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novembro 21, 2004

Mário Soares diagnostica-se

Ao ler as declarações proferidas por Mário Soares, quinta-feira à noite, no Porto, fiquei empolgada. Senti-me transportada às leituras dos manifestos e proclamações que lançaram o PRD na arena política. Certamente, naquela noite sublime, flutuaria um halo sobre a cabeça do «Patriarca da Democracia», o mesmo halo que terá refulgido sobre o penteado de Manuela Eanes, então transfigurada em Nossa Senhora de Fátima, que se aprestava a salvar o país da desgraça em que se encontrava, e a repô-lo sob a sua divina protecção. O diagnóstico que Soares fez do país é um perfeito remake do diagnóstico que os promotores do PRD e o casal Eanes fizeram do mesmo país há 2 décadas.

Apenas uma ligeira diferença formal, sem substância. Em 1985 Portugal encontrava-se, conforme aquele diagnóstico (um deles, pois qualquer serve), numa «situação bem difícil, sem estratégia para o futuro, desorientado, perdido no seu labirinto político», onde «os abusos, as injustiças e as corrupções» campeavam e onde havia o «polvo da corrupção que alastrava os seus tentáculos no Estado, na sociedade, nos partidos e nas autarquias». Todavia quem então fazia aquele diagnóstico considerava o próprio Mário Soares, e a camarilha que o rodeava, como os autores materiais e morais daquela situação calamitosa. Mário Soares e os seus acólitos eram considerados a prova «que o sistema estava a seleccionar, para baixo e para o mal, os políticos» e que só se viam então «figuras menores».

Os eleitores aceitaram aquele diagnóstico e as eleições de 1985 foram um completo descalabro para o PS. Se eles aceitaram maioritariamente aquele diagnóstico em 1985, é porque ele teria substância. Portanto todos «os abusos, as injustiças e corrupções», de que fala agora Soares, deveriam ainda ser mais revoltantes nessa época, dada a reacção dos eleitores. Reacção que validou não apenas aquele diagnóstico, como constituiu um veredicto de culpa, para Mário Soares e os líderes do PS da altura, no julgamento que os eleitores fizeram sobre os responsáveis do estado em que o país estava.

Portanto Mário Soares não disse nada de novo no seu diagnóstico. Limitou-se a repetir o que outros haviam dito sobre o estado do país em 1985. Só omitiu uma coisa: É que ele havia sido declarado o principal responsável por essa situação, situação que ainda se manteria, segundo as suas palavras. Quem reflectir sobre as palavras de Mário Soares terá que concluir que ele lançou um terrível libelo acusatório ... sobre si mesmo. Só que inflamado pela sua prolixa eloquência se esqueceu que o arguido ali, era ele. Mas isso é normal – os políticos têm a memória curta, fenómeno que se vai agravando com a senectude.

Todavia há algo de abonatório que se deve dizer, duas décadas volvidas. Mário Soares lembrou que "as televisões dão a conhecer escândalos impensáveis e depois não acontece nada". Em 1985 a televisão pública não dava a conhecer nada. Em 2004, mesmo que não aconteça nada, pelo menos ficamos a «conhecer escândalos impensáveis». Já é alguma coisa, pelo menos muito mais que há duas décadas. Mário Soares fala horrorizado do caso Casa Pia. Mas o caso Casa Pia já existia na época. Apenas não era um «caso», porque não havia então condições para vir a lume.

Mário Soares revolta-se por o país ser "uma espécie de telenovelas de desgraças. E a justiça mostra-se incapaz de agir. As polícias sabem muita coisa mas só actuam por critérios pouco claros". Mário Soares confunde os sintomas com a doença. A doença já existia então, provavelmente mais grave, mas os sintomas permaneciam ocultos, por falta de meios de diagnóstico: canais televisivos privados, banalização da informação (TV cabo, Internet, blogs, etc.), etc.. Mário Soares afirma, cheio de virtudes democráticas, que o caso Marcelo nunca ocorreria no seu tempo. Tem toda a razão. Nunca ocorreria porque nunca chegaria ao domínio público. MRS seria despedido ... mas não haveria «caso Marcelo». E a hipocrisia destas afirmações é certificada pelo facto de elas provirem de quem, quando PR, se travou de razões com o J E Moniz, na altura director da RTP, e que mandou Alfredo Barroso repreender o director de um canal TV por este ter o desplante de responder ao PR. Quando foi PM, com tutela sobre os meios de comunicação, na maioria estatais, sabe-se lá o que terá acontecido.

A lógica obriga pois que se conclua da alocução de Soares que, em 2004, o país está mal, talvez não tanto como em 1985, e que um dos principais responsáveis é precisamente Mário Soares, já então seleccionado «para baixo e para o mal» como «figura menor».

O que é revoltante neste diagnóstico é que ele enfatiza, com cores sombrias, o que a população conhece agora devido à banalização da informação. Mas quando Mário Soares foi 1º ministro, ele estaria certamente informado (quando não implicado) de muitos dos podres e corrupções então existentes, e no mínimo tão graves como os actuais, cujo conhecimento era vedado à população por falta de transparência da comunicação social. Para Soares, os problemas só adquirem gravidade quando vêm a lume. Enquanto estão no domínio restrito das chefias políticas (a que ele pertence) ... são irrelevantes.

Por isso, quando apela à «honradez republicana», e sabendo-se do nepotismo e corrupção existentes durante as suas governações, sabendo-se, quando já PR, do caso de Macau, tal invocação não é para ser levada a sério. São frases sem conteúdo para uma plateia ansiosa por ouvi-las, independente de terem ou não substância.

Uma das afirmações de MS pode causar estranheza. «É preciso restituir a voz aos cidadãos, se quisermos evitar ... rupturas». Sabe-se que em Portugal há regularmente eleições, de acordo com os prazos e preceitos constitucionais e para as diversas instâncias do poder. É assim que funciona a democracia representativa de que Mário Soares foi um dos principais promotores, e acérrimo defensor, antes e na sequência do 25 de Abril. Esta afirmação só será compreensível se significar que Mário Soares deixou de acreditar naquilo porque lutou durante décadas, e que se tornou um adepto da democracia participativa.

Ainda o veremos a correr pelas ruas, empunhando cartazes anti-globalização, a apedrejar montras e a incendiar automóveis.


Nota-Ler a continuação em:
Cassandra ao Retrovisor

Publicado por Joana às novembro 21, 2004 10:18 PM

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Comentários

Cara Joana,

A crítica a Mário Soares é mais do que merecida. Mas o problema mantém-se: vivemos num estado corrupto, com políticos corruptos. O caso Casa Pia não é menos sórdido apenas porque agora conhecemos a ponta do icebergue (que bom que seria se pudéssemos ter a certeza de que o resto do icebergue seria examinado milímetro a milímetro). Volto a desafiá-la - amigavelmente - para que ponha a sua óptima cabeça a pensar nas saídas para a vergonha em que o actual sistema se transformou. Só por ironia podemos ainda chamar "democracia" a esta oligarquia fedorenta. Já não chega criticar. É preciso reflectir sobre as alternativas.

Publicado por: Albatroz às novembro 21, 2004 11:01 PM

Nota 1 - O Mário Soares fala assim porque já não risca nada no PS, logo, não pode ameaçar com o PS. Agora ameaça com «a rua», mas também não risca nada na «rua», logo, está a falar só para não estar calado.

Nota 2 - A Agência das Nações Unidas Contra a Droga e o Crime acaba de divulgar um relatório aterrador sobre o Afeganistão, que permite qualificá-lo como um «narco-Estado».
Em 2004, o Afeganistão produziu 4.200 toneladas de ópio, ou seja, 87 por cento da produção mundial. Os Estados Unidos, por seu lado, fazem uma estimativa mais negativa: 5.000 toneladas.
A economia do ópio representa já 60 por cento do PIB afegão.
Em 2001, ano da intervenção americana, a produção de ópio nas zonas controladas pelos taliban tinha caído para 35 toneladas, depois de o mulah Omar ter proibido a cultura da papoila, invocando os princípios do Islão.
A heroína afegã abastece especificamente o mercado europeu.

Publicado por: (M)arca Amarela às novembro 22, 2004 01:44 AM

Não há dúvidas que as críticas que o Marocas faz à política actual são as mesmas que na altura foram feitas à política do Marocas.
Fez bem em chamar a atenção para esse facto.
O homem tá chéché.

Publicado por: bsotto às novembro 22, 2004 11:52 AM

O Afeganistão está a entrar na globalização.
Mas o que é que o pessoal da ONU e da América anda por lá a fazer?

Publicado por: bsotto às novembro 22, 2004 11:54 AM

bsotto em novembro 22, 2004 11:54 AM

Devem andar a ajudar a cultivar papoilas.
Só pode ser.

Publicado por: Senaqueribe às novembro 22, 2004 01:26 PM

São comentários como este que vão mantendo Mário Soares na convicção de que ainda existe.
___________________________________________

"A heroína afegã abastece especificamente o mercado europeu."

Et pour cause.
É a democracia prática americana aplicada lá onde mais faz doer e causa estragos.

Neste costurar não se dá ponto sem nó.

Publicado por: Manela às novembro 22, 2004 02:33 PM

Há quem se iluda com ditaduras, outros com democracias, outros acreditam no amor para toda a vida.

Democracia não tem colada a si "bem", "progresso", "paraíso", "competência", etc. O seu fim serve sobretudo para manter as tensões sociais a um nível suportável e todos serem co-responsabilizados, nem que seja numa ínfima parte, pela governação de um país.

A partir daí tudo depende do modelo organizativo escolhido (mais ou menos liberdade/distributividade) e do que valem as pessoas. Em relação a estas coisas ainda somos como os totós que ficam a ver as tele-vendas e acreditam que que qualquer pomada ou aparelho lhes poderá fazer milagres, sem eles fazerem qualquer esforço por isso.

Publicado por: Mario às novembro 22, 2004 03:18 PM

«(...)A partir daí tudo depende do modelo organizativo escolhido (...)».
.
Mas é mesmo acerca do "modelo organizativo escolhido" que se trata de reflectir, e de reflectir sériamente, antes que se faça tarde.
A menos que se queira endossar à idiossincrasia do «Povo» - e à pomada Norte/Sul para as hemorróidas - o estado degradante dos partidos políticos e o escrutíno rasca das élites.

Publicado por: asdrubal às novembro 22, 2004 04:00 PM

Asdrubal,

Pode-se discutir muitas coisas, mas ao menos que se saiba o que se discute. É muito diferente para mim ter políticos corruptos e incompetentes num sistema em que me possam causar poucos danos do que noutro em que, sendo igualmente medíocres, a sua mão chegue a todo o lado. Mas isso vai para além da democracia.

Publicado por: Mario às novembro 22, 2004 04:08 PM

Ao Mário,
Pois é ... mas ao menos que se saiba o que se discute.

«(...) Democracia! A mais prostituída das palavras em todas as línguas, nos tristes dias de agora! São democratas os comunistas, são democratas os fiéis aos descaídos princípios da Revolução Francesa de 89, e são democratas os jacobinos totalitários: Hitler e Mussolini. Há a democracia formalista e a democracia orgânica, a democracia personalista e a democracia histórica da Suissa, há a democracia dos países monárquicos do Norte da Europa e a democracia turbulenta das repúblicas sul-americanas, há a democracia política e a democracia social, a democracia legalista, tradicionalista, espiritualista da Inglaterra e a democracia racionalista, arbitrária e invejosa, a democracia cristã e a democracia anticristã, - que sei eu... (...)».
.
Luís de Almeida Braga, Entrevista ao "Diário de Lisboa", 1958

Publicado por: asdrubal às novembro 22, 2004 04:58 PM

Tantas cambiantes para tentar esconder algo tão simples. Há ou não liberdade? Deve ou não existir liberdade? Quere-se ou não liberdade?

Liberdade é outra prostituta. Todos dizem que tem a sua utilidade mas ninguém quer uma na sua família.

Publicado por: Mário às novembro 22, 2004 05:57 PM

Eu não disse que a liberdade era uma prostituta. E já que a temos (pelo menos, a liberdade de expressão) e mesmo assim os males que nos afligem vão em crescendo, interroguei-me se não seria pertinente, no tempo e no lugar de andarmos numa alternância mediada por vários (e vastos) mitos, interrogarmos a própria arquitectura política que nos rege há trinta anos, sem prejuízo nenhum das liberdades fundamentais. Porque, das duas, uma :
Ou os males que nos afligem têm raíz na idiossincrasia do Povo que somos, e neste caso só temos que nos aturar na intríseca mediocridade do que colectivamente somos (é a tese de Pulido Valente no seu último escrito no «Público») ou haverá alguma ou muita coisa a poder fazer-se em termos sistémicos, de re-equilíbrio de poderes e de revisão autêntica da Constituição. É so isso.
A menos que se prefira, e é o direito de cada qual, a longa parábola da Academia das Ciências de Paris.

Publicado por: asdrubal às novembro 22, 2004 08:14 PM

Asdrubal,

A mediocridade, por incrível que pareça, e tentadora. Simplifica a vida, não cria tantas dores nas costas, nao puxa pela cabeça, não faz questionar.

Acho que se centra demasiado no sistema político, enquanto eu prefiro ver o campo mais amplo do sistema de poder. Os politicos são meros intervenientes, como tantos outros, e são talvez os mais controlados. Fazemos demasiados diagnósticos, mas temos pudor em avançar com soluções. Pudor em sermos criticados, em arriscar.

Sinceramente, as pessoas que acham que Portugal está infestado de medíocres deviam arranjar melhores companhias, deviam ver outras coisas que não telejornais. Deviam procurar gente interessante, gente que realiza coisas, que não perde tempos infindos com lamúrias. Crítico sim, mas q.b. Eu aprecio viver num sistema livre apesar de tudo. Nao me deixo tentar por slogans de ódio de uma adolescência mal resolvida.

Publicado por: Mário às novembro 22, 2004 10:03 PM

asdrubal em novembro 22, 2004 04:58 PM

Faltou mencionar a democracia de alterne que em 1958 parece que não havia, mas agora está na moda e veio para ficar.
Quanto à liberdade, quem a tem chama-lhe sua. E mais não digo.

Publicado por: Senaqueribe às novembro 22, 2004 10:14 PM

Não sei comentar o seu "post". Eu gostava de um Portugal diferente e melhor, duradouro nos seus valores seculares. Não tenho ódio, mas acho que já chega de psicanálise colectiva e de teatro de marionetes.

Publicado por: asdrubal às novembro 22, 2004 10:46 PM

No geral concordo com Asdrubal. O país está doente e é uma doença que tem quase 200 anos. Chama-se partidite aguda. Sempre que temos um sistema político baseado em partidos (ou facções), transformamo-nos num povo detestável, invejoso, corrupto e mesquinho. Tem de poder haver liberdade sem essa corja de inúteis que nos tiraniza. É altura de pensarmos em alternativas. Já tentei desafiar a Joana por duas vezes para que contribua com a sua argúcia para esse esforço, mas há algo que a impede...

Publicado por: Albatroz às novembro 23, 2004 12:13 AM

Pois ... mas só uma sociedade civíl minimamente informada, motivada e organizada poderá mudar o rumo que as coisas levam ...

Publicado por: Dagoberto às novembro 23, 2004 12:37 AM

E quem diz que uma sociedade mais informada queira mudar as coisas? Nem sei o que é isso de sociedade informada. Sei que a procura de informação, conhecimento e sabedoria é árdua, por vezes com reveses e podemos andar décadas iludidos com propaganda de gente "boa". São os políticos que nos tiranizam ou somos nós que nos tiranizamos uns aos outros? E que triania é essa? É a tirania de ser controlado pelos próprios ódios, desejos e inseguranças? Mistura-se demasiado qestões "sociais" com questões pessoais.
Comentar é mesmo um caso de psicanálise...

Como mesmo hoje li em "O Futuro da Liberdade" (Fareed Zakaria), a democracia está a espalhar-se pelo mundo, a liberdade não.

Publicado por: Mário às novembro 23, 2004 10:34 AM

"Uma sociedade informada". O que quer dizer isso? Uma sociedade em que todos pensem como nós? O que sei é que a procura de informação, conhecimento e sabedoria é uma luta árdua, com revezes e podemos andar décadas iludidos por propaganda de gente "boa".

Tiranos são os políticos ou somos nós uns para os outros? Que tirania é essa? É a tirania de ser controlado por ódios, convicções e desejos e não se poder ter um governo sobre si mesmo? Mistura-se demasiado as questões "sociais" com questões pessoais, e comentar acaba mesmo por ser uma psicanálise.

A democracia espalha-se mas a liberdade não (F. Zakaria).

Publicado por: Mário às novembro 23, 2004 10:42 AM

Tergiversamos, Mário.
O seu Fareed Zakarias coloca questões "pessoais", "sociais" ou "políticas" ? Ninguém disse que os políticos são tiranos, nem que, fossem-no ou não, os devêssemos subtrair, positiva ou negativamente, à restante comunidade. Talvez tivesse querido dizer previligiados ...
E só Vc. falou aqui em ódio; não estamos a conversar acerca das mesmas coisas ...

Publicado por: asdrubal às novembro 23, 2004 01:05 PM

Asdrubal,

Peço desculpa por ter alargado a "conversa" para outros lados sem aviso prévio. Reagi também ao que disse o Albatroz («corja de ínútei que nos tiraniza»). Por isso não leve a mal que não o estava a acusar de nada.

Quanto ao F. Zakarias, fiz só mesmo a referência à sua frase da expansão da democracia mas não da liberdade, o restante são divagações minhas.

Publicado por: Mário às novembro 23, 2004 02:27 PM

Ao Mário :
.
Eu não tenho nenhuma procuração para falar em nome de «Albatroz», mas convenço-me que mesmo aí o amigo Mário se equivoca. A tiranização a que eu julgo que ele se refere, e que é autêntica, é a mesma que qualquer um de nós deduz do texto de Joana intitulado «Transsexualidade Política».
Não vou - nem quero - monopolizar este espaço, mas sempre gostava de lhe perguntar que qualificativo se pode atribuir aos nossos políticos que, à esquerda, se indignaram persistentemente com a sugestão da "privatização das águas de Portugal" e depois se confrontaram com a informação do actual Ministro do Ambiente de que o primeiro político a sugerir tal privatização, tinha sido o próprio Engº Sócrates conforme consta do dossier em arquivo naquele Ministério ... afinal, porque é que mentem, quando se indignam, e porque é que mentem, quando não se indignam ? Quem é esta gente ?
E por aqui me fico. Ponto final.

Publicado por: asdrubal às novembro 23, 2004 03:36 PM

Que outro nome podem ter os mentirosos? Mas talvez não seja o caso. Quase toda a esquerda tem uma reacção pavloviana quando ouve falar em privatizar e imediataqmente diz ser contra. Vá-se ver que não passou disso.

Publicado por: Mário às novembro 23, 2004 03:44 PM

Dizem que o Soares é um animal político. Mas agora tem mais de animal que de político

Publicado por: hanibal às novembro 23, 2004 04:26 PM

Afixado por Manela em novembro 22, 2004 02:33 PM:
"São comentários como este que vão mantendo Mário Soares na convicção de que ainda existe".
Estou totalmente de acordo consigo

Publicado por: hanibal às novembro 23, 2004 04:28 PM

Não sei onde vim cair, mas, pelo cheiro, isto parece-me um club de saudosos do António de Oliveira Botas, o de Santa Comba. Cheira a podre, com résteas de incenso. O Marocas será o que vocês quiserem, mas mesmo morto cheira melhor que vomecês.

Publicado por: Jozsef Sapka às dezembro 17, 2004 01:45 AM

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