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novembro 18, 2005

Palha ao Burro

É um insulto à inteligência dos portugueses o maço de estudos tornados públicos pelo ministério de Mário Lino . Mário Lino exerceu durante alguns anos a profissão de engenheiro consultor e sabe, pela experiência profissional, que a melhor forma de camuflar as fragilidades de um estudo é encher o cliente de papel. Um estudo com 5 ou 6 volumes encharneirados com centenas de páginas cada e com milhares de quadros Excel torna-se incontestável. Só tarde de mais o cliente se dá conta do buraco em que o consultor o meteu.

Estive a observar “à vol d’oiseau” os estudos que foram disponibilizados na net. Pus de lado os estudos ambientais que não considerei prioritários numa primeira abordagem. Relativamente aos restantes, não encontrei um único estudo de tráfego integrado, isto é, que analise as previsões de tráfego futuro, incluindo cenários “só Ota”, “Portela + outro(s)”, etc, e as implicações no tráfego global em cada um dos diferentes cenários, as matrizes origens-destinos relativas ao movimento dos passageiros entrados e saídos (e como variam face aos cenários em estudo) e as implicações desses cenários nos tráfegos dos voos domésticos Lisboa-Porto (e, eventualmente, noutras áreas).

Sem esses estudos de tráfego, não é possível extrair qualquer conclusão.

Havendo esses estudos de tráfego, seria necessário efectuar, a seguir, estudos de viabilidade económica e financeira para verificar a sustentabilidade dos diversos cenários. Nesses estudos teriam que ser considerados os custos (ou benefícios) decorrentes dos efeitos induzidos noutras áreas: eventual diminuição de tráfego Lisboa-Porto, efeitos indirectos (os directos estão implícitos nos estudos de tráfego acima referidos) provocados pela possível diminuição da procura turística de Lisboa induzida pelo estabelecimento do aeroporto na Ota, etc..

Também não encontrei qualquer documento sobre esta matéria.

Em contrapartida encontrei estudos de relevante merecimento e interesse histórico de 1972, 1982, 1997, etc.

Agradecia que se alguém encontrasse qualquer coisa sobre os pontos que eu considero fulcrais, numa primeira abordagem, me fizesse saber.

Publicado por Joana às novembro 18, 2005 07:10 PM

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Comentários

Joana do que eu sei dessas coisas é assim: isso deve estar em consulta pública, importante é não perder a noção do fim do prazo, por causa dos procedimentos tácitos.

Se se justificar podemos fazer um basqueiro e encravar isso. Eu já tenho alguma experiência. O Soares já disse que tem umas dúvidas, o que é bom.

As minhas razões são completamente irracionais (5000 sobreiros) mas são suficientes para me ter acendido um alerta laranja (recordo que era suposto eu já estar a dormentar, não deixam um carvalho sossegar).

Se quiser juntamos forças e encravamos isso. Todos aqui neste blog, aliás.

Agora ainda não fiz um juízo definitivo porque se um dia há um acidente em Lisboa e não propusemos uma alternativa isso faz karma...como é?

Publicado por: pyrenaica às novembro 18, 2005 07:27 PM

Não foi nessa zona que houve ontem aquele nevoeiro horrível que ocasionou o choque em cadeia de mais de 80 veículos, com várias mortes?

Publicado por: Salema às novembro 18, 2005 07:49 PM

Não tenho propriedades na península de Setúbal (aliás nem em qualquer outra parte) nem conheço os que as têm. Posso ter, por isso, uma opinião não interessada.

Como «desembarcante frequente» no aeroporto de Lisboa, entendo que a opção da Portela nem devia ser equacionada e que, entre a Ota e Rio Frio, a opção de Rio Frio é a única que me deixaria sossegado de cada vez que tivesse que aterrar no novo aeroporto.

Isto é o que eu gostaria que acontecesse.

Mas a experiência e conhecimento acumulados dizem-me que a máquina que já está em marcha não vai dar a mínima chance para a inversão do processo. São muitos milhões e muita gente a comer à conta.

Mais tarde, quando começarem a surgir os problemas e como é hábito neste país, ninguém teve culpa e resta-nos aguentar.

Publicado por: (M) às novembro 18, 2005 07:57 PM

Não tenho propriedades na península de Setúbal (aliás nem em qualquer outra parte) nem conheço os que as têm. Posso ter, por isso, uma opinião não interessada.

Como «desembarcante frequente» no aeroporto de Lisboa, entendo que a opção da Portela nem devia ser equacionada e que, entre a Ota e Rio Frio, a opção de Rio Frio é a única que me deixaria sossegado de cada vez que tivesse que aterrar no novo aeroporto.

Isto é o que eu gostaria que acontecesse.

Mas a experiência e conhecimento acumulados dizem-me que a máquina que já está em marcha não vai dar a mínima chance para a inversão do processo. São muitos milhões e muita gente a comer à conta.

Mais tarde, quando começarem a surgir os problemas e como é hábito neste país, ninguém teve culpa e resta-nos aguentar.

Publicado por: (M) às novembro 18, 2005 07:57 PM

Não tenho propriedades na península de Setúbal (aliás nem em qualquer outra parte) nem conheço os que as têm. Posso ter, por isso, uma opinião não interessada.

Como «desembarcante frequente» no aeroporto de Lisboa, entendo que a opção da Portela nem devia ser equacionada e que, entre a Ota e Rio Frio, a opção de Rio Frio é a única que me deixaria sossegado de cada vez que tivesse que aterrar no novo aeroporto.

Isto é o que eu gostaria que acontecesse.

Mas a experiência e conhecimento acumulados dizem-me que a máquina que já está em marcha não vai dar a mínima chance para a inversão do processo. São muitos milhões e muita gente a comer à conta.

Mais tarde, quando começarem a surgir os problemas e como é hábito neste país, ninguém teve culpa e resta-nos aguentar.

Publicado por: (M) às novembro 18, 2005 07:57 PM

Estão a ver? Basta escrever sobre a Ota e começam logos os acidentes...

Publicado por: (M) às novembro 18, 2005 07:59 PM

Não vale a pena.
O problema da Ota não é técnico mas político e portanto os senhores economistas fazem o favor de dar uma volta ao bilhar grande.
E por ser político tal projecto servirá como arma de (propaganda/arremesso/vaidade/ignorância) e nunca passará do papel, embora venha a custar centenas de milhares de euros em “estudos”.

Só para clarificar a dimensão do problema, é impossível fazer passar as linhas do TGV em Vila Franca de Xira.
E, num singelo parágrafo o aeroporto afunda-se, o que vem a dar justificação aos submarinos.
Leia-se:

""During reduced visibility conditions (OCA /H 120ft and 350 RVR), simultaneous independent operations will not be possible and the runways will have to be operated dependently.""

Lá vai uma pista á vida, e assim fica-se com ½ Ota.

Publicado por: Especialista em estudos às novembro 18, 2005 08:11 PM

(M) não se preocupe com isso dos milhões que eu conheço três tipos de infinito e por indução infinitos. Ou seja podemos mandar um vipe no sistema. A sua opinião conta muito cá para mim. Portanto Rio Frio é melhor? mas olhe que em termos de sobreiros disseram-me que é muito pior

Publicado por: py às novembro 18, 2005 08:12 PM

Parece que a solução mais em conta e mais satisfatória para os utentes e para o turismo, seria construir outro aeroporto que complementasse o da Portela (em Alverca ou no Montijo, ou mesmo em Tires)

Publicado por: Rave às novembro 18, 2005 08:36 PM

Bom em Tires conheço eu e sou contra que se infernize mais a vida daquelas pessoas do que já está. Note-se que a mim até dava muito jeito...

Publicado por: py às novembro 18, 2005 08:41 PM

Ruídos? É por andar a malta aos tires?

Publicado por: Coruja às novembro 18, 2005 08:50 PM

chi,

http://dn.sapo.pt/2005/11/18/sociedade/tc_volta_a_responsabilizar_exgestore.html

Publicado por: py às novembro 18, 2005 09:00 PM

O aeroporto da Ota vai dar cabo da TAP

Publicado por: Fred às novembro 18, 2005 09:30 PM

Da TAP e da Varig

Publicado por: Fred às novembro 18, 2005 09:31 PM

hum

Publicado por: py às novembro 18, 2005 10:05 PM

Por que é que não aproveitam os terrenos da Lisnave, faziam a pista na doca 13 e teriamos o aeroporto de Cacilhas a três passos da Pr do Comércio ? (a um passo do Alfeite e a outro do quartel dos Bombeiros)

Publicado por: zippiz às novembro 18, 2005 10:30 PM

(M) às novembro 18, 2005 07:57 PM

Concordo. Também a mim - que no entanto nada sei de transportes - me parece que a única alternativa racional é o Rio Frio. É plano, é mais barato de construir, é perto de Lisboa, não vai criar problemas a Pedras Rubras, não tem nevoeiros como os da Ota, etc.

Publicado por: Albatroz às novembro 18, 2005 11:10 PM

py às novembro 18, 2005 08:12 PM

Obrigado pela confiança.

Quanto à questão dos sobreiros, eu apenas me pronuncio em relação à alternativa oficialmente existente. Duvido que alguém tenha uma ideia exacta do número de sobreiros que teriam que ser abatidos num local e no outro.

Eventualmente, até poderá haver uma terceira opção, mais favorável que estas duas.
Sendo a escolha, obrigatoriamente, entre a Ota e Rio Frio, pesados todos os factores, continuo a pensar que Rio Frio é preferível. Desde as condições gerais até ao pormenor das ligações rodoviárias com Lisboa. A maior parte dos adeptos da Ota que viajam de avião e residem em Lisboa só vão perceber o erro em que laboram quando tiverem que sair de casa cinco horas antes da partida do avião (trajecto+check in). Ou seja, o dobro do tempo de voo a Paris ou Londres. Isto, com condições meteorológicas normais. Se for num daqueles muitos dias de nevoeiro vão chegar à Ota depois do avião descolar.

As outras localizações aqui aventadas (Tires, Alverca, Montijo) não têm pés nem cabeça.

Publicado por: (M) às novembro 18, 2005 11:33 PM

Os sobreiros podem ser cortados desde que tal se justifique e haja um plano de replantação que não leve à diminuição do nº deles

Publicado por: David às novembro 18, 2005 11:48 PM

As outras localizações aqui aventadas (Tires, Alverca, Montijo) não têm pés nem cabeça.

Desculpe, não é disso que se trata.
Tires deve continuar para jactos de negócios e já agora com um ramal de velocidade média para Arraiolos.
Alverca deveria servir para as companhias “charters” a exemplo de Stanstead e Gatwick.
Montijo serviria como segundo aeroporto de Lisboa como La Guardia e JFK. (mas aqui há um problema, Cravinho já disse que estes aeroportos não podem ser controlados por estarem “demasiado” próximos).
E na própria Portela, enviados os militares de Figo Maduro para Monte Real, sobrava espaço para se construir o que fosse necessário.
Convém acrescentar que o problema da Portela não são as pistas que chegam e sobram, mas sim a aerogare.

Mas como já disse o problema é político e Sócrates quer deixar obra para a posteridade

Publicado por: Faço pareceres (levo barato) às novembro 18, 2005 11:52 PM

O JM Viegas, catedrático do IST na área dos transportes, afirmava com toda a convicção que Alverca era uma boa solução como complemento à Portela e que, em conjunto, permitiriam uma maior capacidade que a Ota que tem muitas limitações de ampliação.

Eu conheço pessoalmente o JM Viegas (tive um pequeno trabalho em que participámos em conjunto) e embora o ache um pavão, é um sujeito que percebe mesmo muito de transportes, estudos de tráfego, etc. Cientificamente o sujeito é bom, tem muita experiência nacional e internacional e as opiniões dele têm, por via disso, muito peso.

Publicado por: Joana às novembro 18, 2005 11:55 PM

Segundo o JM Viegas há um problema de controlo da aterragem no Montijo por ficar na linha de enfiamento que conduz à Portela. Não sei se estou a repetir exactamente o que ele disse, mas foi algo do género

Publicado por: Joana às novembro 18, 2005 11:58 PM

O Varela Cid e o Ilharco também era professores catedráticos no IST. Por isso esse argumento não colhe.

Alverca fica num leito de cheia. A pista de Alverca ficou coberta de água e lama nas inundações de 67. O aeródromo de Alverca fica frequentemente isolado pelas cheias e a área está densamente urbanizada. E as torres da ponte Vasco da Gama ficam no enfiamento da única pista de Alverca.
Com essa lógica, não sei por que não se lembram da Granja do Marquês...

Publicado por: (M) às novembro 19, 2005 12:15 AM

Também não colhe escolher um caso que julgo se passou há 50 anos, como argumento.

Publicado por: soromenho às novembro 19, 2005 12:51 AM

O Varela Cid era professor de Aeronáutica e não percebia nada de investigação espacial. Meteu-se a dar palpites sobre um assunto que não conhecia.

Publicado por: soromenho às novembro 19, 2005 12:53 AM

O Ilharco era um tipo cristalizado. Não me lembro de ele emitir opiniões sobre esse assunto

Publicado por: soromenho às novembro 19, 2005 12:56 AM

Por exemplo, veja se o Silveira ou outros trutas do Técnico duvidaram dos Sputniks

Publicado por: soromenho às novembro 19, 2005 12:57 AM

soromenho às novembro 19, 2005 12:51 AM

Acho que você não percebeu o argumento.
Por isso não admira que também não perceba o filme.
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soromenho às novembro 19, 2005 12:53 AM

Exactamente!
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soromenho às novembro 19, 2005 12:56 AM

Qual assunto? Alguém falou em assuntos?
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soromenho às novembro 19, 2005 12:57 AM

E daí?

Publicado por: (M) às novembro 19, 2005 01:30 AM

O maior especialista de transportes é António Mega Ferreira

Publicado por: braiquinge nius às novembro 19, 2005 05:31 AM

http://dn.sapo.pt/2005/11/19/negocios/ota_recebe_metade_investimento_2015.html

Publicado por: py às novembro 19, 2005 10:25 AM

Alguém sabedor me explica porque não a alternativa do Montijo à saída da ponte Vasco da Gama, mesmo em cima do rio?
A orientação da pista é um problema? Não se pode mudar?
Não pode ser 'alternativa' à Portela, em vez e 'complemento' à Portela, se é que é um problema de proximidade?

Só conheço um argumento em favor de um NOVO aeroporto gigantesco que é o de fazer um hub para o Atlantico sul, concorrência a Madrid, etc e tal. Parece-me isso uma saloiada à Cravinho, (a tal política do betão tão criticada),que não engulo. Talvez haja até razões para isso mas por favor expliquem.

Publicado por: Joao P às novembro 19, 2005 12:23 PM

Um estudo é um estudo. Uma decisão é uma decisão.

Os parâmetros do estudo podem variar conforme a decisão pretendida.

Publicado por: J P Castro às novembro 19, 2005 12:39 PM


(plim)

Publicado por: J P Castro às novembro 19, 2005 12:40 PM

Por exemplo, a decisão de fazer o traçado TGV Lisboa-Porto parece incompreensível do ponto de vista nacional. Para quê gastar tantos milhões para ganhar uma meia-hora no trajecto entre as duas cidades ? Disparate.

Agora vejamos a perspectiva ibérica. A rede TGV na zona Oeste da península está definida em estrela, com centro em Madrid. Um ramo vai para a Galiza, fazendo razia à raia (Bragança fica a meros 50km da futura estação de Puebla de Sanábria). Outro ramo vai para Sevilha. Outro vai para Lisboa. Para rentabilizar a circulação nesses ramos faz todo o sentido ter um traçado que una as pontas da "estrela" e crie uma "rede".

Desta forma, faz sentido uma linha que una a Galiza a Sevilha passando por Lisboa, em vez de voltar a Madrid. Espanha gostaria disso mas é preciso que Portugal garanta o troço. Como ? Iniciando a parte mais rentável do mesmo, que é precisamente o troço Porto-Lisboa.

Depois, é só unir as pontas e temos uma rede ibérica de TGV, menos centrada em Madrid por permitir percursos alternativos.

Só do nosso ponto de vista estritamente nacional é que a prioridade é ligarmo-nos à Europa, atravessando a Espanha. Uma estupidez, dado que se chega mais depressa para lá dos Pirinéus de avião... e não necessariamente mais caro.

A prioridade espanhola (ou ibérica, se quiserem) é constituir uma rede a nível da Península.

Publicado por: J P Castro às novembro 19, 2005 12:54 PM

isto é giro:

http://opengis.uab.es/wms/iberia/index.htm

Publicado por: py às novembro 19, 2005 01:10 PM


Nesse ponto de vista, a criação de um aeroporto nacional na Ota (ou Rio Frio, caso tivesse sido escolhido) serve como pólo de atracção para a futura estação de TGV nos arredores de Lisboa. Porquê ? Porque a ideia é a linha de TGV não ir a Lisboa mas passar ao lado, com ramal de derivação para a cidade, mas ligação directa ao futuro aeroporto.

O cenário mais provável é então, o de um cidadão de Coimbra, por exemplo, demorar quase tanto tempo a apanhar o avião na Ota como um que sai de Lisboa. A Ota torna-se assim regional. Não só de Lisboa, criando um futuro pólo de expansão urbana a norte de Lisboa, em plena lezíria.

É isso que me faz estar contra a Ota: a dúvida que haja necessidade de dar já um motivo de expansão urbana para o famigerado sector do betão. Precisam de encolher os apetites, primeiro, e virarem-se para a requalificação urbana.

A segunda razão: duvido que os privados construam a Ota na proporção de investimento privado/público que o Ministro fala. Cheira-me a elefante branco.

Ou seja, Ota talvez, num futuro razoavelmente distante. Esperemos. Infelizmente os coitados dos sobreiros estão sempre liquidados, pois estão por todo o lado. Em Rio Frio eram outros tantos. A menos que alguém se lembre de uma localização melhor, não pode ser o critério dos sobreiros a decidir entre os dois. Mas deve ser o motivo para a busca de uma alternativa.

Quanto à preocupação com o turismo de Lisboa, parece-me ser o menor dos problemas neste contexto. Isto porque os turistas não têm tanta pressa assim.

Adiar a Ota é bom para as finanças públicas. Só isso devia fazer pensar o ministro.

Sócrates, ao adiar o TGV para 2015, já deu um primeiro sinal nesse sentido.

Publicado por: J P Castro às novembro 19, 2005 01:11 PM

Joao P às novembro 19, 2005 12:23 PM

Eu não sou sabedor, mas parece-me que há que ter em conta que um aeroporto internacional não é só um par de pistas.
Além das gares, hangares, parques de estacionamento e todos os serviços de apoio directo, há hotéis, restaurantes, centros comerciais, edifícios de escritórios, terminais ferroviários e rodoviários. Os quais, é bem de ver, terão de ficar a uma distância de segurança das pistas.
À vista desarmada, a base aérea do Montijo não só é um bocado curta para tanto como fica metida num «beco», o que sobrecarregaria o tráfego na única via de acesso.
Independentemente disso, não se pode pensar que a opção pela base do Montijo pode representar alguma economia. O aeroporto teria que ser construído de raíz.
A opção Rio Frio está, praticamente, à mesma distância e tem uma capacidade de crescimento muito superior.

Publicado por: (M) às novembro 19, 2005 01:13 PM

J P Castro às novembro 19, 2005 01:11 PM

A fantasiosa percentagem de perdas para o turismo de Lisboa já foi desmentida. Era uma patranha.
Esse é mais um exemplo da falta de seriedade que os diversos lobbies trazem para a discussão.
Os 46 quilómetros que separam Milão do aeroporto nunca desencorajaram os turistas de visitar a cidade.
Eu pergunto, mesmo, qual é a percentagem de turistas que escolhe os destinos em função da distância a que ficam os aeroportos...

Publicado por: (M) às novembro 19, 2005 01:35 PM

Aquilo em Milão é uma roubalheira, mas posso confirmar uma coisa, os taxistas são gente feliz lá. E serão felizes com a Ota cá também. Excepto se alguém pedir para ir para o Carregado ou algo assim, caso em que ou recusam ou praticam um homicídio.

Publicado por: Incognitus às novembro 19, 2005 03:17 PM

A Milão vão principalmente em viagens de negócios e menos a fazer turismo. Fazer turismo em Itália é ir a Veneza, Florença, Roma, Ravena, Turim, Nápoles/Pompeia, Pisa/Siena, Bolonha, Verona, Sicília, praias da Sardenha, etc. Milão fica em enésimo lugar em matéria de turismo, mas é a capital económica da Itália.

Publicado por: Filipa Sequeira às novembro 19, 2005 04:51 PM

Pisa tem sorte com a torre, porque o resto é perfeitamente horrível. Pelo menos o que eu vi.

Publicado por: Incognitus às novembro 19, 2005 04:53 PM

Não se cansem Sirs.
A decisão do problema, ou melhor ainda a criação do problema é política e a economia não é chamada para aqui.

Portanto com Cavaco não, com Soares sim/não/talvez/falo quando voltar da estranja/estou na sesta/perguntem á Joana, com Sousa aguardo ligação a Moscovo, com Louça aguardo ligação a Beijing, com Alegre "Alma minha gentil..."

Publicado por: Quero ser francês, adoro partir tudo. às novembro 19, 2005 05:01 PM

Patranha?
«Nos inquéritos realizados pela Roland Berger, 31,4% dos inquiridos afirmaram informar-se sempre da distância a que o aeroporto se situa do centro da cidade, e 14,2% afirmou que dependia. Destes 45,6%, uma fatia de 13,1% afirmou que a distância é determinante e 21,9% afirmou que dependia . Finalmente, dos restantes 35%, 16% disseram que se o aeroporto estivesse a 50 km, como é o caso da Ota, deixaria de vir a Lisboa.»

Publicado por: Sa Chico às novembro 19, 2005 05:10 PM

O presidente da ANA é que "esclareceu" que a conclusão era "que na realidade a quebra de turistas, prevista pelo estudo, é de apenas 2,5%". Sem explicar como se passava dos inquéritos para aquele número.

Publicado por: Sa Chico às novembro 19, 2005 05:12 PM

A Economia não é chamada?

É como se não fossem os contribuintes a pagar os gastos do Estado.

Cada tostão que o Estado gasta, é um contribuinte que se chega à frente com ele, hoje ou no futuro.

Publicado por: Incognitus às novembro 19, 2005 05:22 PM

A história de que Lisboa se torna menos atraente para o turismo com a Ota parece-me um disparate. Nunca vi pessoas decidirem ir ou deixarem de ir a uma cidade em função de o aeroporto ficar mesmo ao pé dela ou mais longe. Um turista, quando decide ir visitar Lisboa, não pergunta na agência de viagens se o aeroporto fica na cidade ou longe dela.

Ainda recentemente houve um grande congresso de física em Lisboa. 800 participantes. O congesso teve lugar no Centro Cultural de Belém. Como não há hoteis por perto, todo o pessoal ficou alojado em hoteis na zona das Avenidas Novas. Demoravam diariamente 30 ou 40 minutos a ir para o congresso.

Publicado por: Luís Lavoura às novembro 19, 2005 06:30 PM

O problema com os sobreiros de Rio Frio não são propriamente os sobreiros que teriam que ser cortados. O problema é que Rio Frio fica por sobre a zona de infiltração de um dos mais importantes aquíferos do país. O aquífero da margem Sul do Tejo é prolífico e abastece toda a península de Setúbal. Almada, Seixal, etc NÃO são fornecidas pela EPAL, mas sim pela água do seu próprio aquífero. Com um aeroporto em Rio Frio, haveria boas probabilidades de a zona de infiltração de águas ficar reduzida e, sobretudo, poluída com óleos e coisas dessas. Haveria riscos sérios de destruir o aquífero com poluição. E um aquífero poluído com óleos é coisa que nunca mais se recupera.

Publicado por: Luís Lavoura às novembro 19, 2005 06:34 PM

Não sabia que os 800 participantes do grande congresso de física em Lisboa tinham vindo cá fazer turismo.

Sugiro que não divulgue isso.

Publicado por: David às novembro 19, 2005 06:42 PM

Eu tb penso que o único tipo de turistas que a Ota afastaria seriam os que estão a fazer escalas curtas em Lisboa, que provavelmente não abandonariam o Aeroporto.

Mas seja como for, levar o tema para esse lado é afasta-lo do essencial, que é a probabilidade da Portela mais um aeroporto periférico chegarem perfeitamente para ter a mesma capacidade da Ota ou mais ainda, e pouparem-se assim incontáveis centenas de milhões de euros de investimento.

Publicado por: Incognitus às novembro 19, 2005 07:09 PM

É evidente que a distância do aeroporto em relação ao centro da cidade é absolutamente fundamental sobretudo no caso de uma cidade ultra periférica e de turismo tipo short-break (2 ou 3 dias) como é o caso de Lisboa. Se ainda fosse um grande centro tipo Londres em que efectivemente não há outras alternativas. Agora no caso de Lisboa podem estar absolutamente certos que o impacto de um aeroporto a 50km vai ser enorme. Ninguem vai a Lisboa passar um fim de semana sabendo que tem pelo menos uma hora de viagem de e para o aeroporto. E a próximidade do actual aeroporto é seguramento um dos grandes e unicos factores de atractividade internacional de Lisboa no momento quer para o turismo short-break quer para o turismo de negócios (congressos, reuniões de negócios, exposiçoes etc).

Publicado por: Principe Negro às novembro 19, 2005 07:14 PM

Alegrem-se (atenção isto não é subliminar).
Iniciou-se uma petição nacional para que o Presidente da Câmara Municipal do Seixal seja nomeado Presidente Director Geral das Obras da Ota.
Porquê?
Porque numa resposta a um munícipe esclareceu que:

"Não se trata de uma lixeira mas sim de uma actividade de indústria de sucata que se pensa resolver com a entrada em funcionamento do parque industrial de sucata que está em construção. Por enquanto não podemos avançar com datas para a entrada em funcionamento do respectivo parque.

Publicado por: Phoder local é bom às novembro 19, 2005 07:20 PM

Publicado por: Principe Negro às novembro 19, 2005 07:14 PM

Sir.
London Airport está ligado a London por metro very cheap!

Publicado por: call me aussie às novembro 19, 2005 07:23 PM

hum

Publicado por: py às novembro 19, 2005 07:53 PM

eu hoje estou de retiro no esquentador

Publicado por: py às novembro 19, 2005 07:53 PM

mas quero uma ginja

Publicado por: py às novembro 19, 2005 07:54 PM

Sa Chico às novembro 19, 2005 05:10 PM

Qual foi a parte de «16% de 35%» que não percebeu?

Publicado por: (M) às novembro 19, 2005 09:18 PM

Luís Lavoura às novembro 19, 2005 06:34 PM

A tal superfície a que se refere ficará muito mais reduzida com as urbanizações projectadas para Rio Frio, Poceirão, Pinhal Novo. etc do que ficaria com o aeroporto.
Quanto ao óleo, não consta que os aviões mijem óleo, a ponto de porem em perigo qualquer aquífero. Não tenho conhecimento de nenhum poço contaminado por óleos em resultado do funcionamento de qualquer aeroporto.
Nessa superfície a que se refere, aviões da Força Aérea portuguesa e de outros países fazem há décadas exercícios de tiro, o que implica o uso de explosivos de todo o tipo. O fósforo, por exemplo, é um dos elementos que está a contaminar aqueles solos e é um perigo real, comparado com o imaginado óleo.

Publicado por: (M) às novembro 19, 2005 09:34 PM

Então os nossos "especialaistas em generalidades" já decidiram onde se instala a aeroporto? Eu contuinuo a defender Cacilhas.

Publicado por: zippiz às novembro 19, 2005 09:34 PM

gramaticalmente estou um desastre!

Publicado por: zippiz às novembro 19, 2005 09:36 PM

E transferir Lisboa para Aveiras?
Resolvia o problema das distâncias.

Publicado por: Vítor às novembro 19, 2005 09:48 PM

E espalhar os papéis dos estudos num descampado qualquer, talvez já dê para aterrar um aviãozito telecomandado...

Publicado por: Vítor às novembro 19, 2005 09:53 PM

Distância entre o aeroporto da Portela e a pista da base aérea da OTA: 34 Km

Publicado por: Vítor às novembro 19, 2005 10:42 PM

...«Milão fica em enésimo lugar em matéria de turismo...»

Filipa Sequeira às novembro 19, 2005 04:51 PM
_________________________________

Não fica não, Filipa.
Milão fica em segundo lugar.

Em 2002, último ano de que tenho estatísticas, à cabeça das receitas do turismo, por cidade, figura Roma com 3.708 milhões de euros, seguida de Milão, com 2.704, e de Veneza, com 2.303 milhões. Florença ficou abaixo dos dois mil milhões e Nápoles abaixo dos mil.

É evidente que sendo Milão a capital económica de Itália terá um elevado número de visitantes do ramo dos negócios (embora até isso seja uma categoria turística).

Mas daí a dizer que Milão não é um destino turístico é um grande passo. Um passo que só pode dar quem não conhece Milão e a Lombardia.

Milão tem dezenas de monumentos e museus, desde a célebre Catedral gótica (que só por si merece uma visita) ao castelo Sforzesco. Tem, por exemplo, o Scala, cuja temporada de ópera leva a Milão uns milhares de turistas.

E na região de Milão há várias cidades com monumentos que justificam uma visita, como a catedral de Cremona ou o Palácio Ducal de Mântua.

Isto para não falar noutras atracções turísticas, como as termas, os lagos ou os parques naturais.

E fico-me por aqui.

Publicado por: (M) às novembro 19, 2005 10:53 PM

Vítor às novembro 19, 2005 10:42 PM

Esqueceu-se de dizer que esses 34 km são em voo de pombo...

Já agora, correspondem a 113.333 folhas A4 unidas pelo topo.

Publicado por: (M) às novembro 19, 2005 11:01 PM

Estou IN

Publicado por: Caça Capicuas às novembro 19, 2005 11:05 PM

Pum!

Publicado por: Caça Capicuas às novembro 19, 2005 11:06 PM

TGV Lisboa/Madrid em 2013. Lisboa/Porto para definir depois.
Ota ainda em estudo.
Segurança Social a afundar-se antes disso, em 2011... Ok, não se faz nada.

Afinal, estamos a preocupar-nos com o quê ?

Publicado por: J P Castro às novembro 19, 2005 11:49 PM

A SS só se afunda em 2015

Publicado por: VSousa às novembro 20, 2005 12:35 AM

Dá tempo para o TGV Lisboa/Madrid. O 2º mandato do Cavaco é que a vai apanhar em cima

Publicado por: VSousa às novembro 20, 2005 12:37 AM

(mau em si mesmo e mau sintoma:http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1239450&idCanal=90)

Publicado por: py às novembro 20, 2005 08:46 AM

bom, mas isso foi em 2004, quem sabe 2005 vai melhor? Não vá ter ficado encravado...

Publicado por: py às novembro 20, 2005 11:06 AM

(M) em novembro 19, 2005 10:53 PM: os números que escreveu não altera qualitativamente o que eu disse (claro que enésimo foi uma força de expressão).
Julgo que quase todos os "turistas" que vão a Veneza são mesmo turistas. E o mesmo sucede com a Toscana (Florença, Siena, Pisa). Muito poucos estrangeiros irão a Florença em vigem de negócios.

A maioria dos estrangeiros que vai a Itália em negócios vai a Milão ou a Roma. Portanto, apesar desses números, como destino exclusivamente turístico, Milão patece-me inferior a Roma, Florença e Veneza.

Tem razão que Milão é o centro de uma zona com grandes belezas naturais e arquitectónicas. Mas é uma zona bastante extensa, maior que o Alentejo. Por isso mesmo o aeroporto ser longe da cidade não prejudica tanto o turismo como, no caso de Lisboa, onde os motivos estão concentrados na cidade e na costa Lisboa-Cascais (mais Sintra).

Esta é a impressão que eu tenho, a partir do meu próprio comportamento.

Publicado por: Filipa Sequeira às novembro 20, 2005 11:09 AM

leãozão:

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=202508

Publicado por: py às novembro 20, 2005 11:10 AM

Eu então da última vez que estive em Milão, no regresso dum Carnaval em Veneza (magnífico) tive que fumar um cigarro ilegalmente, porque os estúpidos não têm um canto para fumadores. Ora eu que gosto tanto de fumar, em seja em Hong-Kong, Singapura, Heathrow ou Charles de Gaulle, etc., não podia fumar um cigarro em Milão? Pois fumei dois!

Publicado por: py às novembro 20, 2005 11:14 AM

verdade, verdadinha foi um e meio porque quando ia a meio do segundo achei que era melhor apagar... que já havia por ali uns polícias e uns grunhidos. A catedral é magnífica e no convento não-sei-das-quantas tem lá a Última Ceia do Da Vinci, que eu fui lá ver.

Publicado por: py às novembro 20, 2005 11:17 AM

(PS o Carnaval em Veneza é magnífico mas muito frio, o que cria um ligeiro problema...)

Publicado por: py às novembro 20, 2005 11:19 AM

ginja

Publicado por: py às novembro 20, 2005 11:20 AM

py, bastava teres dito que não era tabaco, mas erva. Só o tabaco é que é proibido.

Publicado por: Coruja às novembro 20, 2005 12:10 PM

corujex, já viste que bela chuveirada? O dragão está a dormir lá com o Morpheu dele...
basar

Publicado por: py às novembro 20, 2005 01:18 PM

Dá-me ideia que a Joana também tem experiência desse vício dos consultores. Não por causa dos seus posts (enfim...), mas pela forma como escreve sobre isso

Publicado por: Tavares às novembro 20, 2005 02:05 PM

Filipa Sequeira às novembro 20, 2005 11:09 AM

Filipa, você é prima da Joana?

Publicado por: (M) às novembro 20, 2005 02:47 PM

Lendo os comentários que por aqui abundam, não fico nem surpreendido nem esclarecido. Cada cabeça cada sentença, e cada português tem a sua solução para qualquer problema (sempre fomos bons nisto!), por mais complexo que ele seja. O pior é passar à prática, aí é que é mais complicado.
Também defendo a opção do Rio Frio, apesar de reconhecer que é praticamente impossível de concretizar... os sobreiros, os sobreiros não deixam!

Publicado por: canzoada às novembro 20, 2005 04:08 PM

Algumas opiniões e/ou argumentos aqui aduzidos levam-me a crer que os autores desconhecem informações há muito divulgadas.
Assim, sugiro uma consulta ao site da ALAMBI, onde estão disponíveis informações relevantes para análise da opção da OTA:

http://www.alambi.net/aeroporto.htm

http://www.alambi.net/Comentarios_DN.pdf

Publicado por: (M) às novembro 20, 2005 05:01 PM

(M) isso dos meus primos sobreiros em Rio Frio de facto parte-me o tronco (coração), são pelo menos 10x mais. Mas enfim ainda pode ser que eles se tenham enganado, hei-de ver isso melhor

Publicado por: pyrenaica às novembro 20, 2005 06:17 PM

vamos

Publicado por: py às novembro 20, 2005 06:18 PM

Publicado por: py às novembro 20, 2005 06:19 PM

rematar

Publicado por: py às novembro 20, 2005 06:20 PM

isto

Publicado por: py às novembro 20, 2005 06:20 PM

esta é lá para ti JP:

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=202572

Publicado por: py às novembro 20, 2005 06:24 PM

(M) em novembro 20, 2005 02:47 PM:
Prima? Não. Nem a conheço.
Porque pergunta isso?

Publicado por: Filipa Sequeira às novembro 20, 2005 07:15 PM

Se descobrirem que as Avenidas Novas estavam cheias de sobreiros antes de serem construídas, lá teremos que demolir aquilo tudo para plantar sobreiros.

Publicado por: demolidor às novembro 20, 2005 10:16 PM

nós os carvalhos não somos imperialistas, embora gostemos de ser entes primevos da Ibéria. Estamos mais escaldados é com a mania dessa pirófila que dá pelo nome de eucalipt@ ... o ouro verde de Mira Amaral, tempo do cavaquismo, quando o número de ignições saltou para o dobro...

Publicado por: pyrenaica às novembro 20, 2005 10:41 PM

Eu não percebo nada de aviação...mas percebo alguma coisa de "andar de avião". E nessa óptica a Portela é ideal (mesmo morando em Alvalade e tendo em conta o tal risco dum Camarate II em maior escala). É ideal e pode ser optimizada. Com o metro a chegar até ao terminal por exemplo, e com uma área de "shopping" mais agradável e espaçosa. Ok, a história do tráfego é importante e relevante e a Portela vai ficar (irá mesmo?) saturada em 10-15 anos. Mas eu pessoalmente preferiria uma opção do tipo Alverca+Portela, do que um novo mastodonte a 50 km de Lisboa, que além dos custos da infraestrutura em si mesmo, tem n custos paralelos, quer em vias de acesso, linhas de comboio, etc,etc. Mas é como vos digo...eu de aviação não pesca nada, apenas queria continuar a pagar os 5 euros de táxi de casa para o aeroporto, a demorar 5 minutos nesse percurso, a não ter de andar a passear de autocarro pelo aeroporto e sair directamente do avião para uma manga de acesso, a poder tomar um pequeno almoço decente nás áreas de cafetaria que o aeroporto (não) tem... tudo coisinhas que se resolviam com alguma boa arquitectura e construção civil...

Publicado por: Xiko às novembro 21, 2005 11:20 AM

Xiko às novembro 21, 2005 11:20 AM

Se Você mora em Alvalade não paga 5 euros no táxi para ir para o aeroporto, paga bastante menos. Aliás, se quiser poupar dinheiro toma o autocarro 44, que passa por Alvalade e vai para o aeroporto.

Eu quando vou para o aeroporto (mas felizmente não vôo muito), vou sempre de autocarro. Fui educado por pais poupadinhos (como os da Joana), que me ensinaram que andar de táxi é um luxo caro, só justificável em casos de urgência.

Publicado por: Luís Lavoura às novembro 21, 2005 11:55 AM

Py:

tu vais para Moçambique.

eu, dadas as circunstâncias, vejo Espanha cada vez mais como alternativa. É mais fácil chegar a Salamanca do que ao Porto, e quase mais perto Madrid do que Lisboa.

E chagamos ao ridículo de serem os espanhóis a quererem tomar conta disto, porque acham rentável... Como no Alqueva.

Publicado por: J P Castro às novembro 21, 2005 12:16 PM

Luís Lavoura

Realmente se for assim tão poupadinho como diz ser acredito que não pague 5 euros pelo taxi de Alvalade para o aeroporto, paga talvez 3,50-4,00, já com a bagagem incluída. Mas é das tais coisas... "keep the change"...
Quanto ao 44... não faço ideia onde passa, onde para, donde vem, para onde vai... mas mesmo que fizesse, e ainda que só levasse bagagem de cabine, seria certamente insuportável a viagem, por muito curta q ela seja - horário, quantidade de gente, qualidade do ar, a dose de bom humor para começar o dia, etc (on my standards, I mean).
Quanto aos seus juízos de valor sobre os "luxos" dos outros... nem comento. Para eu me meter num táxi tem de ser mesmo em caso de urgência. DETESTO andar de táxi - não é pelo dinheiro, é mesmo pela ausência de civilidade de grande maioria dos seus condutores, pela conversa de treta, pelo RadioTaxi a altos berros, pela Radio Cidade em simultâneo, por vezes pelo cheiro nauseabundo a suor, especialmente em tempo de Verão, entre outras variantes. E ir para o aeroporto é certamente uma dessas excepções em que os utilizo. E também lhe digo - só quem vive em Alvalade e tem de apanhar um taxi do aeroporto para casa é que fica a conhecer realmente de que massa são feitos os nossos taxistas... quando ao fim de 1 hora ou mais de espera até lhes chegar um cliente lhes sai um servicinho de 3 ou 4 euros... ou 5.

Publicado por: Xiko às novembro 21, 2005 02:53 PM

Xiko às novembro 21, 2005 02:53 PM

O 44 percorre a avenida Rio de Janeiro até aos bombeiros, desvia para a direita aí. Há também o 45, que percorre toda a avenida do Brasil.

Os horários do 44 são maus aos fins-de-semana, mas os do 45 são sempre bons. Regular de 10 em 10 minutos. Circula a partir das 6 da manhã.

O 45 não tem falta de ar: são autocarros muito grandes., de duas carruagens. A qualidade do ar num táxi não é em geral melhor do que no 45 (cheiro a sur do motorista). O 45 tem ar condicionado até.

Enfim... se não quiser usar, não use. Mas, depois da sua própria descrição daquilo que é tomar um táxi, acho que deveria pelo menos experimentar...

Publicado por: Luís Lavoura às novembro 21, 2005 03:31 PM

Se, como alguns aqui defendem, a distância do aeroporto à cidade não é importante, então o novo aeroporto de Lisboa podia ficar em... Badajoz.
Sempre ficaria mais barato e, com o TGV, era um pulinho...

Publicado por: Senaquerib às novembro 21, 2005 03:49 PM

Por falar em palha

Publicado por: Coruja às novembro 21, 2005 05:40 PM

e em burro

Publicado por: Coruja às novembro 21, 2005 05:42 PM

uma kpk

Publicado por: Coruja às novembro 21, 2005 05:43 PM

Senaquerib às novembro 21, 2005 03:49 PM::
Pois era. Evitávamos as discussões estúpidas e estéreis sempre que se pensa fazer obras em Portugal

Publicado por: Coruja às novembro 21, 2005 05:45 PM

Ou palha ou torrões de açucar (ou isso é so pós cavalos?)
Em alternativa, tomem lá para adoçar a boca :
http://xxxocolate.blogspot.com/

Publicado por: Xiko às novembro 21, 2005 11:38 PM

Mais uns fardos de palha foram distribuídos hoje.

Publicado por: Adalberto às novembro 23, 2005 01:03 AM

Mais uns fardos de palha foram distribuídos hoje.

Publicado por: Adalberto às novembro 23, 2005 01:03 AM

Resta saber se satisfizeram a clientela

Publicado por: Adalberto às novembro 23, 2005 01:04 AM

Primeiro foi palha normal, depois foi palha de luxo

Publicado por: Gpinto às novembro 25, 2005 02:43 AM

E a de luxo foi convincente ... pelo menos para os burros

Publicado por: Gpinto às novembro 25, 2005 02:44 AM

ainda

Publicado por: py às novembro 25, 2005 06:47 PM

Publicado por: py às novembro 25, 2005 06:47 PM

palha de Abrantes

Publicado por: py às novembro 25, 2005 06:48 PM

Burra é ela

Publicado por: Cisco Kid às dezembro 1, 2005 01:03 AM

Burra é ela

Publicado por: Cisco Kid às dezembro 1, 2005 01:05 AM

Burra é ela

Publicado por: Cisco Kid às dezembro 1, 2005 01:10 AM

Burra é ela

Publicado por: Cisco Kid às dezembro 1, 2005 01:10 AM

Burra é ela

Publicado por: Cisco Kid às dezembro 1, 2005 01:10 AM

Burra é ela

Publicado por: Cisco Kid às dezembro 1, 2005 01:11 AM

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