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março 01, 2005

Tempos Muito Difíceis

A única coisa que transpirou do que está a acontecer com a futura estratégia e o futuro governo de Sócrates é que «vêm aí tempos difíceis». O problema é que não vêm aí, estão aí. O desemprego continua a crescer, e de forma “sustentada”, pois os efectivos que caíram no desemprego têm uma qualificação (e idade) que dificilmente permite que encontrem nova colocação. E se o encontrarem será com um salário significativamente inferior. A economia está estagnada e o desequilíbrio das contas públicas continua insanável. A nossa sociedade e a nossa estrutura produtiva estão anquilosadas.

O governo tem duas alternativas (embora se admitam alguns “paliativos” intermédios que apenas adiam o desfecho inevitável):

1) Corta a despesa até ao limiar aceitável, e isso exigirá uma reforma profunda do sector público, pois não basta “por cada 2 que se reformam (ou saem), admite-se1”. Num serviço desorganizado “por cada 2 que se reformam (ou saem), entram 3”. É a lógica das burocracias desorganizadas e ineficientes. Foi essa lógica que impediu uma contenção da despesa pública apesar dos cortes de Manuela Ferreira Leite.

2) Aumenta as receitas. Todavia este aumento está limitado pela própria situação económica. As empresas públicas, exceptuando talvez a EDP, vão entregar muito menos dividendos ao Estado do que se previa. Obviamente que o IRC liquidado (pelas empresas públicas e restantes) será igualmente menor. A estagnação salarial e do volume estacionário de emprego não augura nada de bom para o IRS. O governo pode optar pelo fundamentalismo fiscal. Mas é uma opção que pode ter custos sociais graves. A punção fiscal já é muito elevada para quem não está na “economia paralela”. Os trabalhadores independentes (refiro-me àqueles que são obrigados a passarem recibos de tudo o que ganham) estão a ser duramente atingidos. O eventual (e magro) aumento de receitas no combate à evasão fiscal deve ser aplicado em diminuir o peso fiscal dos que são obrigados a cumprir. Se o governo pretender aumentar as receitas pelo lado fiscal é capaz de ter a surpresa desagradável de ver as receitas descerem com taxas maiores, quer pelo efeito J.-B. Say, quer pela perda de competitividade das empresas, quer pela diminuição da base de incidência fiscal.

O governo e o país estão igualmente confrontados com a globalização e a liberdade de escolhas e de movimentação. O estado da nossa economia e este projecto mesquinho de empobrecimento em segurança que é defendido nos nossos areópagos políticos e sociais afugentam aqueles que têm mais potencial, porquanto estes podem obter resultados muito superiores, e intelectualmente mais estimulantes, com o mesmo esforço, em espaços económicos no estrangeiro. Não me refiro apenas aos empresários, mas aos quadros técnicos qualificados, quer tenham ou não instrução superior.

E se restarem apenas aqueles que estão conformados com a mediocridade e estão empenhados no “projecto de empobrecimento em segurança”, não percebo como irá sobreviver o Estado. Os paladinos estatizantes diabolizam aqueles que pretendem ganhar dinheiro, ter lucro, ter êxito financeiro. São émulos dos escolásticos da Alta Idade Média no que respeita ao horror pelo pecado do lucro. Mas lançam-lhes olhares cobiçosos para lhes tentarem extrair os lucros para se subsidiarem a si próprios e às suas actividades ineficientes ou mesmo estéreis. Todavia apenas conseguem matar a galinha dos ovos de ouro. É isso que os distingue do pensamento liberal, que prefere tratar a galinha o melhor possível, alimentá-la e robustecê-la, para lhe melhorar a postura, e não matá-la por um misto de ódio pelo êxito da postura e para sacar de uma vez todos os ovos.

Não amam o dinheiro produtivo, cobiçam-no apenas para o tornar estéril.

Publicado por Joana às março 1, 2005 09:58 PM

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Comentários

Estamos feitos? É isso?

Publicado por: bsotto às março 1, 2005 10:39 PM

Fala da fuga de cérebros e de empresários, mas vejo é chegarem imigrantes qualificados para fazerem coisas desqualificadas

Publicado por: Cerejo às março 1, 2005 10:47 PM

"O governo e o país estão igualmente confrontados com a globalização e a liberdade de escolhas e de movimentação. "

Continua " amarrada " às contas dos merceeiros, e andando por aí, não verá nunca a luz ao fundo do túnel... Eu que não sou economista nem político consagrado, sendo apenas mero observador, vou-lhe deixar a si e seus amigos algumas saídas possíveis:

- A globalização pode ser contrariada a qualquer momento, aliás é nesses momentos, que se Vê quem Merece o epíteto de Político. Logo Sócrates, pode Proíbir certos produtos Chineses ou até Europeus, basta apenas Querer !

- Pode promover o Compre Português

- Pode junto dos Empresários e dos Consumidores relançar o Made in Portugal.

- Pode apelar à alma Lusitana e aos seus Jovens para que se Elevem.

- Pode exigir salários Europeus de maneira a ser correspondido pela tal Juventude.

- Pode AFIRMAR E CONVENCER, que afinal temos até um elevado nível de qualidade de vida Europeu e que em nada ficamos atrás deles. ( ao contrário da imprensa que nos quer convencer que somos tadinhos ) Aliás este facto deveria ser debatido com casos concretos , nem que tivessemos que trazer aqui à presença da imprensa, um Espanhol, Um Francês, um Alemão e um Inglês, na presença de um Português da mesma profissão. ( bem sei que os Tugas são dificeis e já estão convencidos que são os coitadinhos da Europa, quando até vivem ao melhor nível )

- Há que ter coragem para partir as cabecinhas dos Tugas, começando por uns certos Intelectuais amórficos Tugas e acabando nos média.

Publicado por: Templário às março 1, 2005 11:33 PM

Afixado por: Templário em março 1, 2005 11:33 PM

Afinal é tudo tão simples que nem se entende como é que se deixou chegar a situação na este ponto.

Você pode, como parece, não perceber nada dos assuntos a que dedica a sua atenção, mas que tem piada, tem, sim senhor.
Quero dizer, no sentido tragicómico.

Publicado por: Manela às março 2, 2005 01:34 AM

Afixado por: Templário em março 1, 2005 11:33 PM

Afinal é tudo tão simples que nem se entende como é que se deixou chegar a situação a este ponto, né?

Você pode, como parece, não perceber nada dos assuntos a que dedica a sua atenção, mas que tem piada, tem, sim senhor.
Quero dizer, no sentido tragicómico.

Publicado por: Manela às março 2, 2005 01:45 AM

"vejo é chegarem imigrantes qualificados para fazerem coisas desqualificadas"

Excelente, oportuna observação.

Mas, se disser isto aos auto-denominados "liberais" de direita portugueses, eles meterão os pés pelas mãos. Porque esses liberais estão funcionalmente aliados aos conservadores, e liberalismo e conservadorismo têm posições opostas sobre a imigração. Um liberal só pode ser favorável a uma política de portas abertas, e ao acesso dos imigrantes a todos os empregos, incluindo aos qualificados. Um conservador, pelo contrário, pretende restringir a entada de imigrantes para manter a pureza da "raça", e reservar para os imigrantes apenas os empegos mal pagos e que não encontrem no mercado de trabalho português que os aceite.

Ainda há uns dias apareceu na SIC um imigrante ucraniano que deseja abrir uma escola de canoagem em Trás-os-Montes. Competência e espírito de iniciativa, é o que ele tem. Mas a direita portuguesa, os seus auto-denominados "liberais", não desejam tal coisa da parte de um estrangeiro.

Publicado por: Luís Lavoura às março 2, 2005 09:44 AM

Luís Lavoura em março 2, 2005 09:44 AM
Você não estará a confundir os liberais com os conservadores xenófabos.
Ambos "falam" em liberalismo económico.

Publicado por: Hector às março 2, 2005 09:51 AM

Joana, Joana...
Não se preocupe com as despesas públicas. Preocupe-se com a produção. Portugal precisa de equilibrar as contas externas, o que só conseguirá promovendo a qualidade dos nossos produtos, o que implica promover a qualificação dos nossos gestores. Todos os nossos recursos disponíveis deviam estar virados para essa missão, que passa também pela importação (temporária) de gestores qualificados que reorganizem as nossas empresas e formem gestores portugueses. Se formos bem sucedidos nesse objectivo, as despesas públicas rapidamente se tornam suportáveis. Controlar o deficite sem promover a produção é perpetuar a pobreza e o declínio.

Publicado por: Albatroz às março 2, 2005 09:55 AM

Luís Lavoura em março 2, 2005 09:44 AM:
Sobre a imigração, e o que eu penso, leia sff, os posts seguintes (estão no arquivo de Outubro de 2003):
http://semiramis.weblog.com.pt/arquivo/027658.html
http://semiramis.weblog.com.pt/arquivo/027660.html
http://semiramis.weblog.com.pt/arquivo/027661.html
http://semiramis.weblog.com.pt/arquivo/027662.html
Acho a imigração, refiro-me à com qualificação, extremamente importante para o país.

Publicado por: Joana às março 2, 2005 10:07 AM

Albatroz em março 2, 2005 09:55 AM:
Com o nível de despesa pública que temos, com a ineficiência do Estado e com a imposição fiscal que isso acarreta, você não consegue desenvolver a produção. Se você tiver dinheiro e know-how, investe cá? Só se for por amor à camisola.

Publicado por: Joana às março 2, 2005 10:10 AM

Templário em março 1, 2005 11:33 PM.
Sócrates não pode impedir nada. Só a UE pode invocar a cláusula de salvaguarda, mas não quer.
Você pode promover o que quiser, mas a malta continua a comprar o que é mais barato.
etc.
Você acredita mesmo no que escreve?

Publicado por: David às março 2, 2005 10:29 AM

O Luís Lavoura está absolutamente enganado. Nada de novo.

Vamos lá a ver arranjo algum tenho tempo para escrever sobre isto que o tema é interessante.

j.

Publicado por: jcd às março 2, 2005 10:33 AM

"O Luís Lavoura está absolutamente enganado" (jcd)

Em que é que eu estou enganado, jcd?

Eu afirmei três coisas:

1) Que o liberalismo é favorável à livre entrada de imigrantes e à sua livre promoção profissional, incluindo à possibilidade de imigrantes ocuparem lugares como médicos, enfermeiros, engenheiros, ou outros lugares bem pagos.

2) Que o conservadorismo é contrário à entrada de imigrantes, a qual pretende restringir, pretendendo além disso impedir os imigrantes de ocupar certos postos de trabalho para os quais haja também concorrentes nacionais, uma vez que o conservadorismo privilegia sempre os nacionais.

3) Que em Portugal os liberais de direita (ou, pelo menos, muitos deles) vêm o seu futuro como aliados dos conservadores, pretendendo aglutinar liberalismo e conservadorismo num só partido de direita.

Qual destas três frases é que, na opinião do jcd, está errada?

P.S. Se o jcd quiser escrever sobre o tema, faça-o por favor aqui, porque eu não costumo ir ler o seu blogue.

Publicado por: Luís Lavoura às março 2, 2005 12:16 PM

Se um liberal se definisse por permitir as "portas abertas" aos imigrantes, e um Conservador por mantê-las "fechadas", logo que esta «preclara direita» estivesse no Poder, estávamos todos de parabéns com as portas "de greta".

Publicado por: asdrubal às março 2, 2005 12:35 PM

Afixado por: Luís Lavoura em março 2, 2005 12:16 PM

Está enganado pelo simples facto de não existirem auto-denominados liberais de direita. Os políticos fogem do nome liberal.

Os poucos liberais tanto estão no PSD e CDS como no PS, por serem muito poucos. Os da blogoesfera, nunca vi nenhum denominar-se de direita. E não é difícil de perceber porquê. Seria passar de cavalo para burro.

E essa de dizer que "não costumo ir ler o seu blog" é um exemplo de menoridade existêncial. A liberdade é sua, não precisa de dizer o que não faz.

Publicado por: Mário às março 2, 2005 02:10 PM

Mário em março 2, 2005 02:10 PM:
Estou de acordo consigo. Em Portugal não existe uma cultura liberal. Quer o constitucionalismo monárquico, quer a 1ª República baseada na fraude eleitoral, quer a Ditadura corporativa, quer a III República via ao socialismo, criaram uma ideologia dominante anti-liberal, que é um anátema permanente contra qualquer um que se intitule de liberal. É como se fosse um cristão novo judaizante nos tempos da Inquisição.

Publicado por: Joana às março 2, 2005 02:28 PM

Quanto à esquerda e à direita, é uma questão geométrica herdada dos tempos da Revolução Francesa.
A esquerda actual, pelo menos a esquerda da esquerda, é o que há de mais reaccionário e cavernícola.

Publicado por: Joana às março 2, 2005 02:32 PM

David em março 2, 2005 10:29 AM

A malta compra o que é mais vistoso e espampanante, não o que é mais barato, mesmo que fique endividado até à 5ª geração.

Publicado por: Senaqueribe às março 2, 2005 02:32 PM

O «Jornal da Nova Democracia» veícula uma ideologia liberal, e o próprio partido "PND" parece constituir-se como partido liberal.
Ora vejam :
http://www.demoliberal.com.pt/index.php

Publicado por: asdrubal às março 2, 2005 02:46 PM

Esse gajo transparente, que anda ao sabor das ondas, sem discurso coerente, não me convence.

Publicado por: David às março 2, 2005 02:55 PM

Senaqueribe: Você então é da opinião que o endividamento é um conluio entre o Estado e a malta. Somos todos cúmplices!
Então não há nada a fazer. É esperar que tenhamos emenda!

Publicado por: David às março 2, 2005 02:58 PM

David: É isso, mais ou menos.

Publicado por: Senaqueribe às março 2, 2005 03:42 PM

"O eventual (e magro) aumento de receitas no combate à evasão fiscal deve ser aplicado em diminuir o peso fiscal dos que são obrigados a cumprir."

Existem cumpridores e incumpridores, mas a obrigação de cumprir é para todos. Os tais "obrigados" a cumprir, ou seja, aqueles que não conseguem fugir, não merecem nenhuma discriminação positiva - o seu comportamento resulta de uma impossibilidade e não de uma opção.

Diminuir a carga fiscal dos que cumprem (até porque os restantes não têm carga fiscal...) só seria possível se a receita fosse maior que a despesa e o total da dívida pública tendesse para 0. Como esse não é, nem tão cedo será, o nosso cenário, para quê sugerir tal diminuição.


Em Portugal tudo é negro, lá fora tudo é extraordinário. Os portugueses produtivos precipitam-se numa fuga desenfreada para o "El Dourado", que afinal é qualquer sítio desde que não seja onde estão actualmente. Isto não faz sentido, todos os países têm problemas, muitos encontram-se em pior situação que nós. Não sei qual será a origem desta idealização paradisíaca do exterior, garanto é que ele não é assim tão extraordinário.

Publicado por: Razio às março 2, 2005 03:52 PM

Razio: diminuir os impostos, dinamiza a economia. Todos, tirando o BE e o PC, estão de acordo sobre isso.

Publicado por: Hector às março 2, 2005 04:02 PM


Luis Lavoura, tenho que o felicitar por ter a coragem de emitir uma opinão tão estúpida sobre a imigração. Pensava que só mesmo do BE ou do Partido Humanista se poderiam ouvir coisas tão completamente cretinas.

http://politicaxix.blogs.sapo.pt/

(escusa de ir lá que não há nenhum artigo sobre imigração... ainda)

Publicado por: TheStudio às março 2, 2005 04:06 PM

É claro que a Joana, como sempre culpa os mesmos!
Os Func. Públicos, os trabalhadores por conta de outrém, etc...
Quanto aos lucros dos bancos nada diz!
A descapitalização da C.G.D., único banco que deu prejuízo, passa ao lado.
O escândalo dos empresários que cairam no conto do vigário da falsa juíza, porque teriam telhados de vidro, nada diz.
Como chegamos a este ponto, já todos sabemos quem é que a Joana culpa, claro, os mesmos que os "demitidos" sempre culparam, mas entretanto nada fizeram, ou por outra, fizeram pior.
A Joana e a direita populista, deviam estar muito caladinhos, sem voto na matéria, porque não têem exemplos nenhum para apresentarem.
E por favor não culpem os outros pela vossa incompetência!
Pelo menos tenham lá um bocado de vergonha na cara!

Publicado por: E.Oliveira às março 2, 2005 04:11 PM

"é um anátema permanente contra qualquer um que se intitule de liberal"

Há nas bancas um jornal semanário intitulado "Domingo Liberal". O blogue Blasfémias, que tem mais de meia dúzia de escribas, reivindica-se de liberal. No blogue Acidental, há mais um outro que se reivindica de tal. E noutros blogues já encontrei mais pessoas a dizer-se "liberais" e "de direita". No blogue Barnabé, um dos escribas é descrito como sendo um "liberal de esquerda".

Logo, parece-me ridículo dizer que ninguém se reivindica de liberal, em Portugal.

Publicado por: Luís Lavoura às março 2, 2005 04:14 PM

Afixado por: asdrubal em março 2, 2005 02:46 PM

Ser liberal não é para quem quer (e se coloca de bicos de pés) mas apenas para quem pode.

Publicado por: Mário às março 2, 2005 04:31 PM

Existem vários blogs que se intitulam liberais, é certo. E basta lê-los para perceber que dizem aquilo que é censurado em toda a parte. De resto, estou em crer que o jornal “Domingo Liberal” só pôde vir às bancas depois do caminho desbravado a muito custo por estes blogs. Além de que é evidente a ligação entre o jornal e alguns blogs. Mas isto é apenas para um público muito reduzido, talvez nem 1% da população se tenha apercebido do fenómeno.

Ma o problema nem é tanto usar-se o termo liberal (que alguns usam sem o merecerem). O problema é a cultura que impede o pensamento liberal... e que impede também o pensamento livre.

Mas em Portugal é assim. Levou também muitos anos até se poder fazer programas de humor a sério, que não fossem revistas ou as graçolas do costume. Levou muito tempo até se poderem dizer certas coisas na TV. Tem que haver sempre quem tenha a coragem de abrir caminho, apanhar forte, para depois, por milagre, muitos aderirem à causa.

Somos um país de inquisidores cobardolas. De gente com medo de rir e de pensar.

Publicado por: Mário às março 2, 2005 04:54 PM

Se o "Mário" cujo pensamento liberal, aqui neste espaço tem sido pretensamente patenteado, diz que as graçolas do "levanta e ri", dos "batanetes", dos "malucos do riso", do "bora lá Marina", etc...
são programas de humor a sério, estamos conversados!
Era só o que faltava dizer-se liberal (pensamento político respeitável, como qualquer outro), e confundir humor, com libertinagem!

Publicado por: locas às março 2, 2005 05:22 PM

"Ser liberal não é para quem quer (e se coloca de bicos de pés) mas apenas para quem pode".

Afixado por: Mário em março 2, 2005 04:31 PM
.
Não percebi a mensagem. Quem, exactamente, «está em bicos de pés» ? Também não vejo, a priori, e para ser franco, qual seja essa dificuldade quase inultrapassável em ser-se liberal.
Não se trata do gato de Shrödinger, pois não ?

Publicado por: asdrubal às março 2, 2005 05:46 PM

Afixado por: locas em março 2, 2005 05:22 PM

Não, a porta foi aberta para o bom humor (como o Gatos Fedorento) e para o mau.

E eu não sou daqueles que se dizem liberais porque tenho consciência das minhas limitações na matéria. Mas sei o suficiente para dizer que é muito limitado chamar ao liberalismo um "pensamento político".

Mas relaciono muito de perto o humor (a sério) com liberdade. Se não quis perceber onde queria chegar, talvez alguém consiga.

Publicado por: Mário às março 2, 2005 05:47 PM

Afixado por: asdrubal em março 2, 2005 05:46 PM

Refiro aqueles que tinha referido - Os "novos democratas".

Não disse que havia alguma dificuldade extrema em ser-se liberal. Apenas não me parece ser coisa que se possa aderir por simpatia. E já vi por inúmeras vezes pretensos liberais começarem a pensar negando aquilo que pensam defender.

Mas o mesmo se poderia dizer para os marxistas, que não podem por simples conversão de um momento para o outro integrar em si todo o pensamento e modos de ser conformes ao "credo". Ou para os cristãos, para os quais não basta rezar e acreditar.

Resumindo. É preciso uma aprendizagem longa para se poder assumir de forma credível como liberal, não diferindo isto de tantas outras doutrinas.

Publicado por: Mário às março 2, 2005 05:58 PM

Essa dos "gatos fedorentos" é mais uma, é como ser-se "liberal", estão na moda...
São "flop´s"...

Publicado por: locas às março 2, 2005 07:09 PM

Mário: Só se aprende quando se quer. Se eu for um amanuense há várias décadas, tenho dificuldade a apreender o pensamente liberal

Publicado por: David às março 2, 2005 07:48 PM

Pois, David. Só aprende o pensamento socializante

Publicado por: Coruja às março 2, 2005 08:33 PM

Li que o Vitorino pensa dedicar-se à advocacia

Publicado por: Rave às março 2, 2005 10:08 PM

O Vitorino não vai para o governo. Ehehehe. Vai dedicar-se à advocacia

Publicado por: Rave às março 2, 2005 10:22 PM

O Vitorino não vai para o governo. Ehehehe. Vai dedicar-se à advocacia

Publicado por: Rave às março 2, 2005 10:23 PM

Este servidor está uma sucata.

Publicado por: Rave às março 2, 2005 10:26 PM

De facto está, Rave. Você teve sorte em ter inserido algo. Teve azar na trapalhada que saiu por causa do sistema

Publicado por: David às março 2, 2005 10:28 PM

Afixado por: locas em março 2, 2005 07:09 PM

Discordo em asoluto. Fulanizando, os membros do "Gato" são um grupo variado em termos políticos.

Em termos de programa de humor, acompanhod esde o nascimento meio clandestino e não tenho dúvidas em afirmar que são dos programas mais inovadores a nível mundial.

Mas também para rir é preciso coragem.

Publicado por: Mário às março 3, 2005 10:00 AM

Também me parece, Mário. Leio-os pouco, mas acho-lhes piada.

Publicado por: Diana às março 3, 2005 10:06 AM

É preocupante o silêncio de Sócrates. Será que ele consegue arranjar ministros em condições, ou vai recorrer à tralha guterrista?

Publicado por: fbmatos às março 3, 2005 01:47 PM

Deve andar a vasculhar no baú guterrista que estava no sótão.
Ainda arranja uma alergia.

Publicado por: David às março 3, 2005 02:37 PM

Li que um dos objectivos de um novo governo socialista e que está aliás inscrita no compromisso eleitoral do PS, será acabar com a RTP2.
Mas se andaram aos gritos contra isso quando Morais Sarmento falou em acabar com a RTP2. Não percebo.

Publicado por: Ramiro às março 3, 2005 08:53 PM

Eu explico. Nunca estão de acordo com o governo, enquanto estão na oposição.
É uma das teorias políticas mais importantes

Publicado por: Jarod às março 3, 2005 09:48 PM

Manela em março 2, 2005 01:34 AM

É por as coisas serem demasiado simples e só alguns as verem, que existem estes ditados populares:

- só os cegos não vêem

- O Rei vai nu

- É o ovo de Colombo

Estes famosíssimos ditados, foram confirmados, pela vivência de centenas de povos e de milhões de pessoas em todo o Mundo.

O que antes se afirmava quase impossível, de uma hora para a outra se transforma, basta que para tal, se tenha vontade política !

Um exemplo recente do ministro Paulo Portas:

- Decidiu, acabar com o serviço militar obrigatório, e acabou com ele, já não existe !

- Decidiu, dar uma pensão àqueles que andaram aos tiros em Àfrica e que nunca tinham pedido nada, pois tinham apenas o sentimento de terem servido os interesses de Portugal, e portanto hoje são heróis pagos, mesmo baratos, num País que tem alto deficite e que mesmo assim se Teve a Coragem Política para gastar...

Nem vale a pena, continuar-lhe a dar exemplos, daquilo que pretendia dizer, termino relembrando-lhe que Barroso veio com a treta da Tanga e ficámos mesmo de tanga, essa é que é a realidade, portanto eu apenas pretendi apelar ao inverso.

Publicado por: Templário às março 3, 2005 09:48 PM

Foi um desastre. Se o Barroso tivesse vindo com a treta do Smoking, hoje éramos ricos

Publicado por: Coruja às março 3, 2005 09:59 PM

Foi um desastre. Se o Barroso tivesse vindo com a treta do Smoking, hoje éramos ricos

Publicado por: Coruja às março 3, 2005 10:01 PM

Foi um desastre. Se o Barroso tivesse vindo com a treta do Smoking, hoje éramos ricos

Publicado por: Coruja às março 3, 2005 10:08 PM

Coruja: você acertou no vinte. É tudo uma questão de palavras

Publicado por: Susana às março 4, 2005 01:51 PM

Vão ser mesmo difíceis!

Publicado por: rudy às março 5, 2005 10:03 PM

Pois vão. O Campos e Cunha já avisou.

Publicado por: Gros às março 8, 2005 08:56 PM

Esperemos que no Luxemburgo nos permitam gastar à tripa forra

Publicado por: Gros às março 8, 2005 08:57 PM

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