« Uma Mão Invisível às Tentações do Mercado | Entrada | Uma Campanha Alegre »

janeiro 06, 2006

Os Reis Magos

Um Remake em Technicolor

Os Reis Magos e a estrela que os teria guiado constituem questões que têm intrigado a humanidade, os investigadores e os viciados no Google, há cerca de 2 milénios. Quem eram os Reis Magos? Donde vinham? Como vinham? Porque vinham? Ao que vinham? Qual o significado da estrela? Seria mesmo uma estrela? Ou um cometa? Ou uma nave de alienígenas à procura do Quinto Elemento (também conhecido por Cavaco Silva)?

Mateus, um talentoso argumentista da Judeia, escreveu que: “eis que vieram do oriente a Jerusalém uns magos que perguntavam: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? pois do oriente vimos a sua estrela e viemos adorá-lo”, mas esta narração nunca foi considerada suficiente. Se em qualquer capital aparecesse gente assim, pelas esquinas, a fazer perguntas como aquelas, além de serem esportulados do ouro, incenso e mirra, não lhes sobejaria o suficiente, nem para aguar os camelos. Aliás, outros argumentistas coevos, como Lucas, Marcos e João, não referiram, nem os Reis Magos, nem os camelos, apenas pastores e ovelhas que andavam tresmalhados nas imediações. Milhares de investigadores tentaram aclarar esta questão, mas falharam sempre.

Uma investigação deste tipo tem que assentar no estabelecimento de cenários e sua validação. Foi esta a tarefa que me propus. Comecemos pelo cenário tradicionalista, o mais conforme aos textos litúrgicos.

Neste primeiro cenário era elementar colocar a questão semântica. Um rei é, por definição, o poder executivo. Portanto, segundo este cenário, 3 chefes do poder executivo (naquela época remota, pois hoje seriam poder moderador ou, na Lusitânia, o poder banalizador) com bagagens recheadas de ouro, incenso e mirra, viajaram, em conjunto, centenas de léguas, ao ritmo lento e bamboleante de camelos escorrendo uma baba peganhenta e fétida, sujeitos a incomodativos enjoos e ao sol inclemente do deserto, perseguindo uma estrela.

Analisemos este cenário e as hipóteses a que a sua validação obriga:

1 – É óbvio que, nos reinos daqueles reis, se tinha tornado realidade o desiderato socrático-soarista de “um Rei, uma Maioria”, pois senão não haveria as indispensáveis autorizações dos respectivos poderes legislativos e financeiros para os soberanos se ausentarem dos seus estados, ainda por cima, ajoujados ao peso de tantas preciosidades;

2 – Outra hipótese necessária é a de que seriam reinos sem défice orçamental nem défice de transacções com o exterior, pois de outra forma a opinião pública e os Bancos Centrais reagiriam mal à saída, para destino incerto, atrás de uma estrela, ou sabe-se lá de quê, de tantas e tão valiosas mercadorias, sem quaisquer contrapartidas nem garantias bancárias. A menos que a Corporação dos Moedeiros, no seu relatório de Inverno, desse nota pública de que as contas estavam uma lástima, mas tal não tinha qualquer relevância.

3 – Há um facto surpreendente: os reis deslocavam-se sem escolta adequada. Os pastores, que aparecem no presépio, são obviamente figurantes locais, armados unicamente de cajados. Este dado obriga a formular ou a hipótese de um conflito institucional, todavia infirmada pela hipótese (1) ou, porventura mais verosímil, a hipótese do Ministro da Defesa ter desaparecido misteriosamente sem combate, por não ter conseguido convencer as escoltas a abandonar o solo pátrio sem ajudas de custo. Ou, talvez, a ocorrência de um orçamento rectificativo, que transferindo verbas inscritas na rubrica “forragens dos muares das quadrigas de assalto”, para a rubrica “aquisição de ouro, incenso e mirra”, impedisse encontrar cabimento orçamental para custear a escolta.

Portanto, apenas três hipóteses absurdas sustentariam este cenário: “um Rei, uma Maioria”; ausência de défice orçamental e de défice externo; ausência de escolta, etc.

Aliás, este cenário apenas foi esboçado por Mateus, muitas décadas depois, quando a memória e as faculdades do piedoso apóstolo já escasseavam. Obviamente não tinha a memória minuciosa da Filomena Mónica.

Sendo assim demonstra-se que o episódio dos Reis Magos, vindos do oriente, orientados por uma estrela, não tem poder explicativo na sua formulação tradicional. Impõe-se a formulação de um novo cenário, com fundamentação mais científica, o Cenário Neo-liberal, por muito que custe aos defensores dos sistemas estatizantes.

Assim, a minha investigação, sempre escrupulosa, baseada numa hermenêutica rigorosa e numa heurística documental precisa, buscou um novo cenário, mais sustentável e inovador.

A primeira observação é a que a palavra rei não é indissociável da soberania de um Estado. É usada habitualmente para designar especialistas numa dada disciplina ou actividade, como por exemplo: Rei dos caloteiros (título de tal forma banalizado que permitiu a concessão da realeza a uma percentagem significativa da população portuguesa, e ao próprio Estado); o rei dos analistas políticos (J A Saraiva, na opinião dele próprio, ou Marcelo de Sousa, o Velhaco Genial, na opinião dos restantes); o rei dos dislates (Jorge Coelho); o rei dos mentirosos (o primeiro-ministro Sócrates); “o Rei” tout court (Elvis Presley); etc..

Portanto, subtraí-me ao erro fatal de que foi vítima Mateus, na sua senectude, e todos os seus exegetas, inclusivamente JS Bach. Retenhamos esta primeira conclusão: rei é apenas uma pessoa com relevo numa determinada disciplina.

A segunda observação, também igualmente pertinente, resulta da resposta à pergunta: Porque é que aqueles veneráveis anciãos abandonaram as suas terras, o seu conforto familiar, obcecados por um sinal que interpretaram como uma estrela e seguiram esse sinal, léguas a fio, empoleirados em incómodas e enjoativas corcovas de camelos?

Diz-se que estavam obcecados por um sinal, pela luminosidade de uma estrela. Cinjamo-nos aos factos despidos da retórica: os “reis magos” tomaram uma sequência de decisões em face de sinais, ou de um sinal que ia variando no tempo.

Julgo que as mentes mais astutas, que me acompanharam nesta dedução rigorosa já se aperceberam que chegámos ao âmago da questão. A solução está ao virar da esquina ou, no caso em apreço, ao virar da duna. Qual é a actividade humana em que os seus especialistas tomam as decisões mais inexplicáveis, demandam os locais mais inverosímeis, têm as condutas mais excêntricas em face de sinais que só eles percepcionam e só eles julgam entender?

Quem são esses especialistas? Que sinais são aqueles que tanto os excitaram?

As respostas são doravante simples e elementares:

Quem são esses especialistas? – Economistas;

Que sinais são aqueles que tomaram como uma estrela? – Os sinais do mercado;

Porque eram reis? – porque ganharam fama, escrevendo as suas análises económicas em placas de argila de grande audiência pública;

Porque levaram tantas preciosidades? Porque as decisões de investimento são tomadas em face dos sinais do mercado e, naquela época, em que a moeda escritural ainda não tinha curso, os cartões de crédito nem sequer miragens eram no deserto dos Nabateus, a forma de se andar prevenido para investir na altura precisa era trazer permanentemente à arreata uma cáfila de camelos ajoujados ao peso de um sólido carregamento de ouro, incenso e mirra, mesmo correndo o risco de serem sucessivamente saqueados por Moabitas, Amalecitas, Amonitas, Madianitas, Amorreus, Filisteus e arrumadores de camelos.

Porque é que Mateus errou? Mateus, que tinha o apelido de Levi, era colector de impostos. É óbvio que ninguém confia num colector de impostos. Principalmente quando se transporta um carregamento de mercadorias preciosas, sem guias de transporte, sem referência ao IVA, sem pagar o ISPP relativo à água para os camelos, na mais absoluta e delituosa evasão fiscal. A Mateus foi contada uma história da carochinha em que ele acreditou piamente, segundo a declaração de liquidação que enviou aos publicanos (administração fiscal da época) e que depois foi incluída no seu evangelho. Já naquela época a administração fiscal tinha as bases de dados completamente adulteradas, não conseguindo distinguir um camelo, do buraco de uma agulha, nem uma agulha, do buraco de um camelo.

Os factos são claros e límpidos e não permitem outra explicação.

Que se passou depois? Aparentemente a Bolsa de Jerusalém teria encerrado com fortes perdas. O pessoal tinha-se endividado para comprar choupanas de colmo a 30 anos e as prendas para festejar as Saturnalias, deixando a bolsa sem liquidez. Herodes, o tetrarca, responsável pela gestão danosa que tinha levado a Bolsa à insolvência, os fariseus à ruína e os zelotas a vandalizarem a cidade, protestando contra a globalização, deu uma explicação esfarrapada aos “reis magos”, que acabaram num casebre de Belém, onde se desfizeram das mercadorias, desvalorizadas face ao crash da Bolsa de Jerusalém, trocadas ao desbarato por um suculento ensopado de borrego, acompanhado de leite de vaca ordenhado no momento.

Herodes aproveitou o crash bolsista e utilizou as «golden share» detidas nas sociedades vítimas da recessão, e mesmo nas que lhe tinham escapado, ficando com a gestão dos activos de todas elas. Os pequenos aforradores (a maioria deles com mais acções que as «golden share»), inocentes e pouco avisados, ficaram sem um óbolo. Foi este episódio que, ficcionado por historiadores menos avisados, ficou conhecido pela “matança dos inocentes”

Por isso, no regresso, os Reis Magos internaram-se na imensidão do deserto, fazendo um desvio para não voltarem a encontrar-se com Herodes, que havia arruinado a Judeia com uma política keynesiana, baseada no uso imoderado da despesa pública para financiar a reconstrução do Templo de Salomão. Levavam o burro à arreata, para o irem transformando em bifes durante o regresso a Ecbátana, e não queriam ter que o entregar como dação em pagamento das cobranças coercivas que os publicanos haviam emitido às centenas, suportadas pelas bases de dados forjados com o patriótico objectivo de angariar fundos para manter o défice público dentro dos limites do PEC imposto por Roma.

Nunca mais tentaram interpretar sinais de mercado.

Este é o único cenário sustentável e com suficiente poder explicativo.

Semiramis Rubens_The Adoration of the Magi.jpg

Publicado por Joana às janeiro 6, 2006 10:39 PM

Trackback pings

TrackBack URL para esta entrada:
http://semiramis.weblog.com.pt/privado/trac.cgi/117729

Comentários

Joana é só para dizer que eu andei numa camelinha linda com olhos azuis no deserto da Tunísia! E depois quanto ao resto porque é que não conta a história, ou um fragmento, de Alexandre?

Publicado por: py às janeiro 6, 2006 10:58 PM

Massive attack:

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=209116

Publicado por: py às janeiro 6, 2006 11:55 PM

David, tu que és descendente de Rute, a resgatada, e Boaz, o que tens a dizer disto tudo?

Publicado por: py às janeiro 7, 2006 12:13 AM

Assim é fácil ser liberal, empresário e paladino da economia de mercado, ou de como o Estado está a mais na saúde e na educação, mas nunca é demais a financiar os negócios:

«OGOVERNO vai criar em Angola
uma plataforma para distribuição
de produtos portugueses e triplicar
a linha de financiamento, de 100 para
300 milhões de dólares, a fim de
apoiar exportações para aquele
país. Simultaneamente, será criado
um crédito de cem milhões de dólares
para as empresas que queiram
investir naquela antiga colónia.
A criação de uma estrutura de
recepção e comercialização de produtos
era há muito reivindicada
por empresários, como forma de garantir
um eficaz escoamento das exportações
nacionais.»
(Expresso, hoje)

Publicado por: (M) às janeiro 7, 2006 04:16 AM

Excelente texto, belíssima e genial metáfora. Parabéns, Joana!

Publicado por: Senaquerib às janeiro 7, 2006 09:43 AM

(M) às janeiro 7, 2006 04:16 AM: Aproveite as facilidades. Não olhe para trás.

Publicado por: AJ Nunes às janeiro 7, 2006 10:47 AM

Hum.

http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1243998&idCanal=33

Ainda bem que vou para fora. Como vou com o vôo aberto se calhar não venho votar...

Publicado por: py às janeiro 7, 2006 12:38 PM

...mas se calhar também venho... entretanto invoco Reserva Moral.

Publicado por: py às janeiro 7, 2006 01:34 PM

Omar Hakim ... um percursionista da porra ... a música já não se pode dizer a mesma coisa... acho que vou mudar ... vou ouvir ... ora deixa cá ver ...hum Bora lá ouvir um belo trompete .. Arturo Sandoval..hum .. tb me está a encher o saco .. ainda é cedo... os meus neurónios ainda não pousaram o suficiente ... ah... melhorou... Vinicius não de Moral mas de Moraes... humm a felicidade ...vem a calhar...

Indo ao post ... rsss , Tb estou com voo aberto... pt o mais que certo é não ir votar....

Qt aos reis magos .. estou de acordo .. eles com certeza pertecem à famigerada lista de Honra ...

Agora .. tem uma coisa que me está a deixar envergonhado deste blog ( um blog dito de direita( dito o melhor ) , embora eu me esteja a c*gar para isso de direitas e esquerdas .. interessa são as boas ideias... ) . Não só a Joana como os ilustríssimos comentadores fogem com o rabo à seringa , qd peço ajuda sobre os valores consumidos em c. fosseis para produzir electricidade ..
Nem ao menos tem por aqui alguém que saiba qt c. fóssil se consome para produzir 1 MW ?
Não me obriguem a passar vergonhas e ir perguntar isto num blog de esquerda ;-)


Publicado por: Cush às janeiro 7, 2006 01:51 PM

Deza7

Pelos valores, pela verdade e pela liberdade.

http://deza7.blogs.sapo.pt

Publicado por: deza7 às janeiro 7, 2006 01:57 PM

Deza7

Pelos valores, pela verdade e pela liberdade.

http://deza7.blogs.sapo.pt

Publicado por: deza7 às janeiro 7, 2006 01:57 PM

Khalil Gibran?

Publicado por: py às janeiro 7, 2006 01:59 PM

substituo Reserva Moral por reservas moraes

Publicado por: py às janeiro 7, 2006 02:15 PM

Reservas Moraes?

Publicado por: py às janeiro 7, 2006 02:16 PM

olha Morais Soares (!)

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=209165

Rosa Mota, Maria João Seixas e tocarufar também gosto!

Então fazemos assim: vais à 2ª volta e eu venho cá votar nessa, tá?

Publicado por: py às janeiro 7, 2006 04:28 PM

A minha Rosinha é linda!

(mas akilo do V. L., sim esse, não gostei!)

Publicado por: py às janeiro 7, 2006 04:29 PM

sobre o "aproveite as oportunidades,não olhe para trás" do : AJ Nunes publicado às janeiro 7, 2006 10:47 AM
acerca dos investimentos em Angola

recordo-me vagamente que,,,

“O lugar mais quente no Inferno está(va) reservado para aqueles que, em tempos de grande crise moral, mantêm a sua neutralidade”
Dante (1265-1321)

mas, os tempos mudaram e agora quanto mais filho-de-puta mais se lucra.
Não prescindindo de tomar partido contra a criminosa oligarquia instalada no governo de Angola é isso mesmo que pretendo fazer lembrar aos "investidores" que na mira de lucros fáceis, têm a memória curta.
Cavaco Silva e Durão Barroso, como é sabido, são dois potenciais amigalhaços do regime de Luanda - que é natural que conte com estes dois biltres para branquear os crimes cometidos,,,
Entretanto aguarda-se ansiosamente a resposta do antigo-ministro Pepetela às denúncias, feitas nas páginas do Público pelo historiador Carlos Pacheco acusando-o de ter permitido o terror durante a vigência do seu mandato, quando tutelou departamentos que procediam a torturas e decretavam execuções.
Como é sabido Pepetela é autor de um livro que está a ter algum sucesso ao criticar os oportunistas que subiram na vida á custa da imoralidade do Regime.
Ainda havemos de ver Pepetela e Cavaco em actos oficiais nalguma igreja,,, aposto,,,
então, segundo a mais estricta lógica dos neoliberais, haverá que atribuir um preço à moralidade dos filhos-de-puta.
O valor do Crime organizado à sombra da figura mitológica do "Estado" está em alta.

Publicado por: xatoo às janeiro 7, 2006 05:25 PM

eu gostava de saber a opinião de todos os candidatos presidenciais sobre as Touradas

Publicado por: py às janeiro 7, 2006 06:11 PM

Publicado por: Cush às janeiro 7, 2006 01:51 PM

Isto serve?

1 Kwh = 290 x 10E(-6) tep (Toneladas Equivalentes de Petróleo)

Publicado por: (M) às janeiro 7, 2006 08:09 PM

e agora é preciso passar de petróleo para Carbono? E depois para CO2? Isso deve ser contigo Cush, não?

Meu caro, hoje são bifinhos de cebolada.

Publicado por: py às janeiro 7, 2006 08:30 PM

mas ajudando um pouko:

1 Kwh = 290 x 10E(-6) tep (Toneladas Equivalentes de Petróleo) -> 1Kwh= 290 gr equivalentes de petróleo, não?

Publicado por: py às janeiro 7, 2006 08:32 PM

Caro indío Cush

Dada a dificuldade em encontrar os consumos das centrais portuguesas relacionados com a produção, ficam aqui os números para os quatro grupos da central de Chesapeake.

Capacidade geradora líquida: 760 megawatts (isto corresponde à electricidade lançada na rede)

Capacidade geradora por grupo:
Grupo 1 - 118 megawatts
Grupo 2 - 118 megawatts
Grupo 3 - 172 megawatts
Grupo 4 - 230 megawatts

Consumo médio diário de carvão: 4,500 tons

Publicado por: (M) às janeiro 7, 2006 08:38 PM

Nunca percebi tão bem o conceito de "interesse nacional" como quando o Dr Borges explicou (Expresso da Meia-Noite) que, se a PT resolvesse prescindir da sua aliança com a Telefónica, caía imediatamente de 25 % em Bolsa ...
Daí os "Heróis do Mar" em xilofone.
Prá EDP, espera-se o cavaquinho.

Publicado por: asdrubal às janeiro 7, 2006 08:40 PM

... entretanto (M) quero sizer-lhe que, de acordo com uma conta que amanhã ainda tenho de reconfirmar, Portugal fixa 50 ton. de Carbono por ano, com a ppl, sem fogos.

O problema dos fogos, e principalmente dos fogos recorrentes como aqueles associados aos sucessivos cortes do escalitral (10 em 10 anos, ou menos), desprogem o solo da erosão e vai-se com as chuvadas, apesar da vala e cômoro protegerem um bokado.

Entretanto a ppl demora a recuperar 3 anos, nas zonas mais favoráveis, 5 nas intermédias e 7 nas mais desfavoráveis.

Em termos de Carbono o custo dos fogos não é só aquilo que arde, mas aquilo que nos anos subsquentes se deixa de fixar.

Publicado por: py às janeiro 7, 2006 08:54 PM

deskulpar-me-á as gralhas, meu karo

Publicado por: py às janeiro 7, 2006 08:58 PM

A prova de que isto de tentar encontrar equivalentes não é fácil está aqui:

A central de Mt Storm (que é a maior deste tipo nos EUA) tem uma capacidade líquida de 1632 megawatts e um consumo médio diário de 15.000 toneladas de carvão.
Se compararmos com a de Chesapeake, há uma ligeira divergência. Mas isso talvez se deva ao facto de os grupos geradores de Chesapeake terem sido convertidos do fuel para carvão quando os preços do petróleo começaram a subir, na década de 70.
De qualquer modo, dá para ter uma ideia.

Bónus informativo: Mt Storm produz numa hora a energia consumida por 160 lares americanos médios num ano (Não esqueçamos que as cozinhas e o aquecimento são eléctricos)

Publicado por: (M) às janeiro 7, 2006 09:02 PM

A propósito do Expresso da Meia-Noite, da EDP e da promessa que vamos ter electricidade 15 por cento mais cara dentro de um ano, aconselho a leitura desta análise:

http://resistir.info/portugal/ineficiencia_energetica.html

Publicado por: (M) às janeiro 7, 2006 09:08 PM

Esta é especial para o Py:

http://resistir.info/portugal/incendios_florestais.html

Publicado por: (M) às janeiro 7, 2006 09:14 PM

Obrigadão (M). Posso citar, claro, não?

Publicado por: py às janeiro 7, 2006 09:34 PM

"cresce anualmente um quilo e meio de biomassa por metro quadrado" -> lá tenho de fazer outro cenário, o catedrático de Ecofisologia que eu citei Pereia et al, 2002, no Climate Changes in Portugal faz uma escala onde uma máximo admissível é de pouco mais de 900 gr de C por m2 por ano!

Assim sendo os 50 milhões ainda passam para 100 milhoes de ton. de C por ano.

Ou seja podia queimar-se em fogos e em centrais de biomassa metade disso (kaminho do meio) e a outra metade era para ajudar o mundo a fixar carbono.

Boa mas contas mesmo são para amanhã.

E já me comprometi a entregar o meu relatório mas é 5ª feira, ouviste Cush?

(ps: a minha dúvida é se os meus cartões devidamente artilhados e cobertos a anteriori, várias vezes, vão kurtir uma de capitalismo, ou uma de socialismo, ou uma de casotalismo (?)

Publicado por: py às janeiro 7, 2006 09:45 PM

...bom, mas essa koisa de por as centrais de queima de biomassa a andar também fui eu que dei um chuto nisso prá frente em Setembro, portanto já vai. Ou seja, passando ao limite, já tá.

Publicado por: py às janeiro 7, 2006 09:54 PM

Atão?

Publicado por: py às janeiro 7, 2006 10:21 PM

Quantos fósseis são precisos para tentar consumir um cavaco?
É simples: são 5 (cinco).
E não conseguem...

Publicado por: Senaquerib às janeiro 7, 2006 10:43 PM

eu ká por mim é os portugueses que escolham e eu vou basar, em qualquer kaso, depois de deixar uma terapêutica prescrita para o Dragão. Se ele não quiser então já é com ele (eu já lhe falei do karma, etc e tal,)

Publicado por: py às janeiro 7, 2006 10:49 PM

“E há outros que parecem relógios a que se dá corda; produzem o seu tique-taque e querem que esse tique-taque se chame virtude” – Quitéria Barbuda in “Psicanálise da Esquerda”, Revista “Espírito”, nº 24, 2006.


Publicado por: Brigada Bigornas às janeiro 7, 2006 10:52 PM

«OGOVERNO vai criar em Angola
uma plataforma para distribuição
de produtos portugueses e triplicar
a linha de financiamento, de 100 para
300 milhões de dólares, a fim de
apoiar exportações para aquele
país. Simultaneamente, será criado
um crédito de cem milhões de dólares
para as empresas que queiram
investir naquela antiga colónia.
A criação de uma estrutura de
recepção e comercialização de produtos
era há muito reivindicada
por empresários, como forma de garantir
um eficaz escoamento das exportações
nacionais.»
(Expresso, hoje)

Liberalismo? isto é tudo menos liberalismo.
No liberalismo nem Ministério da Economia devia existir.

Publicado por: lucklucky às janeiro 7, 2006 11:16 PM

Pois, e o Plano Tecnológico é outra coisa do mesmo género. O Estado a propôr investigação e projectos ? Vai dar despesa...

Publicado por: J P Castro às janeiro 7, 2006 11:41 PM

(M) às janeiro 7, 2006 09:08 PM

Crítica a http://resistir.info/portugal/ineficiencia_energetica.html)

“Os dados (...) mostram a quantidade de Toneladas Equivalentes de Petróleo (TEP) que são consumidas em cada país para obter um milhão de dólares de PIB, ou seja, de riqueza criada em cada ano. De acordo com os dados anteriores, Portugal consome na produção de um milhão de dólares de PIB, ou seja, de riqueza, 2,47 vezes mais energia do que a França(...)”
Não acredito que seja a apenas ineficiência energética a responsável por esta discrepância, mas posso sugerir algumas causas para tal: Poderá ser devido à França incorporar mais valor acrescentado por kWh? Ter uma estrutura de sectores produtivos completamente diferente? Como terá sido feita a equivalência entre a produção eléctrica por nuclear e equivalentes de petróleo?

“(...) os preços da electricidade em Portugal pagos pelos consumidores industriais (...) 7,13 cêntimos(...). No entanto, em 2005 o preço em Portugal (7,13 cêntimos) ainda é superior ao preço médio da União Europeia (6,73 cêntimos) em 5,9%.
Como em 2005, o preço do kWh pago pelos consumidores domésticos em Portugal era 13,13 cêntimos enquanto a média nos países da União Europeia era apenas de 10,46 cêntimos, (...) inferior em mais de 20% ao preço pago pelas famílias portuguesas.”
Os valores apresentados podem não ter qualquer significado! Podemos ter um mesmo país em que o preço ao consumidor doméstico fica abaixo da média, mas o industrial fique acima da média. Só se poderiam comparar custos ponderados do kWh (e já agora ponderados também pelo peso das respectivas populações se tal não foi feito).
Pelo que ouvi no Jornal de Economia (RTP2), em Portugal, 60% do consumo de electricidade é privado.
Parece (Correio da Manhã) que os preços ao consumidor doméstico vai aumentar para reflectir os custos “reais” (incluindo os sobrecustos da energia eólica e fotovoltaica). Não percebo bem porque é que os preços industriais não sobem, mas talvez seja para não sobrecarregar demasiado (face aos competidores europeus) e também temos de compreender que o imobilizado/manutenção das infraestruturas de transporte a muitas terras/lugares/etc remotos não sai barato...

“(...) elevada ineficiência energética que se verifica na esmagadoras maioria das empresas portuguesas (...) a maioria dos empresários em Portugal quando tomam decisões de investimento os custos da energia continuam a ser uma variável que dão pouca importância, ou que está ausente nas suas decisões”
Admito que seja verdade, mas se os empresários não ligam (muito) a este factor só pode ser ou porque são estúpidos ou porque os custos de energia têm pouco peso na estrutura de custos da empresa.
“Este (ineficiência energética ) grave problema estrutural da nossa economia tem sido sistematicamente esquecido pelos sucessivos governos, incluindo o actual”; o exposto não é aplicável a esta ineficiência “privada”.

“Nas AM de Lisboa e do Porto, em 1991, respectivamente 24% e 23% das pessoas utilizavam o transporte individual nas suas deslocações; em 2001, essa percentagem tinha aumentado respectivamente para 44% e 49%. No mesmo período a utilização do transporte colectivo sofreu uma forte quebra, pois passou na AML de 51% para 37% , e na AM do Porto de 42% para 28%.”
Estes dados podem induzir em erro:
Qual o aumento da penetração do automóvel particular nas populações que pertencem às AM?
Quantas pessoas saíram dos centros urbanos e foram para a periferia? Qual o saldo migratório do interior para as AM?

“É preciso promover o transporte colectivo e o transporte ferroviário investindo fortemente nele. E terá de ser o Estado a fazê-lo, pois o “mercado” não resolve este tipo de problemas”
Na minha opinião é preciso promover, principalmente, a circulação “habitacional”, e porque não de emprego, das pessoas. Será difícil vir de Sintra para Lisboa de transporte público, mas quem mora ao pé do metro usará muito menos o automóvel particular, com ganhos, se não em energia, pelo menos em tempo...

Publicado por: Olucas às janeiro 8, 2006 02:06 AM

Publicado por: lucklucky às janeiro 7, 2006 11:16 PM

Você não estará a confundir com a anarquia?
Nem ministério, nem governo, nem deus, nem chefe...

# : - ))

Publicado por: (M) às janeiro 8, 2006 02:37 AM

mas ajudando um pouko:

1 Kwh = 290 x 10E(-6) tep (Toneladas Equivalentes de Petróleo) -> 1Kwh= 290 gr equivalentes de petróleo, não?
Publicado por: py às janeiro 7, 2006 08:32 PM

Que seria de mim sem ti ?

Ah .. e tu Ó(M)sinho tb não estás esquecido ... gracias ..

Então ...se no dia 4 foram produzidos 4.692 MW ..(segundo a www.REN.pt )e se a ..."central de Mt Storm (que é a maior deste tipo nos EUA) tem uma capacidade líquida de 1632 megawatts e um consumo médio diário de 15.000 toneladas de carvão" podemos concluir ( aproximadamente ?) que para produzir os 4.692 MW foram necessários queimar 43.125 toneladas de carvão( ou equivalente) ....isto apenas no dia 4 deste Mês ..

Please Py help me ...que fico enjoado com tanto carbão... será que o "r" está no sitio certo ?
então .. 43.125 tones de c.fósseis por dia .. dá por hora ...1796,8 tones ... o que por minuto dá 29,9 T. o que vem a dar .... 1 tonelada a cada 2 segundos ...pódgi ? é móli ?

Gracias .. vou dormir mal... ( já dormia ...agora confirmo o que já suspeitava..)
Agora .. queimar 1 tonelada a cada 2 segundos .. a mim parece-me um crime contra a humanidade e contra os descendentes dela.. que por este andar qualquer dia não precisam de óculos escuros...

A esta questão juntam-se outras ..
qt está a custar 1 ton de carvão e os equivalentes ?
qts " segundos " custa a tecnologia nuclear ?
qts "segundos " custa contruir uma central nuclear
qts "segundos" vamos ter que pagar pelo Co2 emitido por "segundo"?
Qts "segundos" vai demorar a sequestrar esse Co2 de novo ?
É uma luta perdida ?
Existe coerência ambiental no ex nosso (vosso) governo ? Será que eles são cegos ?
É a opinião pública que não deixa ?
Pq não pedem ao fazedor de opinião pública para dar um jeito nisso ?
qts " segundos" cobraria o Miguel Sousa Tavares para dar esse jeito ? E o José António Saraiva ?
Será que esses "segundos " todos não dariam para outras coisas bem mais uteis e limpas ?

Já que somos dos 25 maiores produtores de urânio do mundo ... é assim tão dificil entender as possíveis opções ?

Porra véio .. qts coisas se poderiam fazer com toda essa grana , na área da educação, saúde , abaixamento de impostos para valores justos ..etc . etc . etc . etc. etc. etc . etc. etc. etc. etc.

Até qd vamos viver debaixo do jugo do malévolo e extremamente burro xerife de Nothingham ?

Só mais uma continha .. para arrepiar um pouquinho mais ... então se se queimam 43.125 toneladas por dia .. por ano ... dá 15.740.625 toneladas ....que imundície que é feita ....

Publicado por: Indio Cush às janeiro 8, 2006 02:53 AM

Curvo-me perante o talento que criou este texto.
Parabéns!

Publicado por: Gonçalinho às janeiro 8, 2006 03:44 AM

Caros Amigos,
Análise Pós-Presidencial e cenário futuro no interior do PS em http://estaleiro.blogspot.com/ !!!
Obrigado pela atenção.

Publicado por: Humberto coelho às janeiro 8, 2006 04:25 AM

Como é que a Joana irá explicar isto???


Legislação laboral «não é obstáculo à competitividade», diz Cavaco Silva

A legislação laboral «não é grande obstáculo» à modernização e à competitividade, especialmente em relação às grandes empresas, que «encontram sempre formas de se adaptar», afirma Cavaco Silva numa entrevista que o Jornal de Negócios divulgará na próxima segunda-feira.

Antecipando algumas linhas da entrevista ao candidato a Belém, na qual o antigo primeiro-ministro recusou discutir alterações concretas, Cavaco Silva ressalva, no entanto, que as pequenas e médias empresas podem ter «mais dificuldade» face à lei laboral.
Nas declarações prestadas ao Negócios, o economista diz estar «muito atento à sustentabilidade da Segurança Social» e considera que «não é possível recorrer mais à tributação» para a financiar. «Não há mais margem de manobra para aumentar os impostos para resolver os problemas», assevera.

06-01-2006 9:06:21

Publicado por: (M) às janeiro 8, 2006 06:10 AM

É isso: ninguém consegue queimar o cavaco.

Publicado por: Senaquerib às janeiro 8, 2006 08:50 AM

bum dim! Hoje sonekei buereré...

Cheira-me que lá para os lados da Assíria também já começaram a kuttir kpk's :)

Cushinho revemos essas contas todas lá em Salvador, tá? Com a inspiração do nome fika menos barra pesada.

Eu hoje volto ao Carbono na fonte.

Também acho que devíamos ir para o Uranio. E aliás Urano é um planeta singular da astrologia: rege a originalidade.

Então e Mozambique?

Publicado por: py às janeiro 8, 2006 11:56 AM

Entretanto eu vou rever hoje a conta mas só amanhã é que o meu compincha me vem ajudar a rever certinho. Mas se não me enganei, o Dragão fixa por ano 50 000 000 ton de C na versão Pereira et al, 2002, e passa a cerca de 100 000 000 ton de C na versão do texto que o (M) me deixou. Sem fogos! Já dá para compensar bastante a sujeira dos carros e da electricidade.

Mas uranio sim, vamos a isso carago, se calhar é o prozac do Dragão!

Publicado por: py às janeiro 8, 2006 12:03 PM

um primo

(JP mandei-te o comunicado aos sócios para o e-mail. A versão bonitinha e sem gralhas já está ser fotoc. e para ser distribuída 3ª e 4ª, junto com um texto sobre os pombos que saiu na Visão)

Publicado por: py às janeiro 8, 2006 12:24 PM

E já não sei onde é que anda a pergunta que fizeste mas respondo-te aqui: de facto a CMC dar-nos 26 000 € que transitam integralmente para a Geoplantas, não nos traz nenhum benefício financeiro, antes pelo contrário dá trabalho. Mas é assim, quando a Geoplantas se põe a baldar eu não assino o cheque, e vai tudo logo ao sítio num instante, tás a ver, em vez de ter de andar com trinta telefonemas...

Publicado por: py às janeiro 8, 2006 12:33 PM

mas a Geoplantas foi contratada após concurso, onde era o melhor compromisso qualidade-preço ou parecia, num contrato que me chegou assinado pelo Miguel Albuquerque e que eu herdei. Alterei o contrato de um ano renovável para seis meses renovável e em contrapartida subi 250 € no montante: rédea curta e amendoins.

Agora já está tudo bem mais bonito. Mas entretanto durante dois meses não vamos ter v.a. até definição do contrato com o IA, e também para as pessoas darem valor pela ausência ao atrabalho dela, porque andava tudo invejoso da rapariga estar a ganhar bem e andar feliz a namoriskar com o presidente. Pimba!

Publicado por: py às janeiro 8, 2006 12:39 PM

(akela koisa lá de cima chama-se gestão de proximidade e é uma emanação do princípio da subsidariedade, ou subsidiariedade, ainda não percebi se aquele i é importante)

Publicado por: py às janeiro 8, 2006 12:41 PM

olha os deuses:

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=209221

Publicado por: py às janeiro 8, 2006 12:49 PM

vá lá:

http://www.voltairenet.org/article133314.html

Publicado por: py às janeiro 8, 2006 01:16 PM

(JP dakilo que eu percebi do Maldacena, ainda vou reler, é tudo verdade: quando estamos acordados é mais à la Newton, quando estamos a morfar á mais à la Maldacena; mas isso o nosso Rómulo de Carvalho já nos tinha avisado...

PS e já consigo dar uns jeitinhos, mas não quero ser guloso que

me gusta los aviones...)

Publicado por: py às janeiro 8, 2006 01:19 PM

é

Publicado por: py às janeiro 8, 2006 01:21 PM

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=209214

Publicado por: py às janeiro 8, 2006 01:23 PM

Oi Cushão e se estiveres para aí voltado, ataka os NDVI's. Tem que se calibrar verdes com ppl.

Publicado por: py às janeiro 8, 2006 02:01 PM

...mas não é para o relatório, isso é só para nós e para o (M) se quiser...

Publicado por: py às janeiro 8, 2006 02:02 PM

ai meu Deus, agora vêm as galinhas ao atake:

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=209214

(só mais uma semana, puf)

Publicado por: py às janeiro 8, 2006 02:09 PM

"Os banhos de povo, que fazem as delícias da esquerda histérica, são uma forma de hooliganismo que nenhuma sociedade decente devia alimentar" – Quitéria Barbuda in “Os Ranhosos”, Revista “Espírito”, nº 5, 2005.

Publicado por: Brigada Bigornas às janeiro 8, 2006 02:45 PM

detesto banhos de povo, gosto de estar sossegadinho ma non troppo, às vezes. Mas o que eu vinha aqui diZer aos tuguinhas distraídos é:

Portugal é
- rico em ppl
-riquíssimo em águas
-rico em Sol
- rico em Ouro
- riquíssimo em diamantes
- rico em cobre
-rico em volfrâmio
- riquíssimo em património histórico
- rico em praias

e outras koisas.

Portanto vejam lá se aproveitam e tomam conta do Dragão, tá?

É que eu vou basar de uma maneira ou de outra, porque eu gosto mesmo é de missões+férias e isto aqui é demasiado apertado para meu gosto.

Mas claro tem a história das saudades...

Publicado por: py às janeiro 8, 2006 02:58 PM

Africa mãe com passagem por Salvador

Publicado por: py às janeiro 8, 2006 03:03 PM

Atão e levo o

Sudden Origins

do J.H. Schwartz?

Publicado por: py às janeiro 8, 2006 03:42 PM

olha Mafalda é um nome engraçado, não sabia, pensava que era a Roseta:

http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1244066&idCanal=33

Publicado por: py às janeiro 8, 2006 03:56 PM

entretanto eu coimo fiquei com uma dúvida, aí vão as possibilidades que resultam sinteticamente:

contra a inveja&ganância parece que o antídoto é liberalidade&caridade.

Ora inveja&ganância dá úrsulas entendu? E depois cancers...

Agora há outros pekados..., há um que não tem abaixo do Equador, canta o Ney...

sim eu sei que pode dar outras koisas

Publicado por: py às janeiro 8, 2006 04:43 PM

,,,só uma,,,

Publicado por: py às janeiro 8, 2006 04:45 PM

Cush tive a pensar no banho: eu acho que o ran-tan-plan é só meu irmão, eu sou ran-tan-plym e/ou ran-tan-plão

Publicado por: py às janeiro 8, 2006 04:46 PM

Massive Attack:

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=209238

Publicado por: py às janeiro 8, 2006 06:59 PM

Dizzy Gillespie em fundo...como gosto de trompete..

Dominus vobiscum...

Ei ... tudo em cima ?

Bora lá trabalhar ... alguém tem ...

"cresce anualmente um quilo e meio de biomassa por metro quadrado" -> lá tenho de fazer outro cenário, o catedrático de Ecofisologia que eu citei Pereia et al, 2002, no Climate Changes in Portugal faz uma escala onde uma máximo admissível é de pouco mais de 900 gr de C por m2 por ano!....
Publicado por: py às janeiro 7, 2006 09:45 PM

Então 1,5 Kg por m2 por ano.... que pouquinho ...vixe..

Se passarmos para hectares crescem 15 Ton. /ano/Hct.

Ora se nós queimamos 45.000 Ton ..dia .. para compensar isso deveriam ser plantados .. ora deixa ver ... 3000 hectares por dia ... ou 90.000 hct por mês ,..ou 1.095.000 por ano... todos os anos ...Como o nosso território só tem 9,2 Milhoes.....
Mesmo assim não chega pq a totalidade da biomassa não é carbono , só cerca de 50 % ...aí .. fod*u..mais ainda ...

Vamos ter que pensar em outras opções .. é não ?E rapidinho...

Isto só por causa da electricidade ... sem falar em motores a explosão ..caldeiras industriais , fornalhas de cimenteiras...etc..

Ou então .. tb se pode c*gar e andar ...meter a cabeça na areia como o avestruz .. e fazer de conta ... que é tudo cor de rosa ....

Mudando um pouco ..

isto ?
The NDVI is an index that provides a standardized method of comparing vegetation greenness between satellite images.

Perguntavas no outro dia se valeria a pena trazer o portátil ? claro que sim ..ah .. eu vou aproveitar para te pedir para me trazeres uma caixinha com umas coisas que tenho aí .. são uns conversores de vídeo e um livro , mas depois troco melhor essas coordenadas contigo..

Falaste que Portugal é riquíssimo em águas .. eu qd ia para uma quinta do meu avô materno, bem perto de Pedras Salgadas , bebia lá uma água diferente de todas as que bebi em toda a minha vida , deliciosa ..maravilhosa mesmo.. e tinha uma carateristica que nunca vi em nenhuma outra ... demorava imenso a tirar o sabão .. tipo umas 5 vezes mais ...pq será ?.. a água vinha da montanha ..de mina ...que coisa ...


Publicado por: Cush às janeiro 8, 2006 07:34 PM

Calma (M) só falei em Ministério da Economia :) aliás concordo totalmente com a tua critica.

Entretanto...

Já vi muita coisa estranha acontecer quem sabe mais esta...

Baghdad, Jan 7, P3

The Defense Minister Sa’doun ad-Duleimi has referred to the determination of the government to develop ties with NATO, reaching to join this alliance.In addressing speech he delivered on this occasion held by the Ministry of Defense on 85 anniversary of founding the Iraqi Army, said that the Iraqi new governments seeks to make the Iraqi Army as an active element to realize security and stability in the region.

http://www.alsabaah.com/English.html

O que pensará o Freitinhas?


Publicado por: lucklucky às janeiro 8, 2006 07:44 PM

Já disse que sim ao urânio pá! Insisto que existem vários indícios muito seguros de que os fogos daqui mexem com os tufões dali.

O portátil tamnbém já tinha concluído que sim.

Tudo cor-de-rosa não digo mas de vez em quando um bom bokado sim.

Quria fazer uma correcção ao que disse acima:
- Portugal é rico em diamantes Históricos, viu?

Entretanto afirmo que não há dúvidas de que nos últimos 10 anos (1996-2005) a evolução das áreas totais ardidas (povoamentos+matos) se explica, de forma linear, pela evolução das áreas ardidas no mesmo ano de:

- escalitral: mais de 99%
-pinhal: ceca de 95%
-outras folhosas (onde abundam os pyrenaicas): cerca de 90%

Ou seja nos últimos anos vigorou uma lógica de curto prazo assente essencialmente na pasta branquinha e no papel, mas onde o "ouro verde" se travestiu de paisagens de cinzas, pelo meio.

Vejam lá se é isto que querem.

Eu gostaria mais que se deixassem de vistas curtas e pensassem nos vossos netos e em castanheiros, carvalhos, pinheiros mansos e matos mediterrânicos.

E salvaguardar a grande mancha de pinhal bravo que resisstiu: é uma paisagem bela!

As contas continuam amanhã...

Publicado por: py às janeiro 8, 2006 08:11 PM

essas que demoram imenso tempo a tirar o sabão, eu não consigo resistir a beber pelo meio, fika um duche integral, costumam ser as de granito, quase nada de resíduo seco...

Publicado por: py às janeiro 8, 2006 08:15 PM

mas as pedras Salgadas é bem pesada! olha não sei, sei que Portugal é riquíssimo em águas que toda a classe média brasileira devia gostar de beber, dentro dos limites de sustentação das fontes e dos aquíferos.

Claro que as águas de Portugal poderão ser um pouko mais caras porque têm mais lastro histórico...

Publicado por: py às janeiro 8, 2006 08:23 PM

Será?

Que são valiosíssimas não tenho dúvidas

Publicado por: py às janeiro 8, 2006 08:59 PM

mas atenção eu em Timor prescindi de beber Serra da Estrela karíssima não pelo preço, mas porque tinha um horrível sabor a plástico consolidado. Tem que ser em vidro! Marinha Grande...

Publicado por: py às janeiro 8, 2006 09:02 PM

... e quem bebe vinho com rolha de plástico é foleiro

Publicado por: py às janeiro 8, 2006 09:04 PM

...espera lá que ainda me vão querer oferecer uma prenda de águas de Portugal com rolha de sobreiro e lá se vão os sobreiros.

Calma com o meu primo Quercus suber a sul do Tejo. Cada árvore tem que ser olhada de per si, não é descortiçar a eito aos 9 anos. Em períodos de seca prolongada os donos que amem os seus sobreiros devem decidir não descortiçar, ora aqui ora ali, a seu critério.

Há um síndroma de declíneo do montado de sobro que tema ver com a idae e/ou seca mais falta de cuidado.

No sul do país só se justifica plantar sobro nas exposições Norte e não Sul, deixem o Sul para a alfarrobeira e a amendoeira, a figueira e outras.

Publicado por: py às janeiro 8, 2006 09:09 PM

deixem as exposições orientadas a Sul para...

Publicado por: py às janeiro 8, 2006 09:11 PM

...é que quando se descortiça a árvore é como escorchar a pele, os sobreiros são muito amigos, mas em tempo de seca tirar-lhes a pele que os protege da transpiração é ser, no mínimo, bronko

Publicado por: py às janeiro 8, 2006 10:07 PM

... e portanto Dragão toca de fazer mais exercício físico variado (plura mens novit...) porque ficaste gordo e não se quer cá um dragão barrigudo a representar Portugal, tá?

Publicado por: py às janeiro 8, 2006 10:24 PM

Boa, py. Finalmente percebi.

Além de estafetas também servimos para cumprir a fiscalização. Essa do cheque convenceu-me: gestão de proximidade representa um apertar do loop de feedback. Logo, eu aprovo.

Publicado por: J P Castro às janeiro 8, 2006 10:52 PM

Quanto ao Maldacena, já li.

Agora, vou reler para ver se encaixa tudo no sítio.

rebolei-me a rir com aquela pequena nota sobre a conferência de Físicos que, espantada com as conclusões dele, decidiu dançar uma nova versão da "Macarena" intitulada precisamente "Maldacena".

Se for verdade, então a gravidade só surge por causa da configuração do espaço-tempo onde estamos e, em teoria, é possível contrariá-la alinhando correctamente as interacções entre partículas no tal "holograma" de nós próprios (será o espírito ?) que são as nossas próprias partículas constituintes.

Certo ? Ou escapou-me algo ?

Tens razão, como teoria é muito bela. O pior é a matemática necessária para provar tudo isso.

Publicado por: J P Castro às janeiro 8, 2006 11:01 PM

E eu que tinha um palpite de que só um tempo bidimensional é que iria resolver o problema quântica-relatividade, dei comigo a pensar em hologramas.

Publicado por: J P Castro às janeiro 8, 2006 11:05 PM

E, Joana, quanto ao texto:

então agora o Luís Raínha e amigos ainda não encontraram a fonte deste seu "plágio" ?

Acho que está na Bíblia, algures em Mateus.

Publicado por: J P Castro às janeiro 8, 2006 11:10 PM

Olá :) Enquanto o jantar está a akabar de fazer (um fetuccine al pesto com atum) aproveito para te dar um olá. Eu também ainda tenho que reler o Maldacena, mas a priori eu diris que faz todo o sentido e que eu considero a teoria provada empiricamente.

Essa do tempo bidimensional também eu tenho há muitos anos, tinha deixado para a 3ª idade ou para a prisa, por razões de desestabilização política klaro, mas podes pegar já se te apetecer.

Praece-me que não é só o tempo ser bidimensional, o que também, mas é basicamente o tempo ser uma variável complexa do plano de Argand, comporta a dimensão real e imaginária, talvez

tau=cronos+ i kairos

Onde cronos é o vulgar t e kairos é para diskutir.

Assim as verdadeiras trajectórias dos sistemas dinâmicos são da forma X=f(tau) da qual só a parte visível se reporta a t (chronos).

Se quiseres pegar agradeço, é mais uma bola passada.

Gostaste do orçamento?


Publicado por: py às janeiro 8, 2006 11:23 PM

... e levo um livro de funções de variável complexa para Salvador, mas não te prometo pegar...

Publicado por: py às janeiro 8, 2006 11:27 PM

(M), não creio que nos EUA as cozinhas sejam, em geral, elétricas. Os EUA têm altíssimas taxas de penetração de redes de gás nas cidades, desde há muitos decénios. Foram construídas para gás extraído do petróleo (ainda hoje podem ser visitadas as antigas instalações, os "gas works", em Seattle - é um bom ponto para observar os hidroaviões a aterrar), e depois adaptadas ao gás natural. Na minha vida nos EUA só vi cozinhas a gás (também é verdade que não vi muitas...).

Publicado por: Luís Lavoura às janeiro 9, 2006 09:57 AM

"um suculento ensopado de borrego, acompanhado de leite de vaca"

A lei judaica determina que não se deve comer carne acompanhada de produtos láteos. É um mandamento importante. As famílias judaicas mais estritas (e os restaurantes cocher) até costumam ter pratos e talheres separados para os pratos de carne e os pratos de laticínios. A ementa sugerida pela Joana não me parece por isso muito verosímil.

Publicado por: Luís Lavoura às janeiro 9, 2006 10:00 AM

eu então sou mais favas com entrecosto e enchidos, feijoadas, também gosto muito de migas de espargos, mas sou muito versátil, nos Açores como kuase só peixe porquye gosto de ir às compras no merkado...

Publicado por: py às janeiro 9, 2006 12:06 PM

Gostei do orçamento. Acima de tudo gostei da honestidade dos números redondos. Nas contas finais é que se pode ir à vírgula...

Em relação ao tempo bidimensional, era exactamente nesses termos que eu estava a pensar mas com cronos alinhado com o movimento do nosso universo nesse plano. Portanto, uma posição relativa.

A minha ideia seguinte era a de considerar aquela estória do gato morto e vivo ao mesmo tempo como as projecções segundo cronos e segundo kairos de uma mesma função de probabilidade (ou onda) das partículas elementares. Numa direcção o gato morre; na outra vive. Por algum motivo que agora me escapa, fugir ao movimento segundo cronos só seria possível para dimensões quânticas. Em dimensões maiores, algo forçava o gato a só se manter vivo.

Seria belo, mas estou como tu: na 3ª idade ou na prisa. Por agora, os físicos que pensem em alternativas.

Publicado por: J P Castro às janeiro 10, 2006 01:30 AM

exactamente meu caro, cheira-me que o Mal da Cena ressuscitou o gato de Schrodinger, só que ainda mais giro.

Publicado por: py às janeiro 10, 2006 06:25 PM

exactamente meu caro, cheira-me que o Mal da Cena ressuscitou o gato de Schrodinger, só que ainda mais giro.

Publicado por: py às janeiro 10, 2006 06:26 PM

Mas dado o nome, e eu ligo a nomes, poderemos talvez desde já tentar obviar às tentações de Fausto, não? Proponho uma eternidade inconsciente, punctuated por reencarnações porque isto de vez em quando temos de puxar pelos músculos, etc.

Publicado por: py às janeiro 10, 2006 09:07 PM

mas nesta agora_aqui eu quero é Mozambique, depois de umas férias em Salvador:

http://online.expresso.clix.pt/1pagina/artigo.asp?id=24756503

Publicado por: py às janeiro 10, 2006 09:10 PM

Este dos Reis Magos também está bom...

Sempre gostei muito daquela koisa da estrela...

Publicado por: py às janeiro 10, 2006 09:58 PM

A koisa da estrela?

Publicado por: Coruja às janeiro 11, 2006 09:48 PM

Pois

Publicado por: Coruja às janeiro 11, 2006 10:14 PM

Excelente texto

Publicado por: Didi às janeiro 12, 2006 11:30 PM

py?

Publicado por: Coruja às janeiro 13, 2006 10:56 AM

py?

Publicado por: Coruja às janeiro 13, 2006 10:57 AM

Estás distraído?

Publicado por: Coruja às janeiro 13, 2006 10:57 AM

Esta foi boa

Publicado por: Coruja às janeiro 13, 2006 10:58 AM

(tinha deixado de propósito para ti, eu sei que gostas de compor a tua carteira de títulos Semiramis, sossegadinho, na retaguarda, ora como eu sou teu amigo não quis estragar...)

Publicado por: py às janeiro 13, 2006 05:41 PM

Comente




Recordar-me?

(pode usar HTML tags)