« A Múmia, a Esfinge e a Sopeira | Entrada | E as consequências? »

novembro 11, 2005

Aí vai ele como se fosse um extremo

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Diogo Freitas do Amaral, disse hoje que já existem sinais de retoma na economia portuguesa, mas rejeitou a ideia de que a retoma já está aí. É importante ser o ministro dos Negócios Estrangeiros a produzir estas afirmações financeiras e económicas. Os ministros das Finanças e da Economia estão muito marcados, nunca sabem o que hão-de fazer à bola, apesar da falta de jeito dos defesas da oposição, e a irrupção na grande área política de um defesa lateral, ou mesmo colateral, por muito desajeitada que seja, causa sempre perturbação na equipa adversária.

Embora o lance fosse uma surpresa, o passe foi muito denunciado, pois desde há muito que aquela jogada tem sido ensaiada com resultados cada vez menos credíveis. Retoma e aumento do emprego são matérias que passaram para as calendas gregas. Todavia foi uma novidade na equipa governativa, depois do desastre que tem sido um dos avançados onde se depositavam mais esperanças, o ponta de lança Mário Lino, andar a marcar golos na própria baliza. O próprio Manuel Pinho não acerta uma: ou chuta no vazio, ou atira a bola para o pinhal. Já consultaram os melhores ortopedistas, porque se julga que ele tenha os pés tortos.

Foi a táctica possível por um Sócrates em desespero, porquanto Freitas do Amaral só actua em zonas inesperadas do relvado. No seu sector demarca-se completamente e nenhuma bola o encontra. Ainda ontem disse que não tinha nada a ver com as afirmações do seu secretário de Estado, Cravinho filho, sobre a UNITA.

Enfim ... o fim de semana vem aí e com ele o futebol ...

Publicado por Joana às novembro 11, 2005 07:32 PM

Trackback pings

TrackBack URL para esta entrada:
http://semiramis.weblog.com.pt/privado/trac.cgi/111642

Comentários

Gabriel Alves, que não precisa de apresentação ao contrário do Amaral, dizia com muita alegria:

-Lá vai Nelinho no seu estilo característico, Paneira centra ...

Publicado por: É golo, é golo,é golo.... às novembro 11, 2005 08:09 PM

Parabéns! Mais um post genial...

Publicado por: P Vieira às novembro 11, 2005 08:34 PM

É um jogador muito versátil

Publicado por: Coruja às novembro 11, 2005 08:40 PM

Umas vezes vai pela extrema esquerda, outras pela extrema direita

Publicado por: Coruja às novembro 11, 2005 08:42 PM

O discurso de Freitas do Amaral é inconcebível para os tempos que correm. É certo que os portugueses gostam de ser tomados por parvos, mas não tanto assim.

Que raio de desculpa foi aquela de género "nós não fizemos mas vocês também não"? Voltamos à hora do recreio? Mas o governo foi eleito para se desculpar?

Publicado por: Mario às novembro 11, 2005 09:11 PM

Isto anda a ficar muito sério.
Vamos aligeirar com uma chalaça a crédito do "You've Got Mail"
(http://www.pedromfonseca.net/wordpress/?p=2288)

A Branca de Neve, a Bruxa e Pinóquio encontram-se na floresta.
- Sou a mais linda do mundo ! - diz Branca de Neve
- Sou a mais feia do mundo ! - diz a Bruxa
- Sou o maior mentiroso do mundo ! - diz Pinóquio
E então entram, um de cada vez, na Grande Caverna, para falarem com o Sábio da Floresta, o possuidor do Espelho Mágico da Verdade.
Branca de Neve entra e sai muito feliz: - Sou mesmo a mais linda do mundo!
A Bruxa entra tambem e sai toda sorridente: - Sou mesmo a mais feia do mundo!
Pinóquio entra por último, sai enfurecido e pergunta:
- Foooogo !!!! Quem é o Sócrates ????

Publicado por: Vítor às novembro 11, 2005 09:52 PM


Mario,

meu caro, nenhum governo é eleito. Nós elegemos a lista distrital de idiotas que, após devidamente pagos para estarem devidamente sentados, se levantam quando lhes dizem para elegerem o governo.

Publicado por: J P Castro às novembro 12, 2005 12:09 AM

Claro que começo a pensar que os idiotas somos nós todos...

Publicado por: J P Castro às novembro 12, 2005 12:10 AM

Esta retoma anunciada é a mesma que Santana o Lopes anunciou há meses?

Publicado por: zippiz às novembro 12, 2005 12:47 AM

J P Castro às novembro 12, 2005 12:10 AM

Como costumo dizer nestas circunstâncias: cada um fala por si.

É claro que há uns mais idiotas que outros. Por exemplo, os idiotas que votam nos idiotas que aprovam o governo. (São tão idiotas que nem sequer o elejem; limitam-se a aprovar o programa do governo escolhido pelo partido que teve mais votos)

Publicado por: (M) às novembro 12, 2005 12:55 AM

Estão a ver «elejem» no post anterior? Não acreditem. Escreve-se «elegem».

# : - ))

Publicado por: (M) às novembro 12, 2005 02:52 AM

Não pode haver democracia num sistema de partidos a não ser que o povo tenha um elevado nível de desenvolvimento (como na Escandinávia). A ignorância maioritária, acalentada por uma comunicação social corrupta, que manipula ao seu belo prazer o voto do rebanho, garante que nunca seremos bem governados. Enquanto não formos desenvolvidos nunca poderemos ter um sistema democrático, apenas oligárquico ou demagógico. Talvez com um sistema presidencialista pudéssemos, muito de vez em quando, ter a sorte de eleger uma pessoa honesta e realmente preocupada com o bem comum. Mas só por sorte.

Publicado por: Albatroz às novembro 12, 2005 09:18 AM

Numa Monarquia em que o Rei tivesse o poder de livremente nomear o Primeiro-Ministro as coisas também podiam correr bem. Mas essa opção está-nos vedada enquanto os monárquicos insistirem em ter um mentecapto como pretendente ao trono.

Publicado por: Albatroz às novembro 12, 2005 09:21 AM

Então ainda bem que não posso assinar por mais nenhuma, se me chatearem já tenho resposta. Não te vi Alfredo, quando eu assinei aqui no paredão no Estoril foi no domingo passado, só estava lá uma senhora, acho que tinha acabado de chegar ou parecido. Eu assinei por solidariedade básica, é uma mulher, e anda para ali sem apoio de nenhuma máquina partidária.

Entretanto:

http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1238557&idCanal=33

Publicado por: py às novembro 12, 2005 09:43 AM

E entretanto aproveito para recordar que o deficit de Portugal no final da 1ª Republica e a espiral de inflacção associada, foram congeminados pela Inglaterra e outros, mediante o poliedro: dívidas de guerra cobradas pela GB, reparações não pagas pela Alemanha, dinheiro impresso na Waterloo, Banco de Portugal instituição privada,...

The Portuguese diamond: a fatal blue stone

Publicado por: py às novembro 12, 2005 09:48 AM

"Se o Rei nomeasse o 1º Ministro isto podia correr bem" mandatado por deus, acrescento eu,,, que já tinha ouvlido isto em qualquer lado.
(M) às novembro 12, 2005 02:52 AM voltou atrás para emendar "elejem" para "elegem" - deixe lá,,, temos uma ministra da Educação que disse na TSF "alguem já preveu" e não voltou atrás,,,
concluindo (porque isto da vida não é só ler livros, como disse ontem o Saramago no lançamento do livro,,,)
já tou (sempre estive, aliás) como o
J P Castro às novembro 12, 2005 12:10 AM
"Claro que começo a pensar que os idiotas somos nós todos"...
quem quer ser, quem quer,,,
entretanto, como o post parece que é sobre bola (nunca leio os posts salvo se houver sururu nos comentários, para determinar qual foi a frase bombástica que lhe deu origem)
continuamos intrigados sobre qual seria a opinião do marido da Joana sobre assunto.

Há gajos que não riscam nada - enquanto outros, como p/e este, são os mais influentes no Mundo:
www.noticias.uol.com.br/midiaglobal/prospect/2005/11/01/ult2678u34.jhtm

Mas porque é que Vaclav Havel, que foi aqui falado ultimamente é o 4º mais influente?!, isso já terá de ser visto aqui:
www.xatoo.blogspot.com

(Seria interessante promover-se uma votação para eleger quem será o português com mais influência)

Publicado por: xatoo às novembro 12, 2005 11:36 AM

Eh pessoal, a lusofonia só aparece em 43º lugar! (O dragão está para lá com Morfeu dele...). Mas como aquilo é por votação podemos ir lá fazer um tsunami, não? Eu proponho que votemos todos no Padre António Vieira, se isto abrange os mortos, que ainda não percebi. Se for para os vivos podemos votar no Damásio ou no José Gil, por exemplo.

Publicado por: py às novembro 12, 2005 11:54 AM

xatito tamos mais ou menos síncronos, que eu escrevi primeiro o meu comment e só depois fui lá ao teu blog ver...hum, ***,...?

Atão hoje vais ao mercado. Sempre gostei de mercados, muita cor, muita gente, muita vida. Mas só durante 1 hora que depois fico com dor de ouvidos e apetece-me uma bica e ir para o jardim.

Publicado por: py às novembro 12, 2005 12:00 PM

Publicado por: J P Castro às novembro 12, 2005 12:09 AM

"(...) nenhum governo é eleito."

Acho que o ponto não é esse. Um conjunto de pessoas que se propoem a eleições estão a dizer que vão assumir responsabilidades. O discurso de Freitas do Amaral vai no sentido oposto. O homem poderia ter dito que era uma opçao política, podia ter dito que era complicado reduzir a despesa pública face a compromissos assumidos, etc. Mas simplesmente veio com aquela do "Nós não fizemos... e vocês fizeram?"

O Orçamento de Estado é do país, não é algo para fazer guerrinhas partidárias. Estamos mesmo mal entregues, com uma oposição de fraquíssimo nível e um governo e o PS a pensarem que fazer política é dizer uma gracinhas arrogantes. Pior que isso, é nós assistirmos e ficarmos resignados...

Publicado por: Mario às novembro 12, 2005 12:08 PM

Corujinha, fiquei deliciado comn esta:

«Na Alemanha, por exemplo, dizem eles que não há maneira de dizer " as intermitências da morte". Se eu lhes digo, por exemplo, que os automóveis têm uma luz intermitente, eles respondem-me "luz intermitente" podem traduzir, não podem é dizer em alemão "as intermitências da morte"»

José Saramago in o Público, 11-11-2005, pag.45

Já tá! Não nos pagaram as reparações devidas e o José f*deu-*s! Se calhar se pagarem ainda se consegue fazer alguma coisinha...

Por exemplo eu descobri que afinal stressado em português vai mais ou menos "estirado".

Mas acho mesmo é que eles não conseguem dizer objecto e não-objecto ao mesmo tempo, aquela coisa do Gegen, será?

Publicado por: py às novembro 12, 2005 12:28 PM

oops

Publicado por: py às novembro 12, 2005 12:41 PM

gooooooooooooolooo

Publicado por: py às novembro 12, 2005 12:42 PM

xatoo às novembro 12, 2005 11:36 AM

Ó xatoo, não seja chato! Eu disse que "Numa Monarquia em que o Rei tivesse o poder de livremente nomear o Primeiro-Ministro as coisas também podiam correr bem", não disse que elas correriam certamente bem. Como anarco-miguelista acho que um Rei que seja pessoa de bem - e geralmente até são -, e que seja moderadamente inteligente, e esteja razoavelmente bem aconselhado, poderia com uma razoável probabilidade escolher um Primeiro-Ministro que fosse honesto, diligente, preocupado com o bem comum. Coisa que as nossas eleições pseudo-democráticas não tem conseguido fazer. Se a bondade de um sistema político está na sua prática e não na sua teoria, a minha proposta anarco-miguelista é melhor do que a manutenção do que está. Não é, Pyrenaica?...

Publicado por: Albatroz às novembro 12, 2005 01:00 PM

O pior é que, com esta nossa mania racionalista cartesiana, achamos que um bom sistema é aquele que está muito bem construidozinho no papel, e que seria bom se fôssemos todos perfeitos. Esquecemos que estamos muito longe de ser perfeitos, que há sempre um bando de corruptos que nos quer vigarizar, e que "os filhos das trevas são mais espertos que os filhos da luz"... Além disso, se fôssemos todos perfeitos qualquer sistema era bom, fosse ele democrático ou ditatorial. Por isso devemos optar por um sistema que até pode não ser perfeito no papel, mas que funciona melhor do que os outros. Como disse o Marquês de Penalva, em finais do século XVIII, o Rei é diferente para que todos os outros possam ser iguais. Verdade profunda que nós, com o tal racionalismo cartesiano, rapidamente descartamos.

Publicado por: Albatroz às novembro 12, 2005 01:09 PM

Como já aqui disse em tempos, qualquer que seja o regime político será sempre impossível eliminar a classe dominante, mas nada impede que a reduzamos a uma pessoa, o que permitiria minimizar a capacidade dessa classe dominante de se tornar tirânica. Os mais atentos entre vós poderiam dizer que isso poderia corresponder ao famigerado "fuehrer prinzip", com todos os malefícios que a ele associamos. Mas por isso é que eu sou anarco-miguelista e não sou fascista. O Rei não está geneticamente predisposto a megalomanias fascistas e, além disso, não tem um partido de esfomeados a cobiçar o poder.

Publicado por: Albatroz às novembro 12, 2005 01:18 PM

Já que me convocou, lamento decepcioná-lo Albatroz, mas eu continuo a gostar de eleger presidentes, apesar de tudo o que se diz. E voto em Mário Soares, hoje, porque pode acontecer uma coisa fora das minhas previsões e logo se vê... Mas posso recolocar a questão em termos de Janeiro dizendo que voto Mário Soares com 95% de confiança.

Publicado por: pyrenaica às novembro 12, 2005 01:30 PM

Mas já viu, Pyrenaica, que o senhor não elege presidente nenhum? Vai apenas escolher de entre um painel de candidatos que pode ser péssimo de uma ponta à outra. A nossa democracia é como um número de prestidigitação em que o mágico nos leva a escolher a carta que ele quer que nós escolhamos. O truque desta democracia é enganar-nos sem que nós tal percebamos. Quanto ao Mário Soares só me faz lembrar o Péron, da última vez que foi eleito. Era o salvador da Pátria e acabou por morrer a meio do mandato...

Publicado por: Albatroz às novembro 12, 2005 01:38 PM

"mas nada impede que a reduzamos a uma pessoa, o que permitiria minimizar a capacidade dessa classe dominante de se tornar tirânica", como verá Albatroz teremos de saber conviver com uma diferença radical, pois eu acho que tal enunciado é o que serve de sustentação às emergências de tiranos, no caso, perpétuos.

Todo o tirano se rodeia dos "amigos" e portanto c'est fait pour longtemps.

Se esse rei puro existisse seria assassinado em pouco tempo, como D. Pedro V, ao que se diz, que não morreu de tifóide.

Recordo que considero revolucionárias:

- a adopção pelos Beniditinos do voto secreto, crei que no século XI
- a adopção pelas ordens mendicantes da conjugação do anterior com o princípio da limitação a dois mandatos consecutivos, no século XIII

Publicado por: pyrenaica às novembro 12, 2005 01:42 PM

"Era o salvador da Pátria e acabou por morrer a meio do mandato..."

exactamente Albatroz, é um cenário muito provável.

Será que a Joana Amaral Dias ainda vira Evita? Vá lá, vá lá que não ficamos mal representados, não? E como é que a Maria Barroso lidará com essa cruz? (não se preocupe senhora que eu vou aí e explico-lhe tudo, porque isto também é preciso compreender a mocidade (o Mário ficou com um nadinha de inveja do Clinton, lembra-se?) e dou-lhe o braço e sai de Belém pela mão de um carvalho lusitano. Mas atenção, numa modesta, porque se prefere um género mais pavão é melhor o robur (alvarinho).

Publicado por: py às novembro 12, 2005 01:48 PM

Devo confessar que, apesar da simpatia que o Albatroz desperta, não consigo compreender como, em 2005, ainda se pode colocar numa república a questão do retorno à monarquia.

O Albatroz referiu-se à nomeação do primeiro-ministro pelo rei e eu lembrei-me logo de João Franco.

Também não entendo essa de bastar ter um rei para se acabar com a classe dominante.
Olho para todas as monarquias europeias e a primeira coisa que eu vejo é a classe dominante.

Onde estou inteiramente de acordo com o Albatroz é no que escreve em

novembro 12, 2005 09:18 AM

Sem esquecer, no entanto, que a última coisa que a classe dominante quer é um povo culto e bem informado. Conhecem a história do cachorrinho comunista?

Publicado por: (M) às novembro 12, 2005 03:00 PM

oops

benedictus

Beneditinos

Publicado por: py às novembro 12, 2005 03:06 PM

Atirador de tocaia ???

# : - ))

Publicado por: (M) às novembro 12, 2005 03:11 PM

olha isto continua assanhado:

http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1238576&idCanal=16

Publicado por: py às novembro 12, 2005 03:12 PM

Esta foi minha!

# : - ))))

Publicado por: (M) às novembro 12, 2005 03:12 PM

Esta foi minha!

# : - ))))

Publicado por: (M) às novembro 12, 2005 03:12 PM

corujinha: de 5ª para 6ª foi kapikua

Publicado por: py às novembro 12, 2005 03:13 PM

Não há dúvida: não podemos competir com profissionais...

Publicado por: (M) às novembro 12, 2005 03:13 PM

bem-vindo meu caro, os sofás são de couro genuino, género Sociedade de Geografia,,,

Publicado por: py às novembro 12, 2005 03:15 PM

espero não decepcionar, mas agora é mão-de-vaca com grão, seguida de uma merecida siesta politicamente out

Publicado por: py às novembro 12, 2005 03:28 PM

Eu também apoio Soares. Mulheres na política em vez de sopeiras é de mais.

Publicado por: Sopeiras fora da politica às novembro 12, 2005 03:51 PM

Queria escrever: Mulheres na política em vez de serem sopeiras é de mais

Publicado por: Sopeiras fora da politica às novembro 12, 2005 03:52 PM

(M) às novembro 12, 2005 03:00 PM

"O Albatroz referiu-se à nomeação do primeiro-ministro pelo rei e eu lembrei-me logo de João Franco"

E lembrou-se bem. João Franco foi a tentativa desesperada de D. Carlos I para açaimar a oligarquia partidocrática da época. E por isso foi assassinado. Não digo que João Franco fosse a pessoa ideal para isso, mas provavelmente era o melhor que então havia... O problema de D. Carlos é que o regime não queria um Rei. Apenas tolerava uma figura simbólica, tipo D. Luis I, que não incomodava a oligarquia.

Para ver como um Rei pode acabar com a oligarquia talvez seja necessário recuar até D. João II, mas a ideia pode funcionar. Provavelmente seria necessário quebrar o poder económico da classe capitalista, mas também isso é possível, desde que se queira...

Publicado por: Albatroz às novembro 12, 2005 03:56 PM

Albatroz, se quebras o "poder económico da classe capitalista" quem raio é que vai criar postos de trabalho para manter o nível de vida hoje existente?

Ainda não compreendeste que se temos o monstro do Estado que temos, e se ainda temos a maior parte do resto da população empregue e a receber decentemente, isso se deve unica e exclusivamente ao "poder económico da classe capitalista"?

Ainda não compreendeste que as ÚNICAS pessoas que criam valor são aquelas que arriscam o seu dinheiro ou dinheiro emprestado, organizam e lançam empresas que na tentativa de obter lucro, dão emprego a milhões de outras pessoas?

Publicado por: Incognitus às novembro 12, 2005 04:14 PM

Entende uma coisa, uma empresa, MESMO ANTES de dar lucro, já é uma coisa fantástica que paga rendimento a todos os seus trabalhadores.

Querer de alguma forma limitar o pouco incentivo que já existe para se criarem empresas, é completamente surreal.

Publicado por: Incognitus às novembro 12, 2005 04:16 PM

A Joana gosta muito de falar do pai dela. Hoje vou eu falar um pouco do meu. Tendo morrido em 1977, muito gostava ele de se gabar de que um seu amigo o achava o "talassa mais bolchevista" que alguma vez encontrara. Nessa época eu achava a piada de bastante mau gosto. Hoje, que herdei essa classificação do "talassa mais bolchevista", penso que não é possível ser-se realmente monárquico sem se ser radicalmente de esquerda. Curiosamente, essa é também a posição de uma parte do movimento carlista espanhol (a versão deles do meu anarco-miguelismo), que nós tão mal conhecemos. A Monarquia, ao contrário do que muitos pensam, não é a institucionalização do poder oligárquico, a tirania da aristocracia sobre o povo. É a opção institucional pelos pobres, pelos que pouco ou nada têm. Na tradição monárquica - mas não no absolutismo monárquico dos séculos XVII e XVIII - o suporte do Rei é o povo, não a aristocracia do sangue ou do dinheiro. Aliás, é essa aristocracia que mata reis e faz revoluções para implantar repúblicas e para se livrar desse poder incómodo. O próprio Marx reconhece, com toda a razão, que na sociedade a que ele chama feudal havia mais protecção aos que trabalhavam do que na sociedade burguesa.

Publicado por: Albatroz às novembro 12, 2005 04:17 PM

Além do mais, não existe uma "classe capitalista", o que existem são milhares de empreendedores em muito caso em concorrência uns com os outros.

Ou julgas que um capitalista defende os outros? Um capitalista defende apenas a existência de um ambiente propício ao investimento.

Se, porém, defender condições que limitem a concorrência, aí sim tens direito a criticar esse capitalista.

Publicado por: Incognitus às novembro 12, 2005 04:22 PM

Incognitus às novembro 12, 2005 04:14 PM

Quebrar o poder da classe capitalista não significa substitui-la pelo Estado. Foi esse o erro da União Soviética e todos sabemos no que isso deu. Quebra-se o poder da classe capitalista por meio do cooperativismo e da auto-gestão. O capitalista só tem interesse por ser ele que tem o dinheiro necessário a investir. Se for possível obter esse capital sem o capitalista, este torna-se irrelevante. A experiência do grupo Mondragón - a que já mais do que uma vez fiz referência - e algumas experiências de auto-gestão na Argentina e na Venezuela mostram que os capitalistas não são necessários para nada. E as empresas sem capitalistas são tão competitivas, ou mais, do que as outras.

Publicado por: Albatroz às novembro 12, 2005 04:24 PM

(este teclado wireless é uma desgraça por isso não se espantem se faltarem letras ou espaços)

Publicado por: Incognitus às novembro 12, 2005 04:24 PM

Albatroz, porque é que tu não consideras a hipótese de essas formas de orgnização COEXISTIREM com os capitalistas?

Se efectivamente forem superiores, derrota-los-ão.

Um capitalista, nunca pensaria em termos de "destruir" essas coisas por outra via que não o mercado, porque é que não pensas da mesma forma?

Quem é que te dá o direito a ti, ou a outro iluminado qualquer, de decidir como é que os OUTROS se podem ou devem organizar?

Publicado por: Incognitus às novembro 12, 2005 04:26 PM

Estou de acordo em que são necessários empreendedores. Mas é possível captar essa capacidade empreendedora sem capitalismo. O empreendedor é tão compulsivamente empreendedor como o músico é compuçsivamente músico. Tem é que se evitar que a benção do espírito empreendedor se não transforme na maldição da exploração capitalista.

Publicado por: Albatroz às novembro 12, 2005 04:27 PM

Albatroz, vamos admitir que estás certo.

AINDA assim, porque não permitir aos capitalistas que existam ao mesmo tempo que as soluções que preconizas, e "que vença o melhor"?

Não compreendes que dizer ou ditar aos outros como eles se podem ou devem organizar é, intrinsecamente, errado?

Publicado por: Incognitus às novembro 12, 2005 04:31 PM

Nota que se o modelo que preconizas fosse superior, os capitalistas não conseguiriam explorar ninguém, pois para captarem trabalhadores teriam que forçosamente apresentar condições melhores que as que essas cooperativas proporcionariam.

Publicado por: Incognitus às novembro 12, 2005 04:32 PM

O problema do capitalista não está na sua capacidade empreendedora. Está na sua atitude predatória. E essa não pode ser tolerada. O bem comum, a sobrevivência da comunidade, não é compatível com a existência de capitalistas à solta. Por isso acho que a forma capitalista de organização empresarial deve ser impedida. O que nada tem a haver com a existência de concorrência e de mercado, ambos perfeitamente compatíveis com formas não capitalistas de produção.

Publicado por: Albatroz às novembro 12, 2005 04:38 PM

Nota ainda que um capitalista não tem interesse somente por TER o dinheiro para investir.

Tem também interesse pelo seu critério de ONDE e QUANTO investir. De como alocar a riqueza. Porventura, algo ainda mais significativo do que o nível de riqueza em si (tanto mais porque potencia o crescimento desta a taxas compostas superiores).

Se entregares o mesmo nível de riqueza a estruturas em auto gestão, a maior probabilidade é de que, por não terem esse critério de alocação, "rebentem" com a riqueza em vez de a multiplicarem. Como mostram os exemplos de cooperativismo pós 25 de abril, ou o Zimbabwe hoje.

Publicado por: Incognitus às novembro 12, 2005 04:40 PM

"Por isso acho que a forma capitalista de organização empresarial deve ser impedida"

É disto que se fazem as guerras, as batalhas e os mortos.

Esta tua opinião, se me fosse imposta, eu seria o primeiro a defender que valia a pena pegar em armas para acabar com a imposição.

Porque é que invariavelmente existem pessoas que acham que podem DITAR o que os outros podem ou não fazer e como se podem organizar?

Pergunto novamente, não consegues ver que essa forma de pensar, de ditar o que os outros podem ou não fazer, é intrinsecamente errada?

E volto a frisar, se o modelo que propões fosse superior, nenhum capitalista conseguiria explorar ninguém, pois ver-se-ia forçado a proporcionar MELHORES condições do que as proporcionadas pelas cooperativas, para conseguir trabalhadores.

Compreendes a lógica?

Publicado por: Incognitus às novembro 12, 2005 04:43 PM

Numa sociedade capitalista os capitalistas têm a vantagem de serem parceiros no exercício do poder. A empresa cooperativa tem de ser fundada de raíz, a capitalista pode resultar de uma aquisição. O lançamento de uma empresa cooperativa é muito mais lento do que o lançamento da empresa capitalista. As próprias estruturas de poder político favorecem a empresa capitalista. Lembro-me de, há alguns anos, ter lido uma entrevista com Carlos Monjardino, que relatava ter a sua fundação tentado criar um banco mutualista em Portugal, e que o poder político da época lhe negou autorização com a desculpa de que "a União Europeia via com maus olhos esse tipo de empreendimentos". Logo, não é facil as cooperativas conquistarem terreno às empresas capitalistas.

Publicado por: Albatroz às novembro 12, 2005 04:45 PM

Albatroz, se uma cooperativa providenciar um produto ou serviço igual a um preço inferior, ou um produto e serviço melhor ao mesmo preço, e se souber distribuir o seu produto/serviço, não há poder nenhum que a impeça de ganhar cota de mercado aos capitalistas.

Existem, porém, obstáculos para actividades licenciadas, como as referentes à Banca, Seguros e outras coisas do género. Os capitalistas são, geralmente, contra dificuldades de entrada no mercado. Os ÚNICOS capitalistas que são a favor (portanto, uma minoria) são os que estão efectivamente implantados nesses mercados protegidos.

Porém, as limitações e licenciamento dessas actividades tb têm alguma razão de ser: é extraordinariamente fácil de se criarem fraudes gigantescas nesses sectores, com impacto sistémico, pelo que alguma regulação é intrinsecamente necessária.

Publicado por: Incognitus às novembro 12, 2005 04:49 PM

Depois é preciso não esquecer que o poder capitalista corrompe o poder político. O poder financeiro de um capitalista é muito superior ao de uma cooperativa. O dinheiro da cooperativa é dos cooperantes e não pode ser utilizado na compra de favores. O dinheiro do capitalista é só dele, e pode ser utilizado em manobras de corrupção. Só quando uma cooperativa atinge a dimensão da Mondragón é que pode começar a contrariar o poder capitalista. Mas foram necessários 50 anos para a Mondragón crescer até ao nível onde hoje está.

Publicado por: Albatroz às novembro 12, 2005 04:51 PM

Isso não é verdade. A UE não tem nada contra as cooperativas. O problema é que as cooperativas têm mais dificuldade de encontrar financiamentos, apenas por uma questão de receio que os bancos têm da sua solvência dadas as experiências infelizes e o próprio regime cooperativo que dificulta encontrar quem se responsabilize pelas dívidas.
Quando uma cooperativa é considerada sólida, não tem quaisquer problemas de acesso ao funcionamento

Publicado por: Rui Sá às novembro 12, 2005 04:52 PM

Aliás, o que o Albatroz tem escrito é a principal prova de debilidade do sistema que preconiza. Quando para ele vingar (vingará?), precisa de liquidar primeiro os empresários e os capitalistas é porque algo não está bem.

Publicado por: Rui Sá às novembro 12, 2005 04:54 PM

Albatroz, vejo que não respondes a isto ...

Pergunto novamente, não consegues ver que essa forma de pensar, de ditar o que os outros podem ou não fazer, é intrinsecamente errada?

E volto a frisar, se o modelo que propões fosse superior, nenhum capitalista conseguiria explorar ninguém, pois ver-se-ia forçado a proporcionar MELHORES condições do que as proporcionadas pelas cooperativas, para conseguir trabalhadores.

Publicado por: Incognitus às novembro 12, 2005 04:56 PM

Outro problema é que as cooperativas não estão vocacionadas para pressionar os custos do factor trabalho - os trabalhadores são os cooperantes - nem têm como alternativa deslocalizar a empresa para um país de salários muito mais baixos. Na empresa capitalista é o interesse do capitalista que determina as decisões, na empresa cooperativa é o interesse dos cooperantes. Por isso há alternativas vedadas às cooperativas que o não são para as empresas capitalistas. É uma concorrência algo desleal.

Publicado por: Albatroz às novembro 12, 2005 04:59 PM

Albatroz, onde exista deslocalização, se os trabalhadores do país que perde os postos de trabalho perdem, os do país que os recebe ganham. O que diga-se, é justo. Injusto seria alguém querer fazer o mesmo por menos que outra pessoa, e ser a outra pessoa a obter esse trabalho e rendimento, apenas porque tinha nascido no berço (país) certo.

Publicado por: Incognitus às novembro 12, 2005 05:02 PM

O poder público pode condicionar actividades consideradas como maléficas para a comunidade. Por exemplo, o tráfico de drogas é proibido, a publicidade ao tabaco é proibida, etc. Se as empresas capitalistas geram situações de exclusão social, não vejo porque não podem ser condicionadas ou proibidas.

Publicado por: Albatroz às novembro 12, 2005 05:04 PM

Injusto é, por exemplo em Portugal, existirem pessoas que querem ser professores, e aceitariam menos do que o Estado paga aos que já são professores, e não o poderem ser.

Publicado por: Incognitus às novembro 12, 2005 05:04 PM

Albatroz, as provas existentes são a favor do capitalismo, todos os países mais desenvolvidos do mundo são capitalistas (incluindo os Europeus não obstante os monstros estado bem desenvolvidos).

Logo, é altamente abusivo proibir-se uma forma de organização declarando-a maléfica, quando tudo aponta para o contrário.

A proibir-se algo, proibir-se-ia o comunismo, tendo em conta as provas dadas.

Publicado por: Incognitus às novembro 12, 2005 05:06 PM

Além disso é perfeitamente absurdo dizer-se que uma empresa capitalista gera situações de exclusão social.

O que uma empresa gera são postos de trabalho, produtos, serviços, e eventualmente - e em último lugar - lucro.

Publicado por: Incognitus às novembro 12, 2005 05:08 PM

Eu já cheguei à conclusão que ele é um apanha bolas... vai a todas!

Publicado por: ugaju às novembro 12, 2005 06:45 PM

Incognitus às novembro 12, 2005 05:04 PM

Eu até estava a achar interessante o teu debate com o Albatroz. Cada um com a sua fé...

Mas esta acha é demais.
O que é que preconizas?
Que se mandem embora os professores que, num concurso com critérios objectivos conseguiram o direito a dar aulas, e se substituam por outros menos qualificados.
Já te passou pela cabeça que o Estado, ao querer comprar os serviços de um professor, estabeleça outros critérios além do preço que está disposto a pagar?

Um dia ainda descobres que o mercado não é Deus e entras numa crise existencialista.

Publicado por: Vítor às novembro 12, 2005 07:42 PM

olha outro que não sabe fazer contas:

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=201288

Publicado por: py às novembro 12, 2005 07:50 PM

Acho interessantissima esta discussão sobre o cooperativismo e auto-gestão com os recentes exemplos na Argentina e Venezuela, sobretudo porque é melhor esquecer os velhos exemplos da europa comunista com especial relevância para a Jugoslávia, sobre os quais se escreveram rios e rios de tinta, nos anos setenta. Faz-me lembrar as conversas infantis de café do 25 de Abril.Uma das características da utopia é que só olha para o futuro, e os exemplos do passado não colhem. A palavra capitalismo dá-lhes suores frios. Antigamente diziam "T'arrenego Satanás!".As pessoas tem a memória curta ou sobretudo preferem não ter memória.

Publicado por: Joao P às novembro 12, 2005 07:52 PM

Vitor, não, eu preconizo que o sector da educação seja totalmente privado, e que cada escola privada escolha os professores que acha melhores em termos de custo/benefício.

E que seja instituído o "cheque ensino", para que todos tenham acesso ao ensino.

Mas, a partir daí, cada escola pode decidir o seu preço, sendo que obviamente as que se consideram melhores (que consideram ter "pricing power") vão exceder o valor do "cheque ensino", tendo quem as quiser frequentar que complementar o preço.

Quanto ao valor dos professores, seja ele qual for nesse sistema ele será encontrado. Pode até acontecer que algumas escolas contratem professores milionários, quais estrelas, ao passo que outra paguem menos do que paga o Estado hoje.

Seja como for, não há qualquer dúvida que um tal sistema produziria melhor ensino, a custos menores, para a nossa sociedade.

Um sistema destes necessitaria de um orgão regulador, que controlasse somente o conteúdo programático mínimo (equivalente ao actual) ou práticas anti-competitivas locais.

Publicado por: Incognitus às novembro 12, 2005 07:52 PM

Na Suécia, segundo li algures aqui, as escolas estão sob a alçada dos municípios e pagam aos professores consoante entendem.

Publicado por: lopes às novembro 12, 2005 07:58 PM

talassa é mar.

Talassocracia: Grécia e sobretudo Fenícia

Publicado por: py às novembro 12, 2005 07:58 PM

passando a coisas práticas: dado este ritmo a próxima kapikua é unpredictable

Publicado por: py às novembro 12, 2005 08:00 PM

hum?

Publicado por: py às novembro 12, 2005 08:01 PM

Já agora, eu falei o que falei sobre os professores, pois é óbvio que no ensino primário e secundário os ditos estão a ser compensados ACIMA do que seriam num mercado livre, em média, do meio para o final da carreira e na reforma.

Basta olhar para os valores, num país com o nosso salário médio, os nossos professores do ensino básico/secundário ganham em final de carreira o mesmo que um professor dos EUA médio.

Publicado por: Incognitus às novembro 12, 2005 08:01 PM

Incognitus deixa-me avisar-te que, desde agora, ficaste sob a alçada da maldição das kapikuas - o princípio de simetria. A partir de hoje para tudo o que escreveres ficas obrigado a pensar no reverso. O que só te fará bem. É claro que a maldição já se aplika a mim...

Publicado por: py às novembro 12, 2005 08:17 PM

Note-se que não tenho nada contra pagar-se 2500-3000-5000 Euros a um professor (indirectamente, ao pagar o colégio), se ele estiver numa instituição na qual eu desejo ter o meu filho.

Porém, já tenho algo contra pagar 2500 ou 2000 se ele estiver num monopólio do estado, a prestar um serviço que não vale - tal como estáa ser prestado - 1000 ou 1500 sequer.

E é um absurdo defender-se a situação actual, pois isso é o equivalente a defender-se pagarmos 100 Euros por internet de banda larga obrigatoriamente, a um monopólio do Estado, quando ao lado existem providers privados a oferecer o mesmo por 25 Euros.

Tal situação só é defensável por quem está dentro da corporação que recebe indevidamente, e que obviamente é contra o final do dito monopólio.

Publicado por: Incognitus às novembro 12, 2005 08:18 PM

Uma outra coisa:

"Já te passou pela cabeça que o Estado, ao querer comprar os serviços de um professor, estabeleça outros critérios além do preço que está disposto a pagar?"

O Estado é péssimo comprador além de péssimo gestor. Ao defender o ensino totalmente privado, eu não estou contra o ensino ser um direito universal (repara na filosofia do "cheque ensino"), eu estou é contra que seja o Estado a administra-lo.

Um professor de qualidade não teria medo de um sistema totalmente privado, pois um professor de qualidade teria muito maior probabilidade de ser reconhecido nesse sistema do que no actual. (se bem que em média, e infelizmente, a corporação dos professores em Portugal TEM que ter medo de um ensino totalmente privado, porque a remuneração que auferem como um todo É SUPERIOR à que obteriam num mercado livre, e além disso seriam necessários menos professores para prestar um serviço melhor).

Publicado por: Incognitus às novembro 12, 2005 08:24 PM

pois eu então fiquei a saber que ele é professor:

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=201265

E eu que fui despedido ilegalmente pelo Estado, aviso já o privado que os meus honorários estarão bem acima do César das Neves.

Publicado por: py às novembro 12, 2005 08:29 PM

Quando falo de "professores" falo do ensino básico e secundário.

No entanto a solução do ensino privado podia extender-se às universidades, e quem as frequenta podia financiar a sua própria formação, pois possui uma expectativa de retorno económico superior a quem não frequenta. Aliás, faz pouco sentido na óptica redistributiva do Estado que existam contribuintes relativamente mal remunerados a financiar a formação superior de pessoas que depois ficarão, por esse facto, melhor remuneradas que esses contribuintes.

Ou seja, é injusto que assim seja (que o sistema funcione como funciona hoje).

Publicado por: Incognitus às novembro 12, 2005 08:34 PM

Olha o oráculo da bruxa:

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=201277

Talvez não se lembrem que o primeiro número da "menina", antes de ser Ministra da Educação, onde os estudantes lhe fizeram ver coisas relevantes e tentadoras, foi como Secretária de Estado do Orçamento de cavaco, onde fez o pior erro de previsão orçamental de que então havia memória, se calhar ainda o pior até hoje.

(Albatroz, não tenho nada a ver com a sua vida, mas parece-me que você se daria muito bem uns tempitos em Moçambique, onde além de falarem um português impecável, até têm brio nisso, poderia conviver com diferentes formas simultaneas de propriedade. E depois, como sabe pelas fotos que lhe mandei, o seu nick está simbolicamente protegido ao mais alto nível. Eu próprio só não vou já para lá porque tenho que tomar conta do Dragão para ver se ele acalma e passa a deitar um terço das chamas da média dos últimos anos. Depois aviso-o: é sina dos românticos, quando estão lá têm saudades de cá, quando estamos cá temos saudades de lá)

Publicado por: py às novembro 12, 2005 09:03 PM

O que vale é que o Semiramis é um cesto roto...

# : - ))

Publicado por: (M) às novembro 12, 2005 09:09 PM

olha a falta de vergonha da direita que se apresenta com um discurso de esquerda:

http://dn.sapo.pt/2005/11/12/nacional/cavaco_incursao_portugal_profundo_e_.html

Como se o objectivo estratégico não fosse conquistar a Presidência para ao fim de um ano, se tanto, tentar lá meter o António Borges e a Ferreira Leite.

Se há trajectória típica de um afilhado do cavaquismo é a fortuna do Pereira Coutinho, entrte vários outros. Par não falar do tubarão Dias Loureiro.

Publicado por: py às novembro 12, 2005 09:28 PM

estes incognitus são perigosos

Publicado por: py às novembro 12, 2005 09:45 PM

vamos ver...

Publicado por: py às novembro 12, 2005 09:46 PM

pimba

Publicado por: py às novembro 12, 2005 09:46 PM

Estive a ver o França-Alemanha

Publicado por: Coruja às novembro 12, 2005 10:09 PM

Dos 13 ou 14 jogadores franceses, provavelmente 11 ou 12 deviam andar a incendiar carros há 10 anos atrás.

Publicado por: Coruja às novembro 12, 2005 10:11 PM

Para aqueles que idolatram a iniciativa privada chamo a atenção para o que se passa nas universidades privadas:

- não há um quadro de professores
- os professores são pagos à hora, o que significa que, se num semestre têm poucas horas, ficam aflitos para ganhar a vida
- quem refila vai para a rua
- os professores a tempo integral sofrem a concorrência de "paraquedistas", com outras profissões, que vão dar umas aulazinhas porque é giro ser professor universitário
- estes paraquedistas são deputados, deputados europeus, quadros de empresas, professores do ensino público, jornalistas da RTP ou da SIC, etc.
- a precarização do emprego dos professores reflecte-se numa degradação da qualidade do ensino
- não há nem tempo nem incentivos para fazer investigação
- os funcionários administrativos ganham mais do que os professores

Se é isso que querem garanto-vos que vão pagar caro em termos da qualidade dos licenciados.

Publicado por: Albatroz às novembro 12, 2005 10:23 PM


Albatroz,

esse tipo de universidades não tem futuro porque após uns anos ninguém se quer licenciar lá. O mercado de trabalho recusa tais licenciados.

A existirem privadas só sobrevivem as que atraírem alunos. Portanto, esse cenário que você pinta só pode ser a decadência das mesmas. Nunca é o retrato-tipo.

Publicado por: J P Castro às novembro 12, 2005 10:40 PM

Albatroz: a maioria são professores do ensino público que, como os privados são mais chatos, acabam por ser mais assíduos na U privada que na pública, apesar de receberem mais nesta.

Por isso estamos a pagar caro em termos da qualidade dos licenciados.

Publicado por: soromenho às novembro 12, 2005 10:41 PM

Se o governo proíbisse os professores das públicas de darem aulas nas privadas, se a lei impusesse a constituição de um quadro docente estável, com remunerações mínimas correspondentes a 9 ou 12 horas de aulas por semana, acabava-se a pouca vergonha. Com um vencimento melhor e mais estável, os professores profissionais das privadas poderiam dedicar mais tempo ao ensino e à investigação. Com benefício para os estudantes e para o país. Mas como o Estado não consegue dar aumentos aos professores das públicas, tem de os autorizar a fazer uma perninha nas privadas, para ganhar mais qualquer coisinha.

Publicado por: Albatroz às novembro 12, 2005 10:58 PM

Num cenário de total privatização, as coisas passam-se como o JP Castro disse, ou seja, quem tomar as práticas nocivas descritas pelo Albatroz vai ter ensino de menor qualidade, e esse ensino vai perder alunos para as universidades com maior qualidade (e, presumivelmente, mais caras).

Em termos médios aqui como em tudo o resto onde exista concorrência, o resultado será melhor do que num sistema onde esta não exista. E isto não é "mania" de que os mercados são melhores, é a realidade inevitável que decorre da forma como o mercado funciona: só existem duas manteiras de entrar no mercado, fazer melhor ao mesmo preço (ou até mais caro), ou fazer igual mais barato. Fazer pior mais barato praticamente nunca vence.

Publicado por: Incognitus às novembro 12, 2005 11:01 PM

O resto do problema é a habitual exploração por parte das administrações das universidades privadas. Mantêm-se os professores em situação precária para os poder explorar melhor, pagando-lhes pouco e exigindo-lhes muito. E quem não estiver contente pode ter a certeza de que há uma dúzia de pessoas à espera de lhe ocupar o lugar.

Publicado por: Albatroz às novembro 12, 2005 11:01 PM

Albatroz, se existe uma dúzia de pessoas à espera de lhe ocupar o lugar, então a exploração é do empregado ao empregador, pois isso significa que o empregado está a ser pago acima do nível ao qual seria possível preencher a vaga facilmente.

O Albatroz parece fixado na ideia de que um terceiro deve ser obrigado a dispender MAIS do que o valor que obtém.

Diga-me, quando vai comprar um carro ou uma casa, escolhe a melhor oferta para aquilo que pretende, ou a 5ª melhor?

Publicado por: Incognitus às novembro 12, 2005 11:06 PM

E se escolhe a melhor, porque é que os outros, quando contratam os serviços de alguém, devem ser forçados a escolher a 5ª melhor oferta se existem outras 4 melhores?

Publicado por: Incognitus às novembro 12, 2005 11:08 PM

Existem muitos comentadores deste blogue que advogam um endeusamento do mercado, atribuindo-lhe propriedades milagrosas.
Basta ver o que o que se está por aqui a dizer da educação. É só privatizar tudo que depois a coisa funciona por si. O mercado é o mecanismo mais perfeito à superfície da Terra.
E ai de quem se atreva a fazer um qualquer reparo (não a defender a situação actual, mas apenas a fazer um reparo): é-lhe imediatamente colada uma etiqueta com os dizeres: estatista, socialista, situacionista.

Publicado por: Vítor às novembro 12, 2005 11:30 PM

Privatizar a educação, nunca!

Publicado por: Coruja às novembro 12, 2005 11:33 PM

Então se temos a educação mais perfomante da Europa!

Publicado por: Coruja às novembro 12, 2005 11:34 PM

Catrapum

Publicado por: Vítor às novembro 12, 2005 11:35 PM

perfomante existe? Ou será perfumada?

Publicado por: Coruja às novembro 12, 2005 11:35 PM

Foi só numa de pilha-capicuas...

Publicado por: Vítor às novembro 12, 2005 11:36 PM

Mas quando cheguei ela já estrebuchava no bico do Coruja...

Publicado por: Vítor às novembro 12, 2005 11:39 PM

Ainda estou para perceber a diferença significativa entre empresas cooperativas e sociedades anónimas - para além de as primeiras terem um tratamento fiscal mas favorável. Afinal de contas, a grande maioria - senão todas, exceptuando a Católica - das universidades privadas em Portugal são cooperativas: Lusófona, Moderna, Lusiada e por aí fora... Porque é que os grandes defensores do cooperativismo da Mondragon - que, recorde-se, tem uma maioria de empregados que não são cooperantes - não falam destes exemplos de 'sucesso', em vez de os criticarem?

Publicado por: Pedro Oliveira às novembro 12, 2005 11:43 PM

Vitor, eu pelo menos não coloco etiqueta nenhuma.

Nem faço nenhum endeusamente do mercado.

Mas repara, o mercado é superior ATÉ quando falha. Porquê? Porque, mesmo quando falha, pagamos o que obtemos. Podemos mudar, podemos optar por algo melhor, podemos pagar mais (e não tenhas dúvida que se algo funciona mal, existirá certamente uma alternativa mais cara que funcionará melhor, em qualquer mercado).

O "não mercado" ou Estado, quando falha, falha e acabou-se, não deixa alternativa nenhuma - e pagas o que estiver estipulado independentemente da performance (e que diga-se, nos últimos tempos é MAIS do que se por exemplo a educação fosse totalmente privada).

Publicado por: Incognitus às novembro 12, 2005 11:43 PM

Aliás, basta lembrar a FNAC (não a dos intelectuais, a do ar condicionado) e do capitalista vermelho Alexandre Alves e da sua saga de ascensão e queda...

Publicado por: Pedro Oliveira às novembro 12, 2005 11:47 PM

Pedro Oliveira às novembro 12, 2005 11:43 PM:
Claro que tem uma maioria de empregados que não são cooperantes. Para entrar como trabalhador cooperante tem que pagar 10 mil euros.

Publicado por: David às novembro 12, 2005 11:48 PM

Assim também eu posso entrar como 'cooperante' para o BCP...

Publicado por: Pedro Oliveira às novembro 12, 2005 11:54 PM

FNAC,não a dos intelectuais...
gostei!

Publicado por: zippiz às novembro 13, 2005 12:06 AM

Caro Albatroz,

Você é uma besta tão grande que nem respeita a memória do seu pai. A Janica gosta dessas coisas, é tão casca grossa como você, seu imbecil.
E você, seu Incognitus, vá para a casa de banho e satisfaça essa curiosidade mórbida e infantilóide, e acredite que o protagonismo não é assim que se consegue.
Veja o caso da Janica, que anda nisto há anos paga pelo partido e nem secretária de estado conseguiu ser, mesmo lambendo tudo o que havia para lamber.
Pobrecitos, como diria aqule tascoso ali de Badajoz.

Publicado por: Átila às novembro 13, 2005 12:07 AM

Pedro Oliveira às novembro 12, 2005 11:43 PM

As "cooperativas" universitárias são uma fraude. Só não o seriam se todos os professores e colaboradores fossem cooperantes e pudessem participar na tomada de decisões. O que acontece é que uma dúzia de pessoas forma uma "cooperativa" para poder fundar uma universidade privada, mas depois funcionam como os mais execráveis capitalistas relativamente às mil ou duas mil pessoas que permitem que a universidade funcione. E se há muita gente disposta a entrar como professor mal pago para essas universidades, é porque são licenciados ou mestres ou até doutorados, que o mercado de trabalho não absorve, e que, em desespero de causa, aceitam quase tudo. Só que a selecção de professores pelas universidades privadas não é feita na base da competência. É admitido quem for mais facilmente explorado, e esses são os menos competentes, os que não têm alternativas.

Publicado por: Albatroz às novembro 13, 2005 12:11 AM

Joana,
Puxe por favor o autoclismo que já andam outra vez por aí umas bostas a boiar...

Publicado por: Albatroz às novembro 13, 2005 12:14 AM

Professor = chulo.
Cambada de incompetentes.
Todos despedidos ainda sobravam alguns.
Lixo com eles.

Publicado por: Átila às novembro 13, 2005 12:15 AM

Publicado por: Albatroz às novembro 13, 2005 12:11 AM

Funcionam exactamente como a Mondragon que tantos elogios te mereceu: não passam de um esquema para aproveitar a credulidade de tótós e da boa vontade dos adeptos do politicamente correcto que ficam à beira do orgasmo, quando não chegam mesmo a vias de facto, com qualquer palavra que soe a colectivismo... Já para não fala, claro, dos belos benefícios fiscais.

Publicado por: Pedro Oliveira às novembro 13, 2005 12:17 AM

ih,ih,ih,ih,ih

Publicado por: Fatima Felgueiras às novembro 13, 2005 12:31 AM

Não há dúvida: Há por aí uns gajos com a vida sexual mal resolvida...

Publicado por: (M) às novembro 13, 2005 01:40 AM

Bom dia. Eu aprendi na Ecologia (quer na ecologia teórica quer no campo) que a diversidade é a maior garantia da resiliência e estabilidade de um ecossistema. Ora a diversidade tem como 1ª componente a riqueza de um ecossistema - a riqueza de um ecossistema é o número de espécies que nele convivem. Quando passamos à diversidade conta a riqueza e a equitabilidade.

Como acho que a Economia deve aprender com a Ecologia (o nomos deve aprender com o logos) sou a favor de soluções multiplas que conjuguem a coexistência de diversas formas de propriedade.

A utopia da mão invisível tal como é defendida pelo Incognitus esquece as pessoas e as suas vidas, reduz tudo`ao desempenho da máquina.

Por falar nisso, uma acha para a fogueira:

http://dn.sapo.pt/2005/11/13/nacional/louca_cavaco_morte_funcionarios_publ.html

Publicado por: py às novembro 13, 2005 08:53 AM

oops

Publicado por: py às novembro 13, 2005 08:55 AM

;-)

Publicado por: py às novembro 13, 2005 08:55 AM

Pois eu afirmo Incognitus que os fogos em Portugal é um epifenómeno que reflecte bem a lógica selvagem do mercado, mercado de madeira. mercado de pasta, mercado de interesses imobiliários, etc., e o seu desempenho míope, só vê o imediato: o carcanhol

http://www.fire.uni-freiburg.de/inventory/database/1980-2004-Port.pdf

E quanto aos meios do Estado para fazer face a isto, pela parte dos técnicos florestais eu testemunhei directamente a sua escassez e o seu empenho, até com risco de vida... Pela parte dos bombeiros e afins não conheço, só ouvi relatos, de grande descoordenação e a necessidade de acorrer de imediato às habitações, etc.

Publicado por: py às novembro 13, 2005 09:21 AM

"A existirem privadas só sobrevivem as que atraírem alunos. Portanto, esse cenário que você pinta só pode ser a decadência das mesmas. Nunca é o retrato-tipo."

Deixem-me pegar neste fio de conversa que recolhi lá atrás, trata-se de um dos silenciosos problemas de gestão actual em Portugal que mais me atrai... saber como é que as universidades privadas vão dar a volta. Até à alguns anos o "negócio" da maioria das universidades privadas era "um lugar para quem não tem lugar na universidade pública" e pouco mais. Hoje, com as cambalhotas demográficas, a quase totalidade dos candidatos ou já tem, ou vai ter lugar, nas universidades públicas!
Como é que uma universidade privada vai captar, seduzir, cativar "clientes"? Que vantagens competitivas, que posicionamento, que estratégia?
Muitas vão fechar, algumas podem optar por mudar de cliente-alvo (centrar-se na formação profissional de pós-licenciados), outras vão continuar porque um número crítico de "clientes" estará disposto a trocar dinheiro, por algo a que atribuem um valor superior, a formação nessas escolas.

Nos casos que conheço... ainda se anda a plissar, ainda não ocorreu o verdadeiro corte epistemológico capaz de gerar um novo paradigma, o pensamento é mais do tipo "somos todos profs universitários, se trabalharmos melhor, se formos mais produtivos, se formos melhor professores, tudo há-de correr bem"

Só que não adianta fazer bem (ser eficiente) quando não estamos a fazer o que tem de ser feito (primeiro ser eficaz, escolher o que tem de ser feito).

Publicado por: diogenes às novembro 13, 2005 09:52 AM

diogenes às novembro 13, 2005 09:52 AM

Há lugar para as universidades privadas porque a oferta pública vai diminuir, por falta de dinheiro. E porque, quando formos mais desenvolvidos, a percentagem de jovens que desejarão fazer estudos superiores vai aumentar, aumentando o seu número mesmo com a demografia em queda. Mas as universidades privadas só cumprirão o objectivo de formarem jovens se forem disciplinadas, o que não acontecerá de motu proprio. Terá de ser o Estado a impor as regras que garantirão a qualidade do ensino superior privado, forçando as universidades privadas a constituir um corpo docente estável e adequadamente remunerado. Porque só assim os professores poderão produzir o que se lhes pede: um ensino de qualidade. A instabilidade e a precaridade podem poupar dinheiro a essas universidades mas causarão uma degradação no nivel de conhecimento dos futuros licenciados, coisa que não interessa a ninguém, a não ser aos tubarões que vão enriquecendo. Nem todas as universidades foram tão longe como a Moderna, mas todas exploram alunos e professores em benefício de uns poucos.

Publicado por: Albatroz às novembro 13, 2005 10:46 AM

py às novembro 13, 2005 08:53 AM
"A utopia da mão invisível ... esquece as pessoas e as suas vidas"
Mas a Mão Invisível (que foi apenas uma imagem criada por Adam Smith) é o somatório dos comportamentos diferenciados das pessoas. É a humano-diversidade que está na sua base.
Por isso é que todos os regimes que tentaram impor padrões de comportamento às pessoas falharam. É a lberdade de escolhas e de preferências que está na base da "Mão Invisível"

Publicado por: Hector às novembro 13, 2005 10:49 AM

Albatroz, aproveito estar por aqui, diga-me uma coisa, e como é isto com as seguradoras?

http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1238632

(é que eu cheira-me que os miúdos atacam a um nível mais profundo que os carros... Como eles viram com certeza o Fight Club...)

Publicado por: py às novembro 13, 2005 10:51 AM

Tá bem Hector mas tem que ser eticamente regulada ou lá o que é. Porque anda aí uma coisa desgraçada e parece que vocês não vêm. É como se o dinheiro fosse uma droga dura e andasse quase tudo viciado nisso sem perceber.

Publicado por: py às novembro 13, 2005 10:56 AM

Tem que voltar a prevalecer o conceito de bem comum sobre o bem próprio, imediato, à chico-esperto. O conceito de bem comum aplicado em liberdade subtende o bem próprio de cada um e o contrato intergeracional.

Publicado por: py às novembro 13, 2005 11:03 AM

py, tanto que eu gostava de me drogar com isso, com o dinheiro, e não consigo.

Publicado por: Coruja às novembro 13, 2005 11:10 AM

Onde é que se arranja essa droga em conta?

Publicado por: Coruja às novembro 13, 2005 11:11 AM

capicua arranja-se, mas dinheiro!

Publicado por: Coruja às novembro 13, 2005 11:19 AM

py, a "mão invisível" é precisamente a explicação de como a procura do bem próprio atinge o bem comum mais eficientemente do que a procura do bem comum ...

E de resto, as sociedades capitalistas de uma forma geral dão mais valor ao indivíduo e às suas escolhas, do que as sociedades que procuram o bem comum. Como não podia deixar de ser, porque a "mão invisível" não existe, o que existe é deixar cada um escolher como quer.

E como já vimos aqui,ainda existem pessoas que gostariam de decidir pelos outros, de lhes restringir as opções, de lhes ditar o que podem e não podem fazer. Isso é que me custa compreender, como é que essas pessoas não reparam que a sua forma de pensar é intrinsecamente errada, malévola.

Aqueles que são acusados de materialistas, só querem uma coisa: que cada um decida por si. Eu por exemplo não sou contra a arte e a cultura, sou contra é que o Estado a financie. Se me dizem que "ah, sem isso ela é inviável", então paciência, se as pessoas não a querem, é ERRADO impor a dita (além de que obviamente existem pessoas que a querem e estão dispostas a pagar por ela).

Publicado por: Incognitus às novembro 13, 2005 11:31 AM

Quanto à procura do dinheiro como se fosse uma droga, ela é previsível, muitas pessoas têm aspirações a formas de vida, à posse de bens. O dinheiro em si "não existe", mas é o meio de troca que permite aceder a essa forma de vida e bens.

Eu sou pouco materialista, não troco de carro de 3 em 3 anos e para mim o dinheiro é essencialmente uma ferramenta que me permite alcançar os meus objectivos com menor esforço (quanto mais tiver, menor a rendibilidade % que tenho que alcançar para me sustentar), mas admito que terceiros possam ser completamente materialistas - e mais, é essa ambição que impulsiona a sociedade, que faz com que as pessoas fiquem mais produtivas e que todos vivam melhor. E claro, quem não a quiser ter, não tem que a ter. Não deve é querer que os outros mudem, e muito menos querer obriga-los a mudar.

Publicado por: Incognitus às novembro 13, 2005 11:35 AM

Incognitus eu pensaria que era muito tolerante comigo próprio e com os outros, mas lhe garanto que vou responder com a minha cabeça por parar este disparate de mercado que são os fogos em Portugal, onde agora o vício mudou de nível e já arde o capital e não apenas os juros, além de que morrem pessoas. Pode ser você a cortar-ma, isso tanto me faz. Eu preferia um leão...

De resto não me esqueci que teremos de discutir "os valores" mas ando com dor-de-corno com mapas, números e gráficos, e só daqui mais uns tempinhos.

Concordo que a liberdade é um valor. Mas a liberdade dos outros também. A liberdade de deitar fogo deve existir?

Quem é violento, o rio que rói as margens ou estas que o comprimem? (Heraclito)

Publicado por: py às novembro 13, 2005 11:58 AM

corujinha para o teu escalão de apetência eu sou muito modesto, é melhor capicuares um robur, género Audi TT. É claro que os pyrenaicas têm recursos secretos mas isso é com o grão-mestre da ordem que não-sou-eu

Publicado por: py às novembro 13, 2005 12:04 PM

py, a liberdade de deitar fogo obviamente não deve existir. Tudo o que falo de liberdade para trás é limitado por essa liberdade não afectar terceiros contra a sua vontade.

Sobre os fogos, como já falamos noutro tópico, a minha opinião é de que se existisse benefício claro em não arder, não ardia. O que se passa é que do lado de quem poderia impedir de arder, existe indiferença sobre arder ou não.

Por isso perguntei, talvez tenha dados, os fogos eram significativamente menores nos pinhais quando a resina tinha valor económico significativo ou não? Pois aí existia um claro benefício em que não ardesse...

Se quisermos que arda menos, a melhor forma é criar um benefício em não arder. Muito melhor do que ter mais bombeiros ou vigilantes.

Ou então pode ser uma alternativa um pouco pior: criar penalizações económicas quando arde (mas isto é meio cego, pois muitas vezes quem tem propriedades afectadas pelo fogo não tem culpa).

Ou, por fim, adjudicar a defesa de parcelas grandes do território a entidades privadas, com um contrato directamente ligado ao que não arde (a tecnologia para controlar áreas vastas já existe, com uma coordenação dessa tecnologia e meios no terreno seria fácil de controlar áreas vastas. E provavelmente mais barato que andar a comprar aviões de combate aos fogos)

Publicado por: Incognitus às novembro 13, 2005 12:10 PM

Com certeza que a única linha de ataque eficaz é conseguir envolver o máximo de pessoas num conceito de que é bom para tod@s e para eles também que arda muito menos. Não me oponho a que isso se traduza em incentivos económicos, muito pelo contrário.

Não vou atrás de perseguir culpados, detesto a lógica do punishment, embora também não a possa afastar de todo, como é óbvio.

Garanto-lhe que o panorama de fogos que deixei no link acima se move essencialmente por interesses privados, em várias dimensões e corporações: carcanhol.

E que é muito triste que tenhamos chegado a isto. Homo sapiens uma treta. Homo basicus ou parecido ainda vá.

Publicado por: py às novembro 13, 2005 12:30 PM

Bom mas é verdade que foi à conta disto que eu voltei a arranjar emprego. Eu gosto disto dos recibos verdes, dá mais liberdade para quem não tem dívidas.

Publicado por: py às novembro 13, 2005 12:38 PM

Quanto ao fundo da questão, claro que o panorama dos fogos reflecte a migração das populações do interior para o litoral, com o consequente abandono das terras e a emergência dos matos.

Mas mais de 30000 ignições voluntárias por ano é obra, é uma máquina económica a funcionar, à conta dos pirómanos.

Quantos carros já arderam em França?

Publicado por: py às novembro 13, 2005 12:42 PM

Desde o princípio do ano cerca de 30.000, mas nas 2 últimas semanas foram 5 ou 6 mil.

Publicado por: AJ Nunes às novembro 13, 2005 12:47 PM

A migração das populações tem 2 consequências:
1) Os matos, mas também ...
2) O fim do incentivo a que não arda.

Imagino ainda que muitos fogos que antes eram controlados no seu início, hoje não o são, pelo que quase todos os pequenos fogos se transformam em grandes fogos. Isto poderia ser limitado pelo uso de tecnologia como descrevi (basicamente, câmaras/sensores infra vermelhos montados em plataformas elevadas/dirigíveis, tudo controlado a partir de uma localização central que depois coordenaria com meios no terreno locais).

(Eu vivi e tirei férias durante parte da minha juventude numa aldeia do interior, já nos anos 70, 80 existiam inúmeros fogos, mas muitos eram apagados pelas próprias populações ainda no seu início).

Publicado por: Incognitus às novembro 13, 2005 12:47 PM

é, ainda segundo números oficiais cerca de 70% das ignições são controladas hoje pelas populações locais. Eu também já andei nisso no Gerês, a meio da noite tocam os sinos a rebate e lá vai tudo, até as velhas a rezar e com um cajado para bater no fogo,

e também quando era rapazito apanhei aquele fogo na Serra de Sintra onde morreram muitos bombeiros encurralados, acho que 1968. Estava a passar férias na Praia Grande e ficou tudo cheio de fumo cor-de-rosa só se viam umas labaredas, ora ali, ora aqui, a rebordar a serra, eu lembro-me que andava toda a gente assustada e eu achava aquilo belo,,,

O meu Prof. Baeta Neves chamava ao fogo o "belo monstro" e é verdade que o ciclo da vegetação mediterrânica comporta naturalmente o fogo, que resulta da coexistência de uma estação quente e seca em simultâneo.

O que me chateia é o disparate a que isto chegou, mesmo sendo Portugal dragão, tenho que lhe fazer umas festas ou lá o que é...

... e acordar numa praia tropical, bem acompanhado,...

Publicado por: py às novembro 13, 2005 01:05 PM

I hope

Publicado por: py às novembro 13, 2005 01:07 PM

A ideia de que o egoismo promove o bem comum é algo peregrina... O egoismo pretende promover o bem próprio embora, como Adam Smith muito bem percebeu, se o bem próprio depender da promoção do bem alheio, eu terei de promover o bem alheio. Mas e se o bem próprio não depender do bem alheio? Para ganhar dinheiro eu tenho de ter um produto que os outros queiram comprar. Tudo bem. Mas se para ganhar mais dinheiro eu tiver de maltratar os meus trabalhadores, pagar-lhes menos, retirar-lhes certos direitos, eu só não o farei se o Estado mo impedir ou se essa atitude me fizer perder os meus trabalhadores. Se a situação de emprego for tal que os trabalhadores prefiram ser maltratados a não ter emprego, eu conseguirei ganhar mais dinheiro à custa dessa malfeitoria. Ou seja, a mão invisivel só funciona em situação de pleno emprego. Quando isso não acontece o mercado não protege os trabalhadores. Só lhes restará voltar às tácticas do século XIX, ou seja, incendiar as empresas dos patrões, ocupar as fábricas, etc. É isso que o Incognitus pretende? É porque é isso que ele vai conseguir com essa fixação no capitalismo liberal.

Publicado por: Albatroz às novembro 13, 2005 01:15 PM

Albatroz às novembro 13, 2005 10:46 AM

Ouvi dizer que o «sucesso» de algumas universidades privadas advem do facto de «venderem» diplomas, isto é, serem um bocado permissivas nos niveis de avaliação (e, concomitantemente, nos de ensino).
Se lhe aprouver dizer alguma coisa sobre isso, a gerência agradece.

O Py fica, igualmente, convidado a pronunciar-se, num intervalo da caça às capicuas...

Publicado por: (M) às novembro 13, 2005 01:21 PM

Albatroz, o que não compreendes, é que numa situação em que o empregador "está a maltratar" os empregados, ainda assim ele está a dar-lhes uma oportunidade melhor que a alternativa, ou então os empregados não aceitariam ser "maltratados".

O pleno emprego só é atingido (a partir de uma situação de falta de emprego) se primeiro se criarem os postos de trabalho, ainda que sejam "maltratados".

Se tu disseres "não, isto náo é aceitável" e o impedires, o que acontece é que nem os primeiros postos de trabalho são criados, e em vez de serem "maltratados", os ditos empregados ficam nas condições PIORES que eles estavam a abandonar para serem "maltratados".

(ocupar as fábricas e incendiar as empresas não serve de nada)

Repara que eu não defendo a existência de situações subhumanas, de aproveitamento, de exploração, etc. O que eu te estou a dizer, é que MESMO QUANDO essas situações existem, elas são MELHORES que as alternativas, e são um passo na direcção certa (embora muito longe do objectivo).

Publicado por: Incognitus às novembro 13, 2005 01:24 PM

Três exemplos, escolhidos ao acaso, de como a procura do «bem próprio» num sistema capitalista promove o «bem comum»:

- Bopal
- A venda de medicamentos fora de prazo por empresas dos EUA a países da América Latina
- A colocação no mercado espanhol de «azeite» adulterado com óleos tóxicos

Publicado por: (M) às novembro 13, 2005 01:26 PM

(M) às novembro 13, 2005 01:21 PM

Não me parece que, hoje em dia, as universidades privadas sejam mais permissivas do que as públicas na avaliação. A falta de conhecimentos de base da maioria dos estudantes é que tem levado, quase sem se dar por isso, a um abaixamento generalizado das fasquias. Por exemplo, quando os alunos não sabem derivar, começa-se a fazer a análise económica mais de uma forma descritiva do que algébrica. Os modelos começam a ser simplificados. Começa-se a exigir dos alunos apenas que tenham ideias gerais correctas, mas sem as aprofundar. Ainda se consegue ensinar economia, mas mais ao estilo banda desenhada...

Publicado por: Albatroz às novembro 13, 2005 01:30 PM

(M), eu livrei-me desse vespeiro "académico" há pouco, deixe-me kurtir uma de recibos verdes, é tão bom náo ter de preparar aulas, dar aulas, ver testes, ver exames, ainda por cima a mando de outr@s,,, engraçado é que tropecei, sem procurar, num mapa publicado num livro de referência de 2002 "Climate Changes in Portugal" pelo catedrático que me cortou a cabeça no ISA, mais o seu lobby, que está pura e simplesmente ERRADO, ao nível de chumbar um aluno de licenciatura... cheira-me que ele vai ter de aprender uma de Robespierre...

Sim, sempre se disse que as privadas vendiam diplomas. Eu pessoalmente conheci vários rapazes e raparigas em Timor que tinham deixado a pública, para ir para uma privada, no Porto, porque o que contava depois para os concursos era a média de curso, muito superior na referida privada, que nem fixei o nome porque eu troco-as todas.

Mas eu vinha cá era para dar uma prenda à Joana:

http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1238640&idCanal=93

Publicado por: py às novembro 13, 2005 01:32 PM

ui

Publicado por: py às novembro 13, 2005 01:35 PM

Não vejo porque é que incendiar a fábrica de um patrão desumano não seja legítimo. Se o patrão me diz: ou trabalhas em condições degradantes ou morres à fome, eu posso retorquir-lhe: se não me pagas um salário decente ficas sem fábrica. A violência é equivalente, e se estamos na lei da selva vale tudo. Ou não será?...

Publicado por: Albatroz às novembro 13, 2005 01:36 PM

(M) como em tudo, existem excepções que, por afectarem terceiros involuntariamente por parte destes, devem cair na alçada da lei.

Ninguém diz que o mercado não gera excessos. Gera, há malandros em todas as actividades humanas. Mas não é o mercado que deve ser punido, e sim quem comete os crimes.

Albatroz, incendiar a fábrica do patrão desumano não é legítimo, porque ninguém te obriga a seres um dos "maltratados" que trabalha para esse patrão, e não deves retirar a hipótese aos outros de trabalharem para ele só porque tu não estás satisfeito. Se ele for assim tão mau que ninguém trabalhará para ele, então ele já estará a ser punido, ou alternativamente melhorará as condições.

Na "lei da selva", já disse várias vezes, não vale tomar atitudes que afectam terceiros involuntariamente.

Nota que um trabalhador só é "maltratado" voluntariamente. Ele só se sujeita SE QUISER. O "não ter alternativas" não significa que é obrigado a sujeitar-se. Sujeitar-se, já significa que está a aceitar uma MELHORIA face à sua situação presente. Se alguém está a providenciar MELHORIAS é abusivo dizer que essa pessoa é má, ou que deveria providenciar AINDA MAIS.

Publicado por: Incognitus às novembro 13, 2005 01:47 PM

a moeda tem cara e coroa, temos de reconhecer.

Hum,

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=13&id_news=201329

Publicado por: py às novembro 13, 2005 02:04 PM

Eu faço sempre sexo seguro

Publicado por: Coruja às novembro 13, 2005 02:22 PM

Apalpo a minha parceira antes, para ver se está armada.

Publicado por: Coruja às novembro 13, 2005 02:23 PM

corujinha olha: este com o susto do meteoro pôs-se assobiar para o lado e passou a pardal

http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1238509

Publicado por: py às novembro 13, 2005 04:19 PM

só é vencido quem desiste de lutar:

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=201369

Publicado por: py às novembro 13, 2005 05:18 PM

eu também gosto de sarrabulho

agora estas estão zangadas! Calma meninas,
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=201367

Publicado por: py às novembro 13, 2005 05:25 PM

Excerto da entrevista de Maria João Seixas a André Jordan, no Público:

resposta de AJ:

«Há um aspecto da sociedade portuguesa e dos portugueses que, para mim, é absolutamente precioso e é a razão principal que me levou a vir para cá e a viver aqui - o respeito humano. Por algum motivo, que ainda não descobri qual é, os portugueses têm um profundo respeito pelos outros, o que considero ser a característica mais importante das relações humanas em Portugal. As pessoas não querem ferir os outros, não gostam de ofender os outros. Nos negócios isto é, por vezes, um handicap, uma limitação vista como falta de frontalidade, o que não é totalmente justo como avaliação. Por que é que é assim, por que é que os portugueses são o único povo no Ocidente que ainda é assim? Esse é um mistério que continuo a investigar, quero descobrir a razão desta atitude, deste respeito profundo, desta espécie de consideração pelo próximo praticado a todos os níveis. Sou disso testemunha, todos os dias. Mesmo quando somos pessoalmente atacados, é quase como se fôssemos em abstracto. Não é uma atitude sempre muito eficaz, mas acho que Portugal vai encontrando a sua maneira de ser eficaz. É também "à sua maneira" que Portugal, depois da abertura que o 25 de Abril trouxe, se faz ao mundo»

Publicado por: py às novembro 13, 2005 05:49 PM

Se eu tivesse feito os negócios que o André Jordan tem feito cá

Publicado por: Coruja às novembro 13, 2005 06:47 PM

desfazia-me em contumélias com os indígenas

Publicado por: Coruja às novembro 13, 2005 06:48 PM

Conselhos prá autora :

- emigre para França (preferencialmente Paris) e depois venha falar dos franceses !!!

Criticou a aprendiz de jornalista Tuga, mas a sua análise ainda é bem mais ridicula !

Comece a viajar se não tiver coragem para emigrar...


Publicado por: Templário às novembro 13, 2005 08:05 PM

Afinal a "revolta" já anda por Bruxelas...passa pela Grécia e chega a Amesterdam !!!

Aguardo os post seguintes desta autora... sobre arrugância Belga, intelectuais Gregos e tolerantes holandeses...

Publicado por: Templário às novembro 13, 2005 08:06 PM

PS :
- arrugância - designa a atitude de Revolta das classes excluídas do desenvolvimento Europeu.

Arrogãncia - é a "ideologia" dos analistas das classes favorecidas na Europa.

Publicado por: Templário às novembro 13, 2005 08:33 PM

chi, o cavaco tá tramado:

http://great-portuguese-disaster.blogspot.com/

Publicado por: py às novembro 13, 2005 10:31 PM

e este também tá tramado:

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=201375

Publicado por: py às novembro 13, 2005 11:14 PM

Esse tipo de escritos insultuosos, como o great-portuguese-disaster só agradam aos ferrenhos e desagradam a todos os outros. São sempre tiros pela culatra.

Publicado por: Salema às novembro 14, 2005 12:01 AM

Faz pouco sentido ser o Freitas a fazer a defesa do Orçamento, ainda por cima dizendo mal de orçamentos anteriores, por exemplo dos de um governo que o apoiou na campanha para a presidência da república.
Ter-se-ia já esquecido?

Publicado por: lopes às novembro 14, 2005 04:03 PM

Esqueceu-se

Publicado por: Coruja às novembro 14, 2005 07:50 PM

É do excesso de colesterol

Publicado por: Coruja às novembro 14, 2005 07:51 PM

Entupiu-lhe as artérias

Publicado por: Coruja às novembro 14, 2005 07:52 PM

Comente




Recordar-me?

(pode usar HTML tags)