Na abertura da reunião Comissão Política do PS que aprovou a sua escolha para indigitação como 1º ministro, Sócrates revelou precaução ao falar do futuro, ao afirmar que vêm aí "tempos difíceis", e que por isso, é preciso ter noção da realidade e não embarcar em optimismos.
Obviamente que não se referia à situação económica do país, porquanto um dos leit-motiv da sua campanha foi justamente a afirmação que havia sido o discurso da tanga que tinha paralisado a economia, ao criar a desconfiança nos agentes económicos. Neste entendimento, e para ser coerente com a campanha, aquele discurso de apreensão pelos "tempos difíceis" não se destina ao exterior mas ao interior do partido, ao aparelho, ou porventura, aos circunstantes. Talvez por isso as suas primeiras palavras tenham sido "Espero que daqui a quatro meses estejamos todos tão unidos como agora".
Ou seja ... Sócrates foi advertindo que o festim, agora, vai ser muito mais parco que o foi nos tempos de Guterres. Tenham paciência, camaradas e amigos ...
Terão?
Ok Joana é alimentar a paciência com a esperança, já é sabido. E depois acontece que você não percebeu que estávamos mesmo fartos do filme anterior. mas constato o seu empenhamento. Já agora qual é a sua posição sobre o aborto?
Afixado por: pyrenaica em fevereiro 24, 2005 07:40 PMA oposição do PS centrou-se em fazer passar a mensagem de que o país não estava mal e que os sacrifícios exigidos pelo governo à população portuguesa não se justificavam. Mais tarde, durante a campanha eleitoral poderiam ter moderado o discurso mas optaram por continuar a bater na mesma tecla. E agora que chegaram ao governo?
Como se justifica que um governo que dispõe de maioria absoluta à frente de um país com uma situação económica satisfatória possa vir a passar por "momentos difíceis"? Parece não haver justificação.
Mas há. E a razão disso é que uma oposição e uma campanha eleitoral baseadas na mentira e na demagogia não pode prologar-se ao governo, onde terão que responder pela situação do país. Em breve se verá que em vez dos empregos prometidos teremos desemprego não prometido. E que os indicadores económicos não irão melhorar. Nessa altura, o eleitorado irá exigir justificações ao governo.
O PS vai colher as tempestades que semeou, ao colocar as expectativas do eleitorado muito elevadas. Prometeu tudo, recebeu uma maioria absoluta e agora o eleitorado quer ver as promessas cumpridas. O que obviamente não irá acontecer, pois tratavam-se de promessas demagógicas e irrealizáveis.
Em poucos meses o eleitorado irá exigir explicações e a imprensa irá cair em cima do PS.
Por outro lado, a inenarrável oposição à Esquerda (PCP e BE) com tudo o que tem de retrógrada, irresponsável, falsa e demagógica irá colocar ao PS os mesmos problemas que este criou ao PSD/PP, exigindo mais despesismo e menos sacrifícios.
No reino do PS, resta saber por quanto tempo os barões se manterão fiéis ao espantalho que foi eleito Primeiro Ministro e quando começarão a debandar.
http://politicaxix.blogs.sapo.pt/
A oposição do PS centrou-se em fazer passar a mensagem de que o país não estava mal e que os sacrifícios exigidos pelo governo à população portuguesa não se justificavam. Mais tarde, durante a campanha eleitoral poderiam ter moderado o discurso mas optaram por continuar a bater na mesma tecla. E agora que chegaram ao governo?
Como se justifica que um governo que dispõe de maioria absoluta à frente de um país com uma situação económica satisfatória possa vir a passar por "momentos difíceis"? Parece não haver justificação.
Mas há. E a razão disso é que uma oposição e uma campanha eleitoral baseadas na mentira e na demagogia não pode prologar-se ao governo, onde terão que responder pela situação do país. Em breve se verá que em vez dos empregos prometidos teremos desemprego não prometido. E que os indicadores económicos não irão melhorar. Nessa altura, o eleitorado irá exigir justificações ao governo.
O PS vai colher as tempestades que semeou, ao colocar as expectativas do eleitorado muito elevadas. Prometeu tudo, recebeu uma maioria absoluta e agora o eleitorado quer ver as promessas cumpridas. O que obviamente não irá acontecer, pois tratavam-se de promessas demagógicas e irrealizáveis.
Em poucos meses o eleitorado irá exigir explicações e a imprensa irá cair em cima do PS.
Por outro lado, a inenarrável oposição à Esquerda (PCP e BE) com tudo o que tem de retrógrada, irresponsável, falsa e demagógica irá colocar ao PS os mesmos problemas que este criou ao PSD/PP, exigindo mais despesismo e menos sacrifícios.
No reino do PS, resta saber por quanto tempo os barões se manterão fiéis ao espantalho que foi eleito Primeiro Ministro e quando começarão a debandar.
http://politicaxix.blogs.sapo.pt/
Eu cá julgo que Sócrates se enganou, ou foi mal compreendido, porque não seriam quatro meses, mas quatro anos.
Mas o que não percebo, é porque a Joana se espanta tanto com o facto de ele se referir às dificuldades que irão surgir!
Ou melhor, a sua surpresa está na avaliação (para nos assustar)que fazia a direita, que o homem ganhando, iria começar a distribuir benesses pelos seus companheiros!
Afinal, pelo menos no discurso, é um bom começo, desde que não seja o da "tanga"...
Esse, foi o que arrasou economicamente e socialmente o País!
Não é o da tanga ... é o dos tempos difíceis.
Tempos difíceis, depos da tanga ... é sem tanga sequer
Afixado por: David em fevereiro 24, 2005 08:27 PMpyrenaica em fevereiro 24, 2005 07:40 PM:
Relativamente ao aborto, tenho uma posição flexível. Julgo que, entre os meus comentaristas, haverá alguns cujas mães cometeram um erro irreparável ao terem deixado prosseguir a gravidez.
Mas como nunca se sabe o que vai sair, prefiro dar o benefício da dúvida e não liquidar o miúdo, ainda antes de ele ver a luz do dia.
Ele depois que escolha.
Julga-se então no direito de proclamar erros irreparáveis? Compreende-se, não é iluminada, se não acharia que tudo vem por bem. Aproveitamos para dar desconto. Se bem percebo então acha bem que as mulheres possam ser criminalizadas por abortarem. Eu não. Acho que, de facto, a palavra final, sobre esse assunto, ouvido o pai, é delas.
Afixado por: pyrenaica em fevereiro 24, 2005 08:56 PMpyrenaica em fevereiro 24, 2005 07:40
A posição da D. Joana, é que é contra o aborto !
Afixado por: Templário em fevereiro 24, 2005 09:40 PMJoana em fevereiro 24, 2005 08:37 PM
Você...está a piorar...e desorientada, insulta os seus comentaristas, que diga-se a verdade São a Sua Razão de existir, enquanto autora deste Blog.
Se soubesse sua morada, por certo lhe enviaria um novo frasquinho de verniz.
Afixado por: Templário em fevereiro 24, 2005 09:49 PME como protesto, apelo àqueles que se sentiram ofendidos como eu, que durante 24 horas não comentemos nada mais.
(excepto se d.joana reconhecer que se excedeu e que APRESENTE DESCULPAS AOS OFENDIDOS )
Afixado por: Templário em fevereiro 24, 2005 09:56 PM"Eu não. Acho que, de facto, a palavra final, sobre esse assunto, ouvido o pai, é delas."
A palavra final é da criança.
Afixado por: lucklucky em fevereiro 24, 2005 10:13 PMAfixado por: Joana em fevereiro 24, 2005 08:37 PM
Em cheio!
Não se preocupe, o Senhor Caval(h)eiro não resistirá a aparecer, para continuar a dar as suas certezas.
E pergunto-me, quem é que o chamou?
Joana,
não se preocupe porque deste modo os eus amigos do ppd-cds-ppm-pt não têm que fazer oposição !
e já agora,
não acha um pouco falta de fair-play esta sua saga de "bater" nos vencedores, em vez de analizar os erros próprios ?
Vc parece mesmo zangada com 59% dos eleitores. Mas deixe lá que o PS não precisa do BE para governar...já é um descando para a fauna neo-liberal e para os amantes da trilateral, Sócrates incluido !
e sobre o aborto parece que Vc não é diferente das Santanetes/Portanetes da Linha e da Lapa . Dava-a como menos reaccionária e os seus amigos e familiares, à esquerda e reformistas, como Vc gosta de referenciar, não devem apreciar essa sua faceta de adepta de Cásar das Neves ( Visão,página 129).
Afixado por: zippiz em fevereiro 24, 2005 10:56 PMzippiz: eu disse que é de dar o benefício da dúvida.
Já avaliou qual seria a perda social em ter deitado no lixo o embrião de alguns dos nossos distintos comentaristas.
O que eu julgo de muito paradoxal, nas reacções que li, foi o facto dos defensores acérrimos do aborto terem ficado indignados ao se aperceberem que podia ter acontecido com eles!
Afixado por: Joana em fevereiro 24, 2005 11:27 PMzippiz em fevereiro 24, 2005 10:56 PM
Desculpe dizer, já que levou a questão para esse campo, que acho absolutamente cretino, e falho de ética, que se avalie a posição perante o aborto em termos políticos, como você o fez.
Isso é o totalitarismo ideológico mais repugnante.
Esta gaja é mesmo reaças
Afixado por: Cisco Kid em fevereiro 24, 2005 11:39 PMAfixado por Joana em fevereiro 24, 2005 11:32 PM
Joana,
não precisa pedir desculpa; se se sente bem acompanhada por Cesar das Neves, nesta questão do Aborto, problema seu; precisa é ter mais capacidade de encaixe às criticas, coisa que os que defendem a não penalização das mulheres que abortam têm , quando os cretinos e beatos dos defensores da "vida" nos tratam como assassinos por se defender a despenalização do aborto.
ps: se Vc está irritada com alguns comentaristas do seu blog, resolva isso primeiro.Mas as pessoas parece que ficaram mais sensíveis depois de 20 de Fevereiro. E não parece ser o caso dos vencedores.
Dizer "cretinos e beatos dos defensores da "vida"" é algo estranho.
A nossa sociedade deve estar muito doente e podre para os "defensores da "vida"" serem alcunhados de "cretinos e beatos".
Dá-me ideia que o zippiz não se apercebeu da monstruosidade do que acabou de escrever.
Para os ignorantes que aqui escrevem o movimento feminista foi nas suas origens anti-aborto, mas provavelmente elas também eram reaças...
Afixado por: lucklucky em fevereiro 25, 2005 01:35 AMParece que a intolerância dos canhotos aumentou muito com o resultado das eleições
Afixado por: Coruja em fevereiro 25, 2005 01:38 AMQuem foi que disse?
Alguma contradição a reportar?
Faz já muito tempo e as ideias mudam? Talvez, mas há mudanças demasiado radicais para a minha capacidade de aceitação.
Nada de novo. Apenas um político da nossa praça.
.../... "O segundo tem que ver com o tom "Cro-Magnon" com que a questão do aborto tem sido tratada entre nós. (…) a AD não tem a menor autonomia de discurso, já se não pede de voto, nem de vontade, em relação à Igreja, e limita-se a repetir o que esta diz,a presenciar o que esta proclama. Os socialistas dividem-se entre a sua história e a história que a Igreja quer que eles façam.
Só por referência lembre-se, por exemplo, que em França foi uma liberal, assumida como tal, da maioria giscardiana, a senhora Simone Weil quem, contra os mais conservadores e os mais ortodoxos, impôs a lei do aborto. Lá, os socialistas não tiveram dúvidas. Giscard, líder da maioria, não interferiu. Quer isto dizer, uma vez mais, que somos subdesenvolvidos; e que, no caso, andamos atrasados, à direita e à esquerda. A menos que se rejeite a Europa moral e apenas se queira a Europa económica…".
Paulo Portas, "Civis, Laicos e Europeus", in Tempo, 4 de Março de 1982,
"Não tem nada a ver com a Europa um país em que o discurso da social-democracia sobre as questões morais se limita a dizer que o aborto é a restauração da pena de morte. É próprio dos mais conservadores dentro dos conservadores, e sul-americano concerteza. Não tem nada a ver com a Europa que a livre iniciativa seja um palmarés deixado vazio, preterido pelas fáceis e dóceis concessões às corporações fácticas. É próprio dos Estados sobretudo confessionais e não de sociedades civis dinâmicas. Não tem nada a ver com a Europa que se regrida a ponto de substituir o acto livre e consciente, por isso pleno e sublime de escolher uma religião, pela imposição de um princípio de obrigatoriedade, por isso sem elevação, nas escolas, de uma confissão. É próprio do passado."
Paulo Portas, "A Europa Mora ao Lado", in Tempo, 12 de Maio de 1982
Na minha interpretação, Sócrates, muito corretamente, avisou que vêm aí "tempos difíceis" porque ele sabe que o governo PS será obrigado a fazer reformas importantes, e sabe que essas reformas levantarão forte contestação, a qual se espelhará no interior do PS. Ou seja, haverá "tempos difíceis" para o PS, os quais exigirão do partido e dos seus membros sentido de responsabilidade, debate interno, conciliação, compreensão dos problemas, etc. Por isso mesmo Sócrates disse esperar que daqui a quatro meses o partido permaneça unido - porque teme, precisamente, que daqui a quatro meses, com o surgimento das primeiras reformas (como por exemplo a da lei do arrendamento, prometida para os primeiros 100 dias de governação), o desentendimento se instale no PS.
Ou seja, Sócrates alertou para os tempos difíceis para quem terá que governar, e não para o país em geral.
Lembre-se a Joana do seu post, muito correto, sobre o facto de o PS nunca poder ter maioria absoluta, devido às próprias querelas internas no PS. É para essas querelas que Sócrates adverte.
Afixado por: Luís Lavoura em fevereiro 25, 2005 09:49 AMÉ importante que Sócrates fale nos tempos difíceis. Durante a campanha evitou alongar-se muito sobre isso, porque o poderia prejudicar eleitoralmente, e mesmo entre alguns seus apoiantes, mas Sócrates é um homem inteligente e sabe a situação do país.
Estou convencido que Sócrates vai fazer um governo sério e responsável, no estilo dos socialistas do norte da Europa.
Afixado por: vitapis em fevereiro 25, 2005 09:55 AMQuanto às discussões anteriores aconselho calma e sensatez.
Eu normalmente não estou de acordo com a Joana, mas reconheço, entre outras coisas, que tem um bom poder de encaixe, quando tanta gente vem aqui dizer-lhe as coisas mais desagradáveis.
Não me parece nada decente que alguns comentaristas se ofendam por uma "indirecta", quando eles têm escrito aqui coisas muito piores.
Não seria mais honesto, explicarem aos indígenas que nada mais lhes resta do que irem tirocinar para Cuba, para aprenderem, todos (eles e elas), como há falta de tudo o mais, podererão sempre sobreviver... do "turismo". Pois claro!
Ainda que lá..., eles sempre tenham mais qualquer coisita do que nós... os charutos e as "gajas"..., também algum petróleo..., enfim.
Por favor,não acabem com as "casas de alterne"... o nosso futuro passa, mesmo, por aí!
Marapião
Essa é uma das razões para o ar postiço de Portas em muitas coisas. Por exemplo quando ele disse em campanha eleitoral que fazer um aborto era igual à pena de morte!! O que ele disse é uma barbaridade. Compara um bébé a um criminoso como se tivesse cometido um crime e precisasse de misericórdia.
Nota a minha terminologia "bébé" foi a usada pela TVI para falar de uma experiência nos EUA acerca da influencia dos gases de escape na
veremos se vai usar a mesma quando se discutir o aborto.
Quanto á história do movimento feminista isso só aconteceu quando as várias tonalidades de Comunismo tomaram como refém o movimento Feminista. O desprezo completo pela vida na URSS/China/Albânia excepto se associado a uma concepcção utilitária.
Aconteceu o mesmo com o Ambientalismo, depois de se ter deixado tornado refém. Conseguiram-se safar melhor.
Afixado por: lucklucky em fevereiro 26, 2005 07:15 PM....escape durante a gravidez. Faltou essa parte no parágrafo em que falo da TVI.
Afixado por: lucklucky em fevereiro 26, 2005 07:17 PMO silêncio de Sócrates é ensurdecedor.
Afixado por: AJ Nunes em março 3, 2005 07:55 PMComo não prometeu nada, está com receio de não cumprir.
Afixado por: bsotto em março 4, 2005 08:23 AMDos jornais:
"Nem sabia Sócrates aquilo que estava a dizer quando anunciou que tempos difíceis vinham aí. É que vêm mesmo."
Sérgio Figueiredo
"Jornal de Negócios", 03-03-05
E também, de um do próprio partido:
"Sócrates conseguiu um fecundo silêncio, para formar o Governo; esperamos que depois não nos dê só "música"..."
José Carlos de Vasconcelos
"Visão", 03-03-05
Ele não deve saber o que fazer. Já se diz que o Vitorino não vai para o governo
Afixado por: fbmatos em março 4, 2005 12:22 PMSe assim for, é um mau começo.
Afixado por: Cerejo em março 4, 2005 02:48 PMNão sejam más línguas!
Afixado por: vitapis em março 4, 2005 03:54 PM