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março 08, 2005

Países Soberanos com uma Moeda Única

e as contradições inerentes

É difícil o entendimento no Luxemburgo. Temos 12 Estados com situações diferenciadas quanto ao desenvolvimento económico, competitividade e qualificação do sector produtivo, peso relativo e eficiência do sector público, conjuntura económica específica, grau de consciência cívica e discernimento dos respectivos habitantes, etc., etc.. Cada um destes Estados soberanos, se não houvesse moeda única, estaria a realizar uma política financeira própria.

Por exemplo, Portugal ainda estaria a ser governado por António Guterres, o escudo estaria desvalorizado 50% ou mais, e caminharíamos, hipnotizados, para uma economia de troca natural, para uma situação similar à vivida pela Argentina há poucos anos.

Outros Estados teriam aplicado políticas diferentes. O difícil é uniformizá-las, dentro da diversidade de situações. Há Estados que consolidaram a sua economia e têm um modelo que funciona bem, nas presentes circunstâncias.

Outros não o fizeram e estão com sérios problemas orçamentais que tenderão a agravar-se, como os casos da Alemanha e da França, por exemplo. Estes últimos gostariam de aplicar as mezinhas keynesianas, tentando dinamizar a economia através da despesa, sem cortar na sua actual despesa pública, tornada rígida pelo modelo que adoptaram. São soluções de efeito transitório, porque o que é estruturante não é alterado. Mas como as legislaturas também são transitórias e o objectivo é ganhar as próximas eleições...

As razões apontadas para flexibilizar o pacto até são “aliciantes”. A Alemanha pede que o PEC não contemple: 1) custos com a reunificação do país (que já foi há 14 anos!); 2) contribuições nacionais para o orçamento comunitário; 3) despesas públicas com qualidade. Quanto à França quer excluir: 1) despesas de investimento; 2) despesas de investigação; 3) despesas de Defesa (!!); 4) ajudas ao desenvolvimento.

O problema é que um défice é um défice, quer seja por motivos nobres, quer seja por se ser perdulário. Eu posso endividar-me porque investi em casa própria mais do que conseguiria pagar; porque fui perdulária a despender nos centros comerciais e locais de diversão; ou apenas porque, em repetidos gestos piedosos e altruístas, dei esmolas em excesso. Ou ainda, como no caso da França, porque adquiri uma AK47 e vários pitbull e doberman, para defender a minha residência de intrusos.

A questão é que, quando se começa neste regateio, criam-se escapatórias por todo o lado, nomeadamente no caso dos países com contabilidades públicas criativas. Talvez por isso, o primeiro-ministro do Luxemburgo, que assume actualmente a presidência da União Europeia, considera que o PEC em vigor funciona mal mas prefere essa realidade a ter um novo Pacto que, daqui a uns anos, não funcione.

Provavelmente tem razão. Quem não tem dinheiro, não tem vícios. Portanto, uma forma de acabar com o vício da despesa excessiva, é cortar no dinheiro.

Publicado por Joana às março 8, 2005 07:58 PM

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Comentários

Se aceitarem a flexibilização tal como a França e a Alemanha pretendem vai ser um regabofe

Publicado por: Susana às março 8, 2005 10:05 PM

A França tem que estar preparada para defender as suas colónias, sobretudo em África, visto que os respectivos capatazes nem sempre dão boa conta do recado.

Publicado por: Senaqueribe às março 8, 2005 10:13 PM

Você talvez tenha razão, Joana. Mas como a França e a Alemanha já não cumprem, em qualquer dos casos.

Publicado por: Cerejo às março 8, 2005 10:28 PM

Por essa ordem de ideias, Cerejo, o melhor é desistir do Parlamento Europeu e da Comissão, e pôr o Chirac e o Schroeder a mandarem na eurolândia

Publicado por: David às março 8, 2005 10:46 PM

É preciso entender uma coisa, os países mais ricos da comunidade ou não aderiram à moeda única ou pedem a revisão do PE, aqui a Joana pensa, mas só pensa, que é mais inteligente que a maioria dos economistas desses países, pois o que se passa é que o mundo não está adaptado a “utilizar” os meios neo-liberais que a Joana tanto apregoa, porque governar não é, e aqui vou-me repetir, gerir uma empresa, os estados têm obrigações para com os povos, obrigações essas que muito dificilmente podem omitir, governar é mais do que pura e dura contabilidade do deve/haver. Criar condições de educação, custa dinheiro, olhar pela saúde do povo, custa dinheiro, não deixar que os empresários menos escrupulosos abusem dos trabalhadores, custa dinheiro, dinheiro este que não é investimento é um custo puro e duro e são estes meios, entre outros, que os estados utilizam e fazem a diferença entre as contas de merceeiro que a Joana apregoa e a governação de uma nação.

Publicado por: Gato Fedorento às março 8, 2005 10:55 PM

Uma política económica keynesiana é o que este país precisa e alguns (e algumas) liberais mereciam !

Publicado por: zippiz às março 8, 2005 10:58 PM

O Sócrates deve estar desejoso que seja aprovado, para poder gastar à vontade

Publicado por: Rave às março 8, 2005 10:58 PM

Afinal parece que a Alemanha ( O País mais rico do Mundo Per/Capita ) e a França ( c/ grande excedente comercial) Têm uma atracção "fatal" pelo Abismo...será que são suícidas?

Publicado por: Templário às março 8, 2005 11:14 PM

Vou passar a dizer isso à minha mulher, Gato. Ganho 1000 euros. Mas não queremos contas de merceeiro. Os miúdos em bons colégios. 500 euros por mês? E depois? Governar uma casa não é gerir uma mercearia. Olhar pela nossa saúde. Custa mais 500 euros por mês? E depois? Governar uma casa não é gerir uma mercearia. Gasto o que for preciso, porque não faço contas de merceeiro.
Chega o fim do mês. Vou para a cave e imprimo 10 mil euros falsos.

Publicado por: Hector às março 8, 2005 11:29 PM

Deixem-se de merdas!... MOURINHO a primeiro ministro JÁ!!!... ou o Dom Sebastianismo no seu melhor.

Publicado por: Luís António Viriato às março 8, 2005 11:44 PM

Hector em março 8, 2005 11:29 PM

Pior do que ser cego é não querer ver!

Compreendo que os neo-liberais na ganância de defender os seus interesses percam a compostura e digam disparates, mas tantos quanto você diz eu não esperava.

Publicado por: Gato Fedorento às março 8, 2005 11:50 PM

Afixado por: David em março 8, 2005 10:46 PM

Olhe que eu, antes de ler a sua intervenção, pensava que eles já mandavam mesmo nisto tudo.
Mesmo assim ainda fico com algumas reticências.

Publicado por: carlos alberto às março 8, 2005 11:52 PM

Afixado por: Luís António Viriato em março 8, 2005 11:44 PM

Espere lá.

Olhe que o Mourinho és um bom primeiro-ministro, mas também tem cá uns ministro de se lhe tirar o chapéu.
Com a actual equipa não o vejo a fazer milagres.
Onde é que metia o Freitas.
Nem a roupeiro.

Publicado por: carlos alberto às março 8, 2005 11:56 PM

Mesmo assim estou muito atrás de si, Gato. Tenho que me esforçar muito ainda, mas não vou conseguir. Você é o recordista da asneira

Publicado por: Hector às março 9, 2005 01:01 AM

É muito difícil pôr aqui comentários. Que se passa?

Publicado por: Sa Chico às março 9, 2005 01:12 AM

Acho que a Weblog mudou o sistema e agora ainda está pior. Coisas à portuguesa.

Publicado por: David às março 9, 2005 01:22 AM

Quando há mais movimento, é quase impossível comentar. A esta hora é mais fácil

Publicado por: David às março 9, 2005 01:26 AM

Mesmo assim estou muito atrás de si, Gato. Tenho que me esforçar muito ainda, mas não vou conseguir. Você é o recordista da asneira

Publicado por: Hector às março 9, 2005 01:34 AM

A moeda única é o que nos tem safo da má governação. Se não as obrigações, estavamos no mato. Se facilitam, temos outravez o guterrismo

Publicado por: Valente às março 9, 2005 01:38 AM

Talvez não tão laxista, mas uma semi.segunda edição

Publicado por: Valente às março 9, 2005 01:41 AM

Nota que o meu anterior comentário está em duplicado. Deve ter sido por causa da porcaria do sistema actual que dificulta os comentários. Uma pessoa insiste e o comentário aparece em duplicado

Publicado por: Hector às março 9, 2005 01:47 AM

Pois isto estava uma sucata, Agora está melhor.

Publicado por: Sa Chico às março 9, 2005 02:25 AM

Muitos dos comentários aqui deixados traduzem o eterno conflito entre o "económico" e o "social". Quem não está ameaçado de exclusão quer que os recursos sejam todos investidos na produção e no consumo. Quem receia a exclusão (ou não perdeu completamente o sentido da solidariedade) quer que muitos desses meios se dirijam para a satisfação de necessidades sociais. A verdade é que os recursos disponíveis não chegam para plenamente satisfazer ambos. Governar é afectar recursos de forma a estabelecer um equilíbrio entre essas duas prioridades. É preciso garantir uma vida digna para todos sem sacrificar excessivamente a capacidade de investir e produzir. É mais uma arte do que uma ciência. Mas é uma arte que não pode ser praticada em ambiente capitalista liberal fundamentalista. Mesmo quando os governantes tentam enganar o Zé Povinho rotulando-se de "socialistas"...

Quanto à fixação da Joana com a despesa pública devia ter uma condição: cortar na despesa pública sim, desde que isso não reduza as já ridículas prestações sociais. Se a Joana nos disser como é que isso pode ser feito, estarei com ela. Mas se cortar na despesa pública significar sacrificar ainda mais quem já pouco ou nada tem, então não.

Publicado por: Albatroz às março 9, 2005 08:46 AM

Obviamente a nossa principal prioridade devia ser aumentar o produto, sobretudo na área dos bens transaccionáveis. Mas como isso exige esforço, trabalho, investimento, organização, disciplina, e não se presta a truques contabilísticos nem a demagogias baratas, acaba por passar desapercebido. É mais fácil anunciar - ou propor - cortes na despesa pública... Sobretudo se esses cortes não prejudicarem quem os propõe...

Publicado por: Albatroz às março 9, 2005 08:53 AM

Albatroz em março 9, 2005 08:46 AM:
Nunca advoguei cortes nas prestações sociais, nem sequer o aumento, a curto prazo, da idade da reforma (que na nossa actual situação ainda aumentaria o desemprego). O que advogo são cortes nos custos de funcionamento do Estado. A despesa pública tem que diminuir no mínimo 20%. Essa diminuição terá que ser feita com a reorganização dos serviços, tal como foi advogada por Cadilhe.
Com o actual funcionamento do sector público e as consequências que isso traz, não é possível um desenvolvimento económico. O nosso país não é atrativo para os investidores, estrangeiros ou nacionais.
A continuarmos assim, é a estagnação, mesmo que momentaneamente haja um alívio, fruto da expansão exterior.
Não é fácil cortar na despesa. Nenhum dos governos anteriores conseguiu. O que é fácil é extrair mais dinheiro do país, aumentar a receita. Foi o que Campos e Cunha sugeriu. Todavia é um facilidade perversa, porque retira ainda mais competitividade à economia

Publicado por: Joana às março 9, 2005 09:48 AM

Acho que vai haver alguma flexibilização em alguns campos, mas não acredito que aceitem as propostas da França e Alemanha. Seria o fim anunciado do PEC e do euro.

Publicado por: Novais de Paula às março 9, 2005 10:20 AM

Há pessoas que adoptam a lógica do bairro de lata. Quando há problemas apenas conseguem reagir gritando e insultando. Acham que trazendo os papões do capitalismo selvagem e do neo-liberalismo (uma re-invenção moderna das tentações do demónio) se consegue criar um medo paralizante e deixar tudo como está.

Ninguém de espírito são acha que o melhor para um toxico-dependente é a manutenção do seu vício, utilizando todos os meios para conseguir o dinheiro que o sustenta. Nem sequer é um problema que só diga respeito ao toxico-dependente, porque ele pode não hesitar em roubar para conseguir o que necessita.

Contudo, em relação à economia, ainda há muitos "pensadores" que acham que a salvação é o aprofundamento do vício. Para eles, o toxico.-dependente deve roubar sem pudores (aumentar impostos, despesa pública). Estes pensadores não temem o vício mas a cura. Bem sabemos que a privação provoca dores terríveis. Mas é a única forma de ultrapassar o problema.

A analogia podia prosseguir. Quem lidou com toxico-dependentes sabe que muitos deles pensam que têm tudo controlado. Dizem eles que largam aquilo quando quiserem. O problema começa logo por não quererem...

Publicado por: Mário às março 9, 2005 10:50 AM

Mário, totalmente de acordo. É exactamente essa a forma como a questão se coloca.

Publicado por: David às março 9, 2005 10:57 AM

Mário em março 9, 2005 10:50 AM

Um vício não é uma necessidade legítima. Não serve de comparação. Comer todos os dias, ter uma casa para habitar, ter acesso aos cuidados de saúde, não são vícios. São necessidades básicas e constituem direitos. Eu posso ignorar os vícios e a sua satisfação. Não posso ignorar direitos fundamentais. A comunidade não pode, legitimamente, optar por não satisfazer essas necessidades básicas. Aconteça o que acontecer, é imperativo que a comunidade encontre os meios para as satisfazer. Sem recurso a desculpas do género "só se pode distribuir riqueza depois de a criar". A partir de que momento é que a riqueza criada é suficiente para poder começar a ser distribuída? Espero que o Mário nunca venha a estar na situação de precisar do apoio do Estado para sobreviver e não o encontre.

Publicado por: Albatroz às março 9, 2005 11:16 AM

Bem gostava que a Joana reconstituísse uma história - a de que a Espanha no século XVI declarou falência escusando-se a pagar aos Fugger a enorme dívida contraída, à conta da taxa dos 5% negociados sobre o comércio com as américas em troca dos subornos aos eleitores quando da eleição de Carlos V para imperador.

E então? Declarou falência e aseguir declararam os Fugger a falência, embora continuassem a viver da fortuna pessoal. Nada de mal veio daí ao mundo, que eu saiba.

Os Estados hoje já não declaram falência. Qual é o problema de por as rotativas do BCE a trabalhar mais? Aumenta um pouco a inflacção, desvaloriza o euro face ao dólar (o que até é bom para exportações europeias nomeadamente de carros) mas se esse excedente de dinheiro for usado para políticas sociais pagam todos um pouco para ajudar os mais carenciados, o que qualquer religião dirá que é justo. Além de ser justo revitaliza o tecido económico se for orientado para despesas de investimento também.

Eu não sou economista, mas acho abusivo comparar o Estado com uma pessoa singular do ponto de vista dos respectivos défices, expectativas e margem de manobra.

Publicado por: pyrenaica às março 9, 2005 11:39 AM

A droga a que o Mário se referia julgo ser o dinheiro injectado na economia para suprir o excesso de despesa pública.

Publicado por: Hector às março 9, 2005 11:40 AM

Albatroz em março 9, 2005 11:16 AM:
Por essa lógica, não haveria limites para a despesa pública. Julgo que não seria essa a sua intenção, mas é onde pode levar o que escreve

Publicado por: Hector às março 9, 2005 11:42 AM

A alteração propsota pela França de não considerar para efeitos do défice as despesas de investimento e de investigação parece-me boa por dois motivos:

1- São as áreas em que é mais fácil cortar, para reduzir o défice diminui-se o investimento em deterimento de reduzir a despesa de funcionamento do Estado;

2- No caso de não se considerarem para o défice desse ano (para efeitos do défice máximo permitido pelo PEC) irão pesar na dívida pública, que não deve passar de 60% do PIB, e que merece mais atenção.

Não vejo nenhuma utilidade às restantes alterações a não ser a de facilitar a tarefa dos países que as sugerem, com o possível custo de destruir o PEC.

Uma outra alteração que deveriam sugerir seria a de não considerar as receitas extraordinárias para efeitos do défice sobre o qual incide o PEC, uma vez que estas são ainda piores para o país que um qualquer malabarismo contabilístico.

Publicado por: Daniel às março 9, 2005 11:59 AM

A propósito do comentário anterior de pyrenaica, vale a pena lembrar que grande parte da exploração do Oeste americano foi feita a custa de dívida pública que nunca foi paga. Nos Estados Unidos no século 19, havia uma constante tensão entre os estados da costa atlântica, os quais pretendiam manter um conservadorismo monetário, sem desvalorização do dólar, e os estados da fronteira ocidental, os quais pretendiam um impressão constante de mais dólares, para financiar a exploração e povoamento do Oeste à custa de dívida pública.

Temos recentemente visto outos exemplos de estados que declaram "falência", recusando-se a pagar a dívida que contraíram. Foi o caso do Brasil, da Rússia, e de outros. Nada de horrível aconteceu. Os bancos credores renegociaram a dívida, isto é, encaixaram as perdas. E prontos.

Publicado por: Luís Lavoura às março 9, 2005 12:14 PM

Afixado por: Albatroz em março 9 e Afixado por: Joana em março 9
Eu diria mesmo que o que se passa neste blog não é só uma contenda entre o económico e o social. Passa-se aqui uma autêntica luta de classes! A Joana quer que o estado acabe ou pelo menos não gaste dinheiro com pobres e indigentes. Não tem coragem de propor as soluções que alguém já lhe soprou (mandá-los para o crematório ou fazê-los aceitar a solução proposta por Albino Forjaz de Sampaio nas Palvras Cínicas. Cita Cadilhe para umas coisas mas esquece que o Cadilhe também já advoga a Regionalização. Parece que está tudo muito mau. Mas os Bancos não se queixam (1700 mihões de euros de lucros em tempo de vacas magras é obra!). A Portugal Telecom também não - 500 milhões de euros de lucros.
Admita a Joana que víamos num Estado diferente e que estas Empresas eram mistas. Mesmo que o estado só tivesse 49%,ía buscar dinheiro suficiente para cumprir o défice sem que o Bagão tivesse de pilhar o Fundo de Pensões da Caixa (o que teria dado mais lucros à Caixa e mais dividendos ao Estado.
Mas é melhor fazer o frete ao Mestre que lhe paga.
Mas eu vou lançar um repto. Neste Blog há profissionais de todas as origens (Economia, Agricultura,etc). Vamos juntar-nos todos, retirar algum dinheiro das economias e fundar uma Empresa Agrícola e Industrial para produzir Colza, Girassol, Soja, beterraba, Sorgo, etc de acordo com a aptidão dos solos alugados ou adquiridos. Transformemos os granídeos em alcóol ou em etanol. E os materiais lenhosos em biomassa
Com isto, para além de uns dividendos poderíamos, criar empregos, contribuir para a redução da dependencia portuguesa relativamente aos combustíveis fósseis, melhorar o ambiente!
Eu estou pronto a arriscar. E vocês? Não basta atirar barro à parede. Embora também seja importante atirar barro à parede.
Pensem nisso. A Joana pode coordenar as actividades e marcar o encontro.

Publicado por: elmano às março 9, 2005 12:25 PM

Uma coisa é o que a Alemanha e a França pedem, outra muito diferente é o que esperam obter. Ainda há muito que negociar, e o resultado vai ser, naturalmente, um compromisso.
Duvido muito que a França consiga excluir do cálculo do défice as despesas militares e as ajudas ao desenvolvimento. A Alemanha terá muitas dificuldades em excluir os custos com a reunificação, mas provavelmente excluirá os outros.
O bloco dos países pequenos exigirá que não haja consideração por casos especiais: apoiarão os grandes na exclusão das despesas que eles próprios querem excluir e na exclusão das contribuições para o orçamento comunitário, e combatê-los-ão em relação às restantes. Quererão ainda excluír do cálculo algumas despesas sociais, no que não contarão com nenhum apoio por parte dos governos dos grandes; mas talvez contem com esse apoio por parte das respectivas opiniões públicas.
Temos assim que serão excluídas do cálculo do défice as despesas de investimento, as de investigação e desenvolvimento, as de apoio à qualidade e possivelmente algumas das despesas sociais e as contribuições para o orçamento comunitário.
Mas com limites: não estou a ver nenhum Estado autorizado a gastar ilimitadamente, mesmo nestas rubricas. O que haverá, possivelmente, será patamares de despesa autorizados em vez de um unico limite cego.
Um défice é um défice, mas nem todos os défices são iguais. Há os que são comportáveis e os que são incomportáveis em valor absoluto; e de entre os comportáveis, há os que são compostos por pura despesa sem retorno e os que são compostos por despesas de investimento.
O apoio à qualidade, por exemplo, permitirá que continue a haver mais americanos a querer comprar Mercedes do que europeus a querer comprar Cadillacs. Compreende-se que a Alemanha queira excluir esta rubrica do cálculo do défice: a qualidade industrial sempre foi a sua principal vantagem competitiva. Mas, uma vez conseguida esta exclusão, nada impedirá os outros Estados de a aproveitarem em benefício das suas próprias economias.

Publicado por: Zé Luiz às março 9, 2005 12:37 PM

Afixado por: Templário em março 8, 2005 11:14 PM

Alemanha ( O País mais rico do Mundo Per/Capita )
Não tás bem, Luxemburgo é o país mais rico do mundo percapita.

E se queres comparar com os EUA tens:

EUA 37800$
Alemanha 27000$

A subida em média do nível de vida desde 1994-2004
(dados do Ministério das Finanças Espanhol)

EUA 16%
EU 5,4%
Espanha 3,7%


"Temos recentemente visto outos exemplos de estados que declaram "falência", recusando-se a pagar a dívida que contraíram. Foi o caso do Brasil, da Rússia, e de outros. Nada de horrível aconteceu. Os bancos credores renegociaram a dívida, isto é, encaixaram as perdas. E prontos."
Isto é tipo de afirmação completamente obtusa. "E prontos"? acabou aí a história?

Não será porque fizeram provisões á custa de quem paga a tempo e a horas? Tu, eu e muitos outros ou julgas que o dinheiro cresce nas árvores?

O BES o BCP cobra as taxas e tem um spread X porquê? além de ser para fazer lucro é para pagar o crédito mal parado de quem não paga.

Publicado por: lucklucky às março 9, 2005 12:44 PM

Peço desculpa de não referir, a ultima citação é de Luis Lavoura.

Publicado por: lucklucky às março 9, 2005 12:47 PM

.
«A partir de que momento é que a riqueza criada é suficiente para poder começar a ser distribuída?»
.
Essa pergunta, Albatroz, devia ser dirigida ao Engº António Guterres. Ele "sabia".

Publicado por: asdrubal às março 9, 2005 12:51 PM

Afixado por: lucklucky em março 9, 2005 12:44 PM

«A subida em média do nível de vida desde 1994-2004
(dados do Ministério das Finanças Espanhol)
EUA 16%
EU 5,4%
Espanha 3,7%»

Lucklucky, não acredito nestes números. E não sei como se mede o «nível de vida».

Publicado por: Zé Luiz às março 9, 2005 01:21 PM

Um parentesis para Zé Luís (e Joana) :
Leu o caro Zé Luís o escrito («Interesses. Ligações.») de António Barreto no "Público" de Domingo 6 de Março ? Consta que já não está disponível ... se não estiver, e Joana me autorizar, coloco-o aqui porque vale muito a pena ler !

Publicado por: asdrubal às março 9, 2005 01:31 PM

Afixado por: asdrubal em março 9, 2005 12:51 PM

A pergunta do Albatroz é pertinente. Mais do que isso, é a pergunta que está no âmago de toda esta discussão.

As respostas são duas, uma fácil de pôr em prática, a outra difícil.

A fácil é: o momento a partir do qual a riqueza é suficiente para ser distribuída é o momento a partir do qual começa a ser produzida (porque a experiência nos diz que neste mundo nunca ninguém se considerou e nunca ninguém se considerará suficientemente rico).

A resposta defícil é: a riqueza tem de ser bem distribuída a partir do momento em que começa a ser bem produzida, e temm de ser bem produzida a partir do momento em que começa a ser bem distribuída.

A dificuldade da segunda rersposta está na dificuldade em determinar em que consiste uma «boa» distribuição e uma «boa» produção de riqueza. Será que a boa distribuição é a que conduz à igualdade económica absoluta? Será que a boa produção é a máxima produção, sem atender à utilidade ou nocividade dos bens e serviços produzidos? Haverá um nível óptimo de desigualdade que maximize a produção de riqueza e a partir do qual se aplique a lei dos «diminishing returns»? Haverá acima deste outro limiar de desigualdade a partir do qual a produção de riqueza diminua em vez de aumentar?
E se estes limiares existem, já teremos ultrapassado o mais baixo? Ou mesmo o mais alto?

A mim parece-me que a riqueza mal distribuída é pior que imoral, é inútil. Mas isto é o discurso etéreo e moralista de que me acusa a Joana. Sobre as questões concretas que levanto, pergunte à Joana, que sabe mas não diz.

Publicado por: Zé Luiz às março 9, 2005 01:42 PM

elmano em março 9, 2005 12:25 PM
Nunca escrevi que queria “que o estado acabe ou pelo menos não gaste dinheiro com pobres e indigentes”. Aliás já repeti esta negação dezenas de vezes!!!
Só afirmei que não queria que se desperdiçasse dinheiro no sector público. A eficiência que advogo para o sector público é aquela que as empresas têm que ter se querem sobreviver, enquanto são ordenhadas para alimentar o monstruoso Moloch público.
Quanto à sua ideia empresarialista, acho bem que a leve avante. Seria uma forma de se aperceber, na prática, que aquilo que eu tenho escrito está muito mais próximo da realidade do que pensa

Publicado por: Joana às março 9, 2005 02:01 PM

Afixado por Zé Luiz em março 9, 2005 01:42 PM
A pergunta: “o momento a partir do qual a riqueza é suficiente para ser distribuída” não faz sentido. A distribuição faz-se de acordo com o rendimento do país, mantendo um regime fiscal justo, eficiente e equilibrado. Mutatis mutandis, o Estado gere-se como se gere a vida doméstica.

Já agora, você só levanta questões concretas na sua imaginação. Você gira sempre à volta dos mesmos argumentos e verbalizações. Já lhe respondi diversas vezes. Porquê estar-me a repetir sistematicamente.
Você parece aqueles monges que, na clausura do convento, iam relendo a Suma e descobrindo sempre novas formas de dizer exactamente o mesmo.

Publicado por: Joana às março 9, 2005 02:16 PM

Não percebo certas reacções atabalhoadas.

Dão a entender que para prestar alguns serviços sociais (daqueles que ajudam realmente os necessitados) é preciso ter um Estado que seja despesista em tudo e mais alguma coisa.

Uma coisa é redistribuir alguma riqueza por quem necessita. Outra é subsidiar tudo e mais alguma coisa, por vezes até quem é bem abastado.

Mas é muito tentador fazer o joguinho do herói dos pobrezinhos. Nem sequer é coisa nova, antes já a direita conservadora o fazia com a suposta caridade.

Publicado por: Mário às março 9, 2005 02:17 PM

Missão do novo ministro da Economia segundo o Blasfémias:

O único objectivo do novo ministro da economia deveria ser o de extinguir, no seu mandato, o próprio ministério:
1) Vender todas as empresas e participações no capital social de empresas actualmente pertencentes ao Estado (mais de 900!).
2) Extinguir todos os institutos públicos da sua área e
3) Desmantelar e eliminar o respectivo sistema de subsídios, subvenções, taxas e quejandos.
Por fim,
4) dispensar os funcionários, vender as instalações e demitir-se

Pimba!

Publicado por: Coruja às março 9, 2005 02:54 PM

Joana em março 9, 2005 02:16 PM

Registo com humor que a Joana acha que "a pergunta: “o momento a partir do qual a riqueza é suficiente para ser distribuída” não faz sentido". Sentido mesmo faz afirmar que "a distribuição faz-se de acordo com o rendimento do país, mantendo um regime fiscal justo, eficiente e equilibrado". Talvez a Joana queira traduzir, para aqueles que são menos dotados do que ela, o que isso quer dizer. Por exemplo: "a distribuição faz-se de acordo com o rendimento do país" significa que deve ser tanto maior quanto maior for o rendimento do país, ou o contrário? É que se o rendimento for maior, talvez haja menos necessidade de o distribuir, pois haverá menos carenciados - ou talvez não, se ele estiver mal distribuído (?!). Se for menor, haverá maior necessidade de o distribuir para ocorrer às necessidades, mas a Joana já disse que não gosta disso. Qual será a posição definitiva da Joana a este respeito? Depois, o que será um sistema fiscal "justo, eficiente e equilibrado"? Será justo o que é mais progressivo ou que é menos? O que chega para cobrir as necessidades de redistribuição ou o que não afecta a capacidade de investir? Eficiente provavelmente quer dizer que não permite fugas ao fisco, mas e "equilibrado"? Como se define "equilibrado" de forma não subjectiva?
Reflectindo bem a fórmula da Joana faz mesmo muito mais sentido do que a minha mentecapta pergunta... Curvo-me perante a sapiência...

Publicado por: Albatroz às março 9, 2005 03:27 PM

Acho qu a missão do ministro da Economia, tal com refere o Coruja é a indicada

Publicado por: David às março 9, 2005 08:45 PM

A Joana deve estar a martelar no blogue!

Publicado por: Coruja às março 9, 2005 08:56 PM

Está todo recauchutado. Deve ter ido à revisão

Publicado por: Coruja às março 9, 2005 08:59 PM

Preferia os comentários amarelados... gostos...

Publicado por: Templário às março 9, 2005 09:30 PM

Elmano

A tua ideia não é má de todo, precisa é ser alinhavada de outra maneira. Porque fazer agricultura, é um risco superior ao de investir na bolsa, mas se estiveres de acordo em Comprar esses produtos a quem queira " arriscar " depois transformá-los já o risco é bem menor.

Mas concordava, podíamos fazer a Cooperativa Semiramis CRL e colocávamos a Joana a Presidente.
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PS: No entanto a Joana como boa... e responsável economista...esquivou-se ao desafio... é porque deve dar muito trabalho e pouquíssimo dinheiro...


Publicado por: Templário às março 9, 2005 09:36 PM

Este gato fedorento é um fenómeno. Ainda nem sabia que o texto era dele e já me estava a rir com o conteúdo. Os países que não aderiram ao Euro, como o Reino Unido, não o fizeram porque a população não queria abandonar a sua moeda. Os governos, esses defenderam a adesão ao Euro. Trataram-se de razões sentimentais e não económicas a ditar a posição desses países.

http://politicaxix.blogs.sapo.pt/

Publicado por: TheStudio às março 9, 2005 09:51 PM

Joana:
A pergunta faz todo o sentido, como você muito bem sabe mas não quer reconhecer.
As outras perguntas são concretas, sim senhora. Os limiares a que me refiro ou existem, ou não existem. Você é que não quer pensar nisso.
Diz que a desigualdade económica é necessária, mas se lhe perguntam quanta desigualdade se deve considerar suficiente, põe-se a andar às voltas, às voltas e o seu discurso, normalmente tão coeso, tão claro e tão articulado, torna-se desconexo, incoerente e sem sentido. Nem parece a mesma pessoa.

Publicado por: Zé Luiz às março 9, 2005 09:58 PM

Desculpe lá, Joana, não pretendo exasperá-la, mas este "novo formato e cor" do blog obrigam-me a ler com binóculo ... particularmente os nomes ou "nicks" dos participantes.

Publicado por: asdrubal às março 9, 2005 10:58 PM

Isto agora está pior. As bonitas páginas amarelas foram metidas na lixivia, estão descoradas.
Mas pior ainda são as separações. Então o texto fica separado do autor por um traço contínuo? Assim até parece que o autor é o de cima, que está na mesma caixa.
Absurdo.

Publicado por: Senaqueribe às março 9, 2005 11:29 PM

Relativamente à configuração do blog, tive que migrar para a versão 3.1, por causa da dificuldade em pôr comentários.
Alguns devem ter reparado, e mandaram-me mails sobre isso, que não conseguiam colocar comentários, às "horas de ponta" e recebiam aquela resposta torta.
Quanto ao aspecto, posso ir estudar a melhoria do template (este foi o gestor da weblog que o colocou automaticamente).
Lá tenho que ir estudar a programação desta coisa e ver como posso mexer.

Publicado por: Joana às março 9, 2005 11:37 PM

Agora coloquei os comentários em sentido descendente (mais recente no topo). Talvez se leiam melhor.
A questão dos traços, cores e fontes tenho que ver a programação

Publicado por: Joana às março 9, 2005 11:51 PM

Zé Luiz às março 9, 2005 09:58 PM
Essa pergunta “quanta desigualdade se deve considerar suficiente” não tem resposta. Deve garantir-se um salário mínimo, tendo em conta a situação da competitividade da economia, nomeadamente os sectores onde existe esse salário mínimo. Deve evitar-se a exclusão social, mediante subsídios de desemprego ou de reinserção social. Os valores desses subsídios têm que estar de acordo com as disponibilidades do país.

Publicado por: Joana às março 10, 2005 12:01 AM

Zé Luiz às março 9, 2005 09:58 PM
Mas o problema central, não é esse. É a monstruosidade que o Moloch estatal custa. Nós gastamos 8% a 10% a mais com o sector público (comparando com a média europeia) que, em contrapartida nos presta um serviço péssimo. Parte desse dinheiro poderia ser canalizado, reduzindo os custos que oneram a nossa produção, mas parte poderia ser aplicado em melhorar o nível de subsídios. O custo do Estado é o problema centra. Eu falo disto e você vem-me falar dos pobrezinhos. Mas esses pobrezinhos são pobres por causa do custo do Estado. Ao diminuir a competitividade, aumenta o desemprego. Ao termos que pagar fortunas por este Estado ineficiente, ficamos sem dinheiro para melhorar a vida dos “pobrezinhos”.

Publicado por: Joana às março 10, 2005 12:03 AM

É preferível, na minha opinião, os comentários ficarem por esta ordem.
Assim vêem-se primeiro os mais recentes

Publicado por: Coruja às março 10, 2005 01:21 AM

A Joana preocupada com os pobres? Só essa me fazia rir

Publicado por: Cisco Kid às março 10, 2005 01:30 AM

TheStudio às março 9, 2005 09:51 PM

Eu já percebi que só aqui vens para publicitar esse blog/pasquim, agora que não saibas lêr português ?

Publicado por: Gato Fedorento às março 10, 2005 01:33 AM

E isso tem mal? Neste caso até é publicidade institucional!

Publicado por: Coruja às março 10, 2005 01:37 AM

Cisco Kid às março 10, 2005 01:30 AM

Não se ria. Termos conseguido, colectivamente, que a Joana tenha adquirido consciência de que há pobres e que esses pobres têm direitos, é mais importante do que julga. Significa que é possível sensibilizar o país para os problemas sociais, desde que se consiga falar às pessoas no assunto. O pior é que a comunicação social, nas mãos da oligarquia, faz o que pode para evitar que tomemos consciência da pobreza e das nossas responsabilidades colectivas perante ela. Vai-nos impingindo slogans idiotas sobre a "necessidade de produzir antes de distribuir", para que nos conformemos com a exclusão social. Portanto, alegre-se. Já só faltam cerca de 9.000.000...

Publicado por: Albatroz às março 10, 2005 08:52 AM

Sei perfeitamente que há pobres. Basta ver o noticiário da TVI.
Ultimamente ando um pouco esquecida, porque vejo mais o Daily Show do Jon Stewart, que dá na SIC Radical à mesma hora.
Os pobres ainda aguentava, mas tantos desastres ... foi demais.

Publicado por: Joana às março 10, 2005 10:16 AM

Publicado por: Joana às março 10, 2005 12:03 AM

«Ao termos que pagar fortunas por este Estado ineficiente, ficamos sem dinheiro para melhorar a vida dos “pobrezinhos”.»
Isto pressupõe, é claro, que as poupanças conseguidas com um Estado mais barato iriam ser canalizadas para melhorar a vida dos mais pobres.
Os mais pobres desconfiam, pela experiência passada, que não seria esse o caso. Por isso votam sempre, mesmo quando votam à direita*, contra o downsizing do Estado.
É pela mesma razão, e não por serem estúpidos, que se recusam a assumir riscos, a flexibilizar horários, a tornarem-se mais produtivos - em suma, a deixarem-se converter pelas pregações da Joana. Só o farão quando a relação de forças na sociedade for tal que tenham alguma garantia de colher os benefícios futuros destes custos presentes.

*Sobretudo quando votam à direita.

Publicado por: Zé Luiz às março 10, 2005 10:30 AM

Publicado por Zé Luiz em março 10, 2005 10:30 AM:
Também é por essa razão, a de não serm "estúpidos" que não saiem da cepa torta, que vão para o desemprego, etc.
Estúpidos são os americanos.

Publicado por: David às março 10, 2005 11:00 AM

Zé Luiz às março 10, 2005 10:30 AM:
"Os mais pobres desconfiam, pela experiência passada, que não seria esse o caso".
Você gosta das grandes tiradas, mas vazias de sentido, ou contraditórias nos termos.
Qual experiência passada? Pelo que sei, nos últimos 50 anos, o Estado só tem aumentado (proporcionalmente). O próprio Cavaco Silva, apesar do seu alegado rigor orçamental, também aumentou o Estado.
Que eu "me lembre", no nosso território, o Estado só diminuiu com a chegada dos Suevos e o fim da administração imperial. Mas isso foi há 1.600 anos.
Depois disso tem aumentado sempre

Publicado por: Joana às março 10, 2005 12:48 PM

Você não estará a confundir os pobrezinhos, com os funcionários públicos?

Publicado por: Joana às março 10, 2005 12:49 PM

Publicado por: Mortgage Refinancing às junho 11, 2005 08:51 PM

Publicado por: Mortgage Refinancing às junho 11, 2005 08:52 PM

Publicado por: Mortgage Refinancing às junho 11, 2005 08:52 PM

Publicado por: Mortgage Refinancing às junho 11, 2005 08:53 PM

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