« A Perversão dos Efeitos Colaterais | Entrada | Fouché um Perfil »
maio 28, 2004
Portugal não é pequeno, apenas mesquinho
Eça escrevia, no primeiro número das Farpas, em 1871, que, em Portugal, se quer «o prestígio da realeza e a majestade do poder; mas exige-se que el-Rei se exiba numa sege de aluguer e que Sua Majestade a Rainha não tenha mais de dois pares de botinas».
A actual polémica acerca dos vencimentos dos dois directores-gerais do fisco, estabelecidos segundo a fasquia dos privados, é apenas mais um sintoma da doença endémica do país, já caracterizada naquela frase do Eça um coquetel de inveja, mesquinhez, maledicência, intriga e boataria.
Esta polémica é apenas um epifenómeno de uma questão de fundo a sordidez com que se encara a remuneração dos cargos políticos. A remuneração das figuras públicas em Portugal é ridícula para a responsabilidade das funções que desempenham.
Estas baixas remunerações levaram a situações perversas. Lembremo-nos, por exemplo, da questão dos bilhetes das viagens de representação que eram trocados por outros em classe económica, para a família também poder ir. Isto nem sequer atinge a dignidade de uma fraude ... é apenas o espelho da miséria financeira e moral (porque uma produz a outra) em que vegetam os nossos representantes.
Lembremo-nos da incompetência, cada vez maior, dos nossos governantes e da dificuldade crescente em se constituírem governos minimamente capazes tecnicamente. Os grandes nomes da economia, finanças, engenharia, etc., fogem como o diabo da cruz de se deixarem arregimentar para os elencos governamentais. Para quê? Para ganharem uma miséria e serem expostos à devassa pública e à maledicência dos sus concidadãos ?
O mercado onde procurar governantes está cada vez mais exíguo: gente do aparelho partidário, incapaz de ganhar o sustento de outra maneira; gente das universidades que faz jus ao aforisma «quem sabe, faz, quem não sabe, ensina»; gente da função pública cristalizada em procedimentos obsoletos e sem visão nem estratégia; em suma, gente que não conhece o tecido produtivo do país, que não sabe, por dentro, o que é uma indústria, o que é o sistema financeiro ... gente que esconde a incompetência atrás da sua retórica.
E o mais curioso é que enquanto os portugueses exigem que os seus representantes e governantes sejam honestos, competentes e mal pagos, tentam, eles próprios, ser manhosos, incumpridores e bem pagos.
O país exige dos seus representantes e governantes rigor, competência e espírito de sacrifício, mas não quer remunerar devidamente essas qualidades. O paradoxo é que não obtém nem uma coisa, nem outra: paga mal aos seus governantes e representantes, mas estes acabam por nem isso merecerem. Ou seja, paga mal e tem como resultado o remunerar acima da produtividade dos eleitos.
O barato sai caro. De tanto porfiar nas baixas remunerações dos seus representantes e governantes e neste modelo miserabilista, o pais acabou por os estar a remunerar acima do que eles merecem.
Publicado por Joana às maio 28, 2004 07:46 PM
Trackback pings
TrackBack URL para esta entrada:
http://semiramis.weblog.com.pt/privado/trac.cgi/105172
Comentários
O que queres bem eu sei
Publicado por: Cisco Kid às maio 28, 2004 09:38 PM
Parece que Portugal ainda está como no tempo da mocidade do Eça de Queirós.
Há quase século e meio. Mudaram de carroças para carros, mas o resto ...
Publicado por: Hector às maio 28, 2004 10:04 PM
A mesma inveja, a mesma mesquinhez. É triste.
Publicado por: Hector às maio 28, 2004 10:05 PM
A Joana esta' cada vez + reaccionaria. O Hector e' o aguadeiro, um puxa-saco sem vergonha, sempre de acordo com as tontarias da descompensada madame.
Publicado por: Ivo às maio 28, 2004 10:17 PM
i i i i ivo !
ehehehehehe !
Publicado por: zippiz às maio 28, 2004 10:33 PM
Esperar-se-ia uma argumentação mais sólida dos que servem ácido em vez de água.
Mas parrece que, na maioria dos casos, é ao contrário.
Publicado por: Joana às maio 28, 2004 11:33 PM
Passar um atestado de incompetência aos milhares de quadros da função publica,desconsiderá-los,congelar-lhes o vencimento e paralelamente arregimentar à margem da lei um fora de série, com um vencimento princepesco,quiçá o Director de impostos mais bem pago do mundo,,alegando ser este génio, o unico capaz de pôr cobro à rebaldaria dos impostos.
Como se algum parvo pudesse acreditar nessa balela.
Como pode um só homem rodeado de incompetentes,calaceiros,possiveis corruptos,resolver o imbróglio da cobrança de impostos,quando a sua chefe é a primeira a não cumprir os seus deveres fiscais.
Esta sopa tem alguma coisa a ver com inveja,mesquinhez,malidecência,intriga e boataria,ou terá antes a ver com falta de sentido de estado,arrogância politica,por parte de uma néscia classe politica?!?!?
Publicado por: daniel tecelão às maio 28, 2004 11:35 PM
daniel tecelão em maio 28, 2004 11:35 PM:
Se quer a minha opinião sobre a contratação do Director-geral dos Impostos, leia, s.f.f., o meu texto de há 2 dias, «País Miserando».
O texto de hoje é mais geral e tem a ver com alguns comportamentos face a esta situação.
Olhe, por exemplo, o seu.
Publicado por: Joana às maio 28, 2004 11:46 PM
http://online.expresso.pt/1pagina/artigo.asp?id=24744653&wcomm=true#comentarios
quem combate a "mão invisível" , nomeadamente quando se trata da sigla BCP , só pode ser Mesquinho ...
Publicado por: zippiz às maio 28, 2004 11:48 PM
são uns invejosos !!!
No ministério das Finanças a regra é poupar e andam todos a pão e água; todos? Não, há um irredutível gabinete, nada mais nada menos do que o do secretáro-geral. É que mesmo a tempo do Euro 2004 o secretário-geral do ministério das Finanças substituiu a sua televisão convencional por uma televisão com ecrã de plasma de grande formato, um pequeno luxo.
Daí que já quem chame ao gabinete do secretário-geral o ‘Terceiro Anel’ do ministério das Finanças; e é muito provável que os funcionários dos gabinetes vizinhos lhe venham a telefonar a meio do Euro 2004 com um pedido insólito: “Senhor Secretário-Geral, importa-se de aumentar um bocadinho o som?”.
Posted at 5/28/2004 6:51:27 pm by Roncinante
in jumento
Publicado por: zippiz às maio 29, 2004 12:52 AM
Ivo: Quando não se gosta e não se tem argumentos, mas apenas rancor, insulta-se.
É o que o Ivo sabe fazer.
Publicado por: Hector às maio 29, 2004 10:04 AM
zippiz: correndo o risco de passar por aguadeiro, não acha que essa notícia do Jumento não tem a ver com o ambiente mesquinho de que o Eça e a Joana falam?
Veja bem.
Publicado por: Hector às maio 29, 2004 10:20 AM
Hector:
Voce nao existe. E' um capacho onde a Joana limpa os pes ! Tenha pena de si proprio.
Publicado por: Ivo às maio 29, 2004 04:52 PM
Do que li, nada me surpreendeu. No fundo os Portugueses só tem o que merecem, somos sempre os mesmos coitadinhos! Parecemos os mesmo que chegamos ao Japão há quase 500 anos, e os mesmos que encontramos fortunas no Brasil para desperdiçar-mos tudo isso em empreendimentos fúteis.
Todos se arrogam de grandes teses e de grandes soluções para os pseudo problemas que afligem actualmente a sociedade portuguesa.
Nunca estamos contentes com o que temos. Se os políticos ganham demais é um problema, se ganham de menos também é problema. Se as instituições não funcionam é porque existem muita corrupção, incompetência, compadrio, se por seu lado funcionam e "incomodam" as pessoas surgue logo um coro de queixas, que não se respeitam os direitos e as "sagradas" liberdades conquistadas no 25 de Abril.
Digo sagradas, porque algumas nunca sairam do papel onde foram escritas.
Nasci depois do 25 de Abril de 1974, sou da geração pós abril e entendo que "tudo nos foi dado", foram os outros que lutaram pelos nossos direitos.
No entanto, hoje em dia não se transmite (comunica, não implica qualquer indoutrinação ideológica de direita ou esquerda) aos jovens todas as implicações decorrentes dos valores do 25 de abril, porque para a que maior parte dos concidadãos da minha idade o que verdadeiramente interessa são os direitos, os deveres desapareceram.
O que (nós)aprendemos foi a exigir o direito a uma melhor educação, a uma melhor saúde, a melhores estradas, as melhores estádios de futebol, a melhores redes de comunicação, a melhores empregos, a maiores salários, ets, etc
Mas quando se fala da outra face dos direitos, os deveres, ninguem (ou quase ninguem) quer saber ou valoriza isso.
É por isso que se formaram nos ultimos anos alguns milhares de licenciados nas universiades para agora irem para o desemprego. É por isso que o estado do Sistema Nacional de Saúde está o que está, com listas de espera que deveriam ser excepcionais (SNS - universal, e tendencialmente gratuito), mas que agora existem por norma, e não parece que irão acabar tão cedo.
Enfim, nem vale a pena falar nestas coisas.
Esperemos ao menos que os milhões investidos nos Estádios para o Euro 2004 permitam fazer um grande festa, para ver se a auto-estima dos portugueses melhora, porque para mal já basta assim.
Nem PSD, nem PS, nem PP, nem PCP, nem monárquicos, a democracia está de rastos.
Parece-me também que a utopia da nova democracia não irá a lado nenhum.
Karamazov
Publicado por: Karamazov às maio 29, 2004 05:14 PM
Ivo: como já tive a ocasião de lhe notar, você não passa de um reles caluniador.
Cada vez que escreve acentua isso
Publicado por: Hector às maio 29, 2004 05:39 PM
Até agora ainda não vi de si, Ivo, um único argumento, uma única ideia. Apenas insultos.
Você é tão ignorante e ressabiado que nem tem pena de si próprio.
Publicado por: Hector às maio 29, 2004 05:48 PM
A Joana é uma reaccionária "novo estilo" que sabe vender o seu veneno reaccionário e que arranjou uma corte de admiradores.
Também arranjou alguns que tentam pô-la na ordem e desmascarar esse veneno.
Somos ainda poucos a fazê-lo. Devíamos ser mais a pô-la na ordem.
Publicado por: Cisco Kid às maio 29, 2004 06:07 PM
Meus amigos, é preciso contenção. Eu tenho quase sempre contestado as opiniões da Joana, mas civilizadamente.
Não há dúvidas de que ela expõe as suas opiniões de forma habilidosa.
Reconheço que nem sempre é fácil encontrar a argumentação mais conveniente, mas a argumentação "pesada" não leva a nada e só prova fraqueza.
Acho que o Cisco Kid tem razão ao afirmar que devia aprecer mais gente a contestá-la. Mas contestar pela positiva e não pela negativa, pois senão é ela que leva a melhor.
Cumprimentos.
Publicado por: c seixas às maio 29, 2004 10:26 PM
Afixado por Hector em maio 29, 2004 10:20 AM
se se comentasse só o que Joana ou os "donos" dos blogs escrevem isto era uma pasmaceira.
eu considero-me um "livre atirador" , assim uma espécie de comentarista anti-sistema (da Joana!)
e muitas das vezes Joana nem está interessada que se comente o que ela própria escreve...
Publicado por: zippiz às maio 29, 2004 11:48 PM
Julgo que a Joana tornou-se uma espécie de pano vermelho que basta agitar para enervar o pessoal.
Ela de facto é irritante às vezes
Mas, a apreciação que é feita aqui, sobre os portugueses não é incorrecta, pelo menos do meu ponto de vista.
A malta é que responde comentando algo que não está no texto.
Ela não exprimiu nenhum juízo de valor sobre aquelas contratações, apenas foi cáustica sobre o nosso comportamenteo em geral.
Pode pensar-se, e pelo que tenho lido dela tal é de admitir, que ela tem alguma fisgada, o "veneno" com alguém escreveu.
Talvez, mas ninguém mostrou onde estava o veneno nem lhe arranjou o antídoto.
Apenas bateu na tecla de que ela é reaccionária.
Publicado por: Vitapis às maio 29, 2004 11:57 PM
Talvez seja reaccionária. Pelo menos está distante do que eu penso.
Mas aho que o seixas tem razão no que propõe.
Publicado por: Vitapis às maio 30, 2004 12:00 AM
Cara Joana,
Tenho lido com regularidade o seu Semiramis e, apesar de não participar nos debates, por vezes bastante acesos, nem por isso deixo de acompanhar (beber gostosamente) as suas sábias, esclarecidas, cultas, inteligentes e refinadas palavras.
Decidi escrever agora apenas para lhe enviar um grande abraço e para lhe agradecer, uma vez mais, a qualidade inexcedível das suas intervenções.
Lê-la é, e será sempre, um prazer. Um grande prazer!
:-))
Publicado por: Paulo Pedroso às maio 30, 2004 01:15 AM
Tantos salamaleques
Publicado por: Sonolento às maio 30, 2004 11:05 AM
Tantos salamaleques
Publicado por: Sonolento às maio 30, 2004 11:06 AM
Blog interessante. Bons posts, bem fundamentados, quer se concorde, quer se discorde.
Polémico, com comentários, em média interessantes.
Parabéns
Publicado por: Zé Francisco às maio 30, 2004 12:23 PM
Não é não, caro amigo, é o esgotamento do Estado-Nação. Se neste país não há ninguém suficientemente sério, competente e desinteressado para exercer funções ao serviço da República e só o faz a troco de um salário chorudo, então, escolham-se os governantes por análise curricular e não por eleição política. E não tem que ser necessariamente um português. Logo, se o critério é a rentabilidade e a livre contratação, eu tb posso dispor dos meus descontos para o aparelho fiscal de um outro Estado que, em face do que eu descontar, me ofereça mais e melhores contrapartidas. Acaba a solidariedade nacional e o contrato social,as bases do Estado Nação. E por isso é que me dá vontade de rir quando, volta meia volta, o Almeida Santos vem com aquela conversa de pagar bem aos deputados para ter bons deputados. Se um cidadão só aceita servir a República se for principescamente pago, então não serve para servir a rEpública, porq a República não pode pagar milhares de euros a um dirigente, quando o salário médio é ridículo. A razão? Solidariedade nacional!
Publicado por: Santillana às maio 30, 2004 07:12 PM
Mas aplicar esse espírito de solidariedade nacional é o que temos feito. Por isso temos a actual classe política.
Que é que o Santillana quer? Pôr os políticos no seminário para aprender os deveres sacerdotais?
Publicado por: David às maio 30, 2004 08:32 PM
O Santilhana tem razão. É preciso moralizar a vida política. Os políticos terem o sentido do serviço público.
Os que não têm esse sentido, não precisamos deles
Publicado por: Cisco Kid às maio 30, 2004 09:32 PM
Mas ó Cisco, já deitámos praticamente todos fora. Eles também não precisam de nós e deram à sola.
Os que ficaram são os que temos actualmente
Publicado por: David às maio 30, 2004 09:41 PM
Desde quando é que a competência se faz com dinheiro?
E qual é o limite? Só mais um bocadinho, como diria o velho Henry Ford?
Se é assim, então podemos ter o governo mais competente do mundo. É muito fácil, como se vê...
Publicado por: Senaqueribe às maio 30, 2004 10:27 PM
A competência não se faz com dinheiro. Mas com dinheiro consegue-se obter a competência. E sem dinheiro a competência vai procurar quem lhe pague mais.
Se qualquer um de nós faz isso, porque esperamos outro comportamento dos políticos?
Publicado por: Novais de Paula às maio 30, 2004 10:52 PM
Competência com dinheiro é corrupção
Publicado por: Cisco Kid às maio 31, 2004 01:49 AM
O que o Santillana quer é simples, ó David: que os políticos busquem o bem comum dos povos. Agora, se eles buscam o seu bem próprio, eu tenho tb o direito de buscar o meu benefício, antes de tudo o mais. Assim, em vez de descontar impostos, entrego o meu dinheiro à instituição que me garanta o melhor retorno do investimento. E garanto-te que não é o Estado português. Se não há solidariedade, não há Estado! Seja a solidariedade alimentado por um ideal cristão, para responder às tuas ironias, ou por uma religiosidade cívica e laicizada que foi o que a república inventou. Na versão original cristã, ou na secularizada, laica e republicana, este sentimento deve orientar a causa do bem comum e fundamentar a legimidade do Estado!
Publicado por: Santillana às maio 31, 2004 02:33 PM
Se com dinheiro se consegue obter a competência, é extraordinário que só ao fim de mais de 800 anos alguém se tenha lembrado disso, estando Portugal na cauda da Europa.
Bom, vale mais tarde do que nunca e, sendo assim, temos a "garantia" de que iremos, não apenas sair da cauda da Europa, mas ser, dentro em breve, o país mais avançado do mundo.
Está descoberta a fórmula! É só aplicá-la a mais alguns membros do aparelho do Estado.
E, já agora, Prémio Nobel para quem fez esta memorável descoberta científica!
Publicado por: Senaqueribe às maio 31, 2004 02:43 PM
Senaquerib:
Onde é que você tem andado? Numa empresa, quando se quer competência paga-se, a menos que se pretenda que sejam outros a contratá-la.
No Estado não tem sido assim, porque não devem precisar de competências.
Publicado por: Novais de Paula às maio 31, 2004 03:16 PM
Santillana: Infelizmente não podemos fazer isso porque o Estado não deixa. Leva-nos o dinheiro e fornece-nos um serviço péssimo.
Você julga que se os portugueses pudessem, parte deles não sairia fora dos esquemas de previdência social, impostos, etc. e passaria a pagar os serviços directamente.
Só o pessoal absolutamente teso é que não podia fazer isso.
Publicado por: David às maio 31, 2004 03:29 PM
enquanto continuarmos a eleger ladrões, chulos e vigaristas não há dinheiro que chegue para alguns, há é dinheiro que falta para todos.
este governo não sabe o que é a Política sabe apenas o que são negócios. é a Arte de Furtar revista e nem sempre actualizada.
Publicado por: dionisius às maio 31, 2004 04:36 PM
Novais de Paula
Competência? Mas o que é isso de competência, pode especificar?
E como é que sabe que o homem vai mesmo ser competente? Ele já demonstrou? Em quê?
Olhe que o Einstein era muito incompetente a tocar piano. Violino ainda vá lá...
Publicado por: Senaqueribe às maio 31, 2004 06:09 PM
Senaquerib: Eu não me estava a referir a este sujeito em particular.
Estava apenas a dizer uma coisa geral: se se quer competência tem que se pagar por ela.
Quanto a este sujeito, ouvi dizer que é competente como gestor. Mas não sei se terá a competência indicada para o cargo que vai exercer.
Mas isto é outro assunto
Publicado por: Novais de Paula às maio 31, 2004 08:26 PM
Ah!... Ouviu dizer... Agora já entendo.
O pior é que este país já anda a ouvir dizer coisas milagrosas desde há 860 anos e nunca mais sai da cepa torta relativamente aos outros países europeus. Pois é...
Publicado por: Senaqueribe às maio 31, 2004 11:20 PM
"A remuneração das figuras públicas em Portugal é ridícula para a responsabilidade das funções que desempenham".
quando a vir escrever com o mesmo talento e empenho sobre a vergonha do ordenado mínimo nacional dou-lhe um beijinho.
Publicado por: dionisius às junho 1, 2004 10:58 AM
Responsabilidade? O que é isso de responsabilidade? Pode especificar?
Há alguém responsável por alguma coisa no aparelho de Estado deste país?
O que é que acontece a um irresponsável? Cortam-lhe o pescoço, ou oferecem-lhe outro lugar igualmente chorudo? Para os amigos, mãos rotas...
Publicado por: Senaqueribe às junho 1, 2004 11:31 AM
plenamente de acordo.
também não sabia que figura pública era profissão.
Publicado por: dionisius às junho 1, 2004 11:47 AM
Em Portugal, é.
Publicado por: Bonny às junho 1, 2004 12:16 PM
Só conversa de chacha
Publicado por: Farturas às junho 1, 2004 07:00 PM
Só conversa de chacha
Publicado por: Farturas às junho 1, 2004 07:00 PM
Só conversa de chacha
Publicado por: Farturas às junho 1, 2004 07:00 PM
conversa de chacha é a tua
Publicado por: A Valente às junho 1, 2004 07:16 PM
Alguns comentários aos comentários:
1 - Este texto não pretendia polemizar sobre se deveria ter sido contratado um director-geral dos Impostos a ganhar aquele vencimento. Num texto anterior eu já me tinha referido ao que achei de contraditório naquela contratação.
Este post é apenas sobre o invejómetro português. Porque quer a contratação tenha sido ou não adequada, a maioria das críticas que aqui foram feitas, ou que foram expressas nos órgãos de comunicação, não discute essa matéria, mas apenas destila o fel da mesquinhez.
Publicado por: Joana às junho 1, 2004 10:59 PM
2 - Li algures que era uma reaccionária "novo estilo".
Julgo que há um equívoco. O que normalmente faço é dissecar os factos, tentar compreender e separar o que é o essencial do que não é essencial e avaliar esses factos sem ideias preconcebidas.
Fazer isto num país onde a escolha é entre o cinzentismo e o facciosismo exacerbado causa engulhos a muito boa gente.
Publicado por: Joana às junho 1, 2004 11:05 PM
3 - Um amigo do meu pai foi, nos 2 ou 3 últimos anos do governo PS, presidente de um instituto (um dos que foi extinto por este governo).
Esse nosso amigo tinha um cargo de alguma importância num grupo económico. Vencia pela tabela do Estado e o grupo a que ele pertencia complementava o salário até ao valor que ele recebia anteriormente.
Tudo se passou pacificamente. É uma pessoa séria e honesta que certamente exerceu o cargo com a competência que o caracteriza e nunca o usou, seguramente, para quaisquer favorecimentos.
Nota: Havia sido deputado à AR durante 10 ou 12 anos e abandonara o hemiciclo, parte por desilusão política, mas principalmente por questões salariais.
Publicado por: Joana às junho 1, 2004 11:20 PM
Ok, I will sign your blog. I really love your site.
Publicado por: business grants às janeiro 18, 2005 08:36 PM