilegiados e como tal, aguentaram caladinhos, pois o que viam eram todos os dias desemprego e Empresas a Fecharem.

Esta situação agora criada...pia muito mais fino porque:
a) foram-lhes aos bolsos com os impostos

b) Foram-lhes aos direitos adquiridos e obrigam-nos a trabalhar mais uns 10 anos.

c) Sendo a inveja a principal característica deste Povo, não aguentam ver os vizinhos com 55 já reformados e a curtirem e eles terem que gramarem até andarem de gatas. Isso é que os motiva.

d) Juntando todas estas motivações muito fortes, não me ademiraria que este governo maioritário caísse pelo poder da Rua.

e) Em Outubro terá a maior derrota de todos os tempos nas Autárquicas a favor do Bloco e do PCP com o aproveitamento do PSD.

f) Face a esses desastrosos resultados, não faltará quem ponha em causa a representatividade do Governo.

g) Cavaco poderá ser eleito devido a esse descontentamento, e pressionado pela rua e pelos resultados económicos desastrosos, poderá muito bem dissolver a Assembleia.

H) E Assim...entraremos na ingovernabilidade Total, até que a Espanha se Candidate em Bruxelas a Governar esta Região Europeia.

Publicado por: Templário às junho 23, 2005 11:45 PM

zippiz em junho 23, 2005 11:17 PM:
Preâmbulo? Você nunca deve ter lido a Constituição. Se fosse só o preâmbulo! Até porque o preâmbulo não é matéria de facto.

Publicado por: Hector às junho 23, 2005 11:51 PM

lucklucky às junho 23, 2005 11:25 PM

"É interessante como as greves são maioritáriamente em serviços do estado ou associados...Nas empresas chega-se sempre a acordo rápidamente porque estão todos interessados em que o conflito dure o menos possível por interesse próprio..."

Nas empresas chega-se rapidamente a acordo - normalmente com perdas para os trabalhadores - porque paira a ameaça da deslocalização. O Estado ainda não pode ameaçar deslocalizar-se (o que é por vezes uma pena...), pelo que os trabalhadores da função pública podem fazer greve mais descansados. Só que seria bom não perder de vista que a perda de capacidade reivindicativa dos sindicatos vai acabar por nos prejudicar a todos. Parece engraçado ver o espernear dos trabalhadores nos sectores que não são os nossos, mas é muito menos engraçado quando nos chega a vez. Os entusiastas do liberalismo selvagem ainda vão torcer a orelha, e de que maneira. Um bocadinho de inteligência e de visão às vezes não fazem mal nenhum...

Publicado por: Albatroz às junho 23, 2005 11:56 PM

Este Governo mais parece um Governo PSD*CDS, nem eles foram tão longe.

A desilusão chegou, a recessão vai voltar e desta vez bem pior, este governo só sabe aplicar medidas contra quem trabalha e produz.

A incompetência virá ao de cima, com a Ministra da Cultura à Cabeça, escudando-se na cidadã ignorante que é.
Foi lastimoso o argumento, invocando o direito à Ignorância como os restantes cidadãos.

Os alunos do 9º e do 12º ano, é que lhe deveriam responder:
- Sra. Ministra, se numa resposta no exame, falarmos da República Democrática dos Açores, teremos direito a passar ?

Publicado por: Templário às junho 24, 2005 12:00 AM

Templário às junho 24, 2005 12:00 AM
Resposta da Ministra:
Não, porque as Repúblicas dos Açores e da Madeira não são Democráticas. Há lá défice democrático.

Publicado por: soromenho às junho 24, 2005 12:03 AM

Albatroz às junho 23, 2005 11:56 PM:
Eu já vi reportagens de greves na função pública feitas por pessoal a recibo verde! Isso numa empresa privada era impensável.
O Estado não tem qualquer autoridade sobre o pessoal.

Publicado por: soromenho às junho 24, 2005 12:05 AM

Se não tem autoridade sobre o pessoal, como o pode pôr a funcionar em condições? (ou tentar pôr?)

Publicado por: soromenho às junho 24, 2005 12:06 AM

Publicado por: Hector às junho 23, 2005 11:51 PM

Caro Hector,
obrigado pela lição de direito constitucional, matéria de facto, leituras da constituição e afins.
O seu comentário só dá razão aqueles que criticam os Incompetentes que nos têm governado (MAL)com o argumento de que temos uma constituição socialista e que não lhes dá campo de manobra para governar!
São os mais radicais de direita que se "defendem" com a existência do preâmbulo da Constituição da República ... como se isso impedisse o "socialista" Socrátes de aplicar as medidas que cavaco/guterres/durão/santana não conseguiram fazer vingar.

Publicado por: zippiz às junho 24, 2005 12:26 AM

Mas que medidas esquisitas está o Sócrates a aplicar? Está a igualizar sistemas que estavma diferentes. Isso nunca poderia ser proibido por uma Constituição igualitária.
Quando ele ou outro começar a cortar na despesa a séria é que se vai ver.

Publicado por: Hector às junho 24, 2005 12:32 AM

soromenho às junho 24, 2005 12:06 AM:
É esse o problema maior do governo e do Estado.

Publicado por: Hector às junho 24, 2005 12:33 AM

Joana, Vc devia ler um pouco mais de JPPereira !

LEMBRANÇA A TEMPO POR CAUSA DO TEMPO

Uma pequena lembrança aos liberais: faz parte da força de uma sociedade livre e activa, como a que os liberais desejam construir, ter... greves. O conflito social não é um fim em si, mas um instrumento legítimo de defesa de interesses, por mais corporativos e egoístas que eles sejam, sem o qual as sociedades deixam de ser democráticas.

Segunda nota: não há greves eficazes sem dor, sem prejuízo, sem vítimas. Faz parte mesmo da possibilidade de eficácia de uma greve, que é o que uma greve pretende. A ideia que as greves só podem existir quando são apenas simbólicas, coloca efectivamente em causa o direito à greve. É natural por isso que os sindicatos as tentem realizar quando atingem ou mais pessoas, ou interesses de grupos, que possam levar governos ou empresas a recuar. O prejuízo social de uma greve – aos “utentes” dos transportes, aos alunos que vão fazer exames, etc – pode e deve ser discutido e utilizado no debate público contra os grevistas, mas não pode ser argumento contra a erosão do direito à greve. A distinção é importante. (*)

... continuar a ler no blog Abrupto.

Publicado por: zippiz às junho 24, 2005 12:57 AM

A gaffe da Ministra (que no exacto momento em que a proferiu, ainda pôde perceber-se numa fracção de segundo que a quis emendar) tem sido objecto de um chinfrim histérico. Houve mesmo uma «m'lhé» que evocou a iliteracia da "carrasca". É pá, assim como assim, que se lixe a República !

Publicado por: asdrubal às junho 24, 2005 01:20 AM

Joana, mais Abrupto de JPP fazia-lhe bem ...
(e quando responder não chame nomes a JPP, limite-se a contestar)

A sociedade protege o interesse geral estipulando os “serviços mínimos” que são vitais para o seu funcionamento regular. Mas “mínimos” significa sempre “mínimos”, e o terreno desse mínimo é o que atribuo às funções mínimas do estado: segurança dos cidadãos, defesa nacional, funcionamento regular dos corpos de emergência nos hospitais, bombeiros, etc. Fora disso, os “mínimos” já são máximos. Não tem sentido ser liberal quanto ao Estado e depois entender os “serviços mínimos”, que este tem que garantir numa greve, com uma latitude de obrigações típica de um Estado socialista, ou seja, tudo.

in Abrupto

Publicado por: zippiz às junho 24, 2005 01:25 AM

Começo logo mal o dia.
O Grande Guru MST avisa-me que somos inviáveis, que todos comemos á custa do orçamento, que nem a Espanha nos iria querer como território adjacente.
Segue-se, por ordem de apresentação na Internet, O Filósofo, que me diz sobre o magno problema de a “sua” livraria onde faz palestras ter que mudar:

“Deveria haver medidas que impedissem estes atentados à ordem das coisas: é a defesa de um património. Observe-se que a Ler Devagar está perto de um bar em que se vendem livros de filosofia pouco acessíveis (portugueses e estrangeiros) e também de teatro: o Eterno Retorno.
…….
A Ler Devagar pagava uma renda quase simbólica de mil euros e neste momento calcula-se que poderá gastar só na mudança dos seus fundos bibliográficos cerca de 50 mil euros. Sem um apoio significativo das autoridades, o projecto vai à vida. Espera-se que o Ministério da Cultura e a Câmara Municipal de Lisboa estejam atentos a este problema. Doutro modo, a cultura portuguesa perde um espaço precioso”

Como se lê até o Deluze português sustenta(se) que a teta do estado é saborosa.
Por isso, vou navegar para sites onde haja “canalizadoras” ucranianas e cujos sindicatos não sejam da linha dura.

Publicado por: carlos alberto às junho 24, 2005 07:28 AM

Joana:

Tem razão quando diz: «..Também aqui a credibilidade sindical está em refluxo...» de facto o movimento sindical está passar uma crise muito profunda. O liberalismo defende sindicatos livres e com capacidade negocial, pois reconhece que os trabalhadores desorganizados são um factor negativo para as forças de mercado.
Reflectir sobre isto é importante e não a repetição até à exaustão dos lugares comuns que evidencia nos seus posts.

Publicado por: António às junho 24, 2005 10:03 AM

zippiz e JPP: se tivessem passado (vocês ou os vossos filhos) pelas agruras de 3 anos de trabalho para conseguirem o ingresso "naquele" curso, "naquela" universidade, porque essa é a escolha que desejamos para o nosso futuro, e depois aparecem uns dinossauros, que já deveriam ter apanhado com o asteróide, a boicotar os exames ...
É muito mais "vital" que, num dia, chegar tarde ao emprego.

Publicado por: Joana às junho 24, 2005 10:03 AM

Albatroz,

"Nas empresas chega-se rapidamente a acordo - normalmente com perdas para os trabalhadores - porque paira a ameaça da deslocalização."

Parte do principio que todas as empresas são multinacionais, que num estalar de dedos podem deslocalizar-se. Obviamente que é falso. Além do mais, o que temos visto é exactamente o contrário, quando uma empresa ameaça deslocalizar-se, mais barulho fazem os trabalhadores e sindicalsitas.

Publicado por: Mário às junho 24, 2005 10:10 AM

O liberalismo foi ingénuo em relação aos sindicatos. Inicialmente achou que era uma coisa positiva e depois, quando começou a ser obvio que os sindicatos eram forças violentas e contra a liberdade, não conseguiu fazer um oposição eficaz devido ao beneplácito conferido inicialmente.

Publicado por: Mário às junho 24, 2005 10:14 AM

Porque será que a joana não redige um texto sobre o bom trabalho do Sócrates!? Eu diria que Portugal vive sob um regime medieval (centenas de subsistemas de saúde, ordenados desproporcionais, previlégios etc e uma mentalidade de "direitos adquiridos" de certas corporações...tudo isto faz-me lembrar a idade média! Um polícia aos 64 não é expectável que ande a perseguir criminosos mas penso que haverá outras funções para um indivíduo com essa idade...

Publicado por: amsf às junho 24, 2005 10:26 AM

Mário às junho 24, 2005 10:10 AM

As greves que têm algum significado envolvem grandes empresas, muitas vezes multinacionais, que podem de facto deslocalizar as suas actividades. Veja o caso da Bombardier. Não são as greves em PME's que nos preocupam ou que vão fazer alguma diferença na nossa economia.

Publicado por: Albatroz às junho 24, 2005 10:56 AM

A falta de simpatia de tanta gente pela luta dos trabalhadores é uma manifestação de masoquismo que tenho dificuldade em perceber. Acho bem que se critiquem greves sem sentido, mas apenas essas. O nosso futuro será melhor se as organizações sindicais recuperarem a sua capacidade negocial com as entidades patronais.

Publicado por: Albatroz às junho 24, 2005 10:59 AM

E aeesa capacidade negocial depende da credibilidade da ameaça de perdas de lucros para as empresas se as entidades patronais não aceitarem negociar honestamente com as representações dos trabalhadores. Ou seja, do uso ou ameaça do uso da greve como instrumento de negociação. Quem achar que é possível um bom acordo com as entidades patronais na ausência dessa ameaça, deve viver noutro planeta...

Publicado por: Albatroz às junho 24, 2005 11:03 AM

Albatroz em junho 24, 2005 10:59 AM:
Mas não é o que se tem estado a fazer? A criticar estas greves sem sentido?

Publicado por: David às junho 24, 2005 11:10 AM

Fazer uma greve numa empresa que está de malas aviadas, é completamente inútil. Deviam, anteriormente, ter tentado acordos para tornar viável a continuidade da empresa cá. Mas nessas alturas protestam em nome dos seus "direitos adquiridos" e contra a exploração patronal, julgando que tê o futuro na mão.

Publicado por: David às junho 24, 2005 11:13 AM

David às junho 24, 2005 11:13 AM

È incrível como a Ideologia Liberal lhe tolhe o raciocínio !

Afinal as multinacionais que se querem mudar, têm propostas para alterarem as situações laborais?

Essa é nova... estará talvez a falar de algumas alemãs, que sabendo que poderiam criar uma Guerra Civil na Alemanha, vieram com paninhos quentes e obtiveram mais uns Lucros Acrescidos que Mostrarão em Bolsa.

Os Bancos não podendo deslocalizar os seus Balcões (que pena... ) IMPUSERAM HORÁRIOS DE 12 HORAS EM VEZ DAS 7 HORAS.

Como o fizeram ?
Não precisaram de alterações constitucionais nem Laborais.

Foram reduzindo o pessoal, e o trabalho era sempre o mesmo ou até maior. Os Funcionários não conseguindo acabar o dito, só tinham era que fazer mais horas (sem serem pagas).

Depois como se sabe, é uma questão de hábito... agora já habituadinhos... não custa nada e os lucros não páram de subir.

Chamam a isto uns Experts, rendibilidade, competitividade, eu chamo a isso escravatura barata.

É a teoria do Burro do Cigano mas mais evoluída, porque quando o burro deixou de comer e morreu, o Cigano se queria outro, tinha que o Comprar. Neste caso, quando um funcionário pifa da carola, manda-se vir outro e segue a dança !


Publicado por: Templário às junho 24, 2005 11:27 AM

Curiosamente outros Experts, entendem que a Banca deveria pagar mais Impostos.

O que eles não sabem:

- Que os lucros da banca são elevados devido apenas aos roubos autorizados pelo Banco da Republica Portuguesa das Bananas.

- Caso apenas pagassem as horas aos seus funcionários e deixassem de roubar os clientes, eles teriam eram Grandes prejuízos !

- A Banca Portuguesa tem uma eficiência zero ! Porque a actividade de venda de Capital que é a sua ( e não tachos, panelas, relógios, faqueiros, ouro marado, etc..) essa actividade dizia eu de Venda de Capital é nula e nem sequer a fomentam. Não querem correr riscos, desejam apenas o crédito à habitação que tem sido sem risco até ao momento. Mas no dia (e já acontece) que o Imóvel for à praça por metade da sua Avaliação de Experts Bancários da tanga, aí veremos para que lado se voltarão eles.

E quando os clientes abrirem a Pestana, e colocarem a Banca no tribunal por burla, uma vez que seus Experts no ano passado avaliaram o imóvel por 200.000 euros e agora só vale 100.000 que dirão eles no tribunal ? que o mercado é que manda, claro !

Publicado por: Templário às junho 24, 2005 11:42 AM

Templário:

A sua afirmação: «Caso apenas pagassem as horas aos seus funcionários» é muito pertinente. Nesta altura que se fala dos sindicatos, aqui temos o exemplo da perda de capacidade total dos sindicatos dos bancários que permitiram que os sálarios de muitos dos seus associados fossem reduzidos a metade (através do aumento ilegal para o dobro do horário de trabalho)

Publicado por: António às junho 24, 2005 12:13 PM

António e Templário: Vocês sabem o que dizem? Alguma vez trabalharam num banco? Alguma vez passaram para o lado de lá do balcão (não me refiro a assaltos)?

Publicado por: AJ Nunes às junho 24, 2005 12:25 PM

António e Templário: Vocês sabem o que dizem? Alguma vez trabalharam num banco? Alguma vez passaram para o lado de lá do balcão (não me refiro a assaltos)?

Publicado por: AJ Nunes às junho 24, 2005 12:26 PM

Eu tenho simpatia pelas lutas dos trabalhadores. Por isso me repugna as acções sindicais, que só prejudicam os trabalhadores.

Publicado por: Mário às junho 24, 2005 01:06 PM

Isso é verdade, Mário. Mas os defensores dos sindicatos, custe o que custe, não percebem isso.
Por isso o movimento sindical português está pelas ruas da amargura

Publicado por: Rui Sá às junho 24, 2005 01:12 PM

Os bancos roubam os clientes? Então como? Já me esquecia, é verdade, coitados dos clientes, são obrigados a pagar os serviços que os bancos prestam. Ainda por cima, esses vampiros capitalistas têm o desplante de obrigar os seus clientes a pagar o dinheiro que pediram emprestado, acrescido de taxas de juro usurárias de ... 2 a 3%. É de facto uma situação intolerável. Temos é que voltar à bela banca nacionalizada, que emprestava dinheiro a juros suaves de 30%.

Publicado por: Pedro Oliveira às junho 24, 2005 01:13 PM

Os sindicatos, na verdade, têm saudades dos tempos do salazarismo. De quando a sua mediação era necessária.

Publicado por: Pedro Oliveira às junho 24, 2005 01:15 PM

Obviamente que é muito mais romântico ser revolucionário em tempo de ditadura (especialmente se for uma suave como o salazarismo) do que em democracia.

Os sindicalistas vivem num tempo que não existe, cheio de gigantes adamastores (horríveis capitalistas).

Publicado por: Mário às junho 24, 2005 01:33 PM

AJ Nunes:

Curiosa a sua questão: «Vocês sabem o que dizem? Alguma vez trabalharam num banco? Alguma vez passaram para o lado de lá do balcão (não me refiro a assaltos)?». Pelos vistos trabalha num banco não ponho a hipótese de ser um assaltante, se o fosse certamente que não perderia o seu precioso tempo com a banalidade do seu comentário.
É ou não verdade que os bancários trabalham para além do horário estabelecido no Acordo Colectivo de Trabalho?
É ou não verdade que muitos bancários estão contra a prática sistemática de trabalho suplementar não pago?
É ou não verdade que a classe não se revê nos sindicatos e se continuam inscritos isso deve-se ao facto dos serviços médicos serem organizados pelos sindicatos?
É ou não verdade que os bancos na sua reestruturação têm vindo a libertar trabalhadores ainda aptos para o serviço porque daí resulta uma forma de apresentarem nas suas demonstrações financeiras rácios de produtividade mais elevada quando na verdade o que acontece é apenas maquilhagem contabilística?

Obviamente as respostas não são fáceis nem para si nem para a sua padroeira que, normalmente, se prende com questões de uma banalidade confrangedora.

Publicado por: António às junho 24, 2005 01:35 PM

Surpreendente como ainda se olha para as empresas apenas como tendo como objecto os seus trabalhadores. Uma empresa que não é rentável - aquilo que o António chama de 'maquilhagem contabilistica', que, já agora, era feita a sério quando os bancos eram nacionalizados - não terá trabalhadores durante muito tempo, porque terá que fechar. Enfim...

Publicado por: Pedro Oliveira às junho 24, 2005 02:20 PM

Pedro Oliveira:

Quando comenta assim «...as empresas apenas como tendo como objecto os seus trabalhadores...», esquece um aspecto muito importante e tem a ver com a concorrência leal. Se um banco obriga os seus trabalhadores a prolongarem a jornada de trabalho para além do regulamentado está a concorrer deslealmente com o banco que não recorre a esse estrategema. Quando a banca não espelha de forma totalmente transparente o seu património toda a economia pode sofrer com isso.
A verdade das demonstrações financeiras (especialmente a banca)é um especto crucial na economia de mercado livre e concorrêncial

Publicado por: António às junho 24, 2005 02:38 PM

Para além de dar ouvidos a boatos, que provas tem que os bancos "obrigam" os funcionários a trabalhar fora das horas normais e não lhes pagam horas extra?

Publicado por: Hector às junho 24, 2005 02:47 PM

Note que no sector privado (no público não sei) os quadros técnicos não recebem horas extra. Nunca recebi horas extra se, por necessidade, tiver que trabalhar fora do horário normal, sábados e domingos incluídos.
Todavia secretárias, processadoras de texto, desenhadores, etc., recebem.

Publicado por: Hector às junho 24, 2005 02:49 PM

Que eu saiba, os bancos não obrigam ninguém a trabalhar para além do horário normal. No entanto é natural que os trabalhadores mais produtivos sejam discriminados relativamente aos menos produtivos. É assim que funcionam as coisas no sector privado.

Quanto a quadro técnicos não receberem horas extra, é verdade, pelo menos nas empresas em que trabalhei (sempre no sector privado). Existem no entanto outras compensações...

Publicado por: Pedro Oliveira às junho 24, 2005 02:59 PM

Hector:

Para confirmar que «Para além de dar ouvidos a boatos, que provas tem que os bancos "obrigam" os funcionários a trabalhar fora das horas normais e não lhes pagam horas extra?» é muito simples basta ligar para um banco da praça às 17, 18 e 19 horas. E além disso ler os jornais, consultar os sindicatos, nomeadamento o insuspeito sindicato dos quadros e técnicos bancários.

Publicado por: António às junho 24, 2005 03:04 PM

Faz uns tempos, alguns bancos foram multados, provavelmente devido a denúncias dos trabalhadores ou dos sindicatos. Se essa prática é assim tão corrente, porque é que os trabalhadores e os 'insuspeitos' sindicatos não a denunciam?

Publicado por: Pedro Oliveira às junho 24, 2005 03:22 PM

"insuspeito sindicato dos quadros e técnicos bancários"?? Desde quando um dos lados é insuspeito? Desde quando se é juíz em causa própria?

Publicado por: Hector às junho 24, 2005 03:29 PM

Pedro Oliveira:

A questão que coloca: «Faz uns tempos, alguns bancos foram multados, provavelmente devido a denúncias dos trabalhadores ou dos sindicatos. Se essa prática é assim tão corrente, porque é que os trabalhadores e os 'insuspeitos' sindicatos não a denunciam?» é importante. Mas, sabe qual o montante da multa pago pelos bancos infractores?

Aqui o crime compensa.

Publicado por: António às junho 24, 2005 03:31 PM

Hector às junho 24, 2005 02:47 PM
AJ Nunes às junho 24, 2005 12:25 PM

Senhores Hector e senhores AJ Nunes

No que estamos agora a discutir (roubo de horas/salário a funcionários) esclareço desde já o seguinte:

Há neste caso 2 tipos de pessoas:
a) as que entram num banco, fazem o que tem que fazer, saem dizendo boa tarde e nada mais. E podem assim fazer isto durante 50 anos, sem saberem nada, rigorosamente nada sobre os funcionários e nem querendo saber !!!

b) Há outros, que por uma prática empresarial, vão diariamente a um Balcão, conhecendo pelos nomes todos os funcionários e acompanhando a evolução desse balcão.

c) Pela mera observação visual, constactam que que o Balcão há 7 anos tinham 12 funcionários e agora funciona com 6.

d) depois basta uma pergunta inocente, então o sr. Mendes foi de férias ?
- quais férias, o mendes, a anabela, o joaquim e o antónio foram para outros balcões. E não nos substituem...etc etc

Depois com um pouco de simpatia, até ficamos a saber AS PRÁTICAS FASCISTAS E HITLERIANAS dos srs Banqueiros.
1- É mentira que não se paguem horas extraordinárias

2- Quem quiser que lhe paguem, basta anotar no final do dia no livro, CUJA RESPONSABILIDADE CABE AO GERENTE.

3- O Gerente apressar-se-à a explicar aos caloiros, que o pagamento de horas extraordinárias, será contabilizado nos Objectivos a Atingir (logo estão em risco os ditos objectivos ).

4- A pressão será exercida de diversas formas
a) você quer ser promovido ?
b) olhe a avaliação no final (é dada pelo gerente)
c) Certos colegas que já percebem o esquema e que estão à espera da Promoção prometida há 3 anos.. poderão dificultar a vida ao caloiro.

e tantas e tantas outras artimanhas que qualquer ciganito de 16 anos sabe !!!

MEUS SENHORES, NADA, MAS MESMO NADA, NA VOSSA ÂNSIA DE COMPETITIVIDADE FOI INVENTADO, E DEIXO AQUI UM DESAFIO A VOSSAS DOUTAS CABECINHAS.

Digam-me qual o caso de competitividade criada ou inventada, que UM CIGANO DESCONHEÇA ?


Publicado por: Templário às junho 24, 2005 03:37 PM

A solução é expropriar os bancos e correr com o sector privado. São uns exploradores.

Publicado por: Coruja às junho 24, 2005 03:38 PM

É muito melhor. Ficava só a malta do Estado, a tratar do seu próprio sustento, sem exploradores a perturbá-la

Publicado por: Coruja às junho 24, 2005 03:41 PM


A melhor que ouvi, foi com um Cigano ao balcão a reclamar por lhe ter desaparecido dinheiro da conta. O Funcionário bem explicava, o cigano torcia-se todo, e no final desabafou alto e bom som: E Cigano sou eu !!!

ehehehehehe

A malta riu-se toda à brava, e quando o cigano passou por mim, disse-lhe, estes sabem mais que os Ciganos !

Publicado por: Templário às junho 24, 2005 03:43 PM

Pedro Oliveira:

A sua dúvida: «"insuspeito sindicato dos quadros e técnicos bancários"?? Desde quando um dos lados é insuspeito? Desde quando se é juíz em causa própria?» é muito fácil de tirar. o Sindicato dos Quadros e Técnicos Bancários é insuspeito porque foi um sindicato criado nos serviços de pessoal de dois bancos e visa proteger os interesses dos quadros e técnicos e não os trabalhadores da banca em geral. Assim as posições que defendem poucas vezes contrariam as defendidas pelas administrações dos bancos.

Publicado por: António às junho 24, 2005 03:44 PM

Conheço uma Sub-gerente que exerce as funções de sub-gerente, tendo que assinar determinadas responsabilidades com o Gerente e que:

- Promoveram-na...mas...é pior que no Estado, em que é necessária a publicação no Diário da República... ou seja:

1º aguçam-lhe o apetite

2º dão-lhe mesmo o lugar

3º nos finais do mês a jovem continua a ver que é paga pela categoria inferior.

4º Como acbou de ser "promovida" aguenta, pensando que no próximo mês será reposta a justiça.

5º e assim anda meses que perfazem 1 ano, que perfazem 2 anos.... e nada !

Se os Patrões fossem mesmo de Raça Cigana, ela ao 2º mês, percebia que era Ciganice, mas como não são...usam fato e gravata e terminologia tão avançada...que ela nem os consegue classificar.

Assim são os novos Craques da Competitividade que julgam que descobriram a pólvora !!!

Publicado por: Templário às junho 24, 2005 03:53 PM

Há 7 anos a banca não estava tão modernizada como hoje. Basta olhar para o elefante branco que a CGD possuí no Arco do Cego, que foi projectado para uma época em que a maioria do trabalho era efectuado manualmente. Aliás, assim é que devia ser, dava emprego a muita mais gente.

Lembro-me por exemplo, há menos de 20 anos, em 1987 ou 1988, querer levantar um simples cheque - nessa altura a banca pública punha mais dificuldades para emitir um simples Multibanco que hoje esses vampiros privados para emitir um Visa Gold - ter que esperar uma hora na agência de Portimão do BPA enquanto faxes com as assinaturas eram transmitidos da agência em Lisboa onde tinha conta. Nesse tempo é que era bom! Um funcionário para procurar nas micro-fichas as assinaturas, e enviar o fax para as agências. Ah! Bons tempos.

Publicado por: Pedro Oliveira às junho 24, 2005 04:38 PM

Pedro Oliveira às junho 24, 2005 04:38 PM


Vejamos se a sua Ironia não lhe tolhe a Inteligência e verifique o Milagre.

Nessa época de que fala, havia o dobro dos funcionários, no entanto esses funcionários eram bem mais felizes, pois trabalhavam e eram pagos pelo seu trabalho. Os clientes compreendiam as demoras e também não pagavam as exorbitâncias dos serviços de hoje.

E...curiosamente os Bancos tinham Lucros !!!

Logo tudo corria na normalidade de qualquer negócio.

A questão hoje, é que se pretende mais Lucros !!!

É como os frangos da Aldeia, que ao pôr do Sol tinham um galinheiro, descansavam e dormiam. Eram felizes na sua vidinha de galináceos e os seus predadores apreciavam e deliciavam-se com o sabor a frango !
Hoje nem os desgraçados dos frangos dormem, nem sabem o que é viver, e seus predadores já nem sabem a que sabem !!!

Quem ganhou ? Os frangos ? os predadores ? ou apenas o capital ?

Publicado por: Templário às junho 24, 2005 04:53 PM

Ela tem é de fazer valer os seus direitos, claro com a justiça no estado em que está, muito por causa dos sindicatos e corporações, só pode sonhar.

Publicado por: lucklucky às junho 24, 2005 05:02 PM

Quem pagava esse excesso de funcionários? Ou eram os clientes do banco, ou eram os contribuintes por causa dos bancos nacionalizados terem prejuízo.
Alguém teria que pagar. O dinheiro não cai do céu.

Publicado por: Hector às junho 24, 2005 05:41 PM

Os clientes compreendiam as demoras, Templário? Só se fossem idiotas. Eu tinha muita dificuldade em perceber porque é que a tal banca pública desconfiava tanto dos seus clientes que nem lhes dava um cartão de ATM (que já existiam), na altura só o Montepio (que era privado) dava carões Chave 24 a todos os depositantes; porque é que quando já existiam computadores era necessário estar a confirmar assinaturas por fax; porque é que existia tanta corrupção com os empréstimos (na altura era bem bom ser gerente de agência: os mais empreendedores, dizia-se, recebiam belas luvas para aprovar empréstimos).

Era optimo não ter acesso ao crédito bancário, que, mais uma vez, dizia-se estar reservado para os amigalhaços, e para terminar, não, os bancos não tinham lucro: só no papel. As contas, principalmente provisões para cobranças duvidosas eram sub-valorizadas ao máximo para fazer aumentar o valor dos activos.

Quem ganhou? Ganharam os clientes dos bancos; ganharam os donos dos bancos; não te chega? De qualquer modo, quem acha os serviços dos bancos caros, que não os utilize: não existe lei nenhuma que obrigue a ter conta bancária.

Publicado por: Pedro Oliveira às junho 24, 2005 06:01 PM

O problema principal não são os sindicatos, são os trabalhadores, que são uns cobardes e aguentam tudo o que lhes fazem, com medo de perder o emprego. Se houvesse verdadeira solidariedade e coragem por parte dos trabalhadores - nomeadamente da banca - não se verificaria a exploração crescente de quem trabalha. Mas como somos um povo de cobardes e de egoístas, pensamos apenas em nós, e no imediato. Assim é facil as entidades patronais fazerem o que fazem.

Publicado por: Albatroz às junho 24, 2005 06:18 PM

Para quem ache que estou a exagerar, pensem porque razão aguentámos 48 anos de Estado Novo... E se não fosse a guerra do Ultramar e os militares do quadro permanente estarem cansados de praticarem a sua profissão, ainda lá estaríamos...

Publicado por: Albatroz às junho 24, 2005 06:21 PM

Pedro Oliveira às junho 24, 2005 06:01 PM

És um espertinho pedro oliveira, olha hoje com a mais alta tecnologia, os bancos ainda demoram a cobrar 3 dias úteis um cheque depositado sobre outro banco !

Mas eu não me preocupo com os bancos, pois até sei fazer negócios com eles sem dinheiro. E nem perco tempo a perguntar quanto é que cobram, eu ganho o meu e eles o deles.

Agora os espertinhos hei-de vê-los a miarem e a levarem porrada de todos os bancos, depois metem o dinheiro no colchão, pra fazer chamariz prós da Cova da Moura !


Publicado por: Templário às junho 24, 2005 06:21 PM

Pedro Oliveira às junho 24, 2005 06:01 PM

Antes de mais, o meu pedido de desculpas pela intromissão.

Estava eu embalado a concordar com o seu post, quando dou de caras com a última frase. De facto, a conta bancária não é uma obrigação, é simplesmente uma necessidade em qualquer sociedade evoluída. Também considero que a banca cobra valores demasiado elevados (para o nosso nível de vida) pelos serviços que presta. E, por este motivo, lá vou procurando, entre a escassa oferta, o banco que melhor serve os meus interesses.
Contudo, seria desejável que o Estado procurasse promover uma concorrência mais sã no sector bancário.

Já agora, não existe nenhuma lei que obrigue a:
- comprar automóveis e abastecê-los com combustível;
- recorrer a serviços de saúde;
- viajar nas auto-estradas;
- comprar livros e cd's;
- possuir ligação à internet;
- etc.

Publicado por: Vítor às junho 24, 2005 06:35 PM

Albatroz às junho 24, 2005 06:18 PM

Tens razão Albatroz, este é um povo cobarde !

Amanhã um ministro, diz que para entrarem ao trabalho tem que ajoelhar e ajoelham.

É um povo que nunca pegou em armas para nada. Conseguiram até fazer uma coisa Única nos Compendios da HIstória, uma Revolução sem tiros, nem um Golpe de Estado é feito sem tiros, quanto mais uma Revolução !

É necessário que a Crise se instale por muito anos, para que esta gente acorde, mas para lá se está a caminhar e bem, pois este Governo há-de ser bem pior que o do Barroso.

Quando essa crise agudizar e a classe média não conseguir colocar os filhos a estudar, não conseguir pagar a saúde, não conseguir mudar de carro e não Verificar que o Investimento na Casinha foi um Logro, então talvez acordem e Sintam que nada têm a perder ! Por enquanto ainda têm muito a perder...portanto só têm é que continuar a perder !

Publicado por: Templário às junho 24, 2005 06:35 PM

Pedro Oliveira às junho 24, 2005 06:01 PM

Antes de mais, o meu pedido de desculpas pela intromissão.

Estava eu embalado a concordar com o seu post, quando dou de caras com a última frase. De facto, a conta bancária não é uma obrigação, é simplesmente uma necessidade em qualquer sociedade evoluída. Também considero que a banca cobra valores demasiado elevados (para o nosso nível de vida) pelos serviços que presta. E, por este motivo, lá vou procurando, entre a escassa oferta, o banco que melhor serve os meus interesses.
Contudo, seria desejável que o Estado procurasse promover uma concorrência mais sã no sector bancário.

Já agora, não existe nenhuma lei que obrigue a:
- comprar automóveis e abastecê-los com combustível;
- recorrer a serviços de saúde;
- viajar nas auto-estradas;
- comprar livros e cd's;
- possuir ligação à internet;
- etc.

Publicado por: Vítor às junho 24, 2005 06:36 PM

Claro que estou de acordo contigo, Vitor. Mas os serviços 'gratuítos' que a banca pública prestava eram pagos na altura com taxas de juro elevadissimas.

Quanto a procurar o banco que presta serviços mais baratos, isso não é mais do que cumprir a nossa obrigação, como consumidores, num mercado.

O sector bancário até é dos mais concorrenciais do mercado português. Chamo no entanto a atenção para, por exemplo, o escândalo que é o estado admitir o autêntico trust das grandes distribuidoras de combustíveis, onde, aí sim, existem práticas que inibem a concorrência sã: preços combinados, preço máximo, acordos entre 'concorrentes' para fixar preços minímos, etc... E não é o único exemplo: editoras também passam pela cabeça. Ao lado destas máfias, a APB faz figura de santinha.

Publicado por: Pedro Oliveira às junho 24, 2005 06:46 PM

Já agora, Templário, essa é uma prática fomentada por regras obsoletas do Banco de Portugal e não são 3 dias, são 5. Isso é do tempo em que não existia compensação electrónica: mais uma dessas inovações diabólicas. No entanto, os bancos aproveitam essa regra para não remunerarem o dinheiro durante o máximo prazo possível. Esse é um bom exemplo de má regulação, e dessa a culpa não é dos bancos, mas sim do estado. Aliás, deviam-se abolir os cheques, na minha opinião.

Publicado por: Pedro Oliveira às junho 24, 2005 06:50 PM

Pedro Oliveira às junho 24, 2005 02:59 PM

Veja bem as asneiras que diz:

Que eu saiba, os bancos não obrigam ninguém a trabalhar para além do horário normal. No entanto é natural que os trabalhadores mais produtivos sejam discriminados relativamente aos menos produtivos. É assim que funcionam as coisas no sector privado.

Quanto a quadro técnicos não receberem horas extra, é verdade, pelo menos nas empresas em que trabalhei (sempre no sector privado). Existem no entanto outras compensações...


Para si e para aqueles que querem que todo um povo, seja estupidificado, digo-lhe para que perceba claramente e não invente sobre as questões que lhe colocam:

Numa agência Bancária de 15 trabalhadores, há o Gerente o sub-gerente e restantes trabalhadores.

Leia bem: Quer sejam inteligentes, parvos, estúpidos, rentáveis ou preguiçosos, NÃO RECEBEM AS HORAS para as quais foram contratados ou solicitados se quiser ( em linguagem popular, chama-se roubo e/ou vigarice).

Em resumo, a Banca não paga, porque os funcionários trabalham gratuitamente e oferecem-se para fazer horas à borla, para que a Administração apresente na Bolsa 180 milhões de euros de lucro, é isso não é ?

Publicado por: Templário às junho 24, 2005 06:51 PM

Com pessoal tão cobarde, não percebo como há tantos protestos entre os fp´s. Ou será que os corajosos foram para o sector público e os cobardes para o privado?
E os em extremo cobardes, para a banca.

Publicado por: David às junho 24, 2005 07:36 PM

David

os protesto são só de boca e não de acções.

Publicado por: Templário às junho 24, 2005 07:41 PM

David

Os da banca já nem piam pois estão amordaçados pelo poder do Capital. No entanto conforme as lutas futuras, poderão mesmo ser fundamentais numa luta para Colocar o Capital em Respeitinho.

Você despreza completamente os poderes do Capital, e para si são só rosas sem espinhos nenhuns. O que vale, é que você, como toda a gente, será apanhado pela Vaga que já está em curso.
Não se preocupe que dentro de 5 anos verá. Não serão os Tugas obviamente a Começar, aliás já se sabe por onde começará a Vaga, pois só poderá mesmo ser no País das Revoluções, a França !

Publicado por: Templário às junho 24, 2005 07:50 PM

Julgo que a França actual não é aquela que conheceu. É uma França onde 20% são estrangeiros, dos quais metade árabes, e os franceses mesmo vivem amedrontados com tudo.

Publicado por: David às junho 24, 2005 07:57 PM

David

È a mesma é, só que com as naturais consequências que já se adivinhavam há 25 anos. Ou seja, Hoje são os Franceses de segunda, filhos de emigrantes árabes e aí pia mais fino. Porque são culturalmente mais evoluídos que seus pais, e porque ao deterem a Nacionalidade, são perante a Lei Franceses como os outros.

Mas..o problema não é uma revolta dos emigrantes e seus descendentes, nada disso.
A Revolta virá das Classes Médias, pois são elas que estão a pagar as mudanças. Juntando a classe média, com os pobretanas desempregados e marginalizados criam-se as condições da Revolta.

Depois basta quem acenda o Rastilho, poderá ser Le Pen, poderá ser Blair, ou até os Polacos. Isso é apenas um pormenor.

Publicado por: Templário às junho 24, 2005 09:24 PM

Joana,
elejo este comentário como o mais democrático que li dos seus apoiantes :
junho 24, 2005 10:14 AM

Publicado por: zippiz às junho 24, 2005 10:58 PM

Eu não tenho apoiantes, pois não lidero ou pertenço a qualquer partido ou movimento político.
Existem pessoas que lêem os meus posts, comentam, lêem os comentários dos outros, comentam também, com diversas opiniões, opostas entre si, etc.
Se fala dos meus apoiantes, também deveria falar dos meus detractores, dos meus assim-assim ...
E dos, poucos, felizmente, que me insultam.
Se gosta de rotular, rotule tudo.

Publicado por: Joana às junho 24, 2005 11:21 PM

Falida estás tu!

Publicado por: Cisko Kid às junho 25, 2005 01:22 AM

Quem faz greve usa um privilégio que resulta directamente do facto de ter ainda emprego. A cada vez mais numerosa classe dos desempregados essa não tem maneira de fazer greve, nem de fazer ceder os governos às suas reinvidicações.

Estas greves dos professores e dos transportes são feitas mais uma vez contra os alunos e contra os utentes, e falham na busca e uso de mecanismos de "greve" que prejudcassem efectivamente mais os estado que os utentes/alunos (recusa da cobrança e verificação de bilhetes; greves parcelares no ensino, etc).

Este sindicalismo jurássico carece de urgente actualização, ou acabará por ter o mesmo destino dos dinossauros: a Extinção.

Publicado por: Rui Martins às junho 25, 2005 01:46 PM

Ontem, hoje e amanhã.

Será que somos incorrigíveis?

Venham os "estrangeiros", para moldarem esta Pátria com outros valores,
dado que assim não vamos lá.

"Estamos à beira do abismo, mas vamos dar um passo em frente".

"Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta ate à medula, não
discriminando já o bem do mal,."

Adaptando "burguesia, agora às "elites" e intelectuais.

A Pátria

" Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e
sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de
vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a
energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as
moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem,
nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque
sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um
lampejo misterioso da alma nacional, - reflexo de astro em silêncio escuro
de lagoa morta (...)

Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta ate à medula, não
discriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter,
havendo homens que, honrados (?) na vida intima, descambam na vida pública
em pantomineiros e sevandijas (vis, parasitas, patifes) capazes de toda a
veniaga (traficância) e toda a infâmia, da mentira a falsificação, da
violência ao roubo, donde provém que na politica portuguesa sucedam, entre
a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no
Limoeiro (...)

Um Poder Legislativo, esfregão de cozinha do Executivo; este criado de
quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto pela abdicação
unânime do País, e exercido ao acaso da herança, pelo primeiro que sai dum
ventre, - como da roda duma lotaria.

A justiça ao arbítrio da Politica, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer
dela saca-rolhas;

Dois partidos (...), sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes
(...) vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos
nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do
mesmo zero e não se amalgando e fundindo, apesar disso, pela razão que
alguém deu no Parlamento, - de não caberem todos, duma vez, na mesma sala
de jantar (...)"

Guerra Junqueiro
in "Pátria", 1896

Publicado por: Luís António Viriato às junho 25, 2005 02:48 PM

Rui Martins em junho 25, 2005 01:46 PM:
Completamente de acordo. Estas greves são apenas para chatear o utente e para com isso ver se pressiona o governo. Todavia as pessoas já perceberam que apenas estão a ser usadas como carne de canhão.

Publicado por: AJ Nunes às junho 25, 2005 05:29 PM

Rui Martins às junho 25, 2005 01:46 PM

Já agora, como é que os sindicatos se deviam comportar? Deviam aceitar a precarização do trabalho? Deviam aceitar o aumento das horas de trabalho sem alteração das remunerações? Deviam aceitar o fim da contratação colectiva? Deviam aceitar ser os únicos a pagar a factura da produtividade? Deviam aceitar uma aproximação continua das condições de trabalho prevalecentes na China?...

Publicado por: Albatroz às junho 25, 2005 06:02 PM

Albatroz em junho 25, 2005 06:02 PM: As coisas não são ou 8 ou 80.
Com esse tipo de argumentos não resolvemos nada e aproximamo-nos da China mesmo julgando que não o estamos a fazer.

Publicado por: AJ Nunes às junho 25, 2005 06:53 PM

Não salvamos o modelo europeu fugindo aos problemas e fechando-nos dentro de uma fortaleza.
Isso é uma ilusão que nos pode custar caro

Publicado por: AJ Nunes às junho 25, 2005 06:55 PM

Imaginemos um cenário em que os trabalhadores chineses têm um nível de competência semelhante ao dos europeus, mas custam cinco vezes menos. Num quadro liberal competitivo, se os trabalhadores europeus não quiserem ficar fora do mercado terão de aceitar trabalhar a um preço competitivo com o dos trabalhadores chineses. Ou seja, a economia liberal diz-nos para aceitar trabalhar por um quinto das nossas remunerações actuais. Mas já viram o que isso faria à nossa procura agregada? Baixaria para o nivel chinês... Ora isto é uma idiotice chapada. É um caso que não pode ser resolvido pelos mecanismos de mercado. Logo a solução só pode ser o proteccionismo. A Europa fecha-se economicamente e espera que o trabalhador chinês atinja um nivel de remunerações semelhante ao nosso. Até lá, eles que vivam com o mercado deles, e nós vivemos com o nosso.

Publicado por: Albatroz às junho 25, 2005 08:22 PM

Os ordenados Europeus só valem o que valem porque os componentes que estão dentro dos Automóveis Europeus e a electrónica que compras vem da Ásia. Porque se não viesse estariam muito mais caros. E qual seria o teu poder de compra nessa altura?

Publicado por: lucklucky às junho 26, 2005 09:30 AM

lucklucky às junho 26, 2005 09:30 AM

Peço desculpa, mas isso não faz sentido nenhum, nem tem a haver com o que acima escrevi. Mas, diga lá, qual é o valor desses componentes que diz serem importados da Ásia, no valor total dos carros fabricados na Europa? Qual seria a diferença em custo se esses componentes fossem fabricados na Europa? Com números concretos talvez se possa avaliar da justiça da sua afirmação, ou da falta dela. Tiros para o ar, não.

Depois, se o preço dos bens de consumo aumentarem na Europa por causa do proteccionismo de que falei, isso não teria quaisquer consequências negativas desde que os europeus tivessem rendimentos para os comprar - o que seria mais fácil se os europeus não estivessem desempregados como agora. Quando nós vamos, por exemplo, a Inglaterra, queixamo-nos de nada poder comprar porque tudo é tão caro. Caro para nós, que ganhamos mal. Os ingleses não têm problemas com isso. Logo, o problema não são os preços, são os rendimentos. Num sistema fechado os europeus teriam os rendimentos para pagar os preços mais elevados dos bens de consumo. Seria mais simpático se os pudéssemos comprar mais baratos, à custa do trabalho quase escravo na China, mas isso custa-nos empregos. Logo, é um mau negócio que só parece bom á partida.

Publicado por: Albatroz às junho 26, 2005 11:12 AM

É claro que um sistema protegido só funciona se houver concorrência interna. Para que o preço dos bens seja tão baixo quanto possível com os custos do factor trabalho próprios da Europa, é preciso que haja várias empresas concorrentes a produzir esses bens. O que não levanta problemas num espaço de 500 milhões de pessoas. Já hoje temos vários fabricantes de automóveis na Europa, como de quaisquer outros bens de consumo. Um mercado europeu protegido não seria um mercado monopolista.

Publicado por: Albatroz às junho 26, 2005 11:18 AM

Joana
Este seu comentário é muito comovente «...Se fala dos meus apoiantes, também deveria falar dos meus detractores,...», de facto devia estar muito grata aos seus “detractores”.

Aqueles, como eu, que lhe lançam críticas e apontam as fraquezas do seu raciocínio prestam-lhe um serviço inestimável. Acicatam-lhe o seu espírito competitivo e obrigam-na a procurar ultrapassar as suas ineficiências no sentido de melhorar o seu desempenho.

Os seu apoiantes incondicionais e tem alguns, esses nada fazem por si além de a bajular.

Mas as suas lamúrias face aos detractores incómodos revelam que o tal espírito combativo e competitivo é muito bonito enquanto teoria para falar no blog, ou numa roda de conhecidos como forma de aparentar uma posição intelectual desinibida e moderna.

Publicado por: António às junho 26, 2005 05:36 PM

A Joana já tem a equipa completa. Agora arranjou um seminarista.

Publicado por: Coruja às junho 26, 2005 07:08 PM

"Mas, diga lá, qual é o valor desses componentes que diz serem importados da Ásia, no valor total dos carros fabricados na Europa? Qual seria a diferença em custo se esses componentes fossem fabricados na Europa?"

!? então qual é o interesse do proteccionismo se os preços não mais caros na Europa?

Publicado por: lucklucky às junho 27, 2005 01:37 AM

não são

Publicado por: lucklucky às junho 27, 2005 01:38 AM

Foi só pró centenário... bjs

Publicado por: Filipa Sequeira às julho 1, 2005 01:55 PM

Sempre a deitar abaixo o pessoal dos sindicatos

Publicado por: Ronaldo às julho 12, 2005 01:37 AM

Sempre a deitar abaixo o pessoal dos sindicatos

Publicado por: Ronaldo às julho 12, 2005 01:37 AM

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