Há nomes que se forjam pela política. Nunca seriam mais que profissionais desinteressantes e ignorados, se a política não os tivesse projectado para a ribalta. Helena Roseta é um deles. Como política, não passa de uma arquitecta inexperiente; como arquitecta, o que é, deve-o à política. É um círculo virtuoso (para ela) e vicioso, para o resto da sociedade. Mas, num ápice, arrisca-se a libertar-se da lei da morte ... a imortalizar-se ... a ser mais um ícone para encimar o Arco da Rua Augusta!
Helena Roseta afirmou ontem na Visão que "A austeridade de que precisamos em Portugal não é apenas uma exigência do nosso saneamento orçamental - é um dever moral à luz das carências tremendas de dois terços da humanidade.".
Sublimes palavras. Um frade franciscano do século XIII não teria proferido declarações mais virtuosas. É comovente como a ala obreirista do PS chega ao objectivo patriótico de redução da despesa pública e de consolidação orçamental pela via da solidariedade. Não a solidariedade banal com uma função pública excessiva e parcialmente inútil. Melhor e mais exaltante: a solidariedade absoluta com a humanidade mais desvalida. Temos que eliminar o excesso de despesa, porque a nossa despesa pública é um insulto social a dois terços da humanidade.
Portugal deve encetar uma política de austeridade por solidariedade com os desfavorecidos do Bangla-Desh que, para além de não terem que comer, passam a vida empoleirados nas árvores de maior porte, para escaparem às cheias da monção; Portugal deve fazer uma rigorosa política de austeridade por solidariedade com os somalis, entalados entre as secas e os senhores da guerra; Portugal tem que ser intransigente numa frugal política de austeridade por solidariedade com todos os deserdados do mundo: Erguei-vos ó vítimas da fome, que nós partilharemos convosco a vossa abstinência!
No cumprimento desse sublime dever moral, o país teria, além de uma excelsa satisfação espiritual, que nenhum ouro (ou euro) do mundo consegue pagar, o magnífico superavit material resultante de remunerar a função pública, e as actividades de baixo valor acrescentado, com rações parcimoniosas de arroz, milho, feijão e óleo. Certamente Carvalho da Silva, João Proença e Bettencourt Picanço estariam na primeira fila para aplaudir esta medida e receber as sóbrias e parcas rações diárias.
E seria o boom económico. Todas as multinacionais dos têxteis e do calçado, que têm demandado terras longínquas, fariam marcha atrás e estabelecer-se-iam num país de tanto merecimento e tão virtuoso e solícito em dádivas espirituais. Sócrates falou em 150 mil empregos? Só 150 mil? Seriam 500 mil ... 1 milhão ... Portugal teria que importar mão de obra em fornadas gigantescas, descomunais. Claro que teria que ser mão de obra trabalhadora mas, acima de tudo, com a sublime capacidade de entrega ao seu semelhante que Helena Roseta possui.
Portugal está em dívida com Helena Roseta. Ela resolveu, provavelmente sem se dar conta, o nosso problema das outras dívidas, grosseiramente materiais dívida pública, dívidas com o exterior, etc..
Com a vantagem que as dívidas espirituais pagam-se com um olhar embaciado pela gratidão ... apenas assim. Helena, obrigada!
A helena Roseta é uma tonta. Quando era do PSD já ninguém a conseguia aturar.
Afixado por: Rebelo em janeiro 14, 2005 09:50 PMA helena Roseta é uma tonta. Quando era do PSD já ninguém a conseguia aturar.
Afixado por: Rebelo em janeiro 14, 2005 09:51 PMDe Helena Roseta, recordo o dia em que disse - públicamente - que fez muitos abortos. Pelo resto, respeito-a como pessoa. E não perdia tempo com este texto de Joana.
Afixado por: asdrubal em janeiro 14, 2005 10:02 PMÉ claro que perante os mergulhos dos ministros e das trapalhadas do nosso 1º, há quem sinta violentada a sua (má)consciência, vai daí, desanca na primeira que lhe aparece a lembrar que de facto há um outro mundo sedento de justiça, que deve ser respeitado no mínimo por acções e exemplos...
Tenha decência Joana!
Não sabia que ter feito muitos abortos fosse uma qualidade.
Afixado por: David em janeiro 14, 2005 11:03 PMque tristeza joana, um dos posts mais manhosos e fedorentos deste blog.
se era para fazer uma crítica política - a uma mulher - Vc tinha muito por onde escolher na sua maioria ; podia até começar pela sua ministra da educação.
Tem graça. Quem critica, não se refere ao conteúdo do que está escrito, mas apenas ao facto da pessoa criticada ser Helena Roseta.
Ela será alguma vaca sagrada?
O que ela escreveu na Visão faz sentido?
Alguém a conhece profissionalmente ou pessoalmente?
... como arquitecta, o que é, deve-o à política...
eu gostava de saber que autoridade profissionsl e ética/moral tem a joana para fazer uma afirmação destas.
eu continuo a dizer que vos está a custar muito lamber as feridas desta decisão do PR ; mas não há necessidade de baixar o nível e chamar à colação terceiro(a)s que até nem entraram no circo das listas eleitorais do bloco central !
Afixado por: zippiz em janeiro 14, 2005 11:29 PMJoana em janeiro 14, 2005 11:12 PM
Claro que é....eheheheheh aqui neste cantinho até o zé manel, teve direto a totaloto..eheheh, este é memo o País de milagres...
Falando mais a sério, a Joaninha, parece que anda com ciúmes da Roseta... eheheheh
Afixado por: Templário em janeiro 15, 2005 12:18 AMEu só acho pertinente confrontar a u-topia internacionalista com o miserável tráfego de droga - liderado pelo "Ocidente" - como a segunda maior transacção financeira planetária.
Afixado por: asdrubal em janeiro 15, 2005 01:22 AMAcho este debate giríssimo. A Joana criticou o que a Roseta escreveu.
Disse mais que ela não tinha experiência como arquitecta. Mas isso qualquer um que conheça o meio sabe. Pois se ela nunca exerceu a profissão verdadeiramente?
Chegou a bastonária apenas porque era uma figura política.
Ainda por cima de um Ordem que só certificou as 2 faculdades oficiais, onde os membros da Direcção são catedráticos, e a Lusíada, onde os mesmos também dão aulas.
E o que se passa na Ordem é um escândalo. Claro que como a Roseta não percebe népia de arquitectura, limita-se a assinar de cruz aquilo que os "senhores professores arquitectos" lhe põem debaixo do nariz.
Segundo li, o maior elogio que aqui lhe fizeram foi ter feito muitos abortos.
Mas não me parece que isso seja uma razão muito promocional.
Joana perdeu o verniz. Percebe-se que, antes, perdeu qualquer outra coisa.
Vou de férias.
Esta gaja é uma reaças. Estou farto de o repetir
Afixado por: Cisco Kid em janeiro 15, 2005 10:18 AML M:
É irrelevante o que escreve. Quando em Portugal alguém atinge o Estatuto de Vaca Sagrada, e apercebi-me agora que a HR o havia atingido, temos que ser de uma prudência extrema!
Eu acho a crítica que fez muito pertinente. Realmente as razões apresentadas pela Helena Roseta para a austeridade são completamente imbecis.
Afixado por: Hector em janeiro 15, 2005 11:17 AMExcelente análise, Joana. E não ligue aos adoradores das que chama "Vacas Sagradas"
Afixado por: Novais de Paula em janeiro 15, 2005 11:28 AMHelena Roseta tem sido uma senhora na política, embora se saiba que quem anda na política possa sempre ser criticada por outros
Afixado por: vitapis em janeiro 15, 2005 01:22 PMHelena Roseta é das raras mulheres em Portugal que tem um currículo político de 30 anos. Foi do PSD, aliás era a figura de esquerda do PPD, foi presidente da CMC, fez a travessia do deserto, foi para o PS, fez parte do grupo da Natália Correia, foi uma mulher irreverente e interveniente.
E ainda é uma mulher irreverente quando há bem pouco tempo denunciou os vícios do aparelhismo partidário do PS. E agora continua a ser irreverente quando indexa a avaliação da despesa pública de Portugal à dívida moral dos países desenvolvidos para com o 3º mundo.
Como arquitecta não conheço. Não é uma "vaca sagrada", longe disso, mas alguém que já conquistou a sua pequena imortalidade. Eu por mim reconheço que tem sido uma senhora da política portuguesa.
Mas uma mulher que se afirmou na política em Portugal ao longo de 30 anos é motivo de inveja, pois claro. Ou ciúme, não sei bem. Um homem não escreveria o que Joana escreveu.
Contra a inveja, a liberalidade é a virtude-antídoto que se usa, Joana.
Afixado por: pyrenaica em janeiro 15, 2005 02:28 PM
Pode ser irrelevante, mas depois do que li acho que devo contestar tanta hipocrisia.
Os que agora estão enxofrados são os mesmos, ou da mesma área polítca, que nos anos 70 diziam que ela era um "cabra" (não era exactamente a palavra) tão grande que até "...." com o marido.
Depois andou amantizada com o Alegre e fez a tal caminhada no deserto a seguir.
Agora já não é "p..." e ficam todos enxofrados à mínima crítica.
Haja decência e não sejam tão hipócritas.
JOANA,aí tem mais uma vez o ZIPPIZ aos saltinhos como o ZÉ MACAQUINHO.
JOANA,que a esquerda arranje depressa um subsidio para este lagarto para ele se calar!
Enquanto tiver o subsidio no bolso sem nada fazer,garanto-lhe que ele ficará "drogado" ou entretido com os resultados do Sporting.
Mas é boa pessoa!
Digamos antes:
"UM POBRE DIABO"!!!!
Chegou-me aqui esquelético de fome, apavorando-se com o mais pequeno gesto que lhe fizéssemos. Tratamo-lo durante quatro meses e depressa percebemos a sua índole vadia. Morava connosco, comia a ração que lhe dávamos, mas saía o portão e acompanhava o nosso trabalhador até à camionete. A Câmara Municipal envenenou-o junto dos contentores do lixo. Morreu na bagageira do carro com uma trapalhada de adesivos e de sôro na veia de uma pata.
Eu nunca tinha assistido ao morrer de um ser vivo. A educação cívica peca por nos omitir, quando não roubar, a percepção do Sagrado.
Um cão. Exactamente, um cão. Não partilho ironia, mas uma emoção genuína.
A culpa, asdrubal, é de todos aqueles que abandonam os animais e fazem com que estes se tornem vadios. Se não fosse isso, as Câmaras não seriam levadas a abater os animais vadios e essas situações tristes não aconteciam
Afixado por: David em janeiro 15, 2005 07:29 PMEstas discussões parecem-me estúpidas. A Joana criticou afirmações da Helena Roseta com as quais não concordava. Foi uma crítica humorada mas educada.
Depois foi uma controvérsia absurda de muito mau gosto começada pelos críticos da Joana, mas que extravazou. Quem semeia ventos colhe tempestades.
Havia necessidade disto?
Mas pode-nos desvendar um pouco do que anda a investigar?
ALVIN TOFLLER - Tenho andado concentrado no problema das pré-condições sociais e culturais para a criação de Riqueza nos novos tempos. Estes processos são complexos. Não são simples, como o julgavam, por exemplo, os responsáveis ocidentais quando chegaram à ex-URSS com os seus planos para implementar o mercado. Descobriram, agora, aterrados, que faltavam ali condições básicas, como um sistema legal. E o monstro que criaram nada tem a ver com o que julgavam estar a 'transplantar'...
De facto, a oriente da Europa estão em curso as mais massivas transições de sistema, os problemas mais complicados para o Planeta nos próximos anos. Está optimista?
Alvin Toffler - Não é fácil estar optimista. A Rússia é um autêntico caldeirão em ebulição: fascismo emergente, armas nucleares táticas à mão de semear, capitalismo selvagem... Tem todos os ingredientes à superfície para estoirar por isto ou por aquilo. Na China, por seu lado, está em curso uma revolução ainda mais profunda do que a comunista liderada por Mao Ze Dong, e que os dirigentes chineses querem levar a cabo com estabilidade. Será, sem dúvida, espantoso se o conseguirem fazer! Mas se a Ásia conseguir tirar da pobreza 1 bilião de pessoas será algo jamais visto na História da Humanidade.
Entrevista in http://www.janelanaweb.com/manageme/toffler.html
Afixado por: Templário em janeiro 15, 2005 09:20 PMDiana: totalmente de acordo consigo
Afixado por: Viegas em janeiro 15, 2005 11:54 PMEu também acho este post da Joana muito arguto e as declarações da Helena Roseta disparatadas.
Mesmo que ela fosse uma grande senhora, estaremos proibidos de ter estas opiniões?
Janica, já estou como o outro, "não havia necessidade"!
Não gramas a gaja, pronto, tás no teu direito. Mas o que por aí falta são pessoas com cursos que praticam outras coisas, como tu, por exemplo, que dizem seres economista e gostavas era de ser política e jornalista.
Acho que a HR não merece isto, até porque não leva a nada, como vês pelos posts que aqui deixaram. Não tinhas nada para escrever, estavas como o Eça, a HR fez de Bei de Tunes!
Não se faz, é o que se chama baixaria. E para chegares aos calcanhares da dita cuja ainda tens muito que pedalar, embora eu não ache que ela seja nada de especial, o que agrava substancialmente o teu caso.
Estavas a começar a entrar nos carris e ias estragando tudo.
Bem, vê se pensas antes de escrever!
E não te esqueças de dar de comer aos canitos, como vês tem dado resultado!
Afixado por David em janeiro 15, 2005 07:29 PM
É, David. Tudo começa por um abandono. Aqui não se tergiversa porque é estúpido. Deixo-vos rosas. E um abraço para ti.
Não gosto de Helena Roseta. É uma desbocada e uma extremista que raramente usa o cérebro antes de falar. A questão por ela posta está, por isso, mal posta. Mas o problema existe e não o podemos ignorar. Pensemos que se os chineses (apenas eles) tivessem um nível de consumo semelhante ao nosso (dos países industrializados), já não haveria recursos suficientes no mundo para o manter. Ou seja, como os recursos do planeta são limitados, os que têm pouco no mundo só poderão ver o seu nivel de vida subir de forma significativa se o nosso não crescer ou até diminuir. Se nos recusarmos a aceitar essa contenção veremos o mundo um dia envolver-se em conflitos que farão a II Grande Guerra parecer um piquenique. O nosso direito a uma vida digna não pode ser preservado à custa do esmagamento do direito dos outros. Esta é uma realidade objectiva que não convém ignorar. O discurso da Helena Roseta nada fez para aumentar em nós a consciência dessa realidade.
Afixado por: Albatroz em janeiro 16, 2005 11:06 AMMuito bem dito Albatroz
Afixado por: Sa Chico em janeiro 16, 2005 11:18 AMAo ler alguns dos comentaristas residentes deste blog (vulgo marretas), fica-se com a certeza que o sistema de ensino português não conseguiu ensinar aos alunos as mais elementares regras da lógica.
Afixado por: Mario em janeiro 16, 2005 02:39 PMMario em janeiro 16, 2005 02:39 PM
Mário você descobriu a pólvora portuguesa... não leve isto como um insulto, mas sim como elogio, pois você apenas disse: o rei vai nu
Se o ensino fosse bom, não teríamos os dirigentes que temos tido, e não lhes falta só lógica, falta-lhe algo bem mais necessário CORAGEM, por que a lógica estão sempre a tempo de a aprender.
Porque haveria então de haver lógica, nos residentes deste blog ?
Como a China consegue fazer, o que não conseguimos a nível Cultural:
- Sampaio foi presenteado, com um espectáculo em português, dado pelos alunos chineses estudantes da nossa língua. Foi lindo vê-los cantarem em português.
Aqui não conseguímos retribuir...
Afixado por: Templário em janeiro 16, 2005 04:59 PMHá muito que passeio e detenho atentamente o olhar neste blog. Não posso dizer que concordo com tudo o que a cronista escreve mas revejo-me em muito daquilo que, soberbamente, vai dizendo usando até uma mordaz ironia que faz roer de inveja muita gente.
Parece-me, na minha mais profunda ignorância - há que reconhecê-lo para, como Platão, partir ao encontro do conhecimento - que este artigo é bem o exemplo do que referi.
Grassa, contudo, tamanha idiotice - não assumida pelos próprios sofrendo um enorme déficit de humildade - nos comentadores de cronistas que, lamentavelmente, não encontram nenhuma sabedoria em tanta escrita aqui produzida.
Aliás, é bem caracteristico dos esquerdistas arvorarem-se em donos e senhores da cultura, não admitindo, sequer, que os comuns mortais de direita possam, também eles, saber qualquer coisa, por pouco que seja.
É interessante observar como esses "idiotas" centram a sua crítica na defesa da visada que mais não foi e serviu como exemplo do que acontece pelos corredores do poder seja ele de esquerda ou de direita. Helena Roseta foi para Joana o exemplo acabado e consumado daquilo que, infelizmente não falta neste cantinho à beira mar plantado. Os tais "idiotas" não perceberam isso. Preferem centrar a sua atenção na defesa de quem não tem nem precisa de defesa do que meditar no conteúdo. Os tais "idiotas", hoje como ontem, preferem olhar para a forma e borrifar-se para o conteúdo. Enfim, é aquilo qe cá temos...
De vez em quando passo por aqui! Não sou leitor assíduo, porque esta Joana me parece ser muito inconstante, não sabendo normalmente porque diz as coisas! DIZ e depois tenta arrajar justificações baralhando-se toda! A Helena Roseta tem sido das poucas mulheres a ter algum crédito na política portuguesa! Pode ser uma vaca sagrada, como sómente mais uma ou duas mulheres o são na nossa política! Não é por certo uma vaca invejosa!
Afixado por: DaTanga em janeiro 16, 2005 08:35 PMDiz a Joana:
"Tem graça. Quem critica, não se refere ao conteúdo do que está escrito, mas apenas ao facto da pessoa criticada ser Helena Roseta."
O problema é que o post não tem conteúdo para ser comentado. É um post vazio cheio de insultos gratuitos, ironias falhadas e de um sarcasmo suspeito. Felizmente está bem escrito, o que não é muito comum.
Afixado por: Luís Aguiar-Conraria em janeiro 16, 2005 09:11 PMLuís Aguiar-Conraria em janeiro 16, 2005 09:11 PM:
"É um post vazio cheio de...".
Você não é muito forte em lógica ... estar "vazio" e "cheio" é um indício que você ...
bem ... você só consegue fazer comentários como o que fez.
Sabe qual foi o seu problema, Joana? É que o seu post é completamente demolidor, pelo humor corrosivo, acertando no alvo do discurso meio moralista meio lamechas, mas disparatado, da Roseta.
E quando se acerta no alvo, aparecem as queixas.
Afixado por: Joana em janeiro 14, 2005 11:12 PM
"Alguém a conhece profissionalmente ou pessoalmente?"
Por acaso, cara Joana, eu conheço Helena Roseta pessoalmente ( e também, calcule!, profissionalmente)
Se "profissionalmente", na sua necessidade de arrasar alguém se refere à qualidade de Arquitecta, o resto da sua escrita padece da falta de argumentos: em nenhuma linha da sua escrita esclarece a tal falta de profissionalismo de que gostaria de acusar Helena Roseta... Porque será?
Por outro lado, sem aquele seu intróito, também o resto da sua escrita deixaria de fazer sentido: em nenhuma das suas linhas consegue desdizer (e olhe que eu disse "desdizer" e não "contradizer" - "contradizer" até o amigo "emplastro" consegue quando lhe dizem para sair da frente da camera de filmar...).
Depois, essa do "profissional" ou "pessoal" leva a que eu diga: "profissional ou pessoalmente, que fez Santana Lopes?"; "profissional ou pessalmente que fez Joana".... e por aí fora, até que todos estejamos excluídos seja do que for até que venha uma bloguista qualquer (de que não sabemos "profissional ou pessoalmente" seja o que for para além da produção de letrinhas que constituiem palavrinhas bem alinhavadas mas um tanto ou quanto desconchavadas) a dizer o que muito bem lhe venha à cabeça entre duas engomadelas e duas ou três dobradelas de cuequinhas fio dental do "Mochino" - adoro aquelas "marrons" com letrinhas douradas...
Depois,dizer em 2005 que se desconhece Helena Roseta (tanto profissional como pessoalmente) é um pouco como dizer que nunca se respirou.
Tinha prometido a mim mesmo que iria deixar passar o dia 20 de Fevereiro sem comentar fosse o que fosse sobre a cobardia e sacanice que foi o afastamento de Helena Roseta como Deputada (até porque assisti de demasiado perto o "porqUê"), mas vou fazer uma excepção porque (ela) se trata de uma pessoa de excepção (por muito que as "Joanas" deste país agora cuspam para o ar).
E a minha excepção, limita-se ao seguinte: Helena Roseta ainda representa o tempo em que as mulheres, apesar de tudo, não abdicavam de ser pessoas....
Agora, com Joanas em que crescem os testículos, deixou de haver pessoas: só existem números...
Tristes números estes , em que uma manga de alpaca do economato se julga detentora da verdade...
Afixado por: Templário em janeiro 15, 2005 09:20 PM
Caro Templário,
isso é areia a mais para esta camioneta ddo economato...
Por aqui, ninguém se preocupa com essas coisas simples chamdas futuro ou lógica...
D. Joana e seus milhentos amantes preocupam-se é com o imediato: defender os livros de contabilidade artística (é uma arte, não é verdade?, defender os condomínios sem custos adicioniais (os passam-fome são capazes de assaltar tudo), etc.. etc... etc...
Há uns meses atrás tive a oportunidade de estar num encontro em que se discutia a "problemática dos bairros sociais"....
Quer saber uma coisa?
A única pessoa que falou verdade e honestamente, foi olhada como um E.T...
E que disse, assim de tão extraórdinário?
Simplesmente isto (mais ou menos): "As vossas despesas com os condomínios privados vão crescer cerca de mil ou dois mil por cento porque os pobres não podem ficar eternamente ignorantes da vossa riqueza. Por isso, ou vocês se dispõem a dar-lhes condições de vida ou se dispõem a contratar exércitos para vos defenderem... No primeiro caso, estão a investir... No segundo, a deitar fora a hipótese de que os vossos filhos saibam onde um dia viveram..."
Parece utópico?
A mim já só me espanta que esta análise seja "futurista"...
Afixado por: re-tombola em janeiro 17, 2005 01:10 AMRe-tombola:
Respeito que as afinidades ideológicas levem a defesas acaloradas, embora me causam tristeza quando, no calor, extravasam os limites da educação.
Eu teci algumas considerações, muito sumárias, sobre o que conheço, por via indirecta mas fiável, dela. Mas fundamentalmente critiquei o que ela afirmou.
Você foi de uma grosseria extrema, que posso explicar psicologicamente, mas que é incompreensível para quem tenta tirar desforço de uma correligionária que foi criticada. Não me parece que seja com insultos e tiradas soezes que se defende a honra perdida de Helena Roseta.
Já agora sugeria-lhe que também aconselhasse a HR a coser peúgas ou a engomar cuequinhas. Afinal de contas, para um bota de elástico, o lugar da mulher é na lida da casa. Fazer outras coisas só com mulheres em que crescem os testículos.
Eu escrevo com as mãos aquilo que penso com o cérebro. Não preciso do aparelho genital masculino nem para escrever, nem para pensar. Se para você é imprescindível, certamente que terá dificuldade em melhorar o estilo deste seu comentário.
E gostaria de ficar por aqui. Os políticos têm, como todos os outros, pés de barro, às vezes muito frágil. Conversas de soalheiro não são o meu forte
Afixado por: Mario em janeiro 16, 2005 02:39 PM
Um tipo com um Q I baixíssimo disse o seguinte:
"Mais importante que a lógica, é a imaginação"
Esse tpo chamava-se Einstein
Afixado por: re-tombola em janeiro 17, 2005 01:18 AMre-tombola em janeiro 17, 2005 01:10 AM
Concordo consigo, A direita é cega, julga que consegue "endireitar" as sociedades e as pessoas à lei da força, e nem o que se passa no Iraque com o Império a levar na carola todos os dias, nem assim aprendem.
De facto, sabe que as "villas" foram inventadas pelos Romanos, e também estes caíram, quando não conseguiram defender seus condomínios.
Mas diga-me, pois eu também não entendo, como é que esta gente, que lê a mesma história, que nós lemos, vê o mesmo Iraque que nós vemos, e conseguem ver tudo ao contrário ?
Será que houve zonas diferentes do cérebro que se desenvolveram, nos da Direita, como está provado que se desenvolveram nos analfabetos ?
Afixado por: Templário em janeiro 17, 2005 01:28 AMTemplário em janeiro 17, 2005 01:28 AM:
Já viu que essa sua conclusão pode ser tirada, com as mesmas palavras, pelos que têm opiniões opostas às suas?
Cara Joana,
Talvez que lhe tenham parecido grosseiras as minhas palavras (e foram-no, na proporção exacta das suas...)
Mas, as minhas palavras não terão sido, certamente, mais grosseiras que a sua introdução às palavras que Helena Roseta escreveu.
Se acha que para valorizar a sua opinião discordante de Helena Roseta tem que recorrer ao seu intróito, porque razão se insurge perante o que escrevo?
O seu desconhecimento de Helena Roseta "profissional" só pode existir por manifesta má-vontade ( de nada me serve o seu "por via indirecta mas fiável " ).
Até porque, mais fiável que as suas vias indirectas, sou eu (duvida?).
Joana,
Você compreendeu bem demais o que Helena Roseta quiz dizer... e é mesmo por o ter compreendido que se sente constrangida a vir ter que escrever o que escreveu...
Você pode dizer o que quiser de Helena Roseta (porque baseada em vias indirectas mas fiáveis...)
Eu não posso dizer o que sinto, baseado em vias directas e legíveis (o que você escreve e diz)?
Compreende a diferença ?
É que entre ter pés de barro porque se faz alguma coisa e ter barro na cabeça porque se tem um teclado à frente faz muita diferença...
Quanto ao resto... eu também "teci algumas considerações, muito sumárias, sobre o que conheço, (...). Mas fundamentalmente critiquei o que (...)afirmou."
Um abraço, como sempre.
Acho a violência deste debate desproporcionada.
Há aqui algo errado.
Filipe, você já experimentou, na Índia, atropelar uma vaca sagrada?
Afixado por: Joana em janeiro 17, 2005 12:59 PMAfixado por re-tombola em janeiro 17, 2005 01:18 AM
Conheço muitas frases de Einstein...
Contudo, para apreender as regras da lógica não é necessário um grande QI. Qualquer pessoa ligeiramente acima do mentecapto está apta a dominá-las. O problema é a "lógicofobia".
E claro que a imaginação é muito importante. Mas você quando passa por uma ponte de certeza que prefere confiar na lógica dos engenheiros do que na sua imaginação. Mas as duas não têm de andar separadas.
Afixado por: Mário em janeiro 17, 2005 01:23 PMPor curiosidade, alguém me dá alguma referência de projectos arquitectónicos de autoria de Helena Roseta? É que se os não tem - ou tem muito poucos - a Joana terá alguma razão. Se os tem, em quantidade e qualidade apreciável, a Joana não terá razão.
Afixado por: Albatroz em janeiro 17, 2005 01:26 PMCV da HR na candidatura a bastonária:
HELENA ROSETA Arquitecta,
nascida em 1947, casada, três filhas, três netos
Deputada, por diversas vezes, ex-vereadora em Lisboa e ex-Presidente da Câmara de Cascais ( 150 000 habitantes ). Tem trabalhos de planeamento e investigação em áreas relacionadas com a qualidade ambiental e requalificação urbana. Foi perita convidada pela OCDE nas mesmas matérias. Leccionou na Universidade Lusófona. Fez parte da direcção da Associação dos Arquitectos Portugueses. Actualmente é Presidente da Ordem dos Arquitectos. Escreve regularmente em revistas e jornais sobre temas que envolvem a participação política, as questões urbanas e os direitos de cidadania. Foi directora de dois jornais e fundadora da Associação Nacional de Municípios Portugueses. Considera-se feminista, ecologista e defensora de mais solidariedade entre a espécie humana.
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Nada ... apenas "Tem trabalhos de planeamento e investigação" que é uma forma de negar que nunca fez nada sem afirmar que fez
Nem sequer escreve sobre arquitectura, apenas "sobre temas que envolvem a participação política, as questões urbanas e os direitos de cidadania."
Afixado por: Hector em janeiro 17, 2005 02:06 PMIsto não tem nada de mal. HR entrou na política ainda na JSD e nunca exerceu, a sério, a profissão. Acontece a muita gente que anda na política. Provavelmente Santana Lopes também será um péssimo advogado pelas mesmas razões, embora nunca se candidatasse a bastonário da Ordem.
Continuo a achar que o ódio que o post da Joana despertou é disparatado.
Não há dúvida que ela atropelou uma vaca sagrada.
Hector:
O urbanismo é uma especialidade da Arquitectura. Infelizmente sofre dos mesmos males das Sociologias: qualquer um manda papaias sobre urbanismo. Eu, que sou engenheiro, já fiz pareceres em que abordava requalificação urbana, tráfego, urbanismo, eu sei lá.
A questão é que eu trabalho há mais de 30 anos na área do projecto, tenho trabalhado com imensos arquitectos (de edifícios) mas também com urbanistas, etc. e nunca ouvi falar da Roseta enquanto arquitecta.
E o CV que você transcreve é típico de quem teve uma actividade profissional diminuta, se é que a chegou a ter.
Olá
Já fazia tempo que por aqui não vinha. Tinha uma impressão excelente deste blog. Não mudou muito após a leitura destes comentários sobre os infortúnios e vitorias das vacas sagradas. Enfim... Eu não gosto de palavras pouco usais e complicadas... mas acho que a Joana sofre dum mal geral nos Blogues: o anonimato. Se a Joana escrevesse com o seu nome (ou mesmo com um heterónimo) talvez este artigo nunca fosse publicado... Cá pra mim a Joana teve uma vontade irresistível de mostrar que é de carne e osso, que é uma mulher e não um homem disfarçado por trás do alias "Joana". Só uma mulher "à sério" e não um homem amaricado pode focar a sua atenção com tanta intensidade (e maledicência) na dita HR. Somente uma necessidade imperiosa de mostrar que a "Joana" existe mesmo pode levar a isto... Bom ... Vou! Abraços a todos e a todas! ou vice-versa :)
Mapeal:
Você diz que talvez este artigo nunca fosse publicado. Porquê? por falta de nível ou por haver censura?
Afixado por ZEUS8441 em janeiro 15, 2005 05:57 PM
Continua a custar-lhe muito lamber as feridas, mas a única coisa em que o posso ajudar é continuar a pagar os meus impostos de modo que o Ministério da Educação nunca lhe falte com o salário.
Afixado por: zippiz em janeiro 17, 2005 09:27 PMDo Jornal Construir, 22.10.04
Nuno Leónidas, afirmou que a Ordem não cumpriu as promessas e que o maior problema de Helena Roseta foi «não saber separar o facto de ser deputada do de ser presidente da Ordem». «Para a apoiar num novo mandato ela teria de optar por apenas um dos cargos», remata.
Janica, ali o amigo re-tombola foi-te ás trombinhas. É bem feito para não seres vaidosa. E não sabia que eras hermafrodita!
Afixado por: Átila em janeiro 19, 2005 01:55 AMTanta discussão para nada
Afixado por: Jarod em janeiro 22, 2005 11:55 PM