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dezembro 17, 2004
Balanços Cruzados
Miguel Cadilhe fez o balanço dos dois anos de actividade da agência a que preside. Foi genial e objectivo: «Continuamos a não ter o problema do tratamento de resíduos industriais perigosos resolvido em Portugal e isto é uma vergonha ... Desde a primeira hora que chamamos a atenção para isto e chegamos a encomendar um estudo sobre municípios com melhores possibilidades de receber uma estação mediante contrapartidas» desabafou, adiantando que «há empresas que transportam resíduos industriais de forma ilegal, clandestinamente, enquanto outras espalham-nos pelo território e um país que se quer desenvolvido não pode virar as costas ao problema.».
Foi luminoso como exemplo de rigor e adequação, abrindo novos e entusiasmantes caminhos para o trabalho a desenvolver pelas nossas agências e institutos. Quando o Presidente do Instituto de Resíduos fizer uma conferência de imprensa sobre o balanço da sua actividade, certamente alertará o auditório sobre os problemas graves decorrentes da má fiscalização da actividade dos areeiros e sobre a má utilização do domínio hídrico em Portugal, sugerindo soluções oportunas e necessárias e prometendo que agilizará a implementação da directiva da água de forma coerente e exemplar.
Como se espera e será óbvio, o Presidente do INAG fará um balanço da sua actividade no Instituto da Água, chamando a necessária atenção para o mau estado das estradas em Portugal, para a vergonha que tal representa para o país e para a imagem com que ficam os estrangeiros que nos visitam, enjoados pelos solavancos das viaturas e pelas apertadas e desnecessárias curvas e lombas à espera das devidas rectificações. E igualmente para as pontes que estão com limitações de tráfego, obrigando os utentes a trajectos muito mais longos.
Entretanto o Presidente do IEP, na sua anunciada conferência do balanço de actividade, não deixará de anunciar logo de início: Senhoras e senhores, estou aqui para vos comunicar que a situação da orla costeira é catastrófica, vítima de uma erosão persistente e odiosa que urge combater. E nossa Zona Económica Exclusiva está no mais lamentável abandono. É para esse combate que eu apelo a todos vós e que vos prometo que irei dedicar os próximos dois anos da minha actividade.
E assim, finalmente, o país começará a aperceber-se da gravidade dos seus problemas. O Presidente do Instituto Hidrográfico prestará contas da sua actividade, desabafando a sua comoção pelos problemas da adolescência desvalida e sujeita às piores tentações; o Presidente do Instituto de Reinserção Social virá a público clamar contra a baixa qualificação nas empresas e como a sua competitividade perante o exterior se ressente disso. O Presidente do Instituto de Emprego falará revoltado da situação dos vitivinicultores e da necessidade de apoiar essa actividade exportadora e com tantas e gloriosas tradições. O Presidente do Instituto da Vinha e do Vinho produzir-se-á em público arengando sobre a falta de iniciativas e promoções turísticas em Portugal, vitais para uma actividade que tantas divisas traz para o país. O Presidente do Instituto do Turismo industriar-nos-á sobre o tormentoso estado da agricultura em Portugal e da falta de apoios de que sofre; o Presidente do IDRHa elevará a sua voz de protesto contra os horários e o mau serviço público dos museus. O Presidente do Instituto dos Museus debruçar-se-á numa solene advertência sobre o facto de não estar a ser devidamente dinamizado o investimento estrangeiro em Portugal.
E a vida política e económica conhecerá um dinamismo maior e inesperado ... sobretudo inesperado. Quando o Presidente do IAPMEI entrar, todos os jornalistas estarão impacientes, roendo nervosamente as esferográficas, na expectativa da matéria que será abordada.
O Presidente do IAPMEI levanta-se, pigarreia, bebe um gole de água e começa entusiasmado:
- Chamei-vos para que compartilhem comigo as preocupações que tenho sobre a situação do controlo aéreo em Portugal e da gestão dos aeroportos. Nestes últimos dois anos tenho dedicado toda a minha actividade e sentido do dever público a analisar essa situação e tenho a dizer-vos que ...
Que país magnífico! Que exemplo de devoção pelo serviço público ... dos outros!
Publicado por Joana às dezembro 17, 2004 07:14 PM
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Comentários
Esse Miguel Cadilhe deve ser parvo. Está muito bem observado.
Publicado por: J Correia às dezembro 17, 2004 07:28 PM
O Cadilhe é o exemplo típico da arrogância e da basófia dos tipos que se julgam iluminados. Bom post, Joana
Publicado por: cerejo às dezembro 17, 2004 07:36 PM
O malta em Portugal não tem sentido de Estado. Só pensa na sua pessoa, que é um gajo muito bom, e só gosta de mandar postas de pescada
Publicado por: Rui Silva às dezembro 17, 2004 09:17 PM
A meta eleitoral de PPortas - entrevista SIC Notícias - é ter mais votos/deputados que o PCP e o BE juntos.
Se não se tratasse de um objectivo defensivo e derrotista haveria sempre a possibilidade de considerar este PPortas como um sujeito com sentido de humor !
ps : se se tratrasse do irmão Miguel ( por exemplo a desejar ter + votos do que o PP), Joana acharia o tipo mesquinho e invejoso
Publicado por: zippiz às dezembro 17, 2004 10:27 PM
Ó zippiz, isso é trólóló de políticos. Não merece comentários sobre se este disse isto e aquele outra coisa.
Publicado por: Rave às dezembro 17, 2004 11:19 PM
Janica, amanhã a Constancinha vai entrevistar o Flopes na TV, no jornal da noite. Rói-te aí de inveja. Depois venho cá ver tu a deitá-la abaixo...
Publicado por: Átila às dezembro 18, 2004 12:53 AM
Joana ,
vc também podia animar um pouco mais o seu blog com algumas coisas para nos fazer sorrir um pouco, tal qual o blog O Jumento :
PARA ZURRAR E ZURRIR
Recebi esta no mail, não sei quem é o autor (a quem pedimos desculpa pelo "plágio" nem verifiquei a veracidade, embora quem consulte diariamente o DR saiba que é assim:
«Este país do faz-de-conta é cada vez mais uma anedota pegada; Ora atentai lá nesta coisa vinda no Diário da República nº285 de 6 de Dezembro 2004:
No aviso nº 11 466/2004 (2ª Série), declara-se aberto concurso no I.P.J.para um cargo de "ACESSOR", cujo vencimento anda à roda de 2500 EUR (500 contos). Na alínea 7:..." Método de selecção a utilizar é o concurso de prova pública que consiste na ... apreciação e discussão do currículo profissional do candidato."
No Aviso simples da pág. 26922, a Câmara Municipal de Lisboa lança concurso externo de ingresso para COVEIRO, cujo vencimento anda à roda de 350EUR (70 contos) mensais. "... Método de selecção: prova de conhecimentos globais de natureza teórica e escrita com a duração de 90 minutos. A prova consiste no seguinte:
1. - Direitos e Deveres da Função Pública e Deontologia Profissional;
2. - Regime de Férias, Faltas e Licenças;
3. - Estatuto Disciplinar dos Funcionários Públicos.
Depois vem a prova de conhecimentos técnicos:
- Inumações, cremações, exumações, trasladações, ossários, jazigos, columbários ou cendrários.
- Por fim, o homem tem que perceber de transporte e remoção de restos mortais. Os cemitérios fornecem documentação para estudo.
Para rematar:
Se o candidato tiver:
- A escolaridade obrigatória somará + 16 valores;
- O 11º ano de escolaridade somará + 18 valores;
- O 12º ano de escolaridade somará + 20 valores.
No final haverá um exame médico para aferimento das capacidades físicas e psíquicas do candidato.
ISTO TUDO PARA UM VENCIMENTO DE 70!!! CONTOS MENSAIS!
Enquanto o outro, com 500, só precisa de uma cunha!!!"
E o pior é que para Santana chegar a primeiro-ministro, e enterrar-nos a todos ainda vivos, também bastou a cunha do "Monsieur Jose Barroso".
Posted at 12/17/2004 6:32:01 pm by Roncinante
Coices dados (2) Permalink
Publicado por: zippiz às dezembro 18, 2004 01:36 AM
Zippiz :
.
Nós somos assessores. Eia, caramba !
Publicado por: asdrubal às dezembro 18, 2004 02:00 AM
Este post - muito bem achado - traduz a habitual postura dos portugueses: nunca se pronunciarem sobre a sua alegada área de conhecimentos - que é para não poderem ser avaliados - e pronunciarem-se frequente e ruidosamente sobre tudo aquilo de que nada sabem. Basófia, inveja, maledicência é a trilogia tipificante da incompetência e do subdesenvolvimento de que não conseguimos libertar-nos. Características psicológicas que nos acompanham desde sempre - mesmo quando parecíamos mais competentes - e cujas consequências só são parcialmente neutralizadas quando somos governados à bruta por gente mais qualificada. D. João II, Pombal e Salazar são o tipo de governantes de que, aparentemente, precisamos para escapar a esse destino doloroso. Não será certamente das eleições de Fevereiro que sairão governantes desse tipo...
(P.S. - Não sou masoquista nem desejo ser maltratado por governantes como os acima referidos, mas isso em nada altera a nossa triste sina...)
Publicado por: Albatroz às dezembro 18, 2004 10:48 AM
Se tivéssemos um sistema de educação universal que inculcasse nas nossas crianças o gosto pelo conhecimento, o rigor intelectual, a disciplina física e mental, o conhecimento nas áreas essenciais, a adesão a valores éticos, talvez conseguíssemos, a prazo, escapar ao nosso triste fado. Mas, onde estão os professores capazes de tal fazer? Quando, numa actividade profissional secundária, me vejo confrontado com uma maioria de jovens com o 9º ano de escolaridade que não sabem a tabuada, que não sabem fazer multiplicações e divisões, que não sabem fazer operações com fracções, que não sabem os rudimentos da álgebra, que não têm sequer a noção de quantidade, e que tudo isso é o resultado de terem tido "professores" criminosamente negligentes, que devo fazer? Quando, nos próximos três anos devia estar a dar-lhes conhecimentos correspondentes ao ensino secundário, vou ser obrigado a tentar que acabem o seu curso de nível III com os conhecimentos correspondentes ao ensino obrigatório. Ou seja, vou tentar que saiam deste curso com os conhecimentos que deviam ter para lá entrar... É isto que os PS e PSD estão a fazer ao nosso país.
Publicado por: Albatroz às dezembro 18, 2004 11:02 AM
Albatroz em dezembro 18, 2004 10:48 AM
Comparar João II e Pombal a Salazar?
Ó Albatroz, com franqueza!...
Publicado por: (M)arca Amarela às dezembro 18, 2004 04:20 PM
(M)arca Amarela em dezembro 18, 2004 04:20 PM
Tem razão, Pombal era muito mais brutal do que Salazar.
Publicado por: Albatroz às dezembro 18, 2004 04:41 PM
E D. João II muito mais inteligente
Publicado por: Hector às dezembro 18, 2004 05:49 PM
Estão convidados para acompanhar nos próximos dias a apresentaçao dos Lumiere, os primeiros premios de cinema online de blogs em Portugal, patrocinados pela Academia de Blogs de Cinema, a primeira do mundo.
Publicado por: Miguel Lourenço Pereira às dezembro 18, 2004 05:51 PM
Albatroz
Acho que ambos eram mais brutais e mais inteligentes que Salazar.
Salazar era um labrego provinciano e beato.
Publicado por: (M)arca Amarela às dezembro 18, 2004 05:55 PM
Muito bem observado este post. Humor e rigor.
Publicado por: Luis Chagas às dezembro 18, 2004 06:28 PM
Ponham-se a pau!
http://jornal.publico.pt/publico/2004/12/18/Media/R03.html
Publicado por: (M)arca Amarela às dezembro 18, 2004 06:31 PM
Há muito blog que vive da má língua e arrisca-se a isso.
Publicado por: VSousa às dezembro 18, 2004 09:32 PM
Mas afinal quem pôs o Cadilhe em lugar de destaque?
E os outros todos?
Na óptica da Joana, só são bons enquanto dizem amém!
E já agora, lá por serem directores de um qualquer instituto, não podem "botar" palavra, como qualquer cidadão, sobre outros assuntos que não o que lhes dizem respeito enquanto responsáveis?
Já agora era o que mais faltava!
Publicado por: E.Oliveira às dezembro 18, 2004 10:12 PM
Pois é ... o Dr Cadilhe não encontra mais investimentos estrangeiros para Portugal por causa do mau estado das estradas ... eu também já tinha reparado nisso, mas não quis ofender o autor genuíno de um dos mais altos "Imposto Automóvel" de toda a Europa.
Publicado por: asdrubal às dezembro 18, 2004 11:20 PM
cenário : uma rua do Porto
actor principal : Sócrates
actor secundário : Lello
voltei a castigar o "onofre" ( palavra portuguesa para o botão On e Off ) e mudei de canal !
Publicado por: zippiz às dezembro 19, 2004 12:53 AM
Muito bem visto. Um retrato implacável da mania da superficialidade e de se desculparem com as insuficiências dos outros.
Publicado por: Tadeu às dezembro 19, 2004 02:20 AM
Como é possível o Cadilhe dizer os disparates que tem dito desde que ocupou a API?
Não fez nada e só fala dos outros.
Publicado por: Tadeu às dezembro 19, 2004 02:24 AM
A Joana volta e meia não consegue resistir ao apelo da demagogia. Pelos vistos os exemplos do Dr. Portas e do Dr. Santana contagiam até as pessoas mais sérias.
O excerto das declarações do Dr. Cadilhe reproduzido no "post" surge totalmente fora do contexto. As acusações que lhe são dirigidas são tanto mais injustas quanto ignoram o trabalho que foi realizado e a concorrência que Potugal tem por parte dos países da "nova Europa".
Naturalmente que discutir essa questão, obrigaria a um esforço de reflexão maior e retiraria à Joana a oportunidade de lançar o fel sobre um dos críticos de PSL e PP.
Quer-me parecer que a Joana já aderiu aquele famigerado princípio "os que não são por nós são contra nós"?
Carlos
Publicado por: Carlos às dezembro 19, 2004 01:43 PM
O José Pacheco Pereira faz hoje um elogio no Abrupto ao Luis Rainha. É uma coisa que a Joana nunca verá na sua amargurada existência. Se os ocmentadores fossem comparados aos treinadores de futebol, poderíamos dizer que Joana tem a arrogância do Mourinho, a modernidade do Trapattonni e a competência do Manuel Cajuda.
Publicado por: Nabucodonosor às dezembro 19, 2004 02:42 PM
Esse Luís Rainha já apareceu por aqui e pareceu-me um tipo fraquito. JPP lá terá as suas razões.
Publicado por: David às dezembro 19, 2004 03:17 PM
Com o que a Joana já aqui escreveu sobre o José Pacheco Pereira, só por masoquismo o José Pacheco Pereira recomendaria este blog.
Publicado por: Rave às dezembro 19, 2004 03:38 PM
Visitem o Portal Beira-Mar, para todos os beiramarenses e simpatizantes deste grande clube! :)
Saudações
Portal Beira-Mar
...
Publicado por: HoMeM_Do_LeMe às dezembro 19, 2004 03:56 PM
Em contrapartida o blog do Beira-Mar parece politicamente inócuo.
Publicado por: J Correia às dezembro 19, 2004 04:44 PM
O Dr António Barreto escreve hoje um artigo no «Público», de pasmar-de pasmar ! É como se, Ateu, acreditasse no milagre de Lázaro.
Publicado por: asdrubal às dezembro 19, 2004 05:13 PM
O homem tinha que escrever qualquer coisa. É domingo e ele tem um contrato a cumprir.
Publicado por: Fred às dezembro 19, 2004 05:18 PM
Este comentário de Joana só não é um perfeito disparate porque não há ninguém perfeito.
As comparações que faz são ridículas e fruto de uma ignorância ululante. Miguel Cadilhe não só é um
economista competente, como dá provas dessa competência ao referir-se aos resíduos industriais
perigosos no âmbito das suas funções em relação ao investimento estrangeiro.
Joana, pelos vistos, não sabe que as empresas são obrigadas pela Portaria 792/98 a preencher um
anualmente um mapa de registo de resíduos industriais e a enviá-lo à Direcção Regional do Ambiente
mais próxima.
Nesse mapa têm que indicar o tipo e a quantidade de resíduos produzidos, de acordo com a Lista Europeia de Resíduos. Por cada resíduo terá que ser preenchida uma Ficha de Resíduo, onde conste o destino do resíduo e as operações de eliminação/valoração a que será submetido.
Qualquer empresa responsável que queira investir em Portugal numa actividade produtora de resíduos perigosos terá que ter em conta o sistema nacional de tratamento, para que não lhe caia em cima a responsabilidade da eliminação sem que disponha de soluções económicas para o fazer.
Ora, como não existe nenhum sistema nacional, pode-se imaginar as consequências para o investimento estrangeiro e a razão da preocupação de Miguel Cadilhe.
Joana trata Miguel Cadilhe como um tonto. Não sendo Miguel Cadilhe um tonto, cada um tire as conclusões que quiser...
Publicado por: Agente Laranja às dezembro 19, 2004 06:07 PM
Agente Laranja em dezembro 19, 2004 06:07 PM:
O que eu critiquei em Cadilhe, foi o que já havia criticado num post que escrevi em 12-02-2004, "O Regresso do Sisa Ligeiro" http://semiramis.weblog.com.pt/arquivo/065849.html,
ou seja, a sua contumácia em falar dos problemas dos pelouros dos outros, em vez de resolver as questões de que era suposto estar incumbido. Aparentemente a sua gestão à frente da API foi um flop. Talvez houvesse razões imperiosas para tal. Mas Cadilhe deveria preocupar-se mais com as matérias e com os problemas concretos do seu pelouro que com os dos outros.
E isso é independente de saber ou não da Lista Europeia de Resíduos e do preenchimento anual de um mapa de registo de resíduos industriais e enviá-lo à Direcção Regional do Ambiente. Você está a misturar alhos com bogalhos.
E julgo que atingi o alvo, pois a forma deselegante como você reagiu mostra isso mesmo. No seu enervamento usou mesmo adjectivos pouco apropriados do ponto de vista semântico. Ululante?? A ignorância?? A gritaria pseudo-argumentativa é que pode ser ululante. A sua, por exemplo.
Publicado por: Joana às dezembro 19, 2004 08:21 PM
A Joana atacada por um Agente Laranja?
Não sabia que a sua credibilidade no PSD estava tão em baixo.
Publicado por: Gros às dezembro 19, 2004 09:10 PM
Quem é que Joana pensa que engana? Os zig zagues retóricos podem funcionar com os seus apaniguados, mas não resistem à evidência. Eu não misturei alhos nenhuns, foi você quem foi buscar os bogalhos para denegrir um excelente economista e, para mais, sem saber do que estava a falar.
Pode ficar a saber que não estava, nem estou, nada enervado e que, em matéria de elegância, você seria a última pessoa de quem poderia receber lições. Já que se fala em lições, você está muito a tempo de aprender um bocadinho de semântica, para não dizer mais asneiras quando escreve sem se informar. Vé lá à biblioteca do papá e procure no Houaiss o significado de ululante. Aí se explica que usado hiperbolicamente ululante significa "de caráter óbvio" (antes que lhe ocorra outra semantiquice, lembro-a de que já foi ratificado o acordo ortográfico), dando-se como exemplo "verdades ululantes".
Publicado por: Agente Laranja às dezembro 19, 2004 11:23 PM
Nabucodonosor em dezembro 19, 2004 02:42 PM :
Nunca procurei elogios do JPP, embora não me importasse de os ter. Confesso que cometi algumas imprudências perante a genialidade do distinto blogger. Leia, sff:
Pacheco Pereira e os carneiros de Panurgo
http://semiramis.weblog.com.pt/arquivo/044502.html
Depois desta e doutras imprudências menores, julgo que nem me ajoelhando aos pés dele, com os olhos rasos de lágrimas, soluçando lastimosamente, ele me se dignaria considerar-me. Ele há erros que se cometem ...
Quanto ao Luís Rainha, apareceu por aqui, o que deu origem a dois posts:
http://semiramis.weblog.com.pt/arquivo/164198.html O Lazareto Semiramis
http://semiramis.weblog.com.pt/arquivo/164454.html Lazareto Semiramis II
Depois foi à vida dele. Julgo que a leitura daqueles posts e dos respectivos comentários, dá ideia da qualidade desse blogger que o JPP tão justamente ilustrou.
Publicado por: Joana às dezembro 19, 2004 11:43 PM
Agente Laranja em dezembro 19, 2004 11:23 PM
Curvo-me, ululante, perante a correcção semântica que me propõe. Mas é ululante que o que escreve não menoscaba o que afirmei na resposta ao seu comentário que, vai-me desculpar, não achei nada ululante. É sim ululante que Cadilhe devia falar dos assuntos de que foi incumbido, em vez de fazer digressões piscatórias pelos terrenos dos outros.
Não é uma verdade ululante? Mesmo hiperbólica?
Publicado por: Joana às dezembro 19, 2004 11:54 PM
Post demagogico.
Em primeiro lugar a industria é a produtora dos residuos, em 2º lugar é um problema que toca a todos e em 3º é um problema que devemos resolver antes que nos obriguem a resolve-lo.
Na alemanha o sector ligado à ecologia já emprega mais de 1 milhão de pessoas. É um sector industrial com potencialidades de crescimento.
Quando Cadilhe diz que há empresas que espalham os residuos pelo territorios o que está a referir é um segredo de lana caprina, há empresas que enchem camiões cisterna com esses residuos e mandam-nos dar uma voltinha com uma torneira a pingar e espalham-nos por aí.
O pior deste post é ignorar demagogicamente que os problemas têm soluções e implicações multidisciplinares.
Já agora nos seus exemplos tem um que tambem não resulta apropriado. O vinho e a vinha são atractivos turisticos, especialmente o vinho do Porto, e não ficava mal ao presidente do respectivo instituto sublinhar isso mesmo. Se um dia for ao Porto dê um pulo a Vila Nova de Gaia e poderá observar os turistas a visitar as caves.
Publicado por: Diletante às dezembro 26, 2004 09:28 AM
Muito bem observado este comportamento à portuguesa de falar de preferência dos problemas dos outros.
Publicado por: soromenho às janeiro 7, 2005 04:07 PM