« Os Beduínos e os Camelos | Entrada | Burocracias – Pacote Importante ... mas »

janeiro 26, 2006

A Desfeita do Palestinianos

Francamente … há coisas que não se deviam fazer e só causam empecilhos. Uma eleição que era uma festa, a decorrer dentro da legalidade, apenas com infracções menores, e os palestinianos fazem tamanha desfeita à comunidade internacional! Em 132 deputados, elegem 76 (58%) deputados do Hamas contra 43 (33%) da Fatah, tornando o Hamas uma força maioritária no parlamento palestino. Ora o Hamas foi, há mais de 10 anos, declarado uma organização terrorista pelos EUA e posteriormente pela Austrália, Canadá e, após madura e prolongada reflexão, pela própria União Europeia. Isto não se faz à UE … vejam só a incalculável quantidade de indecisões que ela vai ter que tomar nos próximos tempos em virtude destes resultados!

Mais que apoiar o terrorismo, os palestinianos votaram, fundamentalmente contra a corrupção endémica que corroía a Fatah. Quando deixou de ser politicamente incorrecto falar no assunto, soube-se da corrupção maciça que o regime de Arafat instalara na OLP e depois na Autoridade Palestiniana. Corrupção alimentada com os subsídios da União Europeia e dos contribuintes europeus.

Mas também votaram por quem lhes prometia uma sociedade mais justa, votaram de acordo com o código de violência cujo ensino lhes tem sido ministrado desde as primeiras letras e lhes promete a vingança contra as humilhações de que têm sido objecto. Surpresa? Obviamente que não. Os alemães não seriam certamente menos cultos e civilizados, e os nazis ganharam as eleições de Julho de 1932 e de Março de 1933 justamente porque lutavam contra a humilhação imposta à Alemanha pelo tratado de Versalhes e pela ocupação militar para garantir as reparações e porque personificavam, aos olhos das massas alemãs de então, uma sociedade mais sã, mais justa e mais redistributiva.

E agora? A Palestina não tem o poderio económico da Alemanha nazi e é um território que vive de subsídios do exterior. Terá certamente menos autonomia que a Alemanha para conduzir uma política agressiva; A Europa … bem, a Europa capitulou perante os nazis, e continuou a manter aquele seu jeito de capitular perante as organizações violentas, mesmo aquelas que visam, a longo prazo a sua destruição directa. Schüssel, presidente em exercício da UE, foi cauteloso. Outros líderes europeus foram também cautelosos. Ou seja … não disseram nada de concreto. Porventura o mais incisivo foi Blair, que declarou que: «É importante que o Hamas compreenda que tem que decidir entre a via da democracia e a via da violência». Mas a Grã-Bretanha foi o único país europeu que não capitulou perante o Eixo (nem fez pactos de não-agressão, como a URSS).

Bush, embora reconhecendo a legalidade das eleições, foi claro ao afirmar que a sua Administração não está disposta a negociar com o movimento radical palestiniano, que continua a ser classificado pelos EUA como uma organização terrorista.

É evidente que as eleições foram limpas e o Hamas resultou de uma escolha livre dos palestinianos. Mas Hitler também. Portanto, se se deve respeitar a vontade do povo da Palestina, deve igualmente tratar-se as novas autoridades de acordo com a ideologia que preconizam. Os palestinianos optaram pelo que julgaram melhor, de acordo com a mundividência em que foram criados e educados. Devem estar conscientes das consequências dessa decisão, e a comunidade internacional deve assumir as consequências de ter definido o Hamas como uma organização terrorista e dele vir a constituir a autoridade de um território envolvido até agora num complicado processo de paz, com o apoio da comunidade internacional.

E Israel? Bem, Israel acaba de anunciar que não negociará com uma administração palestiniana em que uma parte é constituída por uma organização terrorista armada que apela para a destruição de Israel, adiantando que «O Hamas é considerado pela maior parte da comunidade internacional como uma organização terrorista. Esta comunidade não pode admitir uma situação em que uma organização terrorista faça parte de um poder que pretende beneficiar de uma legitimidade internacional … Israel exigirá da comunidade internacional que force a Autoridade Palestiniana e o seu chefe (Mahmud Abbas, actual presidente, homem da Fatah, com quem o Hamas terá que negociar a constituição do futuro governo) a respeitar os compromissos de eliminar o Hamas enquanto organização terrorista que reclama a destruição de Israel»

É claro que esta posição Israel terá um apoio parcial dos países anglo-saxónicos, e uma posição ambígua da União Europeia. Mas o facto porventura mais relevante na política israelita será a subida da direita. Sharon tinha saído do Likud e formado um novo partido que estava bem à frente das sondagens. O fim de Sharon como factor político e a vitória do Hamas fortalecerá a posição de Benjamin Netanyahu e do Likud. Hoje, todos os líderes israelitas se afadigam a mostrar, cada um, que é mais falcão que o outro. Mas o triunfo do Hamas e o fim da liderança forte de Sharon vai fazer pender a balança para a direita, para os que são realmente falcões. O triunfo do Hamas vai ser usado para mostrar ao eleitorado israelita que os palestinianos não estão interessados na paz e que o seu objectivo é destruir o Estado de Israel e lançar o seu povo ao mar. Perante isto, os israelitas tenderão a escolher um governo que lhes garanta uma solução forte e intransigente.

Não é possível estabelecer-se um processo de paz com uma autoridade que não reconhece o direito à existência dos outros e que visa a sua destruição. Não é possível negociar com uma organização terrorista.

É evidente que podem surgir mudanças. Arafat era um terrorista e, após um percurso de vários anos conseguiu criar a imagem de pacifista, assinar os acordos de Oslo e receber um Prémio Nobel da Paz. Quem sabe se o Hamas poderá encetar semelhante percurso? Quantos anos demorará esse percurso? Quanto sofrimento sobrará para os palestinianos? Quantas mortes inocentes ocorrerão entretanto? Todavia o Hamas não terá a mesma benevolência que Arafat. Antes do 11 de Setembro muitos defendiam a existência de um terrorismo bom e de um terrorismo mau. Depois disso ninguém se atreve a defender em público (embora muitos o continuem a pensar em privado) que há um terrorismo bom e um terrorismo mau.

Dizia-se que “uma vez nazi, sempre nazi”. Quando Arafat, a seguir a um ataque suicida, tinha um discurso em inglês, de repúdio veemente, para as cadeias ocidentais, e outro, algo diferente, em árabe, para as massas palestinianas, poderia concluir-se que, “uma vez terrorista, sempre terrorista”.

Publicado por Joana às janeiro 26, 2006 11:27 PM

Trackback pings

TrackBack URL para esta entrada:
http://semiramis.weblog.com.pt/privado/trac.cgi/120173

Comentários

Israel ajudou a criar o Hamas.
É caso para dizer que os deuses estão loucos.

Publicado por: asdrubal às janeiro 26, 2006 11:57 PM

Os USA também ajudaram a criar bin Laden.
A política de ajudar o inimigo do nosso inimigo é frequentemente errada.

Publicado por: David às janeiro 27, 2006 12:31 AM

Muitos continuam a defender, encapotadamente os terroristas.

Publicado por: Lopes às janeiro 27, 2006 12:41 AM

David às janeiro 27, 2006 12:31 AM,

Exacto.
É ver os USA, mas sobretudo a França (para não lembrar o Iraque), os primeiros e maiores promotores da tecnologia nuclear iraniana, ameaçarem a Pérsia com o Conselho de Segurança.
E a tal ponto que o presidente Chirac alterou públicamente, ajustando-a ao fenómeno terrorista internacional, a doutrina de defesa nuclear da França. Isto está assim ...

Publicado por: asdrubal às janeiro 27, 2006 01:06 AM

Eu julgo que o Hamas é capaz de meter o terrorismo na gaveta. Principalmente se pensarem que têm a ganhar com isso.

Publicado por: Gros às janeiro 27, 2006 01:12 AM

Se o Hamas meter o terrorismo na gaveta perde as próximas eleições. E já agora Joana, comparar o caso Nazi com o Palestiniano é uma patetice completa. A Alemanha atravessava uma crise profunda à qual já se tinha percebido que a sucessão de governos frágeis não conseguia dar resposta. Ainda assim, Hitler venceu as eleições mas por uma pequena margem e muito longe da maioria absoluta.

Publicado por: The Studio às janeiro 27, 2006 02:14 AM

"Hoje, todos os líderes israelitas se afadigam a mostrar, cada um, que é mais falcão que o outro."

Isto não é de forma nenhuma verdade. Os líderes do Kadima não se esforçam por parecer "falcões". Ehud Olmert já deu a entender que está pronto a mais retiradas. E a liderança trabalhista mostra-se pronta a discutir tudo para alcançar a paz - não são, claramente, falcões.

Isto para referir apenas os grandes partidos. Se formos para partidos israelitas mais pequenos, então é evidente que há muitos que não tentam de forma nenhuma ser "falcões".

"o fim da liderança forte de Sharon vai fazer pender a balança para a direita, para os que são realmente falcões"

São-no de facto? Ou apenas fingem sê-lo? Binyamin Netanyahu é um político completamente postiço e falso, que só faz teatro, que só quer alcançar o poder, mas não tem de facto nenhuma substância ideológica. Ou seja, ele não é "realmente" um "falcão". Ele apenas se cobriu com as penas de um falcão, para parecê-lo, neste preciso momento.

Publicado por: Luís Lavoura às janeiro 27, 2006 09:54 AM

"Quanto sofrimento sobrará para os palestinianos?"

A Joana sugere nesta frase que o sofrimento dos palestinianos é essencialmente causado pela sua atividade terrorista. Isto pode ser verdade a curto prazo, mas provavelmente não o é a longo prazo. O sofrimento palestiniano, a longo prazo, é provavelmente independente de esse povo recorrer ao terrorismo ou não recorrer. Esse sofrimento é causado pela expoliação de que a Palestina é alvo por parte de Israel. Israel rouba aos palestinianos a terra e a água para as dar a judeus. E provavelmente tenciona continuar a fazê-lo, independentemente de os plestinianos recorrerem ou não ao terrorismo.

Publicado por: Luís Lavoura às janeiro 27, 2006 09:59 AM

Para a direita de Israel, matar (foi que realmente aconteceu) Araft era condição essencial para permitir alguns avanços no processo de paz. Acho que em Israel já estão arrependidos, pois era o único real ponto de apoio que Israel tinha junto do massacrado e "gethizado" povo palestiniano.
O ataque a Araft e a constante tentativa de descrédito internacional dos dirigentes da OLP, no sentido de garantir a Israel o controlo total do processo, levou os palestinianos a procurar outros líderes que possam projectar os seus gritos para o exterior, por todas as formas possiveis. Sem Sharon e sua legitimidade interna para os golpes de rins em Israel, julgo que será dificil qualquer avanço (se não acontecerem novos retrocessos).
Mais uma vez se prova que as politicas de força apoiadas por Bush (ou quaisquer outros), têm como resultado uma cada vez maior instabilidade, onde quer que aconteçam ....

Publicado por: luis3m às janeiro 27, 2006 10:07 AM

Os palestinianos, tal como os alemães dos anos 1930, andam desorientados. É legítimo comparar as situações, sobretudo quanto às escolhas que os povos desorientados fazem dos seus dirigentes.
Agora as coisas estão muito complicadas e é arriscado fazer previsões, tal como em 1933.
De qualquer modo, no que me diz respeito, sei perfeitamente de que lado estou, sem ambiguidades: do lado israelita!

Publicado por: Senaquerib às janeiro 27, 2006 11:05 AM

luis3m às janeiro 27, 2006 10:07 AM:
A direita de Israel matou Arafat? Você faz ideia do que diz?
E não foi verdade que Arafat era um corrupto? Que foi ele o principal causador do clima de corrupção dentro da Fatah, que conduziu a isto?

Publicado por: Valente às janeiro 27, 2006 11:25 AM

Luís Lavoura às janeiro 27, 2006 09:54 AM:
No post está escrito "hoje", ou seja, no dia em que se soube a vitória do Hamas.
Você devia ler as declarações dos dirigentes israelitas "hoje" e não o que eles diziam "antes"

Publicado por: Rui Sá às janeiro 27, 2006 11:28 AM

Valente
Faço idea do que digo, senão não o diria ...
Já agora, em matéria de relembrar acontecimentos, quem se lembra das palavras do ex várias coisas Mário Soares, sobre negociar com terroristas, e que tanto "burburinho" levantou ???

Publicado por: luis3m às janeiro 27, 2006 12:26 PM

A Joana engana-se ao dizer que já não se apoia o terrorismo abertamente. Veja a sua caixa de comentários.

Publicado por: Mário às janeiro 27, 2006 01:31 PM

Mário às janeiro 27, 2006 10:03 AM
a minha opinião foi a que expressei aqui. A bisca dos "panascas" foi só para recolher reflexos dos camelos de pavlov

Publicado por: xatoo às janeiro 27, 2006 01:42 PM

Publicado por: xatoo às janeiro 27, 2006 01:42 PM

Agradeço o convite para ir ao seu blog, mas eu já deixei essas "drogas pesadas" que você faz uso e agora só aprecio chá.

Publicado por: Mário às janeiro 27, 2006 01:49 PM

sobre o tema Palestina a solução do problema é tão simples quanto isto - à Comunidade Internacional só cabe fazer cumoprir a resolução 181 de Maio de 1948 e providenciar através da ONU a imediata desocupação de toda a Cisjordânia.
Vejam o video que eu postei aqui, e vão perceber porquê.
enquanto estes primeiros passos não forem dados jamais haverá Paz. Ao invés, suspeito que os Neocons se precipitem num grande conflito regional que envolva tambem o Irão

Publicado por: xatoo às janeiro 27, 2006 01:51 PM

Luís Lavoura às janeiro 27, 2006 09:54 AM

Fingidores são os poetas.
Em política o que parece é, já dizia um nosso antepassado político...

Publicado por: Senaquerib às janeiro 27, 2006 01:53 PM

"(...)providenciar (...) a imediata desocupação de toda a Cisjordânia."

O xatoo quer expulsar os palestinianos de toda a Cisjordânia. Quem diria?!

Publicado por: Senaquerib às janeiro 27, 2006 02:00 PM

Senaquerib às janeiro 27, 2006 02:00 PM
já me contentava em expulsar a estupidez da môna de certos grunhos

Publicado por: xatoo às janeiro 27, 2006 02:31 PM

"já me contentava em expulsar a estupidez da môna de certos grunhos"

Exorcista do século XXI.

Publicado por: Mário às janeiro 27, 2006 04:54 PM

Comece por si!

Publicado por: coiso às janeiro 27, 2006 07:33 PM

Comunicado da Causa Identitária - CI:

Realizar-se-á no próximo dia 28 de Janeiro, pelas 15 horas, em Lisboa, uma manifestação de pesar e condenação pelo assassinato dos nossos compatriotas na África do Sul.

A Causa Identitária solidariza-se com esta iniciativa lembrando que toda a comunidade europeia tem sofrido a discriminação, a perseguição e a violência naquele país africano.

Publicado por: Pedro às janeiro 27, 2006 10:02 PM

O problema da vitória do Hamas é o mesmo problema que sucedeu há 15 anos na Argélia e recentemente no Irão. A democracia nestes países sem cidadania não conduzirá ao totalitarismo?
Na Alemanha, muito mais civilizada, conduziu.

Publicado por: samuel às janeiro 28, 2006 03:49 PM

Vim aqui ter por acaso e gostei do blog. Voltarei :o) (nem que seja para me entreter a ler os comentários)

Publicado por: Nice às janeiro 29, 2006 12:06 AM

Depois disto, o Mubarak vao convencer o Bush que não deve haver eleições no Egipto.

Publicado por: fbmatos às janeiro 30, 2006 01:50 PM

Mas que disparates ! Ó cambada de estúpidos, vamos lá a ver se essas cabecinhas funcionam ou só têm areia:

Quem defende de armas na mão a pátria ocupada nunca é terrorista, é patriota, resistente e freedom fighter.. Certo ? Terroristas são os ocupantes, os nazi-sionistas. Veja se não dizem mais disparates, tá ? Senão vão levar tau-tau...

Publicado por: Salah al-Din às janeiro 30, 2006 10:30 PM

Salah al-Din II ao Salah al-Din.

Querido, tu vai para onde vieste, porque aqui ninguém leva tau-tau ...

Nós não temos em tua casa.

Quem defende de armas na mão a pátria dessa maneira pode ser e é terrorista, neste caso. O Hamas é uma organização terrorista e continua a o ser, enquanto não haver sinais contraditórios fidedignos. E nadinha faz prever outro ritmo.

Vai mas é para o Irão defender os direitos humanos e a dignidade do mesmo, se tiveres coragem. E depois irás perceber mais ...

Mas coragem, tu não a deves ter ... para matar talvez, mas para lutar com dignidade de certeza que não.

Publicado por: Salah al-Din II às janeiro 31, 2006 08:21 AM

Salah al-Din tem razão...

Os dois pesos e duas medidas dos antisemitas deste blogue...

Se De Gaulle, Xanana, Cabral e Mandela também foram considerados, pelos nazi-fascistas-apartheidescos, "terroristas" por defenderem a luta armada contra o ocupante, será excessivo considerar que os que hoje acusam o heróico Hamas de "terrorista" são também nazi-fascistas apartheidescos ?

Se os nazi-sionistas não querem ceder Jerusalém leste e a maior parte da Cisjordânia (que já só representa 20% da Palestina histórica) e só aceitam libertar provisoriamente alguns desgarrados bantustões ou guettos cercados de arame farpado e muros de oito metros de altura, sem soberania, exército e controlo de fronteiras, QUE OUTRA ALTERNATIVA RESTA AO POVO PALESTINIANO SENÃO A LUTA ARMADA PARA LIBERTAR COMPLETAMENTE A PÁTRIA DOS CRUZADOS SIONISTAS ? Há alguma coisa a negociar com as SS Tsahal ? Nada, a não ser a capitulação.

Matar civis ? Mas o que fazem os sionistas senão isso e a triplicar ? E os EU não mataram deliberadamente civis em Hiroxima, Dresden e Nagasaqui ? E agora mais de 150.000 no Iraque ? Então ? Os ocupados não podem matar ladrões de terras ocupantes vingando assim os seus mártires ? Dois pesos e duas medidas ? Todo o israelita que aceita viver numa terra roubada e limpa étnicamente pela força dos seus habitantes legítimos é um terrorista e alvo legitimo da heróica resistência palestiniana. São as leis da guerra.

E quem aqui defende a capitulação do povo palestiniano aos ladrões das suas terras é um porco nazi-sionista. Tal capitulação numca terá lugar. E a libertação completa da Palestina é uma questão de tempo ! Os criminosos de guerra das SS Tsahal serão julgados e decapitados. Não perdem pela demora.

Publicado por: EUROLIBERAL às janeiro 31, 2006 10:22 AM

Euroliberal II a EUROLIBERAL.

Aprende primeiro a ler e a reflectir, antes de pegares na metralhadora.

Tu serás capaz de matar em realidade, se continuares por esse caminho.

No teu pensamento já sabes matar.

Vai tu também para o Irão, por favor.
Pela certa.

Tu és mau como as cobras e um grande mentiroso.
Quem quiser saber o que é a maldade, basta olhar também para ti.

P.S:
Define um porco nazi-sionista,
por favor, antes de me matares.

Tantas coisas que tu não dizes, omissões fatais.

Os heróicos dos Hamas são e continuam a ser "terroristas" e assassinos! Todos!

Donde vem tanta maldade?

Publicado por: Euroliberal II às janeiro 31, 2006 10:54 AM

Os "terroristas" da história...

Viriato, Sertório, Vercingetorix, Spartacus, Afonso Henriques, Nuno Alvares Pereira, Jeanne d'Arc, Tupuc Amaru, Touro Sentado, De Gaulle, coronel Fabien, os maquisards russos, franceses, italianos, jugoslavos, etc, da II Guerra, Mandela, Cabral, Mondlane, Xanana, Arafat e tutti quanti...

Viva o "terrorismo" !

Publicado por: EUROLIBERAL às janeiro 31, 2006 01:59 PM

Uma só Palestina, laica, democrática e multicultural é o futuro !

O estado racista, fundamentalista e apartheidesco de iSSrael deve ser aniquilado (o que NÃO significa o aniquilamento dos palestinianos judeus, pelo menos dos não-sionistas, entenda-se: o aniquilamento do nazismo também não significou o extermínio dos alemães).

É isso que significa a política do HAMAS:
"Under the wing of Islam, it is possible for the followers of the three religions - Islam, Christianity and Judaism - to coexist in peace and quiet with each other".

É a solução sul-africana que pôs fim ao apartheid: um país multicultural e um homem um voto (independentemente da religião, muçulmana, judaica ou cristã)e governo de maioria (que na Palestina é muçulmana).

É a democracia, estúpidos ! Então agora que têm um estado árabe 100% democrático, vocês chamam-lhe "terrorista" ? ISSrael é um país pária, nazi e fundamentalista para varrer, mainada ! É a democracia... ai agora já não gostam dela ?

Publicado por: Euroliberal às janeiro 31, 2006 06:35 PM

vixe... tá bravo ..o papo...

olha eu só cá vim fazer mais uma kpk 33... que é que eu posso dizer ...??

plim plão...

Publicado por: Cush às fevereiro 1, 2006 04:19 AM

Comente




Recordar-me?

(pode usar HTML tags)