Não há nada para dizer. O país continua parado à espera de Sampaio. Passada a excitação do Euro 2004, o país vai agora apreciar a excitação de estar sem governo (ou com um governo de gestão, que é quase idêntico) as semanas que o PR (in)decidir, no caso de um governo baseado na maioria parlamentar, ou 6 a 8 meses, no caso de haver eleições antecipadas e admitindo que essas eleições conduzam a uma maioria estável.
Três «afixos» atrás, dei uma interpretação político-institucional do facto do PR não estar com pressa: é apenas um burocrata indeciso sem vivência das realidades económicas e financeiras. Hoje vou analisar este quebranto presidencial sob outro prisma.
Baseando-me agora nos axiomas fundamentais da teoria política pura, direi que o PR apenas demonstra uma luminosa compreensão da situação política, social e económica do país: o país não é governável. Sendo este um postulado básico da sociologia política portuguesa, porquê apressarmo-nos a dotar este país de um órgão de que ele manifestamente não precisa?
Governar é tomar decisões de gestão corrente e estruturantes. Para as decisões de gestão corrente basta um governo de gestão e isso já temos. Quanto às decisões estruturantes, estas são aquelas que os políticos, quando no governo e obrigados pelo ogre do PEC, pretendem (ou afirmam pretender) implementar e, quando na oposição, mobilizam a população contra elas, com vista a ganharem as eleições seguintes.
Citemos o caso do sector da educação que não sendo, seguramente, o sector público onde a produtividade é menor, constitui um paradigma, porque se pode sujeitar mais facilmente a comparações internacionais. O país tem os mais baixos índices de desempenho no que respeita à educação pública. Paradoxalmente, é o 2º país da Europa dos 15, no que respeita às despesas públicas de educação em termos do PIB. Portanto, a nossa educação é muito má e muito cara. Mas quando se discursa ou coloquia sobre o estado da educação, todos reclamam, nomeadamente os protagonistas deste miserável desempenho, que «é preciso investir mais na educação». Mas gastar mais dinheiro para quê? Quais as garantias que essa maior dotação corresponda a um desempenho melhor? Isto são perguntas que se fariam numa óptica de gestão empresarial, nomeadamente quando se sabe que as despesas com a educação têm aumentado ao longo dos anos e os serviços prestados piorado. Isto são perguntas para as quais a resposta é fazer uma reforma estruturante do sector: a realocação de recursos, a introdução de procedimentos de avaliação de desempenho e uma reforma curricular que deixe de utilizar os alunos como cobaias e abra a porta a cursos profissionais atractivos e em quantidade.
As reformas estruturantes são algo que os órgãos corporativos dos protagonistas dos sectores em causa nem querem ouvir falar. São reformas diabolizadas pelos sindicatos, ordens profissionais e oposição política. São reformas que, em vista do clamor geral, os governos tartamudeiam fazer e, com uma mistura de medo, timidez e incompetência acabam por as deixar no papel ou introduzir apenas medidas acanhadas, sem operacionalidade e que deixam tudo praticamente na mesma, quando não pior.
Portanto, não precisamos de um governo. O PR que esteja à vontade: pode levar o tempo que entender.
Aliás, tudo se encaminha para que, qualquer que seja a decisão, o próximo governo não faça qualquer reforma de fundo, nem tome as ditas «medidas impopulares».
A razão é evidente apesar de, segundo rezam os meios de comunicação, o principal obstáculo à indigitação de um governo saído da coligação ser precisamente o receio do populismo de PSL.
Ora isto não passa de uma blague presidencial, pois se houver eleições antecipadas, todos os partidos irão fazer as promessas mais maviosas que puderem. Ninguém, a menos que queira cometer suicídio político, irá prometer «sangue, suor e lágrimas». O PR, diz-se, receia um governo de PSL por causa de um eventual menor rigor orçamental. Mas foi o rigor orçamental que levou à derrota da coligação nas eleições europeias. Não tenho dúvidas que, nas próximas eleições, o eleitorado irá votar, tendencialmente, numa política de despesismo e contra o rigor orçamental. E todos os políticos em campanha irão acenar com o abrir dos cordões à bolsa, para daí extrair dividendos eleitorais. Ora um cenário destes, a meio de uma legislatura que deveria ser de grande rigor, é o pior que podia acontecer à já débil economia portuguesa.
Assim sendo, a pretensa argumentação do PR cai pela base. Num governo indigitado no actual quadro parlamentar, o PR ainda pode ter capacidade de manobra para exigir alguma contenção. No quadro de eleições antecipadas, a maioria que se formar (se se formar alguma) terá como base uma campanha contra o rigor orçamental, contra as «medidas impopulares» e a favor de um alargar dos cordões à bolsa. Será uma maioria baseada em promessas demagógicas que o país não está actualmente em condições de cumprir, pelo menos de uma forma sustentada, isto é, se essas promessas tiverem alguma tradução prática, o ónus que elas gerarão será posteriormente pesadíssimo.
E que fará o PR? Nada ... que é o que ama fazer.
Escrevo só para lhe dizer que não simpatizo com o seu marido.
Claro que ele cheio de fome, lendo o jornal (parece-me ser o 24 Horas) e escutando aquela música clássica (será Xopan) não pode estar com boa cara.
Mas mostre-lhe este blog para ele acreditar, finalmente, que a Joana esteve a trabalhar.
Mesmo assim, ele há cada casmurro !
Afixado por: John Holmes em julho 5, 2004 10:16 PMdiscordo da premissa : "o país continua parado à espera de Sampaio".
é mais correcto dizer que Durão está pelo menos há 8 dias para se demitir.
Durão tinha uma agenda e não podia falhar a FOTOGRAFIA do final do EURO .
nem os Gregos o ajudaram .
Joana , refaça o seu artigo porque a sua premissa está errada.
Só hoje, dia em que o douto JMDB, terá apresentado a sua demissão ao PR, o tempo de espera deverá iniciar a sua contagem. Antes seria um golpe de estado presidencialista
o que alguns (poucos) gostariam.
Mais um texto tendencioso, sua vaca fascista, porca e falsa.
Afixado por: Átila em julho 6, 2004 12:00 AMPaulinha,
Quando estiver em Ipanema ou no Satiricon no Rio vou pensar na melhor maneira de te continuar a dar cabo da vida, bem como desta vaca que te alimenta o ego. Vai ser giro. E ainda não desisti de te dar cabo das trombas, vamos com calma. Sabes, é que eu também tenho amigos no Expresso e há mais de 20 anos. E como já percebeste eu não desisto. Treme, pulha porco!
Afixado por: Átila em julho 6, 2004 12:04 AMÁtila,
Que tal ler
http://semiramis.weblog.com.pt/arquivo/063758.html
fevereiro 06, 2004
Sermão aos Peixes
e depois discutir a sério?
Um abraço a todos...
Afixado por: Átila, o Húmido em julho 6, 2004 12:56 AMPaulo e Joana, seus javardos de merda.
Agora já ando no online outra vez? Cagados de merda! Têm medinho, não é?
Vocês são a escória da merda que anda no esgoto mais imundo do mundo.
Afixado por: Átila em julho 6, 2004 01:14 AMÓ plágio Átila Húmido (deves ser a Joana plagiadora) vai levar na peida!
Afixado por: Átila em julho 6, 2004 01:16 AMJoana, gostei particularmente do teu discurso na assembleia no 25 de Abril, mas aqui foste muito longe, curioso foi um jantar que tive hoje satiricon no Rio Janeiro e onde me falaram dessa grande vaca da Paula...com jeitinho um dia como-vos ás duas na mesma altura
Ó Artista, conheces esta vaca? Também posso ir? Quando fores ao Satiricon diz, eu vou lá muito.Umas putas, é o que é!
Afixado por: Átila em julho 6, 2004 01:57 AMJoaninha e Paulinha
A derrota sabe a merda, não é seus javardos?
Porcos de merda, corruptos, fascistas nojentos.
Afundem-se na merda em que vegetam, seus pulhas rascas.
A Janica parece que dá umas baldas!
Afixado por: Átila em julho 6, 2004 02:15 AMVou para a caminha, mas antes quero-lhes recordar a merda que vocês são, Joana e Paulo, porcos fascistas nojentos, nazis, ranhosos, ela puta ele paneleiro como o dono. Toda a gente já vos topa! E ainda por cima incompetentes, começam guerras que não conseguem ganhar. Um nojo de gente.
Afixado por: Átila em julho 6, 2004 02:43 AMJanica,
Não sei porquê dá-me ideia que deves ser boa na cama. Olha, queridinha, dou-te 500 euros por uma boa foda. Topas?
Afixado por: Átila em julho 6, 2004 02:50 AMÁtila,
Que tal ler
http://semiramis.weblog.com.pt/arquivo/063758.html
fevereiro 06, 2004
Sermão aos Peixes
e depois discutir a sério?
Um abraço a todos...
Afixado por Átila, o Húmido em julho 6, 2004 12:56 AM
O filho da puta que afixou isto utilizou o meu mail. Deve trabalhar na judite. Isto é um ninho de serpentes. Foda-se!
Afixado por: Átila em julho 6, 2004 02:53 AMSe não começassem a aparecer as «dúvidas» do PR, o DB teria apresentado mais cedo a demissão. Não teria necessitado do Conselho Nacional para «reforçar» o PSL, etc.
O DB só apresentou a demissão ontem exactamente por causa das dúvidas do PR.
Por outro lado o PR poderia ter começado logo a ouvir os partidos, CE, etc., em vez de andar a ouvir uma série de personalidades, não sei a que título, e deixar o essencial para agora.
Afixado por: Joana em julho 6, 2004 09:19 AMÁtila:
Você certamente concordará comigo em como está a ser de uma extrema deselegância.
Como já disse, apenas tenho censurado os post de um onliner que põe um parágrafo cheio de obscenidades e depois o repete centenas de vezes. E faço-o por uma questão de legibilidade.
Julgo que a maior punição que lhe posso dar é deixar aqui, para memória futura, estes disparates que você andou a escrever, para sua vergonha.
Afixado por: Joana em julho 6, 2004 09:24 AMAfixado por: batata em julho 6, 2004 11:12 AM
Faz isso querida, fica lá tambem a tua vergonha e a do teu colaborador de censuras Paulo Pedroso PSL/PP
Afixado por: Átila em julho 6, 2004 11:13 AMO Durão Barroso deve ter apanhado sol na moleirinha quando era pequenino. Porquê demorar tanto tempo para apresentar a demissão, quando a sua decisão já estava há muito tomada?
O rapaz teve azar. Estava à espera da vitória no europeu para se despedir em beleza, laureado com louros que lhe não pertencem.
-> à espera do Godot Sampaio: reacção.
Não acredito em eleições antecipadas. Existe um acordo entre o PR e Durão Barroso.
A forma de actuar do PR demonstra que é incapaz de tomar decisões importantes - alias desde que foi eleito, nunca teve de tomar decisões complicadas...
ou então penso que ao perder tanto tempo para tomar a sua decisão e o facto de andar a consultar Portugal inteiro, o nosso presidente Jorge tenta demonstrar que está a tomar uma decisão muito importante e também poder-se-á pensar que está partilhar o peso da responsabilidade da sua decisão com todos aqueles que sondou para tomar a decisão correcta ou incorrecta (que já deverá ter sido tomada há muito tempo)
O PR é muito bom para abrir com pontapés portas já abertas: por exemplo dizendo que a educação esta mal, que a saúde esta mal etc... Soluções? nada. Também temos de admitir que seus poderes são limitados ao contrario de presidentes como franceses etc...
Mas é assim que se governa em Portugal.
O Átila deve ser um provinciano pacóvio e antiquado que, lá na aldeola remota onde vive, tem medo de ideias novas e desconfia de qualquer forasteiro que vê ao longe. Teme ficar contaminado e depois, o cura, no confessionário, o declarar em pecado mortal e o excomungar.
Por isso anda desvairado, coitado! Tenham dó...
Joana ou Paulo Pedroso (uma e a mesma pessoa, já toda a gente sabe há muito tempo).
Mais de metade das alarvidades que por aí estão não fui eu que as inseri, deviam pensar que me causavam um grande transtorno. Sabe muito bem que qualquer pessoa pode inserir aqui textos utilizando o nick/mail de outras. Por mim pode apagar ou deixar ficar, tanto se me dá.
Afixado por: Átila (o legítimo) em julho 6, 2004 02:40 PM
Um PR socialista com um governo de direita é sempre problemático.
Também é verdade que colocar todos os ovos no mesmo cesto levanta questões.
Mas algum dia teremos de experimentar a fórmula de Sá Carneiro.
A denominada coexistência em Portugal é sobejamente nociva para o país.Lembremos aqui as 'forças de bloqueio" ou o "deixem-nos trabalhar".
A inveja,os interesses partidários,a mentalidade mesquinha dum país de 92.000Km2, o constante apelo ao subsidio,o mórbido intervencionismo do Estado,a quem se recorre como" teta de vaca",a forma de fazer politica por determinados lideres partidários,com uma prática verdadeiramente terrorista, o léxico oposicionista vergonhoso no Parlamento,o desejo de permanente crise institucional,levam um povo a ser bola de ping pong jogada ao vento com os discursos da irresponsabilidade.
O actual PM tem uma nomeação de prestigio para Portugal.A oposição considera que é uma "fuga" e fustiga o "fugitivo".
A coligação perde as eleições europeias.Logo a oposição faz a ligação da derrota com a "fuga".
É uma oposição circunscrita aos horizontes das nossas fronteiras.Não se ouve o PS francês pedir a demissão de Rafarin e este perdeu as mesmas eleições.Não se ouve que Schroeder faça eleições antecipadas,apesar da derrota estrondosa sofrida na Alemanha.Com Blair a mesma coisa.
Em Portugal é a corrida ao "armamento" para o derrube do governo.Numa altura em que os portugueses fizeram sacrificios para equilibrio orçamental,a oposição pretende "sangue" e nem deixa ver os resultados dos sacrificios.
O PR faz consultas sobre consultas,porque é socialista e a sua vontade seria entregar a governação aos elementos do seu clube.
Mas o clube está em decomposição,com vários candidatos já com o odor do poder nas narinas.As pedras movimentam-se,porque o actual lider tem com ele o ónus do tratamento do caso Casa Pia.
Considero que o PR finge que procura uma solução,quando ela já foi encontrada.
Há uma maioria parlamentar que suporta o governo,a legislatura não terminou,o PSD tem um novo lider,a coligação pretende continuar.
Quaisquer outros cenários são apenas jogos de interesses obscuros.
A Espera Messiânica de Godot é para Samuel Becket ver.
NB. A liberdade de expressão,pensamento e opinião não pressupõe que ela se faça com a utilização do léxico mais soez. Não se trata de Censura.Trata-se de fazer cumprir essa mesma liberdade. JOANA,não se deixe violentar nem permita violação de principios e valores.
Participar no seu blog não é vir a um WC de certos cafés lisboetas.
Concorde-se ou não com a opinião da JOANA,só há um caminho razoável.Desmontar a opinião com argumentos válidos.
Eu confesso que não sou inocente nem uso as vestes da pureza imaculada,mas a JOANA deve censurar o léxico de mentes escabrosas.No preciso caso,de mentes doentes e a necessitar de tratamento adequado e rápido.
muito bem PSL/PP - CONCORDO CONSIGO.
Afixado por: Ch'ti em julho 6, 2004 03:41 PMConcordo com PSL/PP. Este é um blog interessante, de referência. Ninguem aqui vem à procura de insultos doentios, repetidos e sem interesse. Não é censura eliminá-los já que não acrescentam nada à discução.
Afixado por: Do azul dos fundos em julho 6, 2004 05:50 PMDo azul dos fundos, à discução não acrescentam nada de certeza. Agora se fosse à discussão talvez!
Afixado por: Sopa de ervilhas em julho 6, 2004 06:18 PMCaro Átila
O meu amigo anda tão entusiasmado nesta cruzada que nem responde às minhas mensagens.
Preciso mesmo de falar contigo.
Utiliza o email: mario.j.almeida@iol.pt
(...)
Mas quando se discursa ou coloquia sobre o estado da educação, todos reclamam, nomeadamente os protagonistas deste miserável desempenho, que «é preciso investir mais na educação». Mas gastar mais dinheiro para quê?
(...)
Dear Joana,
Pelos vistos, o seu farmacêutico compreende bem demais a ucraiana que lhe enviou, caso contrário hoje depararíamos com uma faixa negra no topo deste blog em vez de mais este textito...
Mas, adiante...
De alguns anos para cá, tenho-me divertido a observar os novos paradigmas sociais: ele é os sociólogos do ambiente, ele é os sociólogos do lixo, ele é sabe lá Deus (uops! invoquei o meu nome em vão, perdão!)...
Mas esta, Joana, esta do gastar mais dinheiro como sinónimo de investir é que eu não esperava de si. Investir é gastar mais dinheiro??????? Hummm...
Fui re-ler uma antiguidade que está para ali nos confins da biblioteca (Economia Política do meu caríssimo mestre Soares Martínez) e nem nele deparei com essa visão de que investir é gastar mais dinheiro.
Porque será?
Andará a Joana a ser acometida pela síndrome da simplicidade de que investir implica mais dinheiro?
O meu novo objecto de estudo, cara Joana, resume-se às nódoas na escrita de cada um...
Tal como Bartleby (lembra-se?) eu vou copiando e rindo...
A Joana continua no "I would prefer not to"....
Até quando?
Afixado por: re-tombola em julho 6, 2004 07:20 PMjoana, porque é que não retira daqui o lixo?
Afixado por: palms em julho 6, 2004 07:22 PMEu compreendo a posição de muitos dos visitantes deste blog relativamente a algumas ordinarices que foram aqui escritas.
Até agora só tenho apagado posts que contêm um parágrafo de obscenidades replicado centenas de vezes nesse post e depois em posts sucessivos. Já apaguei mais de 3.000 posts e censurei várias centenas. É gente do Expresso online e, pelo menos um deles, calculo quem seja.
Isso tenho mesmo que apagar, visto que a página de comentários do blog fica ilegível. Não é o caso das ordinarices deixadas pelo Átila.
A ideia que eu tenho destas situações é que a maior punição para o ordinário é continuar a ver as ordinarices escritas e o repúdio que elas merecem dos restantes.
Por isso, e por agora vou deixar ficar os dislates em causa. Se a situação se agravar poderei tomar outras medidas. Inclusivamente legais.
Átila:
Você entrou aqui como Átila, como Átila (o legítimo) e como Barata (usando o e-mail fictício do zippiz), neste último caso para fazer algum teste, pois não escreveu nada.
E não digo mais nada
Afixado por: Joana em julho 6, 2004 09:05 PMre-tombola em julho 6, 2004 07:20 PM
Investir mais na educação é gastar mais na educação. Aliás ...a palavra investir ... sozinha, sem mais nada, significa na mesma gastar dinheiro para comprar um bem ou um serviço durável.
Não percebo, francamente, qual a sua dúvida.
É claro que investir pode ter outros significados. Quando o touro investe, na lezíria, contra um pano vermelho ... não gasta dinheiro. Quando os «politicamente correctos» investem contra o PSL ... não gastam dinheiro ... alguns até são pagos para isso (jornalistas, etc.).
Mas, caro re-tombola, quando falei em investir na educação estava muito longe do meu pensamento largar um toiro na Av. 5 de Outubro, junto ao ministério.
Esse Soares Martinez é formado em Direito, não é? O que é que ele percebe de economia?
Isto admitindo que você não se equivocou ao consultar o mestre.
Seis razões para a não dissolução
Bacelar Gouveia
1 - A maioria parlamentar mantém-se coesa, uma vez que, com o pedido de demissão do primeiro-ministro, os diversos protagonistas parlamentares já fizeram saber que desejam a continuação dos seus mandatos, pedindo um XVI Governo Constitucional com o mesmo programa sufragado nas urnas, cujas medidas mais difíceis já foram tomadas na primeira parte do ciclo político, não havendo aqui qualquer perigo de involução ou de entorse das políticas já lançadas;
Seis razões para a não dissolução
Bacelar Gouveia
2 - A maioria parlamentar tem o direito de ser julgada por um ciclo completo, não pela parte «má» das medidas que já foram tomadas e que, com eleições antecipadas, nunca seriam devidamente apreciadas, só havendo um julgamento por aquilo que de mais impopular foi praticado, com resultados sempre distorcidos;
Seis razões para a não dissolução
Bacelar Gouveia
3 - A maioria parlamentar nasceu de um acto eleitoral, no qual se indica um previsível primeiro-ministro, eleições que, contudo, não podem ser «pessoalizadas» ao ponto de deixarem de ter efeito só porque a pessoa do primeiro-ministro pediu a exoneração, devendo o poder estar associado a um projecto, eleições que (ainda) não são «plebiscitos». Mas as razões também se sublinham nas nefastas consequências que uma dissolução faz irradiar para o panorama político-institucional:
Seis razões para a não dissolução
Bacelar Gouveia
4 - Quem é que compreenderia que a simples designação do primeiro-ministro de Portugal para presidente da Comissão Europeia pudesse acarretar a grave consequência de eleições antecipadas, como se o poder em Portugal se concentrasse na pessoa do primeiro-ministro, à maneira monárquico-absolutista, nem sequer se podendo assim antever uma maneira alternativa de Portugal designar os seus ilustres governantes para instituições internacionais sem a realização de forçosas eleições antecipadas?
Seis razões para a não dissolução
Bacelar Gouveia
5 - Quem é que levaria a sério o discurso daqueles que, dizendo que a escolha de Durão Barroso é uma honra para Portugal, viessem depois a propugnar a dissolução do Parlamento, para defesa dos seus interesses eleitorais ou, pior, amarrando à sua defesa um Presidente da República que, embora da mesma área política, tem sabido manter a posição de Presidente de todos os Portugueses?
Seis razões para a não dissolução
Bacelar Gouveia
6 - Quem é que acreditaria no amadurecimento do sistema político quando a legislatura se interrompe só porque a pessoa do primeiro-ministro muda, tudo o resto se mantendo estável, tanto com uma nova liderança no PSD como no plano das linhas programáticas da governação? Maximamente respeitando a decisão presidencial, a dissolução será, na nossa opinião, a pior das soluções.
este artigo aparecido hoje no DN é dos mais claros e bem fundamentados que tenho lido
Afixado por: Mocho em julho 7, 2004 01:05 AMSer tendencioso é demonstrar falta de carácter. O Durão só se demitiu ontem, portanto só desde ontem é que o Senhor Presidente da República tomou conhecimento oficial da situação. Este texto é reaccionário, anti-democrático e atentório.
Afixado por: Triste em julho 7, 2004 05:28 PM