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outubro 01, 2003

Não generalizemos

Não generalizemos e não sejamos maniqueístas.
Há na Administração Pública muita coisa a funcionar e alguma a funcionar bem. O Instituto Hidrográfico não tem mostrado competência e dedicação? Não há muitos professores dedicados e competentes? Nos serviços de saúde não há pessoal com brio e saber?
A questão é que a máquina estatal, como entidade em geral, funciona com grande ineficiência e desprezo pelos seus concidadãos. E isso dá ao cidadão comum um quadro muito desagradável do funcionalismo público.
A agravar isto, verifica-se que a estratégia sindical, tal como é protagonizada, dá a noção de que visa sobretudo defender a mediocridade instalada e a concepção de posto de trabalho como asilo. Por exemplo, estas últimas intervenções do representante sindical dos trabalhadores dos impostos são profundamente abjectas e constituem um paradigma do comportamento sindical no nosso país.
No âmbito universitário as decisões sobre currículos, numerus clausus e outras, são tomadas para satisfazer compadrios e clientelismos em detrimento dos interesses nacionais e pedagógicos.
Esta feudalização de pequenos centros de poder defensores de interesses corporativos agravou-se sobremaneira durante o período guterrista. Hoje, governar o país é muito mais difícil do que há 6 anos. Qualquer pedra em que se mexa surgem clamores indignados de todos os pequenos interesses instalados.
A solução terá que passar pela introdução generalizada, em todos os níveis, de procedimentos de qualidade, de formas de avaliação de desempenho e de premiar ou penalizar o desempenho do pessoal. É isso que se está a generalizar nos privados e que fatalmente se terá que estender à função pública, porque senão o país não sairá da cepa torta.

13-Dezembro-2002

Publicado por Joana às outubro 1, 2003 10:51 AM

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Comentários

É preciso informática, etc.

Publicado por: GPinto às novembro 10, 2003 11:01 PM

É preciso é despedir esses calões que andam a sugar o nosso sangue

Publicado por: anonimo às novembro 20, 2003 07:58 PM

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