A ideologia dominante no nosso país está a mudar. Lentamente, penosamente, há prenúncios de mudanças. A ideologia estatizante, a do Estado providência, omnipotente, do Moloch para cujo sustento devemos sacrificar os nossos bens e o nosso labor, está em claro retrocesso. O peso do Estado na sociedade portuguesa tornou-se de tal forma excessivo que o sentimento de rejeição por essa presença obsidiante alastra por toda a sociedade. Já existe, na classe política, o consenso sobre que esse Estado obeso e impotente tem que desaparecer, para que Portugal retome a via do desenvolvimento. O único mas difícil problema é o de saber como realizar isso.
Todos os dias vêm a lume estudos em que se provam que este e aquele sector público é o que despende mais na União Europeia e o que presta pior serviço ao público. Foi o que se provou para o sector da Saúde; foi o que se demonstrou abundantemente para o sector da Educação; foi, há dias, um estudo sobre o sector da Justiça, onde se concluiu que Portugal era o país da UE que tinha, de longe, mais juízes e funcionários judiciais, e era aquele onde a justiça era pior, mais ineficiente e mais morosa. Isto, depois de um estudo que provava que um melhor desempenho do sistema judicial se traduziria num acréscimo de 11% na taxa de crescimento do PIB.
A obesidade conduz à morte. Foi o excesso de intervencionismo na economia britânica que levou ao seu declínio, às derrapagens orçamentais, à instabilidade monetária e à revolução Thatcheriana que apostou em menos Estado, num Estado apenas regulador. Mesmo a «terceira via» de Tony Blair foi contrária à ideia keynesiana da despesa pública como motor do crescimento. Foi isso que permitiu que a economia britânica que, a seguir à guerra, era muitíssimo mais próspera que a francesa (e que as restantes economias da Europa Continental), mas que havia estagnado mercê da vertigem estatizante dos governos trabalhistas do pós-guerra, voltasse a recuperar, e seja hoje uma das economias mais sólidas da Europa.
Todavia corremos o risco de atingir a situação do não-retorno. Para haver reformas, o eleitorado terá que as apoiar pelo voto. Ora quanto mais o Estado cresce, maior é a percentagem do eleitorado interessada na sua manutenção funcionários públicos e familiares. Esse eleitorado vota na segurança do seu sustento imediato e na certeza da ruína de todo o país a prazo. Tem pois que haver uma intervenção urgente, porquanto o sector público português ameaça tornar-se num buraco negro cuja força gravítica atingiu tal intensidade que atrai tudo para dentro de si, impedindo qualquer saída.
Alguns protestam contra a privatização do Estado. Esquecem que o Estado já está privatizado. Todos nós estamos reféns de um Estado que não nos pertence, que pertence aos interesses corporativos que se apropriaram deles: sindicatos, chefias, cujo poder depende do número de funcionários delas dependentes, e do espaço que ocupam, etc.. Nós apenas pagamos para o manter, enquanto ele nos presta somente os serviços mínimos, indispensáveis para fazer prova de vida. Aliás, um estudo recente prova que dois terços das tarefas prestadas pelo Estado são prestadas a si mesmo. O Estado vive em autofagia.
Este Estado já não nos pertence, não nos serve, apenas nos sangra. Este Estado está privatizado, mas precisa de nós para nos parasitar.
Guterres teve a atenuante de não perceber o que estava a fazer. Imaginava, na sua inocência, que o erário público era inesgotável. Mas Durão Barroso entrou com a férrea determinação de emagrecer o Estado. Ora tal não aconteceu e, embora a ritmo muito inferior, os efectivos do Estado continuaram a aumentar. O governo de Durão Barroso não teve nem a competência, nem a coragem, para tomar as medidas necessárias. Apenas paliativos financeiros. O governo de Santana Lopes também não tomou medidas, mas não pode ser citado como exemplo. Um governo sempre à beira da demissão, enfrentando uma instabilidade permanente durante os 4 meses que durou, não tem condições para tomar medidas estruturais.
A dificuldade que a nossa classe política tem mostrado em reformar o sector público ameaça a nossa existência colectiva, e é o sentimento crescente dessa ameaça que faz com que haja uma percepção cada vez mais alargada de que urge uma intervenção determinada e drástica.
O governo de Durão Barroso provou que mesmo congelando ou dificultando as admissões, o Estado continua a engordar. As propostas de Sócrates são risíveis e um mau remake das propostas de Pina Moura. Por cada dois que saem, entram três e não um, por muito que o governo proíba o contrário. O que é indispensável é a reforma e a reestruturação dos serviços, mas tal desiderato não se consegue por decreto, consegue-se pela determinação, competência e coragem.
E essa convicção alastra pela sociedade. Se a progressiva obesidade do Estado não for resolvida pela classe política, ou o país implode por incapacidade de saciar a voracidade crescente do Estado, ou o sistema político actual implode por ser incapaz de conter a impaciência dos portugueses em verem as questões fundamentais resolvidas no quadro das instituições vigentes.
Mesmo nos meios de comunicação, tradicionais baluartes dos ícones da esquerda, começa a ganhar algum consenso a urgência do emagrecimento do sector público. Aliás, uma boa gestão não é matéria de esquerda ou de direita. É uma matéria de bom senso e de competência. Esquerda e Direita são conceitos cada vez mais esvaziados de conteúdo. Derivam da localização que os deputados franceses escolheram na Constituinte, na Assembleia Legislativa e na Convenção Nacional, durante a Revolução Francesa. Mas, por exemplo, os Girondinos sentaram-se, nas 2 primeiras assembleias à esquerda e na Convenção Nacional, à direita. Na Câmara dos Comuns britânica significava apenas os lugares dos membros apoiantes do governo, qualquer que ele fosse, à direita, e o lugar da oposição, à esquerda.
Actualmente, alguém reclamar-se de esquerda serve apenas para tentar afirmar-se como estando no que julga ser o lado certo da história. Serve apenas para auto-afirmação política: Eu estou certo, pois sou de esquerda. Todavia, o que é paradoxal, é que, hoje em dia, as forças que se opõem ao progresso são exactamente aquelas que se reclamam com mais veemência de esquerda.
Por isso, Esquerda e Direita são apenas ícones, já sem conteúdo. Não será a sua pretensa dicotomia que constituirá obstáculo às reformas. O obstáculo a essas reformas são os elementos conservadores e imobilistas que apenas se reclamam de esquerda para maquilharem de um pseudo progressismo as suas opções.
joana, 5000 caracteres para dizer que o culpado da depressão da direita é a esquerda ? escusava de de cansar tanto !
Um dia destes não se esqueça de responder ao desafio, já aqui feito por alguém, de comparar os sectores públicos dos países desenvolvidos da Europa com o caso português.
Lembra-se daquele mito criado pelos "empreendedores" portugueses de que eramos um dos países com mais absentismo na Europa ? Caíu o mito e nunca mais foi utilizado ... nem por Vc !!!
... e não se esqueça de por na sua agenda a elaboração de um post sobre a Competência da maioria dos dirigentes das empresas portuguesas.
Afixado por: zippizz em janeiro 24, 2005 11:31 PMNesta questão o mais fácil é dizer que é preciso reduzir o peso do Estado e torná-lo mais eficiente. O dificil é dizer COMO é que isso concretamente se faz. Admito que esse emagrecimento seja possível sem ferir serviços essenciais, mas não aceito que se se fique pelas "bocas". Quem quiser criticar tem de ser capaz de apresentar medidas concretas de correcção. Por mim exijiria que fosse nomeada uma comissão independente de estudo dos vários serviços públicos, para determinar como melhorar e com que meios. O que talvez devesse ser feito por uma empresa de consultadoria externa, talvez estrangeira, que teria trabalho para vários anos.
Afixado por: Albatroz em janeiro 24, 2005 11:36 PMA competência dos gestores das empresas cabe ser avaliada, bem ou mal, pelos accionistas.
A competência do Estado é da responsabilidade do governo que elegermos.
Percebeu, zippiz. Uma questão não pode servir de alibi à outra.
Aliás, quem sustenta o Estado são as empresas, pelo que produzem, pois daí é que saiem os rendimentos que são tributados.
Fica mal a alguém que anda a sustentar o Estado ouvir dizer que é incomptente. Talvez seja. Todavia não aceita lições de competência dos que apoiam a incompetência do Estado.
Pois, gastar mais dinheiro para despedir alguns desgraçados
Afixado por: Cisco Kid em janeiro 24, 2005 11:44 PMJulgo que Zippiz se estava a referir ao facto de que o problema da falta de competitividade das empresas portuguesas não é devido à falta de qualificação dos trabalhadores mas sim à falta de competência dos gestores. As empresas portuguesas bem geridas são competitivas, apesar da menor qualificação dos trabalhadores. O Luxemburgo, cuja população activa é 25% portuguesa, é o país europeu com maior produtividade. Porque lá os trabalhadores portugueses são bem geridos. O nosso esforço deveria ir principalmente para a qualificação dos gestores. O problema é saber quem os iria treinar...
Afixado por: Albatroz em janeiro 24, 2005 11:45 PMAfixado por Joana em janeiro 24, 2005 11:36 PM
donde se pode concluir que o Estado, no que às empresas públicas diz respeito, nomeia incompetentes para as suas direcções e, porque o Estado não é uma coisa tão abstrata assim, os Governos do país têm sido incompetentes.
ps: só comentou o meu segundo post ! ficou incomodada com o primeiro ?!
Afixado por: zippiz em janeiro 24, 2005 11:51 PMJoana,
O que "fica mal" a todos nós , é ouvir como eu hoje ouvi um "dirigente" agricultor dizer "O SR. Ministro mostrou abertura..."
Traduzindo isto em linguagem corrente, "Sua Excelência o Senhor Ministro dignou-se a ser aquilo para que existe, isto é, a ter que trabalhar"...
Mas, isso que me interessa a mim, que já poucos anos de vida terei para me preocupar seja com o que seja....
Acho que só a teimosia me faz vir escrever tudo isto ...
Só que, depois de 26 anos a trabalhar numa sociedade nórdica, tudo isto de Estado e não-Estado me parece surreal....
Olhe, Joana...
Por muito que lhe custe, eu sou de esquerda e estou do lado certo da história...
Morrerei do lado certo e contente...
Espero que a Joana, estando do lado em que está, consiga fazer o mesmo...
A mim, restam-me os anos felizes daquilo em que vivi numa sociedade que a Joana renega e quer desconstuir...
Esperemos que a Joana consiga construir o seu "bunker" e que o consiga defender da sociedade que advoga ...e, acima de tudo, que tenha tempo de o transmitir à geração que a segue... se é que pensa que algo a poderá seguir....
Afixado por: re-tombola em janeiro 24, 2005 11:52 PMAlbatroz: O Luxemburgo é uma economia demasiado pequena para ser típica. O Luxemburgo vive de estar no centro da Europa, ser a sede do BEI e de alguma organizações comunitárias.
A produtividade macroeconómica não é comparável. Ela é definida pela produtividade dos sectores abertos ao exterior.
Um cabeleireiro no Luxemburgo é muito mais caro que em Portugal. O mesmo sucede com restaurantes, etc.. Logo a produtividade macreconómica medida nesses sectores é maior. Mas a produtividade física poderá não ser superior.
Portanto, um trabalhador português pode ter a mesma produtividade física no Luxemburgo e em Portugal, mas como ganha muito mais lá, a sua produtividade lá é maior.
Isto sucede porque cabeleireiros, restaurantes, empregadas domésticas, etc., não são sectores abertos ao exterior.
O que afecta a produtividade do país é a produtividade dos sectores onde pode haver trocas com o exterior.
No nosso caso, a nossa competitividade nesses sectores é baixa e as empresas e os trabalhadores ainda suportam uma fiscalidade muito forte, para sustentar o Estado, o que lhes diminui a competitividade.
re-tombola: você pode morrer feliz, mas não se esqueça, no leito da morte, de advertir os seus netos que eles terão uma pesada factuara para pagar pela sua felicidade
Afixado por: Joana em janeiro 25, 2005 12:01 AMSua felicidade, do re-tombola, não deles que estarão desgraçados.
Afixado por: Joana em janeiro 25, 2005 12:02 AMzippiz: a questão da competência dos gestores das empresas públicas não é matéria tão simples. Conheço alguns. Inclusivamente o meu pai, durante 3 anos, há uns 20 anos, foi vogal do CA de uma empresa pública importante (jurou para nunca mais!).
É muito complexa a tomada de decisões numa empresa pública, nomeadamente decisões estratégicas. Por outro lado há muitos empecilhos à gestão do pessoal. Um administrador fica de mãos atadas.
Depois há a competência dos administradores, que muitas vezes são repescados da função pública ou da universidade (o que é mais vulgar no caso do PS) e que não fazem a mínima ideia como funciona uma empresa.
Por exemplo: se a CGD não tivesse o monopólio do depósito dos vencimentos do funcionalismo público já teria falido. A CGD vive de ser o Banco do Estado. Não é competitiva, a nível de angariação de clientela, com os outros bancos.
É o próprio sistema que está errado, não são os administradores, embora estes também possam constituir problema.
Qual é a Constituição de país europeu em que no seu artigo primeiro afirma:
"É proibido morrer de fome"?
JOANA:
Escreva aí:
"É proibido não trabalhar em Portugal"
"É proibido ser preguiçoso em Portugal"
Pensará o Povo Português (acho piada falar em Povo Português) que ainda está no periodo do ócio,como foi logo a seguir às grandes descobertas maritimas?
Regeneração
Primeira República
Ditadura Militar
Fascismo
Guerra Colonial
Abrilada
Descolonização
Nacionalizações
25 de Novembro
Democracia à Portuguesa
Nem a Alemanha passou por tanta "pulhice",tendo sido derrotada duas vezes.
JOANA:
Acha que o "sitio" é viável com o "Povo Português"que possui?
Afixado por: Joana em janeiro 25, 2005 12:02 AM
Terei, então, que ter o cuidado de não lhes dizer que foram as Joanas deste país que lhes vincularam a "desgraça", não é verdade?
ps: salvaguardando, claro!, que nem todas a Joanas têm essa culpa: (é que Joana a minha segunda filha e vai ser mãe agora em Maio...)
Afixado por: re-tombola em janeiro 25, 2005 12:38 AMA Joana tem razão quanto ao peso excessivo do Estado. Agora eu não sei como se consegue resolver o assunto sem aumentar o desemprego e a miséria
Afixado por: vitapis em janeiro 25, 2005 12:49 AMJoana em janeiro 24, 2005 11:57 PM
Parece que, na sua opinião, a maioria dos portugueses no Luxemburgo são cabeleireiros, donos de restaurantes e empregadas domésticas. Tem estatísticas que comprovem isso? É que se, pelo contrário, a maioria dos portugueses no Luxemburgo trabalharem em empresas abertas à concorrência exterior, então a sua maior produtividade será insofismável e terá de ser o resultado de uma melhor gestão. Que é a tese que eu defendo.
Depois a Joana afirma que "a nossa competitividade nos sectores onde pode haver trocas com o exterior é baixa", mas esquece empresas como a Auto Europa, a Siemens, a Continental (Mabor) ou a portuguesíssima Iberomoldes, que são altamente competitivas - apesar da mão-de-obra portuguesa - porque são bem geridas.
Afixado por: Albatroz em janeiro 25, 2005 12:56 AM.
Às vezes dá-me para ser "masoquita" e... pensar.
Luxemburgo... portugueses.... produtividade...
Pensando: será que os cabo-verdeanos que produzem em Portugal, produziriam em Cabo Verde??
A seguir, penso: pá! estás a ser estúpido... Então em Cabo Verde existem empresas? Ou empresários? ou seja lá o que for para além da cachupa?
Hummmm...
Dou voltas na cama, a ver se o pensamento se vai... se se "esvais"...
Ahhhh!, digo-penso eu... Luxemburgo!
POis... Só me sai: pneus novos... suspensões... (era isso que costumava comprar, quando ia de propósito aquele local )...
Mas... continuo sem conseguir arranjar uma correlação entre Luxemburgo e Portugal....
Oiço umas vozinhas lá ao fundo a dizer: são portugueses!... são portugueses!...
Mas.. hummmm também Fernão Mendes Pinto era Português... também eu sou português...
O melhor é continuar a dormir....
.
Às vezes dá-me para ser "masoquita" e... pensar.
Luxemburgo... portugueses.... produtividade...
Pensando: será que os cabo-verdeanos que produzem em Portugal, produziriam em Cabo Verde??
A seguir, penso: pá! estás a ser estúpido... Então em Cabo Verde existem empresas? Ou empresários? ou seja lá o que for para além da cachupa?
Hummmm...
Dou voltas na cama, a ver se o pensamento se vai... se se "esvais"...
Ahhhh!, digo-penso eu... Luxemburgo!
POis... Só me sai: pneus novos... suspensões... (era isso que costumava comprar, quando ia de propósito aquele local )...
Mas... continuo sem conseguir arranjar uma correlação entre Luxemburgo e Portugal....
Oiço umas vozinhas lá ao fundo a dizer: são portugueses!... são portugueses!...
Mas.. hummmm também Fernão Mendes Pinto era Português... também eu sou português...
O melhor é continuar a dormir....
Parece que a conversa da Joana provoca insónias.
Afixado por: Rui Sá em janeiro 25, 2005 01:18 AM
Cara Joana,
Depois dos filmes todos, resta-me uma pergunta... hum.. lá vai...
Eu trabalhei e vivi durante 20 e muitos anos numa sociedade nórdica...
35% (!!!) do que ganhava era descontada em impostos....
Mas... pois! Está "lá" tudo!
Está a Joana preparada para isso?
ps: uma outra pergunta (ou pedido)... tente analisar porque é que a sociedade Suaeca, ou Finlandesa, ou Norueguesa, "sobrevive" à falência do estado-protector....
Afixado por: re-tombola em janeiro 25, 2005 01:19 AMMoloch ?
Cheira-me a bébés e incubadoras....
eehehehehhe
.... " O que é indispensável é a reforma e a reestruturação dos serviços, mas tal desiderato não se consegue por decreto, consegue-se pela determinação, competência e coragem."
Je ne suis pas du tour d´accord avec cela.
1º - Les lois, quando on les faits, eles doivent être simples et éfficace.
2º - il y a une loi/atittude en France et en d´autres Pays, qu´on appele la confiance au préalable, c´est à dire...que le citoyen a raison , sauf s´il y a la preuve du contraire.
Cette manière de voir et de faire les petites et les grandes choses...fait que la société foncionne normalment sans problèmes. Donc, on pourra même dire, qu´ils sont très competents, parce que tout est facile et très simples.
C´est d´ailleurs le problème central, que les politiciens Portugais n´en parlent pas, car ils ne veulent rien modifié, puisqu´ils pensent tous aux recettes de la burocracie.
Je ne suis pas du TOUT d´accord avec cela.
Caractéristique de la Connaissance
Définition
Que pouvons-nous connaitre ?
Pas grand chose finalement. Ne serait-ce que par l'étendue, hors d'atteinte pour une seule personne, des connaissances actuelles et la complexification grandissante de celles ci à mesure que l'on se rapproche de la réalité physique et mathématique.
Quelles sont les sources primaires de la connaissance ?
Nos sens physiques d'un côté et nos intuitions mentales de l'autre. Nous ne pouvons qu'approcher la réalité avec nos modélisations partielles de celle ci. Nos sens comme notre raison peuvent nous tromper.
La confrontation à la réalité grâce aux expériences et la confrontation à la cohérence mathématique grâce aux démonstrations sont les seules méthodes que nous avons pour nous approcher de la réalité des objets que nous voulons connaitre.
Une certaine partie de nos capacités à raisonner ont été contraintes par des dispositions innées de notre corps et de notre esprit. Cependant il n'est peu probable que l'on possède à la naissance des connaissances autres que comportementales.
Les seules choses que l'on peut connaitre exactement sont la connaissance sur la connaissance comme le dit Kant ainsi que notre propre conscience d'exister à un moment donné comme le dit Descartes. Le reste ne nous est connu qu'indirectement.
Une définition de la connaissance
Représentation immatérielle d'une partie du monde (physique, de la conscience ou mathématique) structurée pour un objectif précis. Les connaissances sont des données qui influencent le déroulement de processus. En structurant de différentes façons restrictives l'information, on obtient des connaissances différentes. La connaissance est robuste à condition d'être mathématiquement cohérente et de résister à l'épreuve des faits. La métaconnaissance est une connaissance portant sur elle-même. La connaissance est au centre d'un cycle de traitements qui commence par la création, puis viennent la communication, l'accès, l'acquisition et enfin l'utilisation directe ou indirecte pour créer de nouvelles connaissances. À chaque fois une représentation adaptée est utilisée.
Todavia, o que é paradoxal, é que, hoje em dia, as forças que se opõem ao progresso ????
C´est quoi ça ?
le progrès ? qu´est-ce que ça veut dire ?
ahhhhh des esclaves...comme à Rome...
d´accord..j´ai compris...
....são exactamente aquelas que se reclamam com mais veemência de esquerda.
Il y a des gens qui arrivent à voire l´Histoire au contraire ! comment font-ils ?
Afixado por: Templário em janeiro 25, 2005 02:16 AMPor isso, Esquerda e Direita são apenas ícones, já sem conteúdo.??????
Depuis quand ?
Não será a sua pretensa dicotomia que constituirá obstáculo às reformas.
Ah bon ? je pensais qu´il y a avait ceux qui voulaient et ceux qui ne voulaient pas !
O obstáculo a essas reformas são os elementos conservadores e imobilistas que apenas se reclamam de esquerda para maquilharem de um pseudo progressismo as suas opções.
il y a peut-être des erreurs de traduction...c´est bien possible..., avant ce n´était pas la dicotomie, maintenant c´est la gauche la coupable, eh bas dis donc, hem.... les portos sont difficiles à comprendre... ça change maintenant ?
Pois é, o ícone sem conteúdo que é a direita vai perder as eleições e quem as vai ganhar é o ícone sem conteúdo que é a esquerda. Como na lógica dos ícones sem conteúdo eles não se distinguem, os resultados vão ser assim apresentados:
Ícone sem conteúdo .... 47%
Ícone sem conteúdo .... 29%
Ícone sem conteúdo .... 11%
Ícone sem conteúdo .... 5%
Ícone sem conteúdo .... 4%
Ícone indiferenciado .. 2%
Ícone indiferenciado .. 2%
Ó Joana, vai dar banho ao cão!
Afixado por: em janeiro 25, 2005 04:13 AMCom tanto exibicionismo bacoco de pretensa erudição linguística, as páginas amarelas deste blog estão a transformar-se numa espécie de Quintarola das Celebridades.
Voilà!
Ouvi o Professor Marçal Grilo afirmar que 80 % dos nossos empresários têm o 9º ano de escolaridade ...
Afixado por: asdrubal em janeiro 25, 2005 10:36 AMEstes posts da Joana são mesmo irritantes. Basta ler os comentários
Afixado por: Diana em janeiro 25, 2005 10:44 AMFaz perder a paciência a qualquer um que "se reclame de esquerda"
Afixado por: Diana em janeiro 25, 2005 10:45 AMÓ Templário - e quem pergunta não ofende - Vc. já adquiriu o seu «metaconhecimento» de si, ou ainda esperneia no divã da vida ?
Afixado por: asdrubal em janeiro 25, 2005 10:48 AMÀquela hora esperneia no divã da insónia
Afixado por: Coruja em janeiro 25, 2005 10:55 AMDe acordo com o NULL, o ícone sem conteúdo vai ter mais de 90% dos votos.
Pode rever a constituição
E daí não, como não tem conteúdo, não sabe o que fazer
Afixado por: Hector em janeiro 25, 2005 11:17 AMMoloch os tomates. Ela quer é destruir o Estado social
Afixado por: nuncio em janeiro 25, 2005 11:34 AMMoloch não come tomates, só criancinhas e canhotos
Afixado por: asser em janeiro 25, 2005 12:29 PMre-tombola em janeiro 25, 2005 12:38 AM:
Os vínculos desapareceram com a eliminação dos morgadios.
Quanto à herança para os seus netos, ela será deixada pelos adoradores do Moloch, que recusam a reforma do Estado e deixam o pagamento desses custos cada vez mais insuportáveis para as gerações vindouras.
Será você um dos responsáveis e não eu. Eu apenas alertei para a catástrofe. Você pensa que não falando nela, ela não vai acontecer e vive embalado por mitos obsoletos
re-tombola em janeiro 25, 2005 01:19 AM
Não compare a produtividade dos países nórdicos com Portugal. Mas deixe-me dizer-lhe que o país mais rico, a Noruega, é um dos grandes exportadores de petróleo. Quanto à Suécia atravessa uma crise profunda e é o próprio modelo que está ser agora contestado.
Para lhe dar uma ideia da diferença abissal de produtividade na função pública, um professor sueco trabalha o horário completo na escola, enquanto o português trabalha 21h no início de carreira e 8 a 12 horas no fim, tendo muitos horário 0.
E no topo de carreira, os vencimentos são idênticos. Se você viveu num país desses sabe o que isso significa, atendendo ao custo de vida. Jantar fora na Suécia é um luxo.
Albatroz em janeiro 25, 2005 12:56 AM:
Citei aquelas profissões apenas como exemplo.
Quanto à Auto-Europa, apesar da elevada produtividade, você deve saber dos esforços que têm sido feitos para manter a empresa cá, das cedências que os trabalhadores têm consentido, contra a opinião dos sindicatos.
Aliás, tudo indica que a produtividade dos nossos sectores exportadores tem aumentado muito acima da média. O Banco de Portugal reconheceu, há meses, que se os nossos sectores exportadores tivessem aumentado a produtividade de acordo com a média nacional, já teriam há muito deixado de exportar e a nossa situação económica estaria muito mais degradad do que está.
Afixado por: Joana em janeiro 25, 2005 12:58 PMAlbatroz em janeiro 25, 2005 12:56 AM:
Citei aquelas profissões apenas como exemplo.
Quanto à Auto-Europa, apesar da elevada produtividade, você deve saber dos esforços que têm sido feitos para manter a empresa cá, das cedências que os trabalhadores têm consentido, contra a opinião dos sindicatos.
Aliás, tudo indica que a produtividade dos nossos sectores exportadores tem aumentado muito acima da média. O Banco de Portugal reconheceu, há meses, que se os nossos sectores exportadores tivessem aumentado a produtividade de acordo com a média nacional, já teriam há muito deixado de exportar e a nossa situação económica estaria muito mais degradad do que está.
Afixado por: Joana em janeiro 25, 2005 01:01 PMRelativamente a este post e ao que escrevi sobre a economia britânica, leiam, sff, o que Sarsfield Cabral escreveu hoje no DN:
«incapaz de concretizar reformas, a economia alemã passou a ser o "doente" da Europa, substituindo a Grã-Bretanha anterior a M. Thatcher estagnou de 2000 a 2003 e no ano passado cresceu apenas 1,7 %.»
Re-tombola
Se você for agora à Suécia há-de ver a inveja com que eles falam da Noruega (e mesmo da Dinamarca), que há uma ou duas décadas estava mais atrasada que eles.
O modelo sueco, o ídolo de muitos de nós, está esgotado. Assim como a social-democracia alemã, que faz reformas muito mais duras que as que Bagão quis fazer, e você detesta, e não sai da recessão
Veio cheia de genica ao almoço!
Afixado por: David em janeiro 25, 2005 01:30 PMAcho que você anda a gastar cera com ruins defuntos. Mas alguma coisa ficará, com certeza.
Afixado por: David em janeiro 25, 2005 01:31 PMQuem soubesse, diga-nos por favor o valor exacto da dívida externa portuguesa, a que ritmo é paga, e se é possível prever-se por quantos anos perdurará.
Afixado por: asdrubal em janeiro 25, 2005 01:43 PMGenica para escrever asneiras não serve para muito
Afixado por: nuncio em janeiro 25, 2005 01:46 PMO Sócrates é engenheiro de quê?
Que eu saiba, três anos (!!!) de Coimbra não dão direito a tal título académico.
E que dizem a isto os engenheiros e a respectiva Ordem?
Não sabia que o Sócrates era um engenheiro de aviário!
Afixado por: Ant Curzio em janeiro 25, 2005 02:15 PMeheheh!
o Luxemburgo não será bem um país,, mas sim uma zona económica exlusivamente criada pelos yankees para gerirem os seus investimentos na Europa no pós-guerra (uma vez que a sobrelotada Suiça não lhes garantia a exclusividade)
Os portugueses trabalhadores "de sucesso" aí radicados asseguram os serviços de apoio de quartos, gestão de tascas e de enfermarias.
Querer inferir, destes dados simples, grandes teorias "macroecómicas" é mesmo de quem tá habituado(a) a olhar pró céu e vê-lo azulinho,,,
Será que o Templário é um pseudónimo do Dr.Mário Soares? Tudo leva a crer, pelo francês que apresenta. Hehehehe! Il y a mer et mer, il y a aller et voltaire.
Afixado por: Emílio de Sousa em janeiro 25, 2005 02:43 PMJanica, és a única pessoa inteligente em Portugal. O resto são 9.999.999 estúpidos.
Dizes aí uma data de lugares comuns que foste buscar a qualquer lado, vê-se que há colagens.
O Estado não está falido, está mal gerido. Portanto é correr com a cambada e pôr lá pessoas competentes, que obviamente não incluiem o Félix, o Portas, o Santana e a restante cambada.
E deixa-te de catastrofismos baratos que isso já não se usa.
Isto da política está tudo inventado, é só querer que a coisa resolve-se!
Agora vai mas é pensar noutras coisas menos maçadoras!
Normalmente o que está falido está mal gerido. Que ganada conclusão.
Afixado por: Coruja em janeiro 25, 2005 02:59 PM"Isto da política está tudo inventado, é só querer que a coisa resolve-se!"
...
Querer, querer e lá vamos
Tronco em flor estende os ramos
Á mocidade que passa
...
JOANA
Que é isso? O prof.trabalha 21 horas no incio da carreira e no final de 8 a 12?
Eu zango-me!
Tenho a mania de preparar lições,fazer fichas,testes,corrigi-los.
Vou ao computador e toca de gastar dinheiro fazendo material para os pupilos.
Depois,dou aulas desde 01/10/59 e ainda não solicitei a aposentação.
No final de carreira,quantas horas disse?
Não precisa de enveredar pela mentira,mesmo que ela seja piedosa!
JOANA:
Olhe que eu escrevo o CREPÚSCULO DAS JOANAS !!!
Afixado por: ZEUS8441 em janeiro 25, 2005 04:33 PMVocê é irritante, Joana, com essa sua fúria de desancar o politicamente correcto.
Deve ser a pessoa mais odiada da blogosfera
Basta ler os comentários aqui, e o que dizem noutros blogs, deste, para se saber isso, Filipa
Afixado por: David em janeiro 25, 2005 05:20 PMBasicamente acho que a Joana tem razão. Anda sempre à volta deste tema, o que pode parecer excessivo, mas como também ninguém quer resolver ...
Another brick in the wall
Afixado por: Senaqueribe em janeiro 25, 2005 10:09 AM
Senaqueribe
Você, conjuntamente com a corujinha, são os heterónimos de Joana. Por isso você escreve dessa maneira, pretendendo ridicularizar, os comentadores deste blog. Pois só joaninha, poderia escrever ( páginas amarelas ) para se referir aos comentadores.
Assim sendo:
A autora deste Blog, apenas escreve para, 0,0005% de Portugueses, pois sua PRETENSA erudição apoiada numa surpérflua adjectivação por vezes seguida de ironias despropositadas, não é perceptível pelos portugueses e apenas lhe resta seu espelho lindo para a compreender...
Escrevendo eu, um português compreendido por 9,999 milhões de portugueses e não sendo entendido pela ERUDITA AUTORA, decidi escrever em Francês, para que ela perceba melhor !
Já agora lhe digo, que tomara esta querida autora, que este blog chegasse ao nível da quinta das celebridades, pois tal significaria a sua consagração, o que me desiludiria imenso, pois ainda corria o risco de a gramar nas TV´S, substituíndo o barraqueiro Marcelo.
Safa !
Emílio de Sousa em janeiro 25, 2005 02:43 PM
És tão parvo que fazes um blog com fundo negro, mas reflectindo melhor...até condiz com tua inteligência defunta !
Emílio de Sousa em janeiro 25, 2005 02:43 PM
És tão parvo que fazes um blog com fundo negro, mas reflectindo melhor...até condiz com tua inteligência defunta !
Sarsfield Cabral ???
Este rapazito quantas empresas já salvou da falência ?
Em que empresa ele suou ? Em que empresa, ele transformou a rentabilidade?
ou foi na RTP e na SIC ?
Afixado por: Templário em janeiro 25, 2005 09:43 PMSarsfield Cabral ???
Este rapazito quantas empresas já salvou da falência ?
Em que empresa ele suou ? Em que empresa, ele transformou a rentabilidade?
ou foi na RTP e na SIC ?
Afixado por: Templário em janeiro 25, 2005 09:43 PM(...) Lembra-se daquele mito criado pelos "empreendedores" portugueses de que eramos um dos países com mais absentismo na Europa ? Caíu o mito e nunca mais foi utilizado ... nem por Vc !!! (...)
Joana,
escrevi o supra no primeiro comentário deste seu post. Continuo à espera que "desfaça" o meu ponto de vista !
xatoo em janeiro 25, 2005 02:29 PM
Fica-se a saber que 25% dos trabalhadores no Luxemburgo (os portugueses constituem 25% da população activa desse país) se limitam a assegurar "os serviços de apoio de quartos, gestão de tascas e de enfermarias". Deve haver por lá muitos hotéis, muitas tascas e muitas enfermarias... Onde diabo vai esta gente buscar os disparates que colocam por aqui?...
Afixado por: Albatroz em janeiro 26, 2005 12:02 AMAlbatroz
Querem dizer, que os Portugueses não ocupam lugares de Gestão e Decisão, e que são uns meros escravos.
É esta gentinha que domina este País e que vive à conta, das receitas que os emigrantes do Luxembourg enviam cá prós Tugas gozarem o Pagode.
E são tão parolos, que chamam aos licenciados, doutores !!!
Portanto isto é.. um País de doentes...por isso há maleitas em todas as áreas !
A Solução Económica, Exportar Escravos !
A Dona Joana que se diz economista, e que apresenta sempre um futuro económico desastroso para Portugal, devido a não exportarmos nada, esquece-se que sempre exportámos escravos, e que esta receita sustentou Portugal nos últimos 30 anos, e não parará de aumentar nos próximos 10 anos, sossegando desde já os nossos brilhantes economistas pois tais receitas sustentarão todas as experiências, dos incompetentes dirigentes TUGAS!
Afixado por: Templário em janeiro 26, 2005 12:25 AMPara que conste a Janica ontem esteve agarrada a esta coisa das:
9,28 às 12,34 AM
13,14 às 16,34 AM
17,11 às 19,29 AM
Depois das 10,00 até sabe-se lá quando que agora vou-me embora.
Tudo apanhado no Sitemeter, onde a vergonhosa utiliza vários IP Adresses mas identificáveis pelo ARIN e tempos de utilização.
Portanto não faz mais nada na vida, trabalha para o partido.
Sendo uma pessoa mentirosa, aconselho o povo a pôr-se a pau não vá o diabo tecê-las.
Há um grande desnível neste blog entre a autora e boa parte dos comentadores.
Acho que ela não merecia isto.
O Estado Social não existe. Existe o estado dito "Social". Tal como qualquer Pai Natal não passa de um velhote mascarado, o estado "Social" é um sistema obtuso mascarado de uma fantasia infantil.
Afixado por: Mário em janeiro 26, 2005 05:17 PMJanica, tens muitos nicks hoje.
Gostei da tua explicação e dos vários nicks que utilizaste.
Hoje estiveste aqui:
Das 9,38 às 12,45;
Das 13,03 às 17,34
Desde as 18,01.
Logo, não fazes nada na vida.
Agora assume as tuas alrabices e deixa de seres Diana, Tass Bem (aqui foste muito ordinária, filhosa), Coruja, Senaqueribe, David e o resto das tuas palhaçadas.
O maridito já fugiu, não? Os putos estão encardidos?
Afixado por Átila em janeiro 26, 2005 06:54 PM
Dizes tu, ó Tass Joana Bem:
Fechei o acesso ao sitemeter porque, frequentemente, aparecem domínios de empresas, portuguesas e estrangeiras, entidades públicas, etc.Para mentalidades doentias, com espírito de polícia político e de costumes, que se comprazem em devassar tudo e todos, não parece aconselhável, para sossego de quem frequenta este blog, ter acesso a essas informações, por muito pouco significado que tenham. Não têm significado mas servem de "base" para especulações absurdas, doentias, mas incómodas para quem frequenta este blog."
Eheheheheheheheheh, algum pacóvio acredita nisto, ó palhaça? Fechaste porque dá para ver que passas aqui o dia. Desonesta. A mim nunca me enganaste.
E deixa lá de seres o Tass Bem, o Coruja, a Diana, o Senaqueribe, o Hector e demais palhaçadas que usas para aumentares o visor do sitemeter.
Então fechaste por causa do que dizes acima? Ou foi porque eu te desmascarei?
Começas a evidenciar sinais de fraqueza, pensei que eras mais espertinha, eheheheheheh...
Afixado por: Átila em janeiro 26, 2005 07:15 PMOh Joana!
Os "pinsadores" liberais e neo-liberais tem feito um enorme esforço para nos vender essa patranha do MENOS ESTADO...MELHOR ESTADO. Pelos vistos já têm um discípulo. A JOANA.
Mas olhe que em Portugal,30 anos de governos liberais (PS, PSD, CDS e combinações de uns e outros, o que fizeram foi delapidar o património público, os bens do estado (e os milhões recebidos por terem vendido o país à CE a preço de saldo),transformando - isso sim - o país num ESTADO PROXENETA!
Um estado que recorre sistematicamente ao aumento dos impostos sobre os contribuintes (sistematicamente àqueles que trabalham por conta de outrém, porque não têm hipóteses de fuga)para resolver os problemas causados pela sua incompetência.
Sim, um estado que
Afixado por: Elmano em janeiro 26, 2005 07:17 PMPois, foram 30 anos de governos "liberais" a tentarem sair da ruína do PREC. Primeiro convencer o PS a privatizar sectores que custavam rios de dinheiro aos contribuintes.
A seguir limpar a borrada que o Guterres fez de aumentar em 80 mil os funcionários públicos e aumentar-lhes os vencimentos muito acima do crescimento económico (não me parece que a política do Guterres do emprego público seja neo-lberal)
A competência dos gestores de empresas tem que ser avaliada pelos accionistas. Pois é. Mas a utilidade ou nocividade para a República das empresas e dos seus gestores tem que ser avaliada pelos cidadãos.
Afixado por: Zé Luiz em janeiro 29, 2005 01:27 AMAfixado por Zé Luiz em janeiro 29, 2005 01:27 AM:
Há frases que se escrevem, que devem parecer sonantes a quem as escreves, mas que são completamente cretinas.
«a utilidade ou nocividade para a República das empresas e dos seus gestores tem que ser avaliada pelos cidadãos».
Aquele gestor é incompetente. Os cidadãos demitem-no. E depois, o que fazem?
Se o gestor é incompetente e é o dono, vai à falência e perde tudo. Se não é, é substituído pelos accionistas.
Não são os cidadãos que demitem os patrões. São estes que se demitem de cidadãos e vão procurar outros países com menos imbecis que cá, e vão investir longe.
Porque há cada vez menos investidores interessados em Portugal? Por haver muitos lunáticos como você.
Quando o último se for embora, quero ver como o Estado vai pagar aos funcionários públicos. Porque são as empresas que produzem riqueza e é daí que vai o dinheiro para pagar ao Estado.
A propósito, do JN:
Belmiro recusa investir mais em Portugal
Belmiro de Azevedo disse ontem não pretender fazer mais investimentos em Portugal. Para o presidente do grupo Sonae, a prioridade de investimento centra-se, agora, em mercados onde exista consumo, pelo que deverá ser incrementada a já forte presença do grupo em mercados estrangeiros, como o Brasil ou o Canadá, disse à RTP, à margem do Fórum de Davos, na Suíça.
LM, eu é que sou lunático?
Então se uma empresa - por exemplo, uma suinicultura - estiver instalada a montante do lugar onde vivo e inquinar a água que eu bebo, eu não tenho, como cidadão, o direito de avaliar da sua utilidade ou nocividade? Deixo esse cuidado aos accionistas e aos clientes?
O problema da direita lunática é não ter compreendido ainda duas evidências: que o verbo «produzir» é transitivo, e que só é «riqueza» o que é útil - o mais útil possível para o maior número possível de pessoas.
Afixado por Zé Luiz em janeiro 29, 2005 08:11 PM:
Peço-lhe que não desconverse.
É claro que uma empresa, eu, você, etc., temos que cumprir as leis. Entre elas a de não causar danos ambientais. Você escreve uma verdade de La Palice sem qualquer objectivo tirando o de desconversar.
O problema é que não era isto que se discutia, mas sim a competência (e a utilidade) dos gestores. Sobre as empresas serem ou não competitivas. E era sobre isto que eu escrevi.
Percebeu?
LM:
Cada vez me convenço mais que as duas palavras mais difíceis de entender na língua portuguesa são a palavra «se» e a palavra «mas».
Aqui trata-se da palavra «mas». Releia o meu primeiro post e veja o que realmente lá está escrito.
Você quer limitar a questão à «competência», eu quero alargá-la a outros critérios de avaliação: desculpe lá, mas estou no meu direito.
Que as empresas têm de cumprir a lei, como eu e você, pode parecer-lhe a si óbvio demais para ser dito; mas com os empresários a dizer, um pouco por todo o mundo, «deixem-me fazer o que quero ou eu vou para lugares onde as leis sejam mais flexíveis», torna-se imperioso insistir no óbvio.
A mim nunca me convenceram essas tretas tecnocráticas da competência em abstracto, da eficácia em abstracto, da produtividade em abstracto.
Competente tanto pode ser um médico como um assassino, eficaz tanto pode ser um beijo como um tiro, produtivo tanto pode ser um fabricante de aspirina como um de cocaína.
Como cidadão, não me interessa saber se um empresário é ou não competente, interessa-me sim saber se é competente a favor da República ou competente contra ela. Se com isto alargo a discussão para fora do âmbito que lhe convém a si, «tant pis».
Zé Luiz:
Não é óbvio. É desconversa. Os empresários não investem cá não é pelo receio das normas ambientais. Na R. Checa elas são iguais às nossas, e o mesmo sucede, ou sucederá obrigatoriamente, nos outros novos países da UE.
Investem fora do país porque a mão de obra é mais barata, porque há maior mobilidade do mercado de trabalho, a burocracia é menor, os impostos são mais baixos, etc. Escusa de lhes fazer sermões moralistas que eles vão na mesma.
Os nossos suinicultores não vão para sítio nenhum, porque não iam lá fazer melhor do que aqui. Falo de investimento qualificado.
Será que continua a não perceber?
Não sei o que é que entende por empresário competente a favor da república, nem isso interessa. O empresário estabeleceu-se para desenvolver uma actividade. Se a desenvolve, cria emprego. É evidente que o empresário terá que se sujeitar às normas ambientais, fiscais etc. Se ele desenvolve essa actividade, é a favor da república. Se lhe criam obstáculos: burocracias, impostos excessivos, rigidez laboral, vai-se embora. É simples.
Quem é agora contra a república? O empresário, ou aqueles que criaram as condições para ele se ir embora?
Se lhe oferecerem, a si, um emprego em melhores condições (qualidade, salários, etc.) você muda para esse emprego, não é?
Porque é que o empresário não pode fazer o mesmo?
Zé Luiz. Sou engenheiro e tenho visto de perto muitas empresas industriais. Esse seu tipo de conversa não leva a sítio nenhum. Serve só para estar no café sentado a lamentar-se da situação do país, dos empresários etc.
Claro que há maus empresários. Mas o Estado não pode utilizar esse álibi para continuar ser o empresário pior que existe no país. Nem você. Por 2 razões:
É uma falsa questão, pois o papel do Estado é gerir bem os seus serviços.
Não ganha nada com isso. Você acha que esses escritos convencem algum empresário a ficar, a aumentar o emprego, a investir?
Zé Luiz em janeiro 29, 2005 11:20 PM
Há pessoas que reduzem as sociedades ao nível dos números da produção, e assim sendo, todos os empresários europeus terão que se deitar ao mar, pois os chineses batem todos em produção, competitividade e lucros.
Esquecem-se que há política, e que a política pode decidir e contrariar tudo até as produções e ou exportações, recordo-me dos anos 70 em que os Japoneses ameaçam o mundo com a sua competitividade, e bastou a Europa e os EUA imporem impostos a esses produtos para se acalmarem.
Templário:
Em primeiro lugar o Japão tornou-se a 2ª maior potência económica do mundo. Não vejo acalmias.
Em segundo lugar, agora há a liberalização comercial. Você não pode pôr nenhuns impostos lfandegários aos produtos cujo comércio foi liberalizado.
Será que ainda não se apercebeu que os próprios alemães estã à rasca?
Ora quando se está à rasca, inventam-se medidas de salvação, além do mais os seus dados estão completamente desactualizados, pois o Japão desde 1987 até hoje ainda não se levantou e a 2ª economia do mundo foi a Alemanha, tendo mesmo sido salvo erro em 2000 a 1ª potência económica.
Actualmente a 2ª potência é a China, só que os economistas não a aceitam, por seu PIB ser ainda baixo, mas a CHINA é dos poucos Países que tem superavit enorme, devido ás exportações.
E os EUA desencadearam a tal guerra preventiva, não contra o Saddam, mas sim contra a China, pois controlando o petróleo, conseguem aguentar os chineses.
Não é por acaso que o petróleo passou para o dobro do preço após a tomada do Iraque, aliás eles até justificam com a enorme dependência da China em petroleo e os "mercados" agradecem !
L M em janeiro 30, 2005
Duas questões:
1º - O problema dos maus gestores é fundamental, porque são eles, e não os trabalhadores, que reduzem a nossa competitividade. Trabalhadores pouco qualificados mas bem dirigidos são produtivos. Bons trabalhadores mal dirigidos são improdutivos.
2º - Para escapar ao massacre chinês - e, em breve, indiano - a Europa vai ter de sair da globalização. Vai ter de impor barreiras alfandegárias elevadas e refugiar-se no interior da sua fortaleza. E depois, enquanto for inovativa, vai prosperar, à custa do seu imenso (500 milhões de consumidores) mercado interno.
Afixado por: Albatroz em janeiro 30, 2005 11:23 AM(cont.)
O problema é o petróleo, que a Europa não tem. Mas isso resolver-se-á com a mudança, a prazo, para uma economia baseada no hidrogénio. Quanto à petroquímica, pode ser feita a partir do carvão. Sem falar de uma química industrial baseada na sílica (silicones), em vez do carbono.
Afixado por: Albatroz em janeiro 30, 2005 11:27 AMAlbatroz em janeiro 30, 2005 11:23 AM:
A crise doe empresários resolve-se numa economia de mercado livre, sem burocracias, nem compadrios. Oss bons ficam e os maus não se aguentam.
O Estado tem apenas que melhorar os seus serviços, eliminar a burocracia pôr a justiça a funcionar com rapidez.
O Estado não tem outros meios para melhorar os empresários.
Quando o Estado se substitui aos empresários que não prestam ainda faz pior, e à custa dos contribuintes
Afixado por: L M em janeiro 30, 2005 01:20 PMAlbatroz em janeiro 30, 2005 11:27 AM:
O carvão não serve para a indústria petroquímica. São necessários os hidrocarbonetos.
No entanto, as petroquímicas precisam de pouco crude, comparativamente com as centrais térmicas.
L M em janeiro 30, 2005 01:23 PM
Se não estou em erro, tanto a Alemanha hitleriana como a África do Sul fizeram gasolina a partir do carvão. Logo, pelo mesmo processo, o carvão pode dar origem aos produtos normalmente produzidos a partir do petróleo. Ou estou enganado? Ao fim de contas a minha área de conhecimentos é a economia, não é a engenharia. E já agora, como engenheiro, que acha da alternativa dos silicones?
Afixado por: Albatroz em janeiro 30, 2005 02:30 PMAlbatroz em janeiro 30, 2005 02:30 PM:
As petroquímicas baseiam-se nos hidrocarbonetos que são compostos de Hidrogéneo e Carbono. Primeiro há o cracking que produz os monómeros (etileno e propileno) que são produtos altamente instáveis (lembra-se do acidente de há uns 25 anos junto de um parque de campismo de Barcelona, com um camião com propileno?).
Depois há a polimerização que produz os plásticos (polietilenos, polipropilenos, butadieno, etc.).
Isto quanto aos hidrocarbonetos alifáticos.
Com os hidrocarbonetos aromáticos você produz os xilenos e outros produtos plásticos.
Para queimar qualquer coisa serve, lenha, por exemplo, desde que tenha carbono. Também se usa o alcool, etc.
Tem é que haver adaptações dos motores.
As células de combustível que usam o hidrogéneo, não o utilizam num processo térmico, mas químico, combinando-o com o oxigénio e produzindo energia. É uma espécie de electrólise ao contrário.
Afixado por: L M em janeiro 30, 2005 02:59 PM«Se lhe oferecerem, a si, um emprego em melhores condições (qualidade, salários, etc.) você muda para esse emprego, não é?»
Depende, caro LM. Se for como correio de droga, ou como mercenário, ou como chulo, não mudo. Aonde eu quero chegar é aqui: não podemos avaliar nem os empresários, nem os trabalhadores, apenas pela quantidade de «riqueza» que produzem: temos que saber em que consiste essa «riqueza».
Claro que o meu discurso «moralista» não vai mudar as ideias dos empresários (nem, de resto, as dos traficantes de droga, armas ou mulheres). Para isso é que existem as leis: para chegar aonde a moral não chega.
O que nos traz à questão do poder, ou seja, do Estado, ou seja, da política. Não é função do Estado intervir na economia? É, sim senhor. É mesmo a sua principal função. Se a economia está mundializada, mundializemos o Estado, sob pena de todas as empresas serem malfeitoras ou falirem.
As empresas ou são celeradas, ou são boas cidadãs. Para sobreviverem, ou têm que ser protegidas contra as suas concorrentes celeradas, ou têm que se tornar celeradas elas próprias. O pensamento único dominante abomina o «proteccionismo»: prefere empresas celeradas a empresas protegidas.
Chama-se a isto «competitividade» e «abertura».
Zé Luiz em janeiro 30, 2005 11:44 PM:
Já lhe expliquei mais que uma vez que me estava a referir a empresas e pessoas que vivem na legalidade. O resto são casos de polícia. Porque é que volta sempre ao mesmo assunto?
A função de intervenção do Estado na economia é a mesma que deve ter na vida das pessoas: proteger pessoas e bens e assegurar que cumprem as leis.
Todos os Estados que intervieram na economia substituindo-se às empresas criaram problemas e levaram o país à bancarrota.
Na UE esse modelo foi abandonado há muito