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novembro 24, 2005

Exibicionismos

Ou um post lascivapoliticamente incorrecto

Tem havido uma enorme restolhada sobre comportamentos públicos na sequência do beijo da Gaia. Rapidamente o banzé saiu fora do domínio da vida social e invadiu o domínio político e quiçá económico. Julgo que as escolas marxista, neoclássica e austríaca foram chamadas à colação. A questão ganhou tal pertinência que poderá dar origem à Escola Portuguesa que unificará, numa poderosa visão sincrética, a totalidade do pensamento e praxis política, económica e social, desde os mais recentes desenvolvimentos sobre a concorrência monopolística e a teoria dos jogos, até aos grafitis nos lavabos públicos, passando pelas vivências coloquiais e físicas nos estádios desportivos e no Intendente.

Eu, na minha ingenuidade, julgava que o comportamento público decorria das normas sociais, consensualmente aceites, embora variando no espaço e no tempo. Por exemplo, estar numa praia (obviamente afastada dos subúrbios de Lisboa) em topless, envergando unicamente um imperceptível fio dental, enquanto a cálida brisa marítima acaricia suavemente a epiderme generosamente exposta, não é minimamente constrangedor, nem para a protagonista, nem para os circunstantes.

Já seria diverso se, dias depois, a mesma entrasse assim vestida (ou despida) no Belcanto. Um escândalo absoluto e lamentável e a expulsão imediata (com alguma protecção corporal generosa e pudicamente oferecida pela gerência). Mas, o mais curioso, era que aquela clientela do Belcanto poderia ter estado entre os veraneantes da praia, que então se limitaria a deitar um ou outro olhar disfarçado e concupiscente. E tal não implicaria que, entre frequentadores e empregados do Belcanto (e da praia), estivessem, ou não, liberais, ultra-liberais, austríacos, comunistas, trotskistas, socialistas, conservadores ou, apenas, conversadores.

O escândalo seria porventura maior se o fenómeno ocorresse na praia de Pedrouços nos princípios do século XX. Todavia isto não significa que a evolução se faça num só sentido. Antes da vaga puritana do século XIX (e fins do século XVIII) o escândalo era certamente muito menor e sociedades e/ou épocas diferentes encarariam o caso com naturalidade.

O mesmo se dá com a exibição pública ostensiva e continuada de afecto (!?). É constrangedor para os circunstantes e apenas apreciada pelos voyeurs. É um exibicionismo desnecessário e indiciador de uma sexualidade frustrada. O que eu tenho verificado é que a exibição pública de afecto é inversamente proporcional à satisfação sexual de quem a faz. Pelo menos, todos os casais que eu conheço que passavam a vida aos beijos e a salivarem-se em público, divorciaram-se ao fim de pouco tempo. O exibicionismo público de desejo sexual é normalmente sinónimo de que esse desejo não encontra satisfação na intimidade.

O sexo tem uma característica: o que tem de mais belo, fascinante e de fantasia erótica, quando vivido na intimidade, é exactamente o que o torna mais porco e pornográfico, quando sujeito à devassa pública e ao voyeurismo.

Mas também isso depende da situação. Se dois ou mais casais concordarem numa farra conjunta com swing deixa de haver constrangimentos porque, para aquele grupo, isso passou a constituir a regra do jogo e, provavelmente, um dos fascínios do próprio jogo que é vivido na intimidade desse grupo, embora possa acontecer, mais tarde, sequelas negativas, pois a abertura de espírito “teórica” pode, em alguns casos, soçobrar perante a “prática”. Temos um lastro civilizacional mais pesado do que julgamos.

Quanto à homossexualidade discordo que seja apenas uma forma alternativa de sexualidade. É um desvio sexual congénito ou adquirido. Também há gente que tem o fascínio em ser chicoteada por mulheres atléticas de saltos altos e ameaçadoramente pontiagudos, envergando cabedais negros com penduricalhos metálicos, tilintando lascivamente, o que não é, igualmente, uma forma alternativa de sexualidade – é um desvio sexual. Os desvios sexuais, desde que não incidam sobre menores, não se façam violentando o outro parceiro, nem levem a situações que ponham em risco a integridade física, são comportamentos cuja existência devemos aceitar, e relativamente aos quais não é lícito fazer algo que possa levar à exclusão social desses desviantes, sob quaisquer formas.

Por outro lado praticar um acto homossexual não significa que se seja homossexual. Em diversas situações, heterossexuais foram levados pela curiosidade (na adolescência, por exemplo) ou pela necessidade (nas prisões, por exemplo) à prática de actos homossexuais. Mas também foram levados a práticas onanistas ou outras. O onanismo não é uma forma alternativa de sexualidade. É um desvio provocado por diversas razões, entre elas a solidão.

Lutar contra a discriminação dos homossexuais alegando que a homossexualidade é apenas uma forma alternativa de sexualidade, é um absurdo, cria anti-corpos no tecido social, farto da propaganda do lobby gay e dos adeptos das teorias ditas “fracturantes”, e abre a porta a que dezenas de outros desvios sexuais tenham todo o direito de exigirem idêntico tratamento de “forma alternativa de sexualidade”.

Todavia, o que expus é o que eu penso. Não estou a pretender fazer disto uma teoria absoluta, universal e totalizante. Se eu vivesse na época vitoriana, pensaria talvez de outro modo. Talvez também pensasse de outra maneira se vivesse na Corte francesa de Luís XIV, no serralho do Sultão de Constantinopla, num templo de Ísis na Roma antiga, ou em Lesbos, no círculo de Safo. Estou agora mesmo a debater-me com a dúvida sobre o que pensaria se vivesse actualmente em Cabul.

No meio disto tudo, esqueci-me de referir Marx, Marshall e Hayek. Mas pensando melhor, não discirno onde os inserir.

Publicado por Joana às novembro 24, 2005 07:37 PM

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Comentários

Joana: quando afirma que ..."O que eu tenho verificado é que a exibição pública de afecto é inversamente proporcional à satisfação sexual de quem a faz"... diz estar a basear-se em casais seus conhecidos que se divorciaram.

Então os casais só se divorciam por questões sexuais?

Publicado por: Saloio às novembro 24, 2005 07:45 PM

O que eu escrevi foi «todos os casais que eu conheço que passavam a vida aos beijos e a salivarem-se em público, divorciaram-se ao fim de pouco tempo».
Não estou por dentro das razões íntimas daqueles divórcios. Limitei-me a constatar um facto.

Publicado por: Joana às novembro 24, 2005 07:49 PM

É mesmo politicamente incorrecto ...

Publicado por: Cerejo às novembro 24, 2005 08:38 PM

Li algumas coisas sobre essa polémica e acho que exageraram

Publicado por: lopes às novembro 24, 2005 09:00 PM

Parecia uma questão política

Publicado por: lopes às novembro 24, 2005 09:00 PM

O assunto é serio.
Toda a mulher seja qual for o motivo que se torna lésbica é uma perda para a humanidade.
Deve ser aconselhada com carinho a abandonar esa perversão.

Publicado por: Marquês de Montanelas às novembro 24, 2005 09:07 PM

Depois de ler as observações quanto ao reduzido número de comentários dos posts anteriores, a Joana decidiu seguir a estratégia de programação da SIC e da TVI: quando a audiência cai, não há como uma boa dose de sexo...

# : - ))

Publicado por: (M) às novembro 24, 2005 09:14 PM

Eh pá, com isto de não ver tv, algumas passam-me ao lado. O que terá sido o beijo de Gaia?

Como sabem eu tenho a teoria que andamos tod@s nesta salsa evolutiva porque a Terra está à procura de namorad@ (nada demais: é por causa da solidão, não dá para distrair, além disso a gravidade puxa para dentro e a luz para fora...).

"Quanto à homossexualidade discordo que seja apenas uma forma alternativa de sexualidade. É um desvio sexual congénito ou adquirido.", já sobre isto não sei que diga: as mulheres lidam muito mal com a homo dos homens (sobretudo de alguns...) por causa daquilo que o Freud referiu como o complexo de castração.

De facto, por muita volta que se dê não há como a evidência de um pau feito para dissipar as dúvidas do desejo... Por outro lado embora a "humidade" nas mulheres seja um indício muito seguro, quanto aos gritinhos e outras coisas já ouvisto muita encenação :)

A noção de desvio implica a existência de uma norma. No entanto a norma de todas as normas não existe tal como não existe o conjunto de todos os conjuntos de acordo com o paradoxo de Russel.

A preservação dos genes homossexuais, ao longo de gerações, é um mistério para a genética, dá cabo do paradigma darwinista.Mesmo. Aliás acho que foi o Alfredo que viu muito bem a coisa: costumes homofóbicos levam os homossexuais a disfarçar-se de hetero, com prejuízo para os deveeres conjugais, mas deixam uns filhotes...

Bom é que tenhamos a liberdade de discutir isto assim.

A complexidade e a variedade de equilíbrios na Natureza transcende-nos.

(variedade dos equilíbrios = equilibria manifold)

Publicado por: py às novembro 24, 2005 09:21 PM

py em novembro 24, 2005 09:21 PM: Foi a questão de duas miúdas de uma escola de V N Gaia que foram apanhadas. Parece que se namoram.

Publicado por: Sa Chico às novembro 24, 2005 09:23 PM

O post propriamente dito é interessante.
Estou de acordo com as observações da área da sociologia, mas deixo as patologias para os psicólogos, psiquiatras, sexólogos, etc (o que se aplique).
Nisto de sexo e parafraseando Camões, «mais vale experimentá-lo que analisá-lo, mas analise-o quem não pode experimentá-lo».

Publicado por: (M) às novembro 24, 2005 09:25 PM

obrigado! Eu acho bem, vai dar um parlapié lindo, embora é verdade que deve haver uma parcela de exibicionismo nisso, faz parte, e isso às vezes é incomodativo, ainda por cima fica tudo aos gritinhos (os carvalhos lusitanos são muito sensíveis dos estomas)

Publicado por: py às novembro 24, 2005 09:25 PM

(M) às novembro 24, 2005 09:14 PM:
O objectivo não foi esse. Achei um pouco disparatada a celeuma que se levantou na blogosfera sobre o assunto e a forma como foi analisado.

Mas não garanto que no meu subconsciente não houvesse qualquer motivação como a que sugere.

Publicado por: Joana às novembro 24, 2005 09:27 PM

Joana às novembro 24, 2005 09:27 PM

Aquilo do «rating» foi só uma piada.
O que me impressiona no comportamento da sociedade é que considera «normal» (ou, pelo menos, banal) que dois ou mais adolescentes lutem de navalha na mão no pátio de uma escola e escandaliza-se quando duas raparigas se beijam.

Publicado por: (M) às novembro 24, 2005 09:35 PM

...agora que já me pronunciei, gostaria de ouvir os candidatos a Presidente da República Portuguesa, sobre o assunto...

Publicado por: py às novembro 24, 2005 09:44 PM

não sei onde hei-de por isto portanto vai aqui, será que a maior parcela de CO2, não será dos muitos milhões de carros que andam por aí sempre às voltas?

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=114&id_news=203269

Publicado por: py às novembro 24, 2005 09:49 PM

(M) antes de ir morfar, permita-me repor o seu comentário que atropelei:

"O que me impressiona no comportamento da sociedade é que considera «normal» (ou, pelo menos, banal) que dois ou mais adolescentes lutem de navalha na mão no pátio de uma escola e escandaliza-se quando duas raparigas se beijam."

É mesmo isto em que se deve pensar. Boa noite.

Publicado por: pyrenaica às novembro 24, 2005 10:03 PM

(M) em novembro 24, 2005 09:35 PM:
É que a violência está banalizada e vende-se menos que o sexo.

Publicado por: Rave às novembro 24, 2005 10:08 PM

Mas qual é essa «sociedade» que considera «normal» que dois adolescentes lutem à navalhada num pátio de Escola ?
E isso para o que é ? É para opor às «meninas fracturantes» que se beijam com «ternura» no mesmo pátio da mesma escola ?
Conversa de chacha.

Publicado por: asdrubal às novembro 24, 2005 10:24 PM

O Intendente foi mencionado no post e foi muito bem inserido.
De facto só o Intendente* é que seria capaz de resolver estas questões: metia tudo na choldra, na pildra, no xilindró, e já está! Assunto arrumado, problema resolvido!

* Sim, esse mesmo, o Pina Manique.

Publicado por: Senaquerib às novembro 24, 2005 10:26 PM

Mas não sejamos tão severos. Devemos ser um bocadinho tolerantes, desde que não prejudiquem.

Publicado por: Senaquerib às novembro 24, 2005 10:28 PM

Publicado por: Joana às novembro 24, 2005 07:49 PM

"O que eu escrevi foi «todos os casais que eu conheço que passavam a vida aos beijos e a salivarem-se em público, divorciaram-se ao fim de pouco tempo».
Não estou por dentro das razões íntimas daqueles divórcios. Limitei-me a constatar um facto."

Na verdade há factos e factos...

constatou o salivarem-se ou o amarem-se ?

Eu das suas constatações de voyeurismo salivar, deduzo o seguinte:
Das intensas e inflamadas paixões por si observadas, quando apagadas (por diversos motivos) resultaram em divórcio.
E dos relacionamentos (não públicos) não constatou nenhum divórcio ?

Esta de fazer um post sobre exibicionismos sexuais para justificar o injustificável não lembraria nem ao Pacheco Pereira.

Publicado por: Templário às novembro 24, 2005 10:34 PM

Sobre "o beijo de Gaia" acho interessante que
auxiliares/contínuos, profs, direcção da escolas, etc, (e muitos bloguistas da nossa praça) não se escandalizem com um beijo entre um rapaz e uma rapariga mas que achem uma devassa pública um beijo/um afecto, entre duas mulheres.
Pelo menos a igreja católica e o Papa Bento são mais terra-a-terra e sem sofismas.

Publicado por: zippiz às novembro 24, 2005 10:35 PM

Os tipos do bloco de leste também estão sempre a agarrar-se em público e a trocar xoxos, principalmente os dirigentes, e o pessoal nunca se escandalizou.

Publicado por: Incognitus às novembro 24, 2005 10:38 PM

Afinal o Post não caíu do Céu mas é mais uma heróica contribuição para o "puritanismo" Católico, agora reforçado com as novas indicações do Bento sobre a homosexualidade na religião católica.

Publicado por: Templário às novembro 24, 2005 10:54 PM

Vou contar um facto verídico:
Uma aluna de uma escola secundária de Lisboa tirou uma fotografia às próprias mamas e enviou a foto, por mail, para um correspondente da net que ela não conhecia pessoalmente. Foi uma criancice de miúda (julgo que tem 15 anos). Como tinha anteriormente enviado uma fotografia dela, ele fez uma “montagem” e como descobriu onde ela andava, enviou e-mails com a montagem fotográfica para alguns colegas da miúda. Agora anda aterrorizada. Os colegas tratam-na de p*ta para cima. Ela vive actualmente no pavor que a mãe venha a saber.
Infelizmente para ela, não cometeu um acto “fracturante”, senão a esta hora tinha o apoio da comunicação social e os colegas dela seriam vistos como trogloditas que são de facto. Aliás, o único acto que cometeu foi tirar uma foto e enviá-la.

Assim está sozinha. Não sei se as professoras que se aperceberam da história lhe estarão a dar algum apoio, ou não acharão apenas que ela é uma desavergonhada.

Ora o desavergonhado desta história foi o correspondente dela na net que, ao que se julga, deve ser alguns anos mais velho.

Publicado por: Joana às novembro 24, 2005 10:56 PM

Bem, se cometessem um "acto fracturante" sobre o desgraçado que fez a montagem e a distribuiu, ou sobre os colegas dela que gozam de alguma forma, estava o problema resolvido.

Há muita coisa que com "actos fracturantes" vai ao sítio.

Publicado por: Incognitus às novembro 24, 2005 10:59 PM

Incognitus: Acho que sim. Arranjar malta da pesada e "fracturar" o tipo.

Publicado por: demolidor às novembro 24, 2005 11:05 PM

Joana às novembro 24, 2005 10:56 PM

O meu dedo que adivinha diz-me que o energúmeno é aluno da mesma escola.
É uma questão de «profile» — o quadro descrito insere-se num comportamento padrão.

Deve ser um asdrubal qualquer.

Publicado por: (M) às novembro 24, 2005 11:15 PM

(M) às novembro 24, 2005 09:14 PM escreveu que Joana fez um post tipo TVI para aumentar audiências e é verdade; alguns comentadores (muito anti-fracturantes)até fazem papel de MST !

Publicado por: zippiz às novembro 24, 2005 11:16 PM

Parece que o Conselho Directivo desceu ao nível do pessoal auxiliar.
Ou, se calhar, subiu a esse nível...

Publicado por: Senaquerib às novembro 24, 2005 11:33 PM

Quem dá o pão dá a educação, já dizia Alberto Camus e é aqui que reside o problema.
As professoras devem acompanhar os alunos para todo o lado como esta:

http://ablasfemia.blogspot.com/2005/11/esta-senhora.html

Publicado por: Professor de trabalhos manuais(na reforma) às novembro 24, 2005 11:50 PM

O que sei foi o que contei. Fiquei com a ideia que o rapaz seria de fora, embora talvez possa ser um ex-aluno. Fiquei igualmente com a ideia que o assunto não tinha chegado ao Conselho Directivo, embora seja provável que soubessem de zunzuns.

As raparigas de Gaia têm 19 e 17 anos e andam no 11.º ano. Esta tem 15 e anda no 10º ou 11ª. Portanto, como aluna é inclusivamente mais certinha que as de Gaia.

Publicado por: Joana às novembro 24, 2005 11:53 PM

Na minha opinião o post está bem visto não apenas ao sururu que houve na net, como relaytivamente ao resto.

Publicado por: J Correia às novembro 25, 2005 12:04 AM

Quanto a essa história da miúda acho repugnante. Pelo que conta são todos culpados e a principal vítima é a miúda que apenas fez uma criancice.

Publicado por: J Correia às novembro 25, 2005 12:05 AM

Duas miúdas aos amassos?! Pá, isso até dá uma certa pica!...novinhas...tusa...falta de macho...

O quê, já estamos no ar? 'da-se..

Hum. Ora vejamos. Embora a sociedade não deva marginalizar a homossexualidade, não podemos tolerar estes comportamentos, em particular num espaço público como a escola. A manifestação do afecto deve ser privada blá...blá...blá...

Publicado por: Vítor às novembro 25, 2005 12:22 AM

Não é uma questão de ser ou não privada. O problema que se coloca é o exibicionismo, ou a forma ostensiva como às vezes é feito. Já deve ter reparado certamente em alguns locais cenas destas.

Publicado por: Ricardo Pereira às novembro 25, 2005 12:31 AM

Julgo que essas manifestações são mais para os outros verem.

Publicado por: Ricardo Pereira às novembro 25, 2005 12:37 AM

A questão da miúda de Lisboa também não tem relevo porque, ao que parece, tem sido mantida no segredo. Agora estou convencido que se viesse a público, nem 5% da divulgação teria, quando comparada com Gaia.

Publicado por: Salema às novembro 25, 2005 12:53 AM

"Deve ser um asdrubal qualquer"
Publicado por: (M) às novembro 24, 2005 11:15 PM
vc é sempre assim coma mania da superioridade ou é só assim cagão quando vem aqui a este blogue ultraconservador?

Publicado por: curioso às novembro 25, 2005 09:10 AM

Esta esquerda é a nova direita, não é?

Publicado por: curioso às novembro 25, 2005 09:11 AM

Tal como em economia, na área da sexualidade a Joana é uma conservadora que tenta parecer que tem o espírito aberto. Duvido, por exemplo, que o histórinha dada no início do post sobre a jovem que faz topless (e ainda por cima usando fio dental...) numa praia não muito próxima de Lisboa seja da própria Joana, a quem talvez não falte alguma vontade (a tentação do demónio...) mas faltará quase de certeza a coragem. No que diz respeito a homossexuais irrita-me que reclamem o direito à diferença para depois reclamarem serem tratados exactamente como os heterossexuais (aquela questão do "casamento" homossexual, por exemplo), mas estou-me nas tintas para o beijinho das duas fufinhas de Gaia. Nem me passaria pela cabeça a ideia de escrever um post sobre o assunto...

Publicado por: Albatroz às novembro 25, 2005 09:17 AM

Momento de poesia:

O padre de S. Gonçalo
Foi dizer missa a Viana
Em vez de dizer: Oremos!
[disse] - Ó filha vamos prá cama.

Publicado por: Senaquerib às novembro 25, 2005 09:23 AM

O que eu li, tomei como exemplos e não como experiências próprias. Não quer dizer que não se baseie em algumas experiências ... ou numa grande experiência.

Publicado por: robalo às novembro 25, 2005 09:27 AM

Albatroz tem razão. De facto, o que irrita nos homossexuais é isso mesmo: querem ser diferentes mas querem ser iguais.
Não há pachorra!

Publicado por: Senaquerib às novembro 25, 2005 09:32 AM

o "todos iguais todos diferentes" é um dos esteios mais fortes da herança de Maio de 68 e está aí para sempre porque é um belo poaradoxo lógico.

Mas vinha qui conter-vos uma koisa engraçada. Estava eu a ler o vol. I daquela bela colecção do Terramoto de 1755 que o Público reedita, quando me deparei com uma razão profunda das Novas Cruzadas. A propósito dos estragos do terramoto em Fez um relator da época aproveira para explicar, a propósito da não existência de sinos nas mesquitas, substituídos pelo Muedin:

"O motivo que apresentam para não ter sinos é que as almas dos justos dizem que estão no paraíso como abelhas sugando o pólen das flores e que, quando ouvem o repicar dos sinos, caem como que mortos, ficando privados dessa doce fruição; e que, por esse motivo, chamam ímpios aos cristãos" pag. 271

Já viram no que estamos metidos?

Publicado por: py às novembro 25, 2005 10:11 AM

paradoxo

para - ao lado de
doxa - razão comum

Publicado por: py às novembro 25, 2005 10:12 AM

portanto temos aqui um problema de susceptibilidade auditiva dos justos, vulgo sustos...

Publicado por: py às novembro 25, 2005 10:17 AM

Este post está interessante e muito bem escrito.

Publicado por: Benamor às novembro 25, 2005 12:26 PM

acho bem:

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=203336

Publicado por: py às novembro 25, 2005 12:30 PM

Esta questão foi inquinada. As raparigas de Gaia são, claramente, um caso problemático. Basta ver a idade delas e o ano em que andam. No mínimo devem ter chumbado 2 (a mais nova) ou 3 vezes (a mais velha). Ambas diseram que até então só tinham tido namorados, mas que há meses se tinham apaixonado uma pela outra.
Hetero ou homo, o que elas são, são umas galdérias.

Publicado por: Luis Silva às novembro 25, 2005 12:31 PM

Quando o presidente do CD da escola disse que provavelmente iam chumbar, provavelmente sabia o que estava a dizer (pelo currículo das miúdas) mas não devia dizer o que sabia.
Isso fez com que fosse acusado de pretender perseguir as miúdas. Ora não é o presidente do CD que dá as notas, mas os professores respectivos. Claro que a imprensa ao serviço de causas apareceu logo aos gritos.

Publicado por: Luis Silva às novembro 25, 2005 12:35 PM

(M) às novembro 24, 2005 11:15 PM,
"a mesma escola" é "qualquer escola".
Conversa de chacha.

Publicado por: asdrubal às novembro 25, 2005 01:10 PM

Do DN:
«As duas alunas da escola António Sérgio, em Gaia, cujo namoro e respectiva expressão de afecto terá gerado uma reacção discriminatória dos funcionários e do conselho executivo, poderão ver as suas faltas às aulas "perdoadas" pelo ministério.»

Publicado por: Nunes às novembro 25, 2005 02:10 PM

... Um espaço escolar, aquém de dever saber lidar com adolescentes - e já este caso não tinha saído das suas devidas dimensões - deve saber impor a sobriedade e a dignidade de quaisquer comportamentos, sejam eles em que registo for. Como é óbvio e ululante.
Quanto às fracturas e fressuras , podem ir chatear o Jesus.

Publicado por: asdrubal às novembro 25, 2005 02:12 PM

Como é diferente o amor em Portugal ...
A miúda cujo caso a Joana contou, deve ter dado faltas por causa da reprovação dos colegas, deve ter problemas de aproveitamentoe escolar com a embrulhada em que se meteu, mas ao que parece terá que resolver tudo sozinha.

Publicado por: Nunes às novembro 25, 2005 02:12 PM

Como é diferente o amor em Portugal ...
A miúda cujo caso a Joana contou, deve ter dado faltas por causa da reprovação dos colegas, deve ter problemas de aproveitamentoe escolar com a embrulhada em que se meteu, mas ao que parece terá que resolver tudo sozinha.

Publicado por: Nunes às novembro 25, 2005 02:12 PM

A Joana é um caso limite do politicamente incorrecto.
Este post é um gozo completo aos blogs liberais que andam há semanas a discutir comportamentos baseados no "pensamento liberal" na sequência da questão da escola de Gaia.

Publicado por: soromenho às novembro 25, 2005 02:27 PM

Eu, que acompanhei aquelas discussões até ficar cheio de fastio, fartei-me de rir com este post. Alguns viram sexo; eu vi gozo.

Publicado por: soromenho às novembro 25, 2005 02:28 PM

"Este post é um gozo completo aos blogs liberais que andam há semanas a discutir comportamentos baseados no "pensamento liberal" na sequência da questão da escola de Gaia."

Eu que leio blogs liberais diariamente não me lembro de ter visto a questão abordada.

Publicado por: Mário às novembro 25, 2005 02:37 PM

Eu nesta coisa das miúdas (que pelos vistos já não são tão miúdas assim) de Gaia, não sei quem teve pior gosto: se as miúdas ao beijar-se e apalpar-se em público, se o Conselho Diretivo ao chamá-las e repreendê-las por causa disso.

Publicado por: Luís Lavoura às novembro 25, 2005 03:23 PM

"O exibicionismo público de desejo sexual é normalmente sinónimo de que esse desejo não encontra satisfação na intimidade."

Quem se beija e apalpa num lugar público, é porque não dispõe de uma cama num quarto privado onde o possa fazer.

Publicado por: Luís Lavoura às novembro 25, 2005 03:27 PM

moralistas...

só falta, tal como na economia, começar a fazer estatisticas analisar quadros etc e tal sobre a relação entre a "beijoquice" e o divorcio, ou chamar "exibicionismo publico" (com as consequentes observações moralistas), actos de afecto.... sejam apalpansos, beijos, "apertos" etc e tal.

e se houver "desvios" (conclusão precipitada) ou comportamentos x ou y, as pessoas aprendem com a experiencia, deixem as pessoas cometerem erros.
e se se sentem felizes assim que o sejam.

que raio de mundo este onde a demonstração de desejo sexual (algo tão normal e bonito) é sinonimo de quatro paredes.

não sejam tão pudicos... como o amor é lindo em portugal.

Publicado por: o amor é lindo em portugal às novembro 25, 2005 03:48 PM

Luís Lavoura em novembro 25, 2005 03:27 PM: Muitos dos que se exibem em público, não é por causa da falta de locais privados.
E o exemplo que a Joana apresentou de exibicionismo que dá depois na separação, também conheci 2 casos.

Publicado por: Viegas às novembro 25, 2005 04:14 PM

Pudicos? é um termo e tratamento simpático para estes(estas) guardiões do templo !

Publicado por: zippiz às novembro 25, 2005 04:31 PM

sobre os desvios...

a homossexualidade não é uma sexualidade "alternativa", nem um desvio (a não ser o facto de ser minoria).

a homossexualidade, tal como a heterossexualidade não é "alternativa", na medida em que em ambos temos (em principio) os mesmos elementos fundamentais caracteristicos de uma relação a dois.

quanto a questão de se gostar de sado-maso... oh meus amigos o maso não é um desvio (talvez não gostem, assim como eu não gosto da posição de missionario), isso é um fetiche.

pôr no mesmo prato maso e homossexualidade não é legau não.

alias, umas palmadinhas de vez em quando até sabem bem...;P

por fim, gostei da chamada sugestão pelo medo, frases como: "abre a porta a que dezenas de outros desvios sexuais".

uuuuuuh, tenham medo, tenham muito medo...

já que a economia foi tambem chamada ao barulho, faz me lembrar a malta que diz: " sem o capitalismo era o fim da civilização, fim do mundo,etc e tal..."

já sei... já sei, agora vão me atirar à cara...e chamar-me de comuna, trotskista, maoista, estalinista, castrista, ditador, jacobino, totalitarista, ou muitas outras coisas...

Publicado por: o amor é lindo em portugal às novembro 25, 2005 04:54 PM

Publicado por: Luís Lavoura às novembro 25, 2005 03:27 PM

Você tão enfronhado aí nas retortas e de ir a pé de casa para o emprego perdeu o contacto com a realidade.

Hoje resolvi ir ver as cerejeiras que foram plantadas lá para Belém.
Nas as encontrei mas encontrei várias coisas engraçadas (como diria Artur Jorge) e compartilho:

A Central Tejo está em profunda remodelação e aquilo anuncia obra fina para um dos maiores monumentos de Lisboa.
No fim das Docas ergue-se um mamarracho mandado fazer não se sabe porquê e que não serve para absolutamente nada. Foram milhares e milhares.

Em vários carros estacionados marmelava-se, nos bancos marmelava-se e até duas gaivotas copulavam.
Meu caro, ao ar livre é melhor, mais saudável e menos perigoso (para elas).

Publicado por: Ex-aluno de Machado Vaz (agora com escritório próprio) às novembro 25, 2005 05:54 PM

Viva as miúdas, já mandarem para aí um vipe e logo se vê.

Quanto a este parece que não há dúvidas que perdeu mesmo o mandato por faltas injustificadas e depois um expediente legal anulou a decisão. Bom mas agora a verdade é que mentiu mesmo quando o Louçã disse a verdade... Ou seja agora cá para mim é que já não tem remédio, não?

http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1239977

Publicado por: py às novembro 25, 2005 06:02 PM

olha as nossas reservas estão em alta, que eu saiba ainda éramos a 10ª maior reserva do mundo, há bem pouco tempo:

http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1240078

chatice é que está quase tudo guardado em Fort Knox

Publicado por: py às novembro 25, 2005 06:53 PM

O Anacleto a única verdade que disse em toda a vida foi quando garantiu á mulher que defenderia a maricagem a qualquer cu(sto).

Publicado por: Done de uma Harley-Davidson XL883C às novembro 25, 2005 06:53 PM

Adoro lésbicas! Hummm!

Publicado por: Delfim às novembro 25, 2005 10:05 PM

o amor é lindo em portugal às novembro 25, 2005 04:54 PM


Uma “provocação” muito pouco liberal:



O "amor" não é preocupação do Estado. O facto de duas lésbicas terem "verdadeiro amor", no que diz respeito ao Estado, é irrelevante e marginal, uma vez que só a heterossexualidade serve, em relação a esse mesmo Estado, como meio de ordenamento social que produz cidadãos e cidadãs saudáveis que assegurem a continuidade e progresso sociais. Não se trata de puritanismo; trata-se de sentido prático. Capice?

Para além disso, quem se apalpa em sítios públicos está sempre sujeito(a) a que alguém se aproxime e pergunte, sorrindo: «Cara amiga, dá-me licença? Também posso dar uma "apalpadela"?» :)

Publicado por: Orlando às novembro 25, 2005 10:24 PM

"provocação" liberal?

claro que nem o estado nem ninguem tem a haver com a vida sexual e amorosa de ninguem. isso não tem nada a haver com o estado ser liberal, não liberal, ou nem existir sequer. a não ser que o estado seja de cariz homofobico (cariz religioso ou moralista), e acho que a não ser o nazismo, não conheço mais nenhuma ideologia que o seja explicitamente.

quando fala de heterosexualidade, fala da capacidade de ter filhos... e essa preocupação de produzir "cidadãos e cidadãs saudáveis que assegurem a continuidade e progresso sociais", está relacionado com a sobrevivencia do estado-nação, do povo, da especie, etc e tal.

não se preocupe que sempre existiram heteros e homos, graças a zeus...

a não ser que esteja a dizer que um heterossexual é mais "valioso" para o estado ou para a sociedade do que um homossexual. ou que as pessoas só tem um certo grau de "importancia" se procriarem. para bem da nação, da continuidade do nobre povo, e da segurança social... claro.

quanto ao ultimo paragrafo... lol ah seu atrevidote...gostas pouco gostas...

Publicado por: o amor é lindo em portugal às novembro 25, 2005 11:14 PM

Claro que o Estado não tem nada a ver com o comportamento sexual das pessoas desde que elas respeitem minimamente as convenções sociais.

Publicado por: bsotto às novembro 26, 2005 01:07 AM

Acho igualmente que isso não tem a ver com teorias políticas, embora grupos mais conservadores (de ddireita ou de esquerda) se possam armar em moralistas

Publicado por: bsotto às novembro 26, 2005 01:08 AM

Quanto à moral... não há moralidade nenhuma.
A moral dos liberais é sacarem o que puderem dos desgraçados.
A moral dos desgraçados é tentarem deixar de sê-lo.
A moral dos intelectuais de Direita é impedirem a que a concorrência aumente, para não perderem direitos adquiridos.
A moral dos intelectuais de esquerda, é fazerem tudo para não perderem o novo tacho, e manterem o sistema, pois sem ele, não existem tachos.
A moral dos putos é curtirem o que puderem ou lhes deixarem.
A moral dos adultos é criticarem os putos, pois são cada vez mais atrevidos e fazem hoje o que não lhes deixaram fazer quando por lá passaram...

A moral do Estado é manter as mudanças em cãmara-lenta para que os atrasadinhos as acompanhem.

Agora até os Srs. Juízes já dizem que o Governo mente e não tem moral...

Estes Juízes são da Mesma Escola que condenou à prisão, durante 48 anos de Fascismo, quem gritava por Liberdade.

Se na Justiça não há moral... onde a haverá ?

Publicado por: Templário às novembro 26, 2005 01:35 AM

Um beijo tem de ser sentido por dois, e apenas por dois. Quando há mais pessoas que "sentem" o beijo, algo está mal.

Por exemplo, este comentário vai beijar...

Publicado por: J P Castro às novembro 26, 2005 01:49 AM

(plim)

... o seguinte. Puro exibicionismo para obter uma capicua.


Já agora, py, como correu a reunião ?

Publicado por: J P Castro às novembro 26, 2005 01:50 AM

A propósito de moral:

AS CONTAS bancárias de duas empresas do grupo Sonae, entre elas a que gere os centros comerciais, foram penhoradas por ordem judicial na sequência de uma queixa interposta por uma pequena firma de confecções, a Adoma. A decisão, tomada quarta-feira pelos Juízos de Execução do Porto, obriga a cativar, em cada uma das cinco contas bancárias da Sonae Sierra e da Sonae Management, um valor de 3 milhões de euros, equivalente ao que o tribunal diz ser a dívida destas empresas à Adoma, o que dará um total de cerca de 15 milhões de euros congelados.

Publicado por: (M) às novembro 26, 2005 02:06 AM

olha o escalitre (esta pegou, hem?):

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=203444

(JP a reunião correu bem, os termos de referência para o PP que vão a consulta pública, são os que resultaram da assembleia de moradores de 21.05. Além disso garanti o financiamento da CMC de 50% dos custos da nossa acção de cidadania ambiental "um gesto pelo ambiente", que envolve a contratação da vigilante, uma campanha de cartazes sobre o lixo (estão bem giros) e os cocós dos cães e um conjunto de sessões temáticas. Tenho um fds desgraçado: até 3ª feira tenho que deixar pronto um relatório sobre os fogos e o dossier técnico desta iniciativa ambiental para levar a reunião de direcção 3ª feira, para entrar no IA 4ª feira. Se sobreviver (meio gripado) 5ª feira começo a minha viagem de campo de 3 ou 4 dias)

Publicado por: py às novembro 26, 2005 07:51 AM

Estas mulheres são um perigo para a classe:

http://dn.sapo.pt/2005/11/26/media/mulheres_escrevem_ziguezague.html

Publicado por: Mariazinha às novembro 26, 2005 10:40 AM

Essa penhora por dívidas pode não significar nada. Provavelmente há um litígio em que ambos acham que têm razão, e essa é uma decisão cautelar que pode são ter sequência.

Publicado por: Mauricio às novembro 26, 2005 03:20 PM


De quem não percebe nada de Direito, para quem sabe tudo sobre Direito.

Democracia, Funcionários e orgãos de Soberania.

Nós Tugas, temos uma constituição, que obriga um orgão de Soberania (Governo) a prestar "contas" a um Parlamento.
Por vezes julgammos mesmo que o nosso 1º primeiro-ministro é um funcionário do Estado Português e têm a obrigação de responder, quando solicitado pelo Parlamento ou Presidente da República.

Ora... fiquei hoje a saber (mas já desconfiava aos anos...) que os Juízes, não são funcionários de Estado. Uma vez que na greve (que dizem terem feito) não se viram obrigados a comunicarem aos serviços administrativos (as faltas por greve) por.. pasmem... os juízes não terem a obrigação de permanência (nos serviço físico,tribunal).
Ou seja, podem fazer as greves que entenderem e não têm que prestar contas a ninguém. Nesta linha de pensamento, um desembargador, entrevistado prá SIC, disse que o que os Juízes pretendem, é que um orgão de soberania, Governo, os respeite a eles, orgão de soberania, Justiça. Pela argumentação dele, fiquei a saber, que os Juízes, enquanto orgãos de soberania, apenas desejam o mesmo tratamento que qualquer outro orgão de soberania e no mmesmo pé de igualdade...

Ora eu que nada pesco destas tangas, pergunto, qual é o orgão na Democracia Portuguesa que seja Independente (sem juízes) que controla o Poder de Soberania dos Juízes ?
Qual é o orgão, que quando eles metem o pé na argola, os condena ?

Afinal eles dizem não estar acima da Lei.
É uma verdade de La Palisse, uma vez que não há lei para eles....

Não querem ser tratados como funcionários de um Estado Democrático porquê ?

Querem ser tratados como orgão de soberania independente, mas quem os controla ?

Publicado por: Templário às novembro 26, 2005 06:11 PM

Templário às novembro 26, 2005 06:11 PM

É o Conselho Superior da Magistratura.
Salvo melhor opinião, a República, em última instância, é sempre a República dos Juízes.
Com ou sem crucifixos nos Tribunais.

Publicado por: asdrubal às novembro 26, 2005 06:38 PM

Publicado por: asdrubal às novembro 26, 2005 06:38 PM

É o Conselho Superior da Magistratura.

Este orgão está infestado de Juízes... ora a questão é a seguinte:

Se os Juízes querem o mesmo tratamento de igualdade de outros orgãos de Soberania, por exemplo como o Governo (invocado pelo desembargador) então terão que se sujeitar ás mesmas regras da Democracia, ou seja:

- O Governo é composto por Ministros e está sujeito ao parlamento ( onde não há ministros ) e ao Presidente da República, que tb ele não é ministro, nem pertence ao Governo,

- Logo os Juízes deveriam obediência Democrática a um orgão, onde não existissem Juízes de Direito.

Concordo obviamente consigo quando diz:
Salvo melhor opinião, a República, em última instância, é sempre a República dos Juízes.
Com ou sem crucifixos nos Tribunais

Publicado por: Templário às novembro 26, 2005 07:11 PM

Há ainda o «Supremo Magistrado da Nação» que, entre uma vai duas, criticou o Governo. Vem aí um grande desassossego.

Publicado por: asdrubal às novembro 26, 2005 08:00 PM

ora

Publicado por: py às novembro 26, 2005 10:36 PM

uma

Publicado por: py às novembro 26, 2005 10:36 PM

kpk

Publicado por: py às novembro 26, 2005 10:37 PM

Publicado por: Templário às novembro 26, 2005 07:11 PM

Concordo com o que diz, mas lembro-me quem faz as leis é o Parlamento ou o Governo (o que é quase a mesma coisa).
Logo está na mão do Governo mudar o que entender mudar,inclusivé a Constituição.
Ou não será assim?

Publicado por: Aluno do 1º Ano (com más notas) às novembro 26, 2005 11:02 PM

(py, tudo bem. Se sobreviveres ao fds e à gripe, só é preciso combinares quando vens. Tens ainda os meus contactos aí na associação ?)

Publicado por: J P Castro às novembro 27, 2005 02:05 AM

Mauricio às novembro 26, 2005 03:20 PM

«Pode» ou «não pode» ser muita coisa e «provavelmente» ainda mais, mas o que aquilo é sem sombra de dúvidas é uma penhora por dívidas.

Publicado por: (M) às novembro 27, 2005 02:57 AM

(não sei JP ainda vou ver, depois digo-te)

Publicado por: py às novembro 27, 2005 07:16 AM

(M) em novembro 27, 2005 02:57 AM:
Eu não estou a dizer que a Sonae deve ou não deve. O que me pareceu foi que se tratou de uma penhora para caucionar dívidas que a outra firma alega existirem. Se a Sonae não pagou é porque tem (ou julga ter, ou quer ter) razões para não pagar, e deixou o caso ir para litígio.

Publicado por: Mauricio às novembro 27, 2005 11:00 AM

Publicado por: Aluno do 1º Ano (com más notas) às novembro 26, 2005 11:02 PM

Pena que tenha más notas, mas se continuar a vir a este site, por certo melhorará a sua performance.

Há 2 tipos de Universidade:
- A clássica
- e a da vida.

Na Universidade clássica, também lhe deviam ensinar o que é o poder...
Bem lhe dizem que há 3 poderes, o Legislativo (A.R.) o Executivo (governo) e o Judicial (Tribunais).
Ora a questão que os Juízes colocam actualmente é precisamente essa, isto é:
Somos um Poder, logo respeitem-nos como tal.
Ou seja, referem que estão ao mesmo nível dos outros 2 poderes.

Portanto quando 2 poderes se confrontam... é como quando 2 cães grandes... olham um para o outro, e cada um vai à sua vida...

Sobre poderes ainda lhe gostaria de dizer, que quando passar a ter boas notas, ou quando a universidade da vida lhe der oportunidade de verificar, chegará à conclusão:
- Há os que fazem as Leis.
- E há os que as mandam fazer.

Exercício:
Quem tem mais poder ?

Publicado por: Templário às novembro 27, 2005 01:42 PM

Cavaleiro do Templo, já de há muito mais tempo, mas desde o Watergate ficou provado o poder do IV Poder - a Comunicação Social. Agora há pouco tempo entrámos no V Poder - a Internet, dentro da qual a blogosfera.

Estamos mais perto da Noosfera de Anaxágoras.

Publicado por: py às novembro 27, 2005 02:38 PM

Perto da Noosfera?

Publicado por: Coruja às novembro 27, 2005 03:10 PM

Não seria de uma kpk?

Publicado por: Coruja às novembro 27, 2005 03:17 PM

centenária

Publicado por: Coruja às novembro 27, 2005 03:19 PM

mais que isso

Publicado por: Coruja às novembro 27, 2005 03:19 PM

agora

Publicado por: Coruja às novembro 27, 2005 03:20 PM

pró py ...

Publicado por: Coruja às novembro 27, 2005 03:21 PM

A questão da Sonae não é sobre dívidas, mas sobre prejuízos que uma firma alega ter sofrido por mau comportamento da Sonae na gestão de um Centro Comercial.
Como a juíza deu razão à firma queixosa e fixou uma indemnização, a Sonae foi intimada a pagar.

Publicado por: Rui Sá às novembro 27, 2005 03:47 PM

É claro que ao ser condenada a indemnizar os prejuízos, passou a haver uma dívida.

Publicado por: Rui Sá às novembro 27, 2005 03:48 PM

Então em que é que ficamos? É ou não sobre dívidas?

Publicado por: (M) às novembro 27, 2005 04:18 PM

"o Estado não tem nada a ver com o comportamento sexual das pessoas desde que elas respeitem minimamente as convenções sociais"

Mas é função do Estado fazer respeitar as convenções sociais?

Publicado por: Luís Lavoura às novembro 27, 2005 04:18 PM

Parece que aquilo no Iraque, no que respeita aos direitos humanos, está «igual ou pior do que no tempo de Saddam Hussein».

Quem o diz é Ayad Allawi, o aliado que os EUA colocaram no cargo de primeiro-ministro depois de tomarem conta do Iraque.

http://spaces.msn.com/members/MMMoMMM/

Publicado por: (M) às novembro 27, 2005 04:22 PM

Mauricio às novembro 27, 2005 11:00 AM

Eu também não lhe disse que a Sonae deve ou não deve. Para isso existem os tribunais. Este, pelos vistos, entende que a Sonae deve.

Quanto aos exercícios especulativos, podemos fazer muitos. Quantos devedores vão accionando recursos sucessivos apenas para protelarem a data de pagamento, com a certeza de que no final, mesmo que percam, já reduziram o valor real do pagamento?
É apenas uma questão de aritmética básica. Saber quanto tempo as acções levam a chegar ao fim em Portugal e calcular os rendimentos das aplicações de capital no mesmo período.

Isto, claro, são só especulações. É o que PODE ou NÃO PODE ser.
A Sonae até PODE ter razão. Mas, até ver, o que DE FACTO TEM é uma penhora por dívidas.

Publicado por: (M) às novembro 27, 2005 04:32 PM

Cuspir no chão, fazer gestos obscenos, etc., são contrários às convenções sociais (apenas chateiam quem observa) mas são, ou deveriam ser punidos.

Já casos como o da marmelada em público é difícil de legislar porque se torna muito subjectivo. Mas as escolas podem regulamentar padrões de comportamento dentro das suas portas. E professores e funcionários serão os juízes desses regulamentos.

Publicado por: Sa Chico às novembro 27, 2005 04:32 PM

Publicado por: Templário às novembro 27, 2005 01:42 PM

I
Muito obrigado pelo seu esclarecimento que não me permitiu subir a nota.
Estive a reler a Constituição e encontrei lá estes dois artigos:

Artigo 110.º 1. São órgãos de soberania o Presidente da República, a Assembleia da República, o Governo e os Tribunais.
Artigo 203.º Os tribunais são independentes e apenas estão sujeitos à lei.

Ora tira-se daqui a conclusão que V. Exa não reconhece o Presidente da Republica como um órgão de soberania. Ele também já pensava isso, mas é sempre bom ter uma outra opinião. Desconfio que Cavaco não vai aceitar a sua ideia.

Vejo entretanto que os tribunais estão sujeitos à lei.
Ora aqui é que fiquei com uma grande dúvida.
Afinal quem é que faz Leis em Portugal?

Aguardo a sua ajuda pois o semestre aproxima-se e quero progredir na nota para ir para uma Sociedade de Advogados (não é fácil, não são baratos é dão-se muitos milhões).

II
Sobre o exercício.
Quem tem mais poder é aquele senhor dono de todos os terrenos á volta da Ota.
http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=181610&idselect=19&idCanal=19&p=22

Publicado por: Aluno do 1º ano (agora com explicador vai melhorar) às novembro 27, 2005 04:58 PM

Sa Chico às novembro 27, 2005 04:32 PM

«Cuspir no chão, fazer gestos obscenos, etc.,» são actos interditos e puníveis por lei e não simples violações de «convenções sociais», seja lá isso o que for.

Quanto à regulamentação de «padrões de comportamento» nas escolas nos moldes sugeridos e sobre as questões que se supõe poderiam ser abrangidas, acho por bem lembrar que existe um capítulo na Constituição dedicado aos direitos, liberdades e garantias.

Os defensores da moral católica que receiem a contaminação dos seus rebentos pela marmelada nas escolas têm sempre a possibilidade de mandar as filhas e os filhos para os colégios das Doroteias ou dos Salesianos. A chatice é que nem aí podem estar descansados...

Mas essa de pôr «professores e funcionários» a sentenciar sobre a moralidade dos comportamentos dos jovens é boa ideia. Mesmo muito boa. Devia ser patenteada.

Publicado por: (M) às novembro 27, 2005 05:06 PM

Joana:
É difícil, em meia dúzia de linhas, justificar/condenar comportamentos como os das meninas de Gaia.
Mas a Joana equacionou o problema de uma forma elevada e com uma argumentação de peso.
Pode dizer-se que elevou o nível dos tais comportamentos fracturantes e que, indiscutivelmente são reprováveis quando praticados em público.
É realmente constrangedor e chocante; não passa de um exibicionismo gratuito e provocatório.
É preciso compreender que há comportamentos que praticados nos locais apropriados são perfeitamente naturais; mas o mesmo comportamneto praticado em público torna-se chocante. (V.g. acfo fisiológico praticado numa casa de banho).
Joana, aceite os parabens pela maneira elegante como expõe o problema.

Publicado por: Filipe às novembro 27, 2005 05:22 PM

Dava dez euros para saber o que se passa na cabeça de uma mulher que fica chocada com um beijo público entre mulheres...

# : - ))

Publicado por: (M) às novembro 27, 2005 05:40 PM

É interessante ver que o Portugal das licenças de isqueiro, da fita métrica dos cabos de mar, da disciplina obrigatória de religião e moral, das turmas separadas, enfim, das virtudes públicas, ainda mexe...

Afinal vivemos lado a lado com figurinhas de cera e quase não damos por isso.

# : - ))

Publicado por: (M) às novembro 27, 2005 05:49 PM

As licenças de isqueiro não eram uma exigência moral. Julgavam que assim protegiam a indústria portuguesa de fósforos

Publicado por: Vasco Forte às novembro 27, 2005 06:01 PM

o quê? os amigos da Joana continuam indignados com beijos em público? ao fim destes dias todos?

Joana, faça mas é um post sobre a retirada dos crucifixos das escolas públicas; diga-nos o que pensa o politicamente incorrecto sobre o assunto.

Publicado por: zippiz às novembro 27, 2005 06:14 PM

Vasco Forte às novembro 27, 2005 06:01 PM

Também não escrevi que isso era uma «exigência moral».
Estou a referir-me tão só a uma ridícula mentalidade repressiva (e aos seus meios de reprodução) sobre comportamentos banais.

Era o tirocínio para os censores e a escolaridade da censura.

Publicado por: (M) às novembro 27, 2005 06:19 PM

Publicado por: (M) às novembro 27, 2005 05:40 PM

Pois eu dava era dez euros para que essa mulher me beijasse a mim e cem a cada uma das outras para eu as beijar na certeza de as mudar de rumo.

Publicado por: Marquês de Marialva (devido à recessão sem égua) às novembro 27, 2005 06:23 PM

(M) às novembro 27, 2005 05:40 PM: Já devo ter beijado em público centenas, senão milhares de mulheres e homens. Se andasse em campanha política seriam provavelmente centenas de milhares.
Isso não choca ninguém.

Publicado por: Joana às novembro 27, 2005 06:27 PM

zippiz às novembro 27, 2005 06:14 PM: Andei sempre em escolas públicas, mesmo no ensino básico (o antigo ensino primário) e nunca vi um crucifixo numa sala.
Provavelmente só em zonas rurais ainda há essa prática.

Publicado por: Joana às novembro 27, 2005 06:29 PM

Joana às novembro 27, 2005 06:27 PM

Ora, isso sei eu. Aquilo não era para si.
O que se passou foi que eu li este comentário:

Filipe às novembro 27, 2005 05:22 PM

...e como estava sem óculos li Filipa em vez de Filipe

Mas neste caso até subo para vinte euros...

Publicado por: (M) às novembro 27, 2005 06:47 PM

M'selle we are talking about the "french kiss" não as beijocas dos políticos!

Publicado por: Beware of the words às novembro 27, 2005 07:09 PM

O que este gajo vai buscar, as licenças de isqueiro, as turmas separadas (não havia turmas mistas?) e a moral católica.
O que é a «mortal católica» ?

Publicado por: asdrubal às novembro 27, 2005 10:48 PM

Publicado por: Aluno do 1º ano (agora com explicador vai melhorar) às novembro 27, 2005 04:58 PM

""Sobre o exercício.
Quem tem mais poder é aquele senhor dono de todos os terrenos á volta da Ota.""
http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=181610&idselect=19&idCanal=19&p=22

Começando pelo fim... você como aluno está a piorar de post para post, mas não se preocupe é apenas uma questão de raciocínio e como só vai no 1º ano ainda tem muito para aprender. Ora voltando à sua questão o que é que ela revela ?
Inveja e mesquinhez ! nem mais ! porquê ? Porque só há 2 hipóteses de fazer um aeroporto:
- ou nos terrenos do Estado ou nos terrenos dos Particulares. E se não for na Ota e for no Montijo outro particular(es) haverá. E se for no Vale de Ana Gomes aqui bem perto de Lisboa, haverá milhares de proprietários.
Escusava era de dar o pasquim correio da manha como referência... só por essa referência o seu argumento cai 80% . As referências como devia saber, hoje em dia, são muito importantes, especialmente para candidatos a soc. de advogados.

Publicado por: Templário às novembro 28, 2005 12:21 AM

Posso?

Quando já nenhum país desenvolvido investe já em aeroportos (os aviões têm os dias contados mercê da crise petrolífera), vem o nosso governo exibir como obra salvadora de Portugal a construção de um aeroporto gigante? Tenham dó... É preciso ser-se muito estúpido para engolir seja o que for em relação a algum aeroporto. É que não estamos propriamente no Burundi...

Publicado por: TNT às novembro 28, 2005 12:35 AM

Publicado por: Aluno do 1º ano (agora com explicador vai melhorar) às novembro 27, 2005 04:58 PM


""Vejo entretanto que os tribunais estão sujeitos à lei.
Ora aqui é que fiquei com uma grande dúvida.
Afinal quem é que faz Leis em Portugal? "

Quem faz as Leis é a tal dita Assembleia da República e quem as manda fazer, são os grupos de interesses. Logo quem manda, são os grupos de interesse, que nos EUA são legais e se dão pelo nome de Lobby.

Já agora para que melhor me perceba, convém antes saber em que País estamos e a que povo pertencemos, ou seja, como somos, que educação temos, que tradições temos, qual a nossa Cultura, qual a nossa história, qual a mentalidade que foi forjada e impregnada nos nossos genes ao longo de 862 anos de existência.
Convém não esquecer que desses 862.., 60 anos foram para os Castelhanos e que passámos também pela humilhante entrega da Nação a um General Inglês, enquanto o Rei se borrava na viagem pró Brasil. Daqui apareceu a tal expressão, " é para inglês ver " ! ( e talvez a do, salve-se quem puder...) que como é óbvio só existe em Portugal.
Daqui perceberá que nas Nossas Constituições desde 1910, sempre houve artigos para " inglês ver ".
Aliás a Joana é assídua a expor o ridiculo da Constituição de 1976, em que se assegurava o princípio do direito a habitação condigna para todos os Portugueses.

Como vê já dizia o poeta, mudam-se os tempos, mudam-se as vontades.

Publicado por: Templário às novembro 28, 2005 12:41 AM

Publicado por: Joana às novembro 27, 2005 06:29 PM

é uma felizarda, ou melhor, quis o acaso que tenha andado em escolas públicas na zona de Lisboa e em pleno PREC. Recorda-se ?


(segundo alguns ideólogos o PREC só morreu definitivamente com a maioria de Cavaco )

Publicado por: Templário às novembro 28, 2005 12:47 AM

Publicado por: py às novembro 27, 2005 02:38 PM

O que se aprende com o Py... Noosfera !

Noogênese, do grego noos = mente (alma, espírito, pensamento, consciência) e gênese = origem, (formação, criação, como "a criação do mundo"), é uma palavra que indica o ato da criação de qualquer coisa de psíquico.

Noosfera, também do grego noos = mente (alma, espírito, pensamento, consciência) e sphera (corpo limitado por uma superfície redonda), é uma palavra que representa a camada psíquica nascida da Noogênese, que cresce e envolve nosso planeta acima da Biosfera (camada formada pela multidão de seres vivos, que cobre a superfície do globo).

Publicado por: Templário às novembro 28, 2005 01:31 AM

Quando o Homem apareceu na Natureza, "no meio dos Primatas," ele desabrochou como "a flecha da Evolução zoológica" (PM p. 181). Ele era semelhante aos outros animais, exceto pelo fato de que ele trazia consigo uma diferença toda especial : a capacidade ainda adormecida de refletir. No estágio de hominização, os primeiros hominídeos tinham, em latência, um cérebro capaz de refletir, mas um sistema nervoso ainda primitivo. O movimento dispersivo do primeiro povoamento da Terra não favorecia a comunicação por agrupamentos. Em seguida, entretanto, durante o princípio da etapa do Homo Sapiens, no alvorecer da Era Neolítica, a Humanidade começava a se reunir, formando uma linha convergente sobre a Terra ; a aglomeração tornou-se necessária. Essa condição favorável encorajou o Homem a dar o Passo da Reflexão. Então um fenômeno muito especial é produzido : o nascimento de uma nova esfera planetária, acima da Biosfera, a Noosfera. A esse processo de dar origem a uma camada planetária inteiramente nova, formada totalmente pelo conjunto do pensamento humano, deu-se o nome de Noogênese (PH p. 160-173).

A Noosfera, portanto, é o resultado da Noogênese ; uma camada mais madura, em crescimento e definitiva, feita pelo conjunto do pensamento do Homo Sapiens. Ela está aberta a todas as modificações sutís, desde o estágio primitivo até chegar a abrigar todo o conhecimento humano, todas as idéias e tecnologias cada vez mais complexas, ou seja, toda a consciência planetária.

para os interessados:
http://www.richmond.edu/~jpaulsen/teilhard/anoogen.html

Publicado por: Templário às novembro 28, 2005 01:33 AM

Cavaleiro do Templo: bem-vindo à Noosfera onde aliás já se encontrava... Eu conheci-a através de um senhor chamado Joel de Rosnay. Proximamente vou fazer uma viagem de 4 dias por Portugal para mergulhar em várias coisas. Uma delas é que vou ver a janela do Convento de Cristo, onde se diz que se narra a epopeia do Portugal quinhentista. Quer dar-me alguma dika sobre o assunto? Por coincidência tive uma reprodução de gesso à minha frente desde pequenino até rapaz,,, mas não liguei grande koisa...

Publicado por: py às novembro 28, 2005 09:26 AM

Publicado por: Templário às novembro 28, 2005 12:41 AM

Está despedido, fired!
A sua frase:

Logo quem manda, são os grupos de interesse, que nos EUA são legais e se dão pelo nome de Lobby.

anula o pontapé que me dá no post anterior.
Como vingança mandei a sua identificação a Sexa o Comandante Supremo das Forças Armadas.
Espera pela porrada!

Publicado por: Passei para o 2º ano à rasquinha às novembro 28, 2005 10:45 AM

TNT tem razão:

"os aviões têm os dias contados mercê da crise petrolífera"

Um governo prudente, avisado, e informado, saberia que o petróleo está pela hora da morte. É e será, inelutavelmente, crescentemente escasso. E com o petróleo cada vez mais caro, cada vez mais as viagens aéreas se tornarão um serviço caro, apenas possível por luxo ou em setores de alto valor acrescentado.

Um governo prudente criaria um pequeno aeroporto alternativo, em Alverca, ou na Ota, ou no Montijo, ou fosse aonde fosse, só para aguentar a coisa enquanto não passa o pico do tráfego aéreo. Porque esse pico aproxima-se irremediavelmente de nós.

Daqui a 30 anos já não haverá tráfego aéreo que justifique a Ota, e nós ainda estaremos endividados a pagá-la.

Publicado por: Luís Lavoura às novembro 28, 2005 03:46 PM

Essas previsões costumam falhar

Publicado por: VSousa às novembro 28, 2005 05:21 PM

... mais depressa acredito, como aliás já vi escrito, que os aviões de muito maior porte e transportando muitos mais passageiros, tenham por efeito diminuir sensívelmente a intensidade do tráfego.

Publicado por: asdrubal às novembro 28, 2005 05:44 PM

pois mas para esses aviõezões a Ota é capaz de ser uma boa plataforma, como Singapura. Afinal a localização de Portugal continua, para sempre, geoestratégica.

PS quanto a deixar de haver voos desiluda-se disso Luís, mesmo que os negócios se passem a tratar sobretudo por e-mail, excepto os secretos claro, há-de haver sempre muitas viagens de turismo...

Publicado por: py às novembro 28, 2005 06:23 PM

... é verdade, então a OTA não era uma Base da Força Aérea ? Com dados metereológicos de várias décadas, definitivamente essenciais à construção de um novo Aeroportro ? Estou só perguntando ...

Publicado por: asdrubal às novembro 28, 2005 10:50 PM

Associação de «ideias» :
Das fressuras de Gaia a uma base da Força Aérea.
Há psicanalistas disponíveis ?

Publicado por: asdrubal às novembro 28, 2005 10:53 PM

Há, eu!

Publicado por: psicanalista às novembro 29, 2005 05:56 PM

Aqui encontra-se de tudo ...

Publicado por: Salema às novembro 29, 2005 10:00 PM

Tudo!

Publicado por: Coruja às novembro 30, 2005 01:10 AM

Até uma ...

Publicado por: Coruja às novembro 30, 2005 01:10 AM

kpk

Publicado por: Coruja às novembro 30, 2005 01:11 AM

É uma cabra

Publicado por: Cisco Kid às dezembro 8, 2005 12:24 AM

É uma cabra

Publicado por: Cisco Kid às dezembro 8, 2005 12:24 AM

É uma cabra

Publicado por: Cisco Kid às dezembro 8, 2005 12:24 AM

É uma cabra

Publicado por: Cisco Kid às dezembro 8, 2005 12:24 AM

É uma cabra

Publicado por: Cisco Kid às dezembro 8, 2005 12:24 AM

É uma cabra

Publicado por: Cisco Kid às dezembro 8, 2005 12:24 AM

É uma cabra

Publicado por: Cisco Kid às dezembro 8, 2005 12:24 AM

É uma cabra

Publicado por: Cisco Kid às dezembro 8, 2005 12:25 AM

É uma cabra

Publicado por: Cisco Kid às dezembro 8, 2005 12:25 AM

É uma cabra

Publicado por: Cisco Kid às dezembro 8, 2005 12:25 AM

É uma cabra

Publicado por: Cisco Kid às dezembro 8, 2005 12:25 AM

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