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outubro 21, 2005

Não me Resigno

“Não podemos resignar-nos a esta situação. Eu não me resigno”. É uma frase forte. É uma frase que se dirige certeira a um país deprimido, que perdeu a confiança nos dirigentes políticos, que perdeu a confiança nas suas instituições, que perdeu a confiança em si próprio. É uma frase que consubstancia tudo o que o país pode aspirar de momento: não se resignar. É uma frase enxuta, sem retóricas adicionais que a embelezassem literariamente mas lhe obscurecessem o vigor.

Muitos o acusarão de tentar protagonizar uma figura messiânica, um D. Sebastião surgindo do nevoeiro – mas não é isso que os portugueses procuram desesperadamente? Alguns acusá-lo-ão de ter ajudado à construção deste Moloch que nos esmaga actualmente – mas não foram essas medidas que lhe deram as maiorias absolutas como 1º Ministro? É acusado de não ter uma visão liberal da economia – é um facto; mas não foi no seu consulado onde se deram os passos mais significativos e decisivos na liberalização da economia portuguesa? É acusado de ser de direita e ter tomado medidas anti-populares – mas não foram essas medidas alegadamente anti-populares que lhe permitiram recolher votos em todos os quadrantes políticos? É acusado de se colocar numa postura supra-partidária – mas não há uma náusea generalizada no nosso país face à partidocracia? Aquilo de que é acusado é o que lhe dá força eleitoral.

Cavaco regressou, depois de uma travessia do deserto, em que a crise dos 3 últimos anos da sua governação foi esquecida e submersa pela enxurrada dos maiores disparates governativos que o país alguma vez havia assistido. Cavaco cometeu erros, mas quem arrastou o país para o abismo foi quem lhe sucedeu. A memória dos erros de Cavaco foi apagada pelos disparates dos sucessores. E regressou com a lição sabida: frases simples, enxutas, directas, sem floreados. Não precisa de grandes promessas, basta-lhe falar em estabilidade, confiança, credibilidade e mobilizar as energias nacionais. A diferença entre a banalidade e a consistência daquelas palavras não está nelas próprias, mas em quem as profere. Na situação actual do país, aquelas palavras, ditas por Cavaco, oferecem consistência, são eficazes. Resta saber se não se banalizarão. Tudo dependerá do faro político de Cavaco Silva.

Publicado por Joana às outubro 21, 2005 07:49 PM

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Comentários

"Cavaco cometeu erros, mas quem arrastou o país para o abismo foi quem lhe sucedeu"

"...a crise dos 3 últimos anos da sua governação foi esquecida e submersa pela enxurrada dos maiores disparates governativos que o país alguma vez havia assistido."


Mais confusão entre desejos e realidades.

Bem perguntava o (M)"qual é a dilação entre o tempo das decisões e o tempo dos efeitos?"

Publicado por: Vítor às outubro 21, 2005 07:53 PM

O lançamento da campanha do Cavaco foi muito eficaz. Não há dúvida.

Publicado por: Rave às outubro 21, 2005 08:31 PM

Este texto está muito bem escrito

Publicado por: David às outubro 21, 2005 08:44 PM

Não sendo futurologista, desconheço o que é que aí vem.

No entanto, não me é difícil comparar o futuro Cavaco com o actual Sampaio. E nem eu nem ninguém acredita que o homem de Boliqueime vá manter uma postura de "não te rales" como o nosso actual presidente tem feito. Sampaio nunca enfrentou nenhum problema de frente; na minha modesta opinião, preferiu contorná-los e, se possível, evitá-los.

O último problema que tem em mãos é o do aborto. Sendo eu a favor da despenalização do mesmo, confesso que desconheço as entrelinhas e as tropelias burocráticas à volta do assunto, mas há uma coisa que me faz impressão: então não houve já um referendo sobre o aborto?

E este não foi soberano?
Ou será que até haver um sim, vamos andar aqui em sucessivos referendos? Para mim, que sou um simples cidadão , é uma curiosa tática da esquerda que não me parece enquadrar-se numa democracia às sérias...

Onde eu quero chegar é que como todo o assunto é um imbróglio, pressinto que o Dr. Sampaio está a preparar-se para o deixar a quem lá vem.

Ora, eu pergunto se o Dr. Cavaco era pessoa para estar a fugir do assunto, e a deixá-lo arrastar até que outro lhe pegue? Não me parece.

Não há dúvida que o discurso do Dr. Cavaco foi enxuto e certeiro. Mais que isso, pois até eu, que não simpatizo com a figura, fiquei moderadamente animado.

Os comentários dos oponentes foram, como era de esperar, bacocos (à excepção do esconde-birras ao serviço do Dr. Soares). E aqui tenho que dar tempo de antena ao Dr. Anacleto (mais conhecido por Louçâ), que no seu fracturante comentário, disse que o homem ontem se arrastou por longos minutos...Ora ele só falou 8 (oito) minutos (mais uma verdade das do Anacleto).

Só que o Dr. Cavaco foi simples, explícito e eficaz - coisas que o Anacleto e os outros não sabem ser. Os microfones, para eles, parecem que têm um imãns...

E o Dr. Jerónimo até tirou apontamentos durante o discurso do Dr. Cavaco. Primeiro pensei que era para lhe emitar o discurso, mas lá no café um conhecido já vaporizado disse que deve ter sido para mandar fazer uma cassete nova...

Nos comentários posteriores, gostei do painel da SIC NOTÍCIAS. No painel da RTP 1, nem tanto. Neste sobressaiu a passionária, perdão, a Dr.ª Ana Drago, que tem tanto de feia como de pirotécnica - politicamente falando. Além de debitar o manual trotkista com perdigotos à mistura, interrompeu tudo e todos, e não deixou ninguém expôr ideias com clareza. Até a Arqª Roseta teve de se chatear com a outra, tal era o churrilho de asneiras. Aquele elemento da UDP (ou da LCI?) fartou-se de elogiar o sacristão Anacleto...porque ele era o único que merecia ser o próximo PR.

Eu, cá por mim, não estou tão seguro disso, pois vejo os próprios bloquistas a apoiarem outros, como o Soares (o Rosas...), e o Manel. Ora se isto acontece dentro do próprio Bloco, como é possível vender o Anacleto ao pagode?

Espero não ter feito aqui nenhuma denúncia que os vá condenar a um goulac, pois eles até aparecem na televisão a passar cheques - mas ainda aí anda muita kmer...

Publicado por: Cácá às outubro 21, 2005 08:45 PM

A Joana, quando escreve de forma "enxuta", produz textos magníficos.

... sem desprimor dos outros

Publicado por: David às outubro 21, 2005 08:46 PM

...«então não houve já um referendo sobre o aborto?
E este não foi soberano?»...

(Cácá às outubro 21, 2005 08:45 PM)

Parece-me que você está a confundir o Estado com a Igreja Católica. O direito é uma disciplina normativa, não tem dogmas nem verdades eternas como o catecismo.
Já que falo nisso, fica aqui uma sugestão: quando acabar de estudar o catecismo dedique-se um bocadinho à gramática, para ver se melhora a ortografia.

Publicado por: (M) às outubro 21, 2005 09:17 PM

Não sei porquê, mas tenho cá um feeling que a rapaziada de direita está um bocadinho enganada acerca do Cavaco.

On verra...

Publicado por: (M) às outubro 21, 2005 09:20 PM

Publicado por: Cácá às outubro 21, 2005 08:45 PM

caro caca,
o seu comentário era sobre cavaco, sampaio ou louça !

Publicado por: zippiz às outubro 21, 2005 09:26 PM

Depois da crítica contundente a Sampaio vem o elogio a Cavaco.
Talvez a Joana não tenha que se dar ao trabalho de criticar Soares - a sua entrada em cena foi já suficientemente desastrada.

É habitual dizer-se que o tempo é a cura de todos os males. E a licença sabática de Cavaco talvez tenha contribuído, de facto, para a criação de uma névoa convenientemente estacionada sobre a memória dos problemas da sua governação.
Mas é conveniente não esquecer tudo. Quem faz hoje a apologia de Cavaco não pode esquecer, por exemplo, que a governação de Cavaco constituiu, mormente no último mandato, um festim de “boys” laranja a gravitar nos corredores da administração pública.
Não pode esquecer que Cavaco dispôs de rios de dinheiro da Comunidade Europeia e das privatizações, e permitiu que grande parte destas verbas fosse malbaratada (realmente perdida ou mal investida, que dá no mesmo).
Talvez demasiado entretidos a desenvencilhar o país dos resquícios revolucionários e a dotá-lo de infra-estruturas fundamentais, os governos de Cavaco não lançaram uma verdadeira estratégia de longo prazo.
Nunca se arriscou demasiado. Muitos sectores da sociedade portuguesa pairavam num deslumbre de novo-riquismo bacoco. Nenhuma política consequente de educação dos portugueses. Dinheiros da formação profissional esvaídos sem quaisquer resultados. Empresas criadas, declaradamente, para papar uns subsídios e depois fechar.
Quem conheceu a Espanha nesse período sabe que os nossos vizinhos estavam já a fazer uma dieta radical com elevados custos sociais (e políticos…).
À sua maneira, Cavaco procurou ir fazendo obra e agradando. Claro: foi o desastre (com um empurrãozinho da comunicação social, num clima pesado semelhante àquele a que Santana Lopes foi sujeito).

O tempo passará. Daqui a alguns anos, novos julgamentos se farão. A crer nas sondagens, o desempenho de Cavaco como Presidente da República será um deles.
Temos um Primeiro-Ministro pragmático. Cavaco é também, sempre foi, um pragmático. Geralmente os pragmáticos gostam de concentrar em si o poder. Veremos como será a coabitação de dois pragmáticos.
Talvez Cavaco possua uma arma ainda mais forte que o pragmatismo - a experiência do erro: cometeu muitos erros de Governação e teve o tempo suficiente para aprender com eles…

Publicado por: Vítor às outubro 21, 2005 09:27 PM

joana convertida ao pai do monstro!

Publicado por: zippiz às outubro 21, 2005 09:27 PM

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=198035

cavaquismo + 25 novembro ... é só estabilidade !

Publicado por: zippiz às outubro 21, 2005 09:32 PM

Cavaco Silva é um bluff!

Foi no consulado dele que se instalou a corrupção, o compadrio, o esbanjamento, a partidarite, as inaugurações pré-eleitorais, etc.

Cavaco Silva governou com 3 orçamentos, o orçamento do estado, os fundos comunitários e as receitas das privatizações. Nunca entrou tanto dinheiro em Portugal, no entanto sempre governou com déficites enormes, sempre acima dos 5%!!!
Gostava de o ver agora, com a situação complicada em que estamos!

Construiu o Centro Cultural de Belém, era para ter custado 6 milhões, custou 40 milhões. Aumentou os ordenados dos políticos em 56% e o dos outros em 10%.

Não é o salvador de coisa nenhuma! Tem em a ambição de ser Presidente da República. Já perdeu uma vez e faço votos para que perca outra. Que vá dar aulas, que é o que sabe fazer!

Realmente o texto está muito bem escrito, mas Cavaco Silva não é o salvador que muitos anunciam, não lhe vejo as qualidades que muitos apregoam.

Ainda hoje se referiu à "Assembleia Nacional" em vez de Assembleia da República. "Assembleia Nacional" era no tempo do Estado Novo. Para quem esteve 10 anos no Governo não está nada mal!!!

[Fundação Canzoada, um blogue anti-Cavaco]

Publicado por: canzoada às outubro 21, 2005 09:43 PM

Uma das coisas curiosas dos blogs é ver a unidimensionalidade hermenêutica de muitos dos comentadores. Não lêem o que está escrito, mas algo que possa servir de base ao que querem comentar.
É um exercício sociológico interessante.

Publicado por: Joana às outubro 21, 2005 09:46 PM

Há aqui hermeneutas?

Publicado por: Coruja às outubro 21, 2005 09:55 PM

Isto está a ficar fino

Publicado por: Coruja às outubro 21, 2005 09:56 PM

Publicado por: Joana às outubro 21, 2005 09:46 PM

É, as Dianas e os Davids que o digam !

Publicado por: zippiz às outubro 21, 2005 10:01 PM

Joana às outubro 21, 2005 09:46 PM

Plenamente de acordo.
Paradigmático de um certo alheamento altivo. Só tem paralelo nos que evidenciam uma percepção egocêntrica da blogosfera. Algo como: “Todos Me lêem e todos os comentários são dirigidos aos meus posts."

Publicado por: Vítor às outubro 21, 2005 10:24 PM

Cavaco gerou muitos anti-corpos. Porém estes dez anos eliminaram muitos desses anti-corpos e a tragédia em que o país caiu fez muitos olharem para o Cavaco de outra maneira.
Ele é muito capaz de ganhar logo à 1ª volta

Publicado por: Ramiro às outubro 21, 2005 10:46 PM

As eleições autárquicas mostraram que o eleitorado está cada vez mais flutuante. Há cada vez menos os adeptos incondicionais do clube A ou B. Isso poderá ser decisivo para Cavaco

Publicado por: Ramiro às outubro 21, 2005 10:49 PM

O que é que eu digo, zippiz?

Publicado por: David às outubro 21, 2005 10:50 PM

Não sei ser hermeneuta

Publicado por: Coruja às outubro 21, 2005 10:54 PM

Mas debico bem as letras e encho o papo com elas

Publicado por: Coruja às outubro 21, 2005 10:57 PM

É uma hermenêutica de risco. Posso apanhar a gripe das Aves

Publicado por: Coruja às outubro 21, 2005 10:59 PM

Publicado por: David às outubro 21, 2005 10:50 PM

Joana fez este comentário: Publicado por: Joana às outubro 21, 2005 09:46 PM

e eu só disse que ela devia era ver os comentários dos que só sabem dizer "améns" ; só isso, nada de mais.

Publicado por: zippiz às outubro 21, 2005 10:59 PM

Só o titulo não é subscrito...

Publicado por: incredulo às outubro 21, 2005 11:10 PM

Cavaco é um produto do sistema, e é portanto incapaz de lhe mexer como seria necessário. Eleger Cavaco seria tão inutil como eleger Mário Soares. Embora fosse mais higiénico. Só Manuel Alegre parece ser capaz de procurar estimular as mudanças de que o regime precisa para não se afundar completamente.

Publicado por: Albatroz às outubro 21, 2005 11:10 PM

Coruja, deixa que te faça um elogio público: o teu sentido de humor é o que de melhor se lê por aqui. É um sarcasmo contido e refinado. Parabéns. (Vá, não ruborizes)

Publicado por: Vítor às outubro 21, 2005 11:13 PM

Cavaco conseguiu uma certa unanimidade na sua candidatura, coisa que nenhum dos outros conseguiu.

Publicado por: Orlando às outubro 21, 2005 11:16 PM

Vai ser mais uma luta de personalidades que de ideologias. O eleitorado, excepto os mais facciosos, está cada vez mais disponível para votar neste ou naquele, independente de partidos

Publicado por: Orlando às outubro 21, 2005 11:20 PM

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=62&id_news=198034

coruja:
isto está a aproximar-se do estádio da Luz !

Publicado por: zippiz às outubro 21, 2005 11:20 PM

Cavaco assumiu-se como a esperança do país. Isso tem de facto muita força no eleitorado.

Publicado por: Lopes às outubro 21, 2005 11:27 PM

O professor Cavaco Silva não se resigna.

A autora que tão ostensivamente se tem colocado à margem de soluções democráticas, com preferências para uma mistura com contornos de economia "neoliberal" e posições políticas extremistas tipo direita salazarenta não pode honestamente apoiar Cavaco Silva.

O Professor Cavaco Silva é um Social-democrata.

A autora está tão pouco habituada a tecer elogios que este post é verdadeiramente um vómito de artificialismo e contradição.

Na frase: “Alguns acusá-lo-ão de ter ajudado à construção deste Moloch...”, diz quase tudo.

Publicado por: António às outubro 21, 2005 11:27 PM

plim!

Publicado por: zippiz às outubro 21, 2005 11:34 PM

Publicado por: António às outubro 21, 2005 11:27 PM

Um comentário quase assassino para Joana; mas ela tem bom jogo de cintura!

Publicado por: zippiz às outubro 21, 2005 11:41 PM


Cavaco não se resigna. Sim, está bem, se ele o diz...

Só pergunto porque foi então que durante 10 anos interveio tão pouco e, particularmente, porque se alheou da política activa partidária. Essa "resignação" - ao tomar consciência que na política partidária só a "má moeda" resiste - e essa falta de combatividade dentro do sistema - entre 1993/94 soçobrou ao próprio partido - não ficam bem no retrato de alguém que diz agora: eu não me resigno.

Eu acho que Cavaco já se resignou antes. Agora, limita-se a aproveitar o momento e a dizer aquilo que toda a gente quer ouvir. Os equívocos da concorrência abriram-lhe as portas da Presidência. Até a direita que não gosta dele se vê obrigada a apoiá-lo. Parece-me que até o Manuel Monteiro vai ficar quietinho...

Perante tanta resignação, Cavaco pode dar-se ao luxo de dizer que ele - que já se resignou antes - agora não se resigna.

Afinal, em caso de problemas, o Pulo do Lobo está no mesmo sítio.

Publicado por: J P Castro às outubro 21, 2005 11:56 PM

Apenas fel ...
Quando o fígado se substitui ao cérebro ...

Publicado por: Joana às outubro 21, 2005 11:58 PM

A avaliar pelo Expresso da Meia Noite, Cavaco tem o caminho aberto, principalmente por inépcia dos outros

Publicado por: Viegas às outubro 22, 2005 12:01 AM

Cavaco tem o caminho aberto... para Boliqueime!

Publicado por: canzoada às outubro 22, 2005 12:06 AM

zippiz: Não há risco. O Governo vai apresentar plano de esclarecimento público

Publicado por: Coruja às outubro 22, 2005 12:13 AM

É bom a gente saber exactamente do que morre.

Publicado por: Coruja às outubro 22, 2005 12:14 AM


Coruja,

morremos porque estamos vivos. A menos que se acredite na Cientologia...

Publicado por: J P Castro às outubro 22, 2005 12:22 AM


Faz-me lembrar o início do "Magnólia". Antes de ser atingido por um tiro disparado de um andar intermédio, o tipo que ia a cair do telhado julgava que ia morrer da queda...

Publicado por: J P Castro às outubro 22, 2005 12:25 AM

É impressionante o facto de estar toda a gente convencida de que o Cavaco vai ganhar na primeira volta. Não se esqueçam que a campanha "pura e dura" vai começar agora. Cavaco ganha votos... quando está calado! Mas não me parece que lhe vá ser permitido por muito tempo... Quando a afasia se evidenciar é que vão ser elas...

Ou muito me engano ou vamos todos ser surpreendidos: Manuel Alegre e Cavaco na segunda volta...

Publicado por: Prozac às outubro 22, 2005 12:31 AM

... e um frente a frente Cavaco-Louça, centrado na economia, só pode dar faísca!

Publicado por: zippiz às outubro 22, 2005 12:39 AM

Num frente a frente Cavaco-Louça, Cavaco parte a Louça toda.

Publicado por: bsotto às outubro 22, 2005 01:08 AM

o Cavaco ganhou intenções de voto, à brava!, enquanto esteve calado!,,,
mas hoje, com aquele tique de andar sempre a remexer os lábios, já meteu a lingua na poça!:
chamou "Assembleia Nacional" à Assembleia da República,,,

se não começa a falar outra vez por omissão (bico calado e só por sinais), o boy de Chicago e aprendiz de caudilho, depois do fulgor de eminência parda da venda do Estado português aos interesses estrangeiros e de delapidador pelas suas clientelas dos Fundos de coesão da UE,,vai outra vez de escorrega para a vivenda Mariani,

Publicado por: xatoo às outubro 22, 2005 01:09 AM

mal por mal,,,
voto Alegre
a sensibilidade da Arte,no Poder.
para já, é muito e positivo e estético esfrangalhar o PS todo.
---
o PSD não precisa! - viram aquela foto do Valentim a cochichar ao ouvido do Sócrates?
ihihih

Publicado por: xatoo às outubro 22, 2005 01:15 AM

Não me considerando detentor da verdade, nem pensando que esta seja única (como em países do leste até há pouco tempo), manifesto a minha opinião sem a querer impôr,sem o recorte de propriedade que outros, com mais tempo para o estudo, aqui adiantam quais mestre-escolas obscuros mas obstinados, apenas com a simplicidade de quem quer desinteressadamente participar.Peço, por isso, desculpa, a quem possa incomodar quer com a substância, quer com a forma.


Os comentários que vamos aduzindo em nada transformam a realidade que nos rodeia. E
essa realidade é limitada; como bem dizia o Dr. Soares: temos que viver com aquilo que temos!

E o que é que temos nestas eleições? Temos o Dr.Soares e o Dr. Cavaco a concorrer como mais elegíveis, e mais outros três que vão apenas servir para se promoverem e entreter o pagode. Mais uma vez (e ainda há quem diga que a História não se repete), a Esquerda apresenta-se dividida e destilando ódio entre si - situação que infelizmente se repete há mais de 100 anos e que, como se vê, é um dogma inalterável de quem pratica o catecismo vermelho.

Sobre os dois candidatos alegadamente considerados principais, ambos têm qualidades e ambos têm defeitos - como, aliás, todos nós. Quem opina num blog sobre o discurso do Dr. Cavaco, certamente já tem a sua opinião formada sobre em quem vai votar em Janeiro, sendo a sua consideração sobre tal discurso "adaptada" a essa decisão prévia. Daí que, objectivamente, é verdade o que o VITOR e o INCRÉDULO aqui recordaram sobre o desempenho do Dr. Cavaco enquanto teve responsabilidades governativas. E disso não nos devemos esquecer.

Contudo, e quanto ao discurso aqui em causa?
Sendo eu simpatizante do Dr. Alegre, reconheço que o homem de Boliqueime foi sóbrio, fez uma apreciação sobre os nossos problemas, e avançou uma ideia de luta me agradou. Para mim, foi o melhor discurso que ouvi nos últimos tempos.
Palavra...
Tal como muitos de voçês, eu não gosto particularmente do Dr. Cavaco pelas minhas razões

Publicado por: Cácá às outubro 22, 2005 01:48 AM

Concordo com o que a Joana escreve. A mensagem do Cavaco é forte e aquilo de que é acusado, quer da direita, quer da esquerda, quer dos liberais, acaba por ser a sua força eleitoral.

Publicado por: v Forte às outubro 22, 2005 11:40 AM

E também concordo que uma das suas forças é o carácter supra-partidário que conseguiu dar à sua candidatura.
O país está farto das lutas entre os partidos e das ideologias estéreis. Quer resultados. Cavaco é o homem do "fazer".

Publicado por: v Forte às outubro 22, 2005 11:43 AM

Claro que esta reaças havia de apoiar o Cavaco.

Publicado por: Cisco Kid às outubro 22, 2005 11:47 AM

Vai levar um banho que nem sonha

Publicado por: Cisco Kid às outubro 22, 2005 11:48 AM

De facto só uma ironia do destino porá Cavaco Silva a presidir à «destruição criativa» de um PM eleito pelo partido socialista. É uma espécie de lei do arrendamento aplicada às instituições da república.

Publicado por: asdrubal às outubro 22, 2005 11:58 AM

Está muito bom este post. O artigo de hoje do VPV, no Público, embora por outras palavras, vai no mesmo sentido

Publicado por: Quirites às outubro 22, 2005 12:17 PM

Cavaco ou SuperMário?

Publicado por: Coruja às outubro 22, 2005 12:19 PM

A apresentação da candidatura de Cavaco fragilizou aoida mais os seus oponentes, que se viram reduzidos ao papel de damas de honor.
Resta ver agora se Cavaco consegue manter a pedalada. O arranque foi fortíssimo

Publicado por: Viegas às outubro 22, 2005 12:50 PM

Viegas às outubro 22, 2005 12:50 PM

Vai ver que essa fragilidade não passou de uma tontura momentânea provocada pelos inúmeros "flash".
Coisa passageira...

Publicado por: Vítor às outubro 22, 2005 12:53 PM

Porque é que não é aqui recordado que Cavaco Silva é um derrotado?
Já ninguém se lembra do "banho" que levou de Jorge Sampaio?

Publicado por: canzoada às outubro 22, 2005 01:02 PM

Pois, mas os tipos que estavam na Comissão de Apoio ao Sampaio, agora estão na do Cavaco

Publicado por: v Forte às outubro 22, 2005 01:50 PM

Há dez anos Cavaco tinha saído de um Governo muito contestado nos 2 últimos anos, e havia um governo socialista em estado de graça, com o Guterres a contar histórias da carochinha

Publicado por: Vasco Forte às outubro 22, 2005 01:52 PM

Hoje sabe-se em que é que tudo isso acabou: na ruína do país

Publicado por: Vasco Forte às outubro 22, 2005 01:53 PM

Julgo que há um pouco de exagero quando se fala em ruína do país. E necessário contextualizar melhor a crise que atravessamos.

Publicado por: Vítor às outubro 22, 2005 02:07 PM


v Forte escreveu:

"E também concordo que uma das suas forças é o carácter supra-partidário que conseguiu dar à sua candidatura."

Carácter supra-partidário? Onde? Quando? Se desde o início Cavaco já sabia que ia contar com o apoio do PSD e eventualemnte do PP?

Se há nestas eleições alguém que pode ser apelidado "supra-partidário" é Manuel Alegre! Que decidiu concorrer com a certeza de não ter o apoio do partido!!

Publicado por: Prozac às outubro 22, 2005 02:29 PM

Com Prozac em doses maciças, talvez vá lá

Publicado por: bsotto às outubro 22, 2005 03:00 PM

Alegre é a Utopia socialista, que pode ter algum valor literário, mas quando a tentaram aplicar na prática conduziu ao totalitarismo, à barbárie e a dezenas de milhões de mortos.

Publicado por: Carlos às outubro 22, 2005 03:13 PM

Já que o py não está, eu não me resigno.

Publicado por: Coruja às outubro 22, 2005 03:37 PM

Um blasfemo mandou uma indirecta a este post. Tão indirecta que não dá para perceber.

Publicado por: Valente às outubro 22, 2005 04:18 PM

Se o comunismo conduziu ao "totalitarismo, à barbárie e a dezenas de milhões de mortos" (citando Carlos) tal deveu-se aos bárbaros que se "ecstasiaram" com o poder. Não me parece próprio, e muito menos me parece correcto, comparar Manuel Alegre a Estaline.

Publicado por: Prozac às outubro 22, 2005 04:23 PM

Um post subtil, de apoio a Cavaco Silva mas mantendo as distâncias, por forma a a autora poder desdizer-se mais tarde, se fôr caso disso.

Traduz a posição geral da autora para com a direita portuguesa: mesmo não concordando com ela, perdoar-lhe os erros e depoistar nela a esperança. Poupar-lhe nas críticas que, pelo contrário, distribui sem piedade sobre a esquerda.

Discretamente, a Joana dá a entender que conhece todas as críticas que se pode fazer a Cavaco, e que até concorda com todas elas, mas que recusa, por razões de oportunidade política, subscrevê-las.

A Joana não se resigna, e pretende continuar a apostar no sistema político português, nos seus partidos de direita e nas suas personalidades de direita, mesm quando ambos (os partidos e as personalidades) são de uma confrangedora pobreza, e evidentemente maus, pelos próprios padrões que a Joana usa para com os partidos e personalidades de esquerda.

A Joana abandona neste post o seu espírito crítico, e torna-se militante.

(Nota: uso neste comentário os termos "direita" - PSD e CDS - e "esquerda" - PS, PCP e BE - no sentido convencional, sem pretender com esses nomes convencionais fazer qualquer juízo de valor sobre as realidades que denominam.)

Publicado por: Luís Lavoura às outubro 22, 2005 04:37 PM

Se «A Joana abandona neste post o seu espírito crítico, e torna-se militante» então é porque o post não é «subtil»

Publicado por: soromenho às outubro 22, 2005 05:46 PM

Prozac às outubro 22, 2005 04:23 PM:
Eu não comparei Alegre a Estaline. Não são, normalmente, os que lançam as utopias que depois fazem os massacres. São os que as estão a aplicar.

Publicado por: Carlos às outubro 22, 2005 07:19 PM

Começam por matar os contra-revolucionários e depois os revolucionários que achavam que não devia ser bem assim.

Publicado por: Carlos às outubro 22, 2005 07:20 PM

Devido a um lapso no sistema sonoro do CCB criado e inaugurado por Ele, a frase transcrita não está totalmente certa, não estando no entanto errada.
A frase total é:

“Não podemos resignar-nos a esta situação. Eu não me resigno, óbviamente demito-o""

Viva Portugal.
Viva Ele!

Publicado por: COMEÇA -Comixão Mundial para a Eleição de Cavaco às outubro 22, 2005 07:20 PM

Cavaco, o novo Delgado??

Publicado por: Fred às outubro 22, 2005 08:46 PM

nao esquecer o Alegre...
eu sou pelo cavaco abrir a boca mais vezes...cada palavra menos votos... é sempre bom ver alguém que julga (mais uma vez?) ter a possibilidade de "comandar" o país a aperceber-se d k o seu papel não é esse. É o desalento na cara da criança...como se lhe tirassem um doce todos os dias...
o PR não tem (nem deve ter) mão nas contas públicas. Deve saber não só estar mas SER atento e interventivo mas nunca para alem dos poderes constitucionais dum sistema tão orgulhosamente SEMI-PREDIDENCIALISTA...
espero k se entenda o perigo Cavaco...o pior para o país é a estagnação presidencialista...devido a uma deriva presidencialista...

Publicado por: pleasurecenter às outubro 22, 2005 10:35 PM

Fred às outubro 22, 2005 08:46 PM

Fred? Fred... Flintstone?

Publicado por: (M) às outubro 22, 2005 10:57 PM

Claro que é uma cavaquista

Publicado por: Cisco Kid às outubro 22, 2005 11:07 PM

Só idiotas é que ela julga que engana

Publicado por: Cisco Kid às outubro 22, 2005 11:08 PM

Isso de dizer que "não me resigno", é treta. É para enganar o pagode

Publicado por: didi às outubro 22, 2005 11:18 PM

O Sócrates também disse que não se resignava a uma data de coisas, e depois viu-se.
O desemprego, por exemplo.

Publicado por: didi às outubro 22, 2005 11:20 PM

O que me levou a migrar, ao longo dos anos, da direita para a esquerda - o último obstáculo que tive de ultrapassar foi o Eduardo Prado Coelho considerar-se de esquerda... - foi a constatação de que a direita moderna não tem valores. Com excepção talvez da defesa da vida, embora essa feita de forma geralmente tosca. De resto a direita só se preocupa com o dinheiro, e apenas para aqueles que estiverem dispostos a participar na selva liberal. A ética, não os preocupa. Os direitos humanos também não. O bem comum deixou de ser uma preocupação da direita. Manuel Alegre fala mais de Pátria do que Cavaco Silva, o que demonstra até que ponto a direita se esvaziou dos valores tradicionais, que agora apenas se mantêm defendidos, pelo menos, por certa esquerda. Contrariamente ao que alguns desejariam, ser de esquerda não é ser estatista, é ser solidário, coisa que a direita há muito deixou de saber o que era.

Publicado por: Albatroz às outubro 22, 2005 11:28 PM


Sócrates não frequenta o que diz... Ou o que disse.

Ou então não sabia o que estava a dizer.

D. Quixote também lutava contra moínhos maiores do que ele.

Publicado por: J P Castro às outubro 23, 2005 12:03 AM

É urgente estabelecer as relações entre as investigações ao sistema financeiro em curso com o cavaquismo; afinal, banqueiros como Dias Loureiro, a zona franca da Madeira ou o fenómeno do crescimento forçado da banca á custa do país são traços genéticos desse cavaquismo, ou não?

Publicado por: xatoo às outubro 23, 2005 12:04 AM


Apesar de tudo, gosto que ele prefira ser consequente a ser coerente.

Ser consequente significa que se vê a realidade. Ser coerente significa que já nos enclausurámos nas nossas utopias.

Publicado por: J P Castro às outubro 23, 2005 12:06 AM


Oh, xatoo !

"Traços genéticos desse cavaquismo" ?

Banqueiros, zonas francas e crescimento da banca à custa dos que não poupam são traços "genéticos" da Humanidade.

Continuar a acreditar que os banqueiros são os únicos maus da fita é negar que (quase) todos temos cartão multibanco.

Publicado por: J P Castro às outubro 23, 2005 12:10 AM

... como é que então Manuel Alegre permanece num partido supostamente «de esquerda» cujos «valores» passam por encher o bandulho à imagem dos banquetes romanos ? Andamos todos céguinhos ? Quem é que fez esta Constituição da República e com que efeitos oligárquicos de protecção de uma classe política sôfrega, gorda e anafada ? Ora, Albatroz, não me lixe. O Cavaco é de origem humilde e fez o tirocínio, em criança, adolescente e jovem adulto, para saber o que custa lutar e ganhar a vida. Não se «encaixa» em ideologias de conversa fiada. É um diamante bruto, que é o que Portugal precisa.

Publicado por: asdrubal às outubro 23, 2005 12:20 AM

Albatroz: Como é que é ser solidário, construindo um Estado gastador que, para o sustentar, faz aumentar o desemprego?

Publicado por: Rui Sá às outubro 23, 2005 12:26 AM

Que modelo social europeu é esse que, para ser mantido, obriga cerca de 11% da população a estar no desemprego?

Publicado por: Rui Sá às outubro 23, 2005 12:27 AM

Haver empregos (não o emprego-asilo) não é um valor social mais importante que gastar dinheiro na manutenção de corporações profissionais privilegiadas?

Publicado por: Rui Sá às outubro 23, 2005 12:30 AM

É imoral preocuparmo-nos com dinheiro? Mas como se pagam os investimentos que permitem os empregos?
E não é ganhando dinheiro com o negócio que se consegue pagar os salários?

Publicado por: Rui Sá às outubro 23, 2005 12:32 AM

Pois é, Rui Sá, só que a direita não se preocupa com pessoas, preocupa-se com "recursos humanos". E quando esses recursos deixam de ser suficientemente produtivos, são rapidamente despejados e deixados ao abandono. É por isso que essa direita se incomoda tanto com a Doutrina Social da Igreja, que lhes estabelece um indesejável, para ela, imperativo de solidariedade. Essa direita não quer pagar salários, quer enriquecer, seja a que preço for.

Publicado por: Albatroz às outubro 23, 2005 01:56 AM

Não estou a falar de esquerda e direita. Estou a falar dos que ficam agarrados a uma política de distribuir o que não há que faz com que os países cresçam menos e que o desemprego aumente para níveis socilamente insuportáveis.
É isso preocupar-se com os valores sociais?

Publicado por: Rui Sá às outubro 23, 2005 10:28 AM

Prefiro que se preocupem com recursos humanos e que lhes consigam emprego, que só se preocupem com pessoas que já estão empregadas deixando parte da população no desemprego.

Publicado por: Rui Sá às outubro 23, 2005 10:31 AM

Rui Sá: a diferença hoje não é entre esquerda e direita. Por exemplo, a proximidade entre extrema esquerda e extrema direita é muita. A diferença é entre os que defendem o Estado como segurador de todos e os que defendem o Estado regulador.
E esta diferença não tem relação com a hipocrisia dos ditos "valores sociais".

Publicado por: Hector às outubro 23, 2005 10:46 AM

Os que defendem o Estado apenas como regulador defendem a liberdade mas, acima de tudo, um sistema de funcionamento que tem permitido desenvolvimento económico e altos ´níveis de emprego.
Quem defende o Estado protector e segurador, defende um regime de dependência das pessoas do Estado, sociedades estagnadas e um alto desemprego.
A Europa conseguiu criar um modelo social pesadíssimo e com prosperidade enquanto viveu do colonialismo económico. Assim que isso começou a acabar, a Europa entrou em perda de velocidade e em estagnação (com poucas excepções e em países pequenos)

Publicado por: Hector às outubro 23, 2005 10:52 AM

A diferença entre os EUA e a Europa é que a Europa tem uma balança de pagamentos muito positiva: exporta muito mais do que importa. Os EUA por outro lado, importam muito mais do que exportam. Isto já acontece à vários anos: os EUA estão cada vez mais endividados.

Claro que um fenómeno que atenua esta situação se deve ao investimento externo nos EUA. Isso sucede-se porque o mercado americano está em expansão (há cada vez mais americanos) e o Europeu não (a população na Europa está estável).

Como é óbvio a situação europeia é muito mais sustentável no longo prazo, visto que a população dos países não pode crescer indefinidamente. Agora estamos a passar pela crise da segurança social (por exemplo) por passarmos de uma situação de população crescente para uma situação de população estável. Antes agora que mais tarde. A patetada idiota de achar que esse problema se resolve incrementando a natilidade é uma enorme cegueira a longo-prazo: é querer delegar uma enorme crise nos nossos descendentes.

Nesse sentido, a Europa está muito menos fragilizada que os EUA. Acho engraçado quando falam nos EUA como um exemplo a seguir pela Europa, quando o contrário faz muito mais sentido.

Publicado por: Alfredo às outubro 23, 2005 12:03 PM

Alfredo às outubro 23, 2005 12:03 PM:
A Europa, que há uma década tem taxas de crescimento cada vez mais baixas, comparadas com os EUA (agora cerca de 1/3) está menos fragilizada?
A Europa que tem taxas de desemprego, mesmo com a população estagnada, 3 vezes superiores aos EUA está menos fragilizada?
Você tá a reinar com a malta?

Publicado por: Rui Sá às outubro 23, 2005 12:17 PM

A Europa que nem sequer tem dinheiro para sustentar forças armadas em termos, e que continua a depender, para sua defesa, dos EUA, está menos fragilizada?

Publicado por: Rui Sá às outubro 23, 2005 12:19 PM

Entre a UE

Publicado por: Coruja às outubro 23, 2005 12:24 PM

E os EUA

Publicado por: Coruja às outubro 23, 2005 12:25 PM

Que tal o Canadá?

Publicado por: Coruja às outubro 23, 2005 12:26 PM

Rui Sá às outubro 23, 2005 10:28 AM

A direita perdeu o sentido de comunidade. Os fracos, os menos produtivos, não interessam. Só lhe interessam aqueles que a podem ajudar a aumentar os meus lucros. O mundo passou a ser uma máquina para produzir bens e serviços, por muito inúteis que sejam, com vista a gerar lucros. Os recursos - que os economistas sabem ser escassos - são utilizados da maneira mais esbanjadora, para satisfazer uma ganância patológica no curto prazo. Quem está na mó de cima acha que se safa, e não se importa de destruir o futuro da comunidade. Tudo em nome de uma falsa "eficiência" que privilegia o presente sobre o futuro. Corremos alegremente ao encontro de um desastre económico e social de colossais proporções, sacrificando tudo no altar da liberdade dos mercados. Temos de conter as expectativas, temos de dar dois ou três passos atrás nos nossos níveis de consumo, temos de distribuir melhor o que temos para que a ninguém falte o essencial, temos de parar de depender de recursos não renováveis. Temos de fazer, a nível colectivo, o que qualquer família terá de fazer quando as suas despesas ultrapassam os seus rendimentos: apertar o cinto, e depressa.

Publicado por: Albatroz às outubro 23, 2005 12:57 PM

Você apresenta chavões «A direita perdeu o sentido de comunidade. Os fracos, os menos produtivos, não interessam. Só lhe interessam aqueles que a podem ajudar a aumentar os meus lucros.»
Eu apresento factos: a estagnação progressiva económica da Europa (para não falar só de Portugal), o desemprego europeu, a fragilidade militar europeia, etc.
Não interessam os mais fracos? Então onde é que os mais fracos estão no desemprego? Não é na UE?

Você vive da fé, porque foge aos factos.
Eu vivo dos factos.

Publicado por: Rui Sá às outubro 23, 2005 02:01 PM

"Temos de fazer, a nível colectivo, o que qualquer família terá de fazer quando as suas despesas ultrapassam os seus rendimentos: apertar o cinto, e depressa."
Você acha que é isso o que a esquerda do PS pretende? Acha que é isso que Alegre pretende?

Publicado por: Rui Sá às outubro 23, 2005 02:03 PM

Não me resigno... ?
Não nos podemos Resignar ...?
....A quê ?
....A aturá-los ?
....A aguentar com este regime ?
.... a entregarmos de bandeja o País aos Castelhanos ?
... É que há 2 maneiras de entregarmos este povo aos comandos Castelhanos:
- de bandeja, isto é de joelhos e impotentes de lhes colocar condições.
- ou entregar este País de cabeça levantada, sem humilhações, com condições que nos tornariam numa das maiores Nações Ibéricas.

Eu Candidato à Presidência da Répública Portuguesa, Juro Sob a Minha Honra, a entregar esta Nação, à Coroa Espanhola, de Cabeça Levantada, de forma a Colaborarmos para a Construção da União dos Povos Ibéricos.

Afinal quem é que não se resigna ? eu ou o Cavaquinho ?


Publicado por: Templário às outubro 23, 2005 02:21 PM

A candidatura de Cavaco foi bem lançada e tem muita força. A minha impressão, contrária aos desejos de muitos, é que elea se irá fortalecendo com o tempo.

Publicado por: Adalberto às outubro 23, 2005 03:02 PM

Sócrates anda a fazer campanha pelo Soares a afirmar, ou insinuar, que uma vez eleito Cavaco unirá menos os portugueses que Soares.
Ora se Soares é um candidato que nem sequer une os socialistas, não seria melhor Sócrates estar calado?

Publicado por: soromenho às outubro 23, 2005 03:33 PM

A via de redistribuir é tirar aos ricos para dar aos pobres.

Não há criação de riqueza, a não ser residual, e criam-se gerações de subsidio-dependentes que não têm incentivos para trabalharem para sairem da sua condição.
É o sistema estagnado em que vivemos

Publicado por: J Correia às outubro 23, 2005 03:45 PM

Rui Sá às outubro 23, 2005 02:01 PM

Que tal o FACTO de a dívida externa dos EUA ser tão grande que a China, se quiser cobrar os créditos que tem, pode levá-los à falência?

# : - ))

Publicado por: (M) às outubro 23, 2005 04:16 PM

"A Europa, que há uma década tem taxas de crescimento cada vez mais baixas, comparadas com os EUA (agora cerca de 1/3) está menos fragilizada?
A Europa que tem taxas de desemprego, mesmo com a população estagnada, 3 vezes superiores aos EUA está menos fragilizada?
Você tá a reinar com a malta?"

O "crescimento". Então e se o crescimento fôr baseado no endividamento constante (atente na dívida externa dos EUA) e num crescimento da população, que não será sustentável para sempre (eles também terão as suas crises quando a população estagnar - mas nessa altura será pior).

A grande questão é que os EUA importam muito mais do que exportam, enquanto que na UE é o contrário.

E nos EUA pode existir menos desmprego que na UE. Isso é verdade. Mas a pior consequência do desemprego é a pobreza, a miséria. Acontece que a UE, mesmo em termos absolutos (medindo a pobresa em termos de rendimento e não em termos de percentagem da média), mesmo depois do alargamento, a percentagem de população pobre é menor. Existe menos fome, menos exclusão.

De facto, são os EUA quem tem de aprender com a Europa, e não o contrário.

Publicado por: Alfredo às outubro 23, 2005 04:28 PM

Julgo que pelo menos há 50 anos que se anda a falar da falência próxima dos EUA.

Publicado por: Rui Sá às outubro 23, 2005 04:29 PM

Alfredo às outubro 23, 2005 04:28 PM:
Para o cálculo do PIB conta o saldo líquido das export-import.
A dívida pública americana, em termos do PIB, é inferior à de muitos países europeus (Portugal, por exemplo)

Publicado por: Rui Sá às outubro 23, 2005 04:33 PM

A força da economia americana é que, apesar dos disparates económicos da administração Bush, continua a ser uma das mais dinâmicas.
Se Bush estivesse à frente de qualquer país europeu, já o tinha levado à falência.
A força da economia americana é a sua liberdade e a capacidade de inovação e de assumir riscos dos privados. Isto não existe em Portugal, que vivemos pendurados no Estado, e só existe, embora em menor escala, nas ilhas britânicas e no norte da Europa.

Publicado por: Rui Sá às outubro 23, 2005 04:37 PM

Vantagens e inconveniente da redistribuição:

a) Depois de estarem asseguradas condições para a igualdade de oportunidades

inconveniente: diminuição da motivação para o trabalho. Menos produção no geral, diminuição, por essa via, do bem-estar material da população por haver menos produção de bens e serviços.

vantagem: Se alguém recebe 60 salários mínimos, e outro recebe 1, a tendência é que se uma terceira entidade cobrar um salário ao primeiro para dar ao segundo, o aumento do bem-estar material do segundo é muito superior à diminuição do bem-estar material do primeiro. Isto é verdade, mesmo que exista alguma ineficiência no processo de transferência. Isto conduz a um aumento do bem-estar generalizado da população.

Então o que é que prevalece? Ao redistribuir estamos a aumentar ou a diminuir o bem-estar material da população? Por este raciocínio, parece haver um valor óptimo de redistribuição, visto que as vantagens da redistribuição diminuem com o montante distribuído, e os inconvenientes aumentam com o montante distribuído. Obviamente que o ponto óptimo também depende do factor de enificiência da entidade redistribuidora - quanto menor fõr, mais valerá a pena redistribuir.

b) Sem igualdade de oportunidades:

O inconveniente que se colocava, não é agora tão claro... Por um lado já existe um factor de injustiça associado à relação rendimento/trabalho, que coloca qualquer injustiça causada pela redistribuição num plano mais reduzido em termos relativos. Assim sendo, a desmotivação causada pela redistribuição é, em termos relativos, menor.
Por outro lado, se a redistribuição fôr canalizada na criação de oportunidades aos que não as tinham, então essa redistribuição vai causar (mesmo tendo associada alguma ineficiência) uma maior produção total, porque acaba por promover o mérito.
Um exemplo é o da educação: se mais pessoas tiverem acesso à educação, a produtividade e competitividade tende a aumentar.

Neste segundo caso haverá novamente um ponto óptimo, mas este ponto óptimo implicará mais redistribuição do que numa sociedade com igualdade de oportunidades.

Em que ponto é que a sociedade Europeia está? Eu creio que não andará longe do ponto óptimo. Mas se realmente existe tanto desperdício na máquina redistribuidora (om estado, principalmente) urge combatê-la. Aqui é que todos os democratas moderados (liberais, sociais democratas, etc...) têm um excelente contributo a dar.

Publicado por: Alfredo às outubro 23, 2005 04:45 PM

Quando se chega a este patamar de equívocos, contra-sensos, e desnorte, o melhor mesmo é apagar a "conta" e fazê-la de novo. Isto vai ter de acontecer como quando se re-aprende a falar. Os "patuscos" do «Eixo do Mal» são a imagem viva desta republiqueta. Agente ri-se. Mas de repente já ninguém se ri. E lá continua a paródia, a Lei, e nós os bombos de um teatro que nos representa, à nossa revelia. Os "patuscos" bem se esforçam para nos dizer do nosso rir alarve ...

Publicado por: asdrubal às outubro 23, 2005 04:46 PM

Rui Sá:

Essa do "há já 50 anos que oiço falar nisso" não pega. sinceramente: ao longo da história houve N catástrofes muito antes anunciadas. Ninguém ligou peva aos "profetas da desgraça" por mais razão que tivessem, e depois todos se admiraram "como é que isto aconteceu??? Ninguém previa!"

Ninguém, tirando aqueles que já há vários anos avisavam.

Claro que prever a desgraça é fácil, mais tarde ou mais cedo ela bate à porta. Mas, muito sinceramente, no caso dos EUA só não vê quem quer: é óbvio que o crescimento baseado no endividamento não é sustentável.

E eu comparei os EUA com a Europa no geral e não com Portugal. Portugal está numa situação preocupante por importar mais do que o que exporta, mas ao menos tem a população estabilizada e parte da crise que vive já é devido a essa estabilização. Os EUA correm o risco de passar por isso na altura mais inconveniente: quando o modelo de cresciemtno se esgotar.

Publicado por: Alfredo às outubro 23, 2005 04:51 PM

"Se Bush estivesse à frente de qualquer país europeu, já o tinha levado à falência."

Sensato, é verdade.

Mas a grande questão é que seria sempre muito mais difícil o Bush chegar à liderança de um país Europeu.
A sociedade Europeia, nesse sentido (e numa série de outros), está mais desenvolvida, e a propaganda pura e dura tem menos peso nos resultados face às ideias e capacidades do líder e dos partidos em questão.

De qualquer forma, mesmo que o Bush pudesse "chegar a um país da UE", haveria sempre o BCE, o pacto de estabilidade, e uma série de instituições a "balizá-lo". Por outro lado, levar um país da UE à falência não é o mesmo que levar a UE à falência. É que nos EUA, eu também posso acreditar que ele pudesse levar 1 pequeno estado à falência.

Publicado por: Alfredo às outubro 23, 2005 04:58 PM

Por favor, haja alguém que explique ao Rui Sá qual o contributo de Bretten Woods para o crescimento da economia dos EUA e como o dólar padrão tem funcionado como o seu pulmão artificial.

Talvez assim ele deixe de escrever disparates...

Publicado por: (M) às outubro 23, 2005 05:17 PM

De caminho não se esqueçam de lhe mostrar as estatísticas que mostram como a Coreia, o Vietnam e, agora, o Golfo têm servido de factor de relançamento da economia (cada vez mais complicado, diga-se)

Publicado por: (M) às outubro 23, 2005 05:21 PM

A autora tem demonstrado, em várias peças, que não morre de amores pelo sistema democrático.
Os seus ataques indiscriminados, sem apoios factuais, a figuras do Estado e seus protagonistas, actuais e passados, são a prova disso.
A sua simpatia com figurantes populistas tipo Santana Lopes e Paulo Portas, é evidente.
Por isso o seu apoio implícito ao professor Cavaco Silva só pode ser conjuntural.
A senhora, aparentemente inconsciente e inofensiva, talvez defenda algo perigoso, como seja uma solução messiânica de raiz fascizante

Publicado por: António às outubro 23, 2005 05:48 PM

(M) às outubro 23, 2005 05:17 PM:
Ao Rui Sá, não, mas posso dizer algo a si: O sistema de Bretton Woods acabou em 1970 ou 1971, quando os EUA suspenderam a convertibilidade do dólar em ouro.
Acabou aí.
Já lá vão 35 anos.

Publicado por: Joana às outubro 23, 2005 05:50 PM

Eu não me resigno!

Publicado por: Coruja às outubro 23, 2005 05:59 PM

Agora até a Joana faz capicuas!?

Publicado por: Coruja às outubro 23, 2005 06:00 PM

Isso tem uma raiz fascizante. Sem dúvidas.

Publicado por: Coruja às outubro 23, 2005 06:01 PM

Rui Sá às outubro 23, 2005 04:37 PM

"A força da economia americana é a sua liberdade e a capacidade de inovação e de assumir riscos dos privados."

Sobre este seu comentário, que também é defendido pelos liberais, diga-me:

- é empresário em Portugal ?
- se não o é, o que o impede de o ser ?
- Sabe que em Portugal é facílimo ser empresário ?
- Sabe que a Liberdade empresarial em Portugal é bem superior à dos EUA ?
Como ?
Nos Estados Unidos condenam empresas a pagarem centenas de milhões de dólares por violação da Lei Anti-Trust !
Conhece alguma empresa Portuguesa que tenha sido multada ?

Afinal o problema dos Portugueses é bem simples... basta ultrapassarem os "macaquinhos que têm na cabeça" sobre os EUA e a Europa. Ou seja são de 2 tipos:
- uns querem que o Governo tome medidas que não lhe competem.
- os outros..., os que criticam os primeiros, têm a mesma mentalidade mas mais "evoluída" pois querem liberalizar o que já está liberalizado, ou seja, querem que chova no molhado, talvez para depois se queixarem das inundações.

Vá lá, um pobre Templário como eu, tentar perceber este povo, que nem se governa, nem se deixa governar.

Estreguem mas é isto a Quem de Direito, El-Rei Juan Carlos !

Publicado por: Templário às outubro 23, 2005 06:52 PM

Templário às outubro 23, 2005 06:52 PM: Você é que não deve ser empresário em Portugal. Senão saberia o que são as burocracias inúteis em todos os passos que se dão. É um desgaste nervoso completo.

Publicado por: Rui Sá às outubro 23, 2005 07:44 PM

Você está a confundir liberdade com incumprimento da lei. Nos EUA a burocracia é simplificada, mas as leis são para se cumprir. Em Portugal a burocracia é arrepiante, mas, como qualquer burocracia pesada, é incapaz de fazer cumprir a lei

Publicado por: Rui Sá às outubro 23, 2005 07:46 PM

Para o pessoal de direita e centro-direita se entreter a ler (não há link porque é a pagar) na página 11 do Público de hoje :

"Ninguém da família vai fazer campanha"
"Aníbal e os seus!

Publicado por: zippiz às outubro 23, 2005 07:59 PM

Há muita gente que não faz ideia do que é ser empresário em Portugal.
Vive agarrada ao estereotipo: um empresário = um Ferrari

Publicado por: AJ Nunes às outubro 23, 2005 08:00 PM

Piu, piu! Só vim cá dar um beijoka aos meus amigos digitais, não vá alguém estar com saudades...

Nestes dias nem ao mail fui, não vi tv, andei a ver regeneração de medronheiro, sobreiro e que mais dos pós-fogos, 2,3 anos... o eucaliptal está em explosão pirofílica quase a tender para acacial.

Quanto ao "meu" monstro já começa a estar identificado:... ainda bem, eu gosto de comer o c* no fundo dos olhos dos cabr*es... A chatice é que os budistas ensinaram-me que tenho de tentar uma solução redentora, abranger o inimigo na jogada, a bem de tod@s imaginem, e eu ando-me a morder para ver se consigo, na dúvida se estou a ser demasiado reformista... On vera. Ao menos a testosterona está em alta.

Quanto ao resto já sabem que daqui a pouco voui com o Morfeu e as galinhas, etc e tal.

Lá em baixo pus tudo a comer pão-de-ló Ti Piedade! Corujinha fiz uma inovação conceptual no caminho do meio: fiz assim, parti um pão-de-ló ao meio e comi meio, e, um pouco mais tarde, o outro meio. Penso ter contribuído pra um problema com implicações hermenêuticas profundas.

Yin-Kuo, já sei que nãp dizes nada mas digo eu: diz lá à tua Bernarda que fartei-me de brincar com o Simba, um serra-da-estrela de 10 anos, mesmo leão; até brinquei de cavalgá-lo um bocadinho e ele curtia.

E pronto, tenho de dormir sobre tanta coisa.

Sobre isto “Não podemos resignar-nos a esta situação. Eu não me resigno”, é exactamente isso eu também não me resigno podem estar certos, só me faltava ter um PR a escumar pela boca com uma pirosa ao lado que acha que temos de estar sempre a fazer os trabalhos de casa.

PS para a Joana eu trouxe um D. Rodrigo digital

Publicado por: py às outubro 23, 2005 08:17 PM

Está tudo à espera que o Cavaco meta ordem nisto.
Bem podem esperar

Publicado por: sereno às outubro 23, 2005 08:43 PM

Py: a deitares-te com as galinhas ainda apanhas a gripe das aves.

Publicado por: Coruja às outubro 23, 2005 08:47 PM

corujinha que comentário tão avisado! Não me digas que tenho que reprogramar o meu relógio biológico... e eu que pensava que tinha este asssunto resolvido

Publicado por: py às outubro 23, 2005 09:29 PM

...mas enfim temos de estar sempre abertos a estes tempos novos...

Publicado por: py às outubro 23, 2005 09:31 PM

Quem te avisa ...

Publicado por: Coruja às outubro 23, 2005 09:59 PM

Eu vou deixar de usar o meu carro.

Publicado por: Coruja às outubro 23, 2005 10:00 PM

Todos os dias 1 (ou mais). dos 5 milhões de pombos que vivem agora em Lisboa, faz-lhe caca em cima.

Publicado por: Coruja às outubro 23, 2005 10:02 PM

Porquê? Eu não uso no dia a dia, mas olha que vim hoje lá de baixo encantado com a boa condução dos portugueses, comparada com outros tempos.

Publicado por: py às outubro 23, 2005 10:04 PM

ah, mas contratei um rapagão como chofer, que além disso toca numa banda e escolhe boa música, e eu vinha a ver a paisagem que era o meu trabalho.

Publicado por: py às outubro 23, 2005 10:06 PM

ah, isso dos pombos, é com pressão de ar ou com falcões... Também há uma tal de esterilização química. Aqui na Q.ta da Carreira vamos programar uma falcoagem na Primavera, acho eu, porque ainda ando com dúvidas éticas, mas foi encomendado um estudo a um técnico, daqui a pouco está pronto, depois conto-te.

Publicado por: py às outubro 23, 2005 10:09 PM

Não há falcões que cheguem para a praga de pombos.

Publicado por: Coruja às outubro 23, 2005 10:11 PM

Os pombos só viviam nos monumentos

Publicado por: Coruja às outubro 23, 2005 10:12 PM

Mas devem ter descido nos padrões artísticos

Publicado por: Coruja às outubro 23, 2005 10:14 PM

Agora, todos os prédios de Lisboa são monumentos para os pombos

Publicado por: Coruja às outubro 23, 2005 10:15 PM

Não te ponhas com coisas pessimistas: se as pessoas se puserem a bater tachos e panelas durante umas boas horas, ficam com dores de cabeça, mas aos pombos dá-lhes uma coisa, por exemplo.

É claro que na China fizeram assim com os pardais, que eram uns reaccionários que atentavam contra o progresso do povo, e a seguir vieram as pragas de insectos...plim!

Essa de esterilização química se calhar está bem, mas parece que ninguém sabe os efeitos poluentes da coisa química ou lá o que é.

Quanto aos falcões te garanto que uns casalinhos fazem uma limpeza, num parzo de 2 anos, como fizeram em N York.

Publicado por: py às outubro 23, 2005 10:18 PM

Olha lá e como é que esteve o cavaco na apresentação da candidatura? Arreganhou muito a tacha? Escorreu-lhe algum fiozinho de baba ou já aprendeu a segurar isso? Lá mais para a frente, quando se irritar... Aquela da "assembleia nacional" que eu li aqui nos comentários aqui é de MORTE!

Publicado por: py às outubro 23, 2005 10:24 PM

Acho que produziu o efeito que ele pretendia

Publicado por: Coruja às outubro 23, 2005 10:40 PM

Resta saber se não se vai espalhar mais tarde

Publicado por: Coruja às outubro 23, 2005 10:41 PM

Tá. Seja como for eu estou agradecido a todos os candidatos presidenciais para ver se é desta que percebemos melhor em que é que estamos metidos. Acho que já percebemos muito mais do que antes, não? Os economistas obrigaram-nos a saber estas coisas do deficit e do PIB per capita por causa da linguagem de legitimação do sistema meta-estável e daqui a uns tempos pronuncio-me. Só sei que não contabilizam (positivamente) o oxigénio produzido pelos arvoredos, nem a quebra que sucede nos primeiros anos após fogo, nem descontam o valor (negativo) do CO2 produzido nos incêndios. Andamos nesta linguagem algo rasca, vamos a ela. Quem me dera regressar a Epicuro, mas hei-de puxá-los até lá.

Publicado por: py às outubro 23, 2005 10:52 PM

hummm

Publicado por: py às outubro 23, 2005 10:55 PM

tufa

Publicado por: py às outubro 23, 2005 10:57 PM

Eu acho que a apresentação da candidatura do Cavaco surtiu em pleno. Resta saber se agora, com os debates e as declarações públicas, ele não perderá força.

Publicado por: David às outubro 23, 2005 11:35 PM

Quanto a gaffes, pior que a do Soares no dia das autárquicas, que dá prisão ou coima, é difícil.

Publicado por: David às outubro 23, 2005 11:36 PM

olhe que essa da "assembleia nacional" é mais subtil. O subtil demora mais tempo a desvelar-se...

Publicado por: py às outubro 24, 2005 12:52 AM

Rui Sá às outubro 23, 2005 07:44 PM

Mais uma desculpa completamente incongruente, que revela essencialmente falta de lógica (básica) e que como consequência de raciocínio só pode testemunhar o atraso mental em que os nossos média mergulharam este Bravo e Valente Povo.

Vejamos:

Em Portugal há liberdade por 2 vias:
1º - pelas leis, mais avançadas do mundo moderno.
2º - Pela inépcia da aplicação das leis.

Portanto, aqueles que acham o País demasiado burocrático, confundem o vulgar contribuinte, com o Empresário.

Para se ser empresário, existem várias exigências, e uma delas é básica e prioritária: - saber qual a filosofia, cultura, hábitos, costumes e leis ( e sua aplicação) do Povo ou do País onde se investe !

Ora só um contribuinte ingénuo como o Rui Sá, que desconhece que as leis em Portugal é para " inglês ver ", é que pode sustentar que em Portugal os empresários não têm liberdade....

O...que é contraditório... quando acaba por reconhecer o não cumprimento da Lei...

Não há mais empresários em Portugal apenas por 2 motivos:
- Havendo um fraco poder de compra, que se resume aos funcionários públicos ( e ainda querem reduzi-los ) e pouco mais, o mercado é igual a uma cidade Europeia, logo pequeno. Provavelmente até teremos empresários em excesso... é uma ideia...

- O 2º motivo é bem mais preocupante, uma vez que não se pode resolver nos próximos 20 anos...! O ensino ainda se encontra estruturado para fazer alunos para a Faculdade ou para as Fábricas. Os que não entram na faculdade, também não entram nas fábricas, pois a era Industrial acabou !
Logo, não existe força humana adaptada e educada para os novos desafios.

E... com uma elite, que ainda se julga em pleno século XX ( anos 70 ) que é incapaz de captar os novos ventos, bem podem os Portugueses esperar pelas condições favoráveis apregoadas pelos especialistas para viabilizarem o Investimento.
Isso não acontecerá !
Desiludam-se de uma vez por todas !

Mas... como a vida não pode parar...resta-nos a Grande Esperança que a anarquia a que chegámos, mobilize boa parte dos Tugas e faça cair o Sistema, os Comentadores e fazedores de opinião nas Tv´s, os Políticos, as Leis e tudo o Resto.
Resnasceremos das Cinzas, e tudo será diferente !



Publicado por: Templário às outubro 24, 2005 12:58 AM

Joana às outubro 23, 2005 05:50 PM

Pois. E a guerra da Coreia acabou há mais de 50.
Os Beatles acabaram há 35 e "O Século" há não sei quantos.
Entretanto esqueceu-se de explicar como os EUA beneficiaram com Bretton Woods nas décadas de 50 e 60 e que benefícios retiram ainda do facto de o dólar ser a moeda de troca internacional...

(Eu prometo que na próxima questão anexo uma cronologia, para lhe evitar o trabalho de Borda d'Agua)

Publicado por: (M) às outubro 24, 2005 01:47 AM

Eu confio que Cavaco poderá trazer uma maior consistência à política portuguesa, e à economia

Publicado por: cavaquista às outubro 24, 2005 01:02 PM

pois eu acho que se o Cavaco for eleito vai fazer uma guerra ao Sócrates para vir a lá por o triângulo: F Leite, M Mendes e Borges.

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Publicado por: py às outubro 24, 2005 03:51 PM

eh pá

Publicado por: py às outubro 24, 2005 04:09 PM

ainda não almocei

Publicado por: py às outubro 24, 2005 04:09 PM

plim

Publicado por: py às outubro 24, 2005 04:09 PM

plão

Publicado por: Senaquerib às outubro 26, 2005 09:03 PM

py em outubro 24, 2005 03:51 PM:
Não será para pôr o triângulo de Vénus?

Publicado por: Coruja às outubro 28, 2005 12:26 AM

Era de homem!

Publicado por: Coruja às outubro 28, 2005 12:27 AM

isso é género Anais Nin? olha que a Maria dá-lhe uma coisa e ela tem o ar de ser bem castigadora...

Publicado por: py às outubro 28, 2005 08:44 PM

Ela talvez se resignasse

Publicado por: Jarod às outubro 28, 2005 11:36 PM

O 1º comentador escreveu:
"Cavaco cometeu erros, mas quem arrastou o país para o abismo foi quem lhe sucedeu"

"...a crise dos 3 últimos anos da sua governação foi esquecida e submersa pela enxurrada dos maiores disparates governativos que o país alguma vez havia assistido."
Mais confusão entre desejos e realidades.

Mas foi ele que fez essa confusão.

Publicado por: didi às outubro 29, 2005 12:16 AM

Desce o dia em que ele escreveu isso que o Soares tem vindo a cair.

Publicado por: didi às outubro 29, 2005 12:17 AM

Não me resigno

Publicado por: Coruja às outubro 29, 2005 12:27 AM

Não me resigno

Publicado por: Coruja às outubro 29, 2005 12:27 AM

Foi minha

Publicado por: Coruja às outubro 29, 2005 12:28 AM

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