novembro 29, 2004

Descodificando o Código da Vinci 4

Os Templários – A Queda

Ao nascer do dia da sexta-feira, 13 de Outubro de 1307, todos os templários de França são detidos nas suas comendadorias. Haviam passado dezasseis anos desde a queda de São João de Acre e o fim dos Estados Latinos do Levante. Ainda na véspera desse dia, o mestre da Ordem, Jacques de Molay, acompanhara o rei na cerimónia das exéquias da esposa de um irmão do rei. Essa detenção maciça, efectuada no mesmo dia, à mesma hora, nas cerca de três mil comendadorias repartidas por toda a França, representa sem dúvida nenhuma uma das operações policiais mais extraordinárias de todos os tempos.

Era necessário, para que surtisse efeito, que aquela operação tivesse sido minuciosamente preparada. Na realidade, a ordem de prisão fora enviada um mês antes, em 14 de Setembro de 1307, sob a forma de cartas fechadas, dirigidas aos bailios e senescais, com indicação de as abrirem numa determinada data. O texto dessas instruções continha acusações contra a Ordem do Templo, acusações essas que teriam chegado aos ouvidos do rei; ordenava que «se prendam todos os freires da dita Ordem, sem excepção nenhuma, se os mantenham prisioneiros e reservados para o julgamento da Igreja; que se apoderem dos seus bens, móveis e imóveis», e explicava cuidadosamente a maneira como se devia proceder: mandar fazer uma informação secreta sobre todas as casas dependentes da Ordem do Templo, situadas na circunscrição do bailio; escolher «homens probos e poderosos do país, ao abrigo da suspeita [...] e informá-los do trabalho a fazer, sob juramento e secretamente»; por fim, «em dia marcado, muito cedo», ir prender as personagens e apreender os bens.

Embora a operação minuciosamente montada pudesse ser considerada, em si, uma surpresa, já o mesmo não se poderia dizer dos riscos que corriam os Templários, cujo tempo corria então contra eles. A questão começara uma década antes na querela entre Filipe IV o Belo e o Papa Bonifácio VIII.

O clero francês havia-se dirigido a Roma queixando-se dos exorbitantes impostos que lhe exigia o rei, e do recente imposto de 2% sobre todos os bens eclesiásticos moveis e imóveis. Em vista disto, Bonifácio VIII publicou a bula Clericis laicos (1296), na qual se queixava da hostilidade que os leigos manifestavam contra o clero e contra a Igreja, e proibia aos leigos, sob pena de excomunhão, que recebessem contribuições ou impostos dos sacerdotes, ordenando ao mesmo tempo a estes que não pagassem nenhum, sem expresso consentimento do papa. Esta bula significava uma declaração de guerra à monarquia, que sem o auxílio do clero não podia subsistir, sobretudo numa época de transição entre o pagamento em espécie e o pagamento em dinheiro. É certo que o papa não nomeava a França directamente, mas ninguém duvidava que as suas ameaças se dirigiam a Filipe, o Belo, mais do que a qualquer outro.

A resposta de Filipe IV foi tão hábil quanto eficaz. No mesmo ano proibiu a exportação de cavalos, armas, dinheiro e objectos preciosos de França. Nesta disposição não se fazia a mais ligeira referência ao papa, apenas ao perigo da guerra na Flandres, mas indirectamente anulava quaisquer efeitos da bula papal, não permitindo a saída de França de bens para a cúria romana.

Embora a proibição de Filipe IV não fosse totalmente eficaz, pois a Ordem dos Templários conseguia iludir a proibição régia, secou-se a fonte dos abundantes recursos que a cúria ambiciosa costumava tirar de França, notando então Bonifácio VIII a oposição que existia entre as suas teorias e a ordem de coisas vigente.

Estas disputas conduziram a diversas picardias entre o clero francês, apoiado por Bonifácio VIII, e a coroa, à ameaça de convocação de um concílio para excomungar Filipe IV e ao episódio de Anagni (7 de Setembro de 1303), onde Guilherme de Nogaret, depois nomeado chanceler do reino, acompanhado de homens de armas, tentou raptar o Papa, com a pretensão última de o destituir. Foi a população de Anagni (situada a cerca de 40 kms a sul de Roma) e arredores que se sublevou e conseguiu impedir o rapto. Mas o Papa não se livrou de uns bofetões. Bonifácio VIII apenas sobreviveu um mês a esta cena violenta. O Papa que lhe sucedeu sobreviveu-lhe apenas um ano.

Numa tentativa de apaziguamento, e sob pressão de Filipe IV, o conclave elegeu um Papa francês, Clemente V, que se instalou em Avignon, por receio de ser vítima da hostilidade das populações italianas, e romanas em particular. Clemente V foi um fiel servidor de Filipe IV, eliminou as disposições tomadas por Bonifácio VIII e preparou, em conjunto com o rei de França, a operação que eliminaria a poderosa Ordem dos Templários e se apropriaria do seu riquíssimo espólio.

Portanto o autor do Código da Vinci equivoca-se ao colocar no Vaticano a sede do papado na época. Esta estava em Avignon (que na altura não pertencia à coroa francesa, mas ao Conde da Provença, dependente do Sacro Império), junto à fronteira dos domínios de Filipe IV, e aí permaneceu por mais 70 anos. Não foi a cúria romana a responsável pela destruição da Ordem, mas um Papa in partibus infidelis, eleito sob pressão de Filipe IV e que viveu para lhe satisfazer as vontades. Portanto as razões mais substanciais em que baseou a intriga são destituídas de fundamento.

Estas modificações na super-estrutura política e religiosa deveriam fazer reflectir os templários, mas tal não aconteceu. O mestre da Ordem, Jacques de Molay não parece que fosse pessoa clarividente e o poder de uma ordem que dispunha de uma força militar de 15 mil homens e de uma riqueza imensa parecia suficientemente sólido para arrostar com a animosidade do rei de França. Mas aquela força militar estava demasiado dispersa por toda a Europa para ser um argumento sólido contra a decapitação das suas chefias sedeadas em França.

No dia seguinte à prisão dos templários em França, um manifesto real é espalhado por Paris, tornando públicas as acusações contidas na ordem de detenção: os Templários seriam culpados de apostasia, de ultrajes à pessoa de Cristo, de ritos obscenos, de sodomia e, por fim, de idolatria. As suas infâmias manifestam-se, especialmente, aquando da admissão dos freires: obrigam-nos a renegar Cristo, três vezes, e a escarrar sobre o crucifixo; em seguida, despojados das suas vestes, são beijados na ponta inferior da coluna vertebral, no umbigo e na boca por aquele que os recebe; depois, obrigam-nos a prometer entregar-se à sodomia, se isso lhes for pedido; finalmente, adoram uma estatueta a que chamam Baphomet e trazem consigo um cordãozinho que foi, precedentemente, deposto sobre essa estátua. Baphomet, segundo parece o mais provável, seria uma corruptela de Maomé. Aliás os Templários eram acusados de manterem relações muito íntimas com o Islão e com o Velho da Montanha.

Em 16 de Outubro, Filipe, o Belo, dirigia aos príncipes e aos prelados da cristandade cartas incitando-os a imitá-lo e a mandar prender os templários que se encontrassem nos seus Estados. Essas cartas só obtiveram três respostas favoráveis: a do duque da Baixa Lorena; de Gérard, conde de Juliers, e a do arcebispo de Colónia. O bispo de Liège, o rei de Aragão, o rei dos Romanos (Alberto) respondem-lhe que o assunto é da competência do papa. Quanto ao rei de Inglaterra, Eduardo II (genro de Filipe, o Belo), longe de se deixar convencer, iria ele próprio escrever aos reis de Portugal, de Castela, de Aragão e da Sicília, para lhes pedir que não agissem senão depois de madura reflexão, pois as acusações formuladas contra o Templo lhe pareciam ditadas pela calúnia e pela cobiça.

No mês seguinte, cento e trinta e oito prisioneiros são interrogados em Paris, na sala baixa do Templo, peto inquisidor de Paris, depois de terem passado pelas mãos dos oficiais do rei, que, de conformidade com as instruções contidas nas cartas fechadas, empregaram «a tortura, em caso de necessidade». De facto, trinta e seis dos presos deveriam morrer em consequência dessas torturas. Perante o inquisidor, apenas três deles negaram ter cometido os crimes de que os acusavam

Embora Clemente V dirija a Filipe, o Belo, uma discreta carta de protesto contra as torturas, publica em 22 de Novembro a bula Pastoralis praeminentiaie, onde ordena a todos os príncipes da cristandade que prendam os Templários que se encontram nos seus Estados. Explica que se vira obrigado a tomar essa medida pelas confissões dos templários de França e que certos templários em serviço na cúria romana lhe teriam confirmado o bem fundado dessas confissões; seria efectuado um processo eclesiástico, em seguida ao qual, se a Ordem fosse reconhecida inocente, todos os seus bens lhe seriam devolvidos; caso contrário, esses bens seriam consagrados à defesa da Terra Santa.

O processo foi-se arrastando. A ordem era poderosa e tinha muitos defensores, nomeadamente nos países não sujeitos à coroa francesa. Em 1310, uma proclamação dos seus defensores afiançava que «Se os freires do Templo disseram, dizem ou viessem a dizer no futuro, enquanto se conservarem na prisão, seja o que for contra eles, ou contra a Ordem do Templo, isso não traz prejuízo à Ordem acima citada, porque é notório que falaram ou falarão forçados ou obrigados ou subornados pelos pedidos, pelo dinheiro ou pelo receio; e declaram que o provarão em tempo e lugar quando usufruírem de uma plena liberdade [...] Eles pedem, suplicam, requerem que sempre que actos sejam examinados nenhum laico esteja presente ou possa ouvi-los, nem nenhuma outra pessoa de cuja honestidade se possa duvidar com razão [...]

Por fim, fazem notar que, fora de França, não se encontrou nenhum freire do Templo que dissesse ou apoiasse as «mentiras» proferidas contra a Ordem. Por conseguinte, a defesa do Templo estava a organizar-se e, aos olhos dos comissários eclesiásticos, tomava um novo aspecto. Era preciso agir. Em fins de 1311 reúne-se um concílio, em Vienne, no Delfinado, onde Clemente V, apoiado pelos prelados favoráveis a Filipe IV e numa situação «logística» onde os restantes teriam dificuldades em opor-se aos desígnios do rei, pretendia extinguir a Ordem.

Na verdade, Vienne tornou-se naqueles dias o pólo de atenções do favoritos do rei, como Enguerrand de Marigny e alguns conselheiros laicos de Filipe, o Belo. O próprio rei apresentou-se em pessoa, em Vienne, em 20 de Março de 1312 seguido de um grande cortejo. Dois dias depois, em consistório secreto, Clemente V faz aprovar a supressão da Ordem do Templo, pela bula Vox in excelso; o texto desta bula não condena a Ordem, mas invoca o bem da Igreja, para. pronunciar a sua supressão. Semanas depois a bula Ad providam atribui à Ordem do Hospital os bens dos Templários.

Restavam as chefias dos templários. A sua sentença foi proclamada em 18 de Março de 1314. No próprio dia foi preparada uma fogueira, perto do jardim do palácio. Nessa mesma tarde Jacques de Molay, o mestre da Ordem, e Geoffroy de Charnay subiram para o estrado onde se encontrava a pira. Pediram para ficar de cara voltada para Notre-Dame, clamaram mais uma vez a sua inocência, declarando que o único crime que haviam cometido fora o de se terem prestado a fazer falsas confissões para salvarem a vida. A Ordem era santa, a Norma do Templo era santa, justa e católica. Não haviam cometido as heresias e os pecados que lhes atribuíam. E diante da multidão paralisada de espanto, morreram com a mais tranquila coragem.

O rei de Portugal, D. Dinis, procedeu neste caso, com toda a sagacidade que lhe era própria. Parece que, num relance, vira toda a questão e as vantagens que dela poderia tirar para a nação. Cumpriu a bula pontifícia discreta e de forma calculista. Mandou instaurar processo judicial contra os Templários residentes no País, dando-lhes todavia o tempo necessário para poderem furtar-se a eventuais consequências. Os agentes do rei apoderaram-se dos bens da Ordem com fundamento de que haviam sido ilegalmente separados da coroa. O rei suspendeu quaisquer reclamações do clero regular sobre quaisquer daqueles bens e ordenou a penhora das propriedades em litígios, com fundamento na ausência do mestre e dos freires, protelando a questão até que houvessem apresentado a sua defesa perante o pontífice e dele tivessem recebido sentença final. Tratou igualmente de estabelecer uma convenção com o rei de Castela, em 1310, para o caso de a Ordem, como se suspeitava, vir a ser eliminada, e, por essa convenção, os dois monarcas comprometiam-se a auxílio recíproco e conduta comum, destinada a assegurar ao reino respectivo os bens e rendimentos dos Templários em cada país. No mesmo ano, o concílio de Salamanca, reunido a mandado do papa, investigava sobre a conduta dos freires nos três reinos de Portugal, Leão e Castela, e foi declarada por unanimidade e lealmente a sua inocência e inculpabilidade. Depressa o rei de Aragão procedia como os dos três reinos, de modo que, quando Clemente V, em 1312, suprimia a Ordem e concedia à do Hospital todos os seus bens, os reinos peninsulares ficaram exceptuados e apenas obrigados os respectivos soberanos a nada alienar sem a resolução definitiva da Santa Sé.

Todavia a coroa portuguesa acabou por não ficar com os bens da Ordem do Templo, ou pelo menos com a sua totalidade. As disputas com a Santa Sé acabaram numa solução de compromisso – esta aprovaria a criação da Ordem de Cristo e faria a transferência para ela dos bens dos Templários, que foi o que veio a acontecer.

Resumindo, a supressão da Ordem e o processo dos Templários liquidou fisicamente algumas centenas de membros da Ordem, e fundamentalmente em França. A imensa maioria dos membros da Ordem sobreviveu, quer mudando de Ordem, quer passando à vida civil, quer ingressando no clero regular, etc. Apenas as chefias francesas foram decapitadas. Isto deve ser tomado em consideração ao ler o Código da Vinci, pois fica-se com uma ideia errada do grau de destruição dos membros da Ordem dos Templários.


Nota - Ler ainda 1, 2, 3, e 5

Publicado por Joana em novembro 29, 2004 12:16 AM | TrackBack
Comentários

Muito bom. Os meus parabéns. Em Paris, num recanto sossegado existe um pequeno jardim, que neste momento não recordo o nome, à beira do Sena e com a Notre Dame à vista. Nele está uma placa comemorativa referindo que foi naquele local que foi supliciado Jean Molay.

Afixado por: Jose Paulo Andrade em novembro 29, 2004 09:58 AM

Segundo julgo, é nesse jardim, aproximadamente no local em que hoje se encontra —quando se vai para a Pont-Neuf— a estátua de Henrique IV.

Afixado por: Joana em novembro 29, 2004 10:23 AM

Você devia ter bonecos no blog para auxiliar os leitores. Por exemplo o mapa desse local

Afixado por: R de Carvalho em novembro 29, 2004 10:49 AM

"Velho da Montanha"

Quem é o personagem referido acima?

Admiro a sua capacidade de trabalho...mas não acredito que estes conhecimentos façam parte da sua cultura geral e que estes textos tenham sido feitos durante este fim de semana...
Um trabalho bem feito implica sempre que se faça referência à bibliografia utilizada.

Responda à pergunta acima, rapidamente, e pode ser que eu mude de ideias...de qualquer forma parabéns...

amsf


Afixado por: amsf em novembro 29, 2004 11:26 AM

amsf em novembro 29, 2004 11:26 AM:
Só tenho acesso ao blog fora das horas de expediente, como já deve ter reparado. Ao almoço estou fora de casa e longe dos livros, meus e dos meus pais. Todavia, fiz uma pesquisa muito rápida no google, em português, e sugiro-lhe: http://www.terraespiritual.org/socsecretas/assassinos.html
De relance notei todavia um erro: Vem lá escrito que os assassinos (os comedores de haxixe) mataram o marquês Conrado de Montefeltro. Na realidade Conrado de Montferrat (e não Montefeltro)já havia sido coroado Rei de Jerusalém (que na altura já não incluia Jerusalém, que havia caído meia dúzia de anos antes).
Por outro lado não se sabe se os assassinos que o mataram agiriam a soldo do Velho da Montanha, de Saladino ... ou de Ricardo Coração de Leão que detestava Conrado, por este lhe fazer sombra.

Afixado por: Joana em novembro 29, 2004 01:43 PM

Cara Joana:

Eu não estava à espera que fizesse uma pesquisa...estava à esperava que me dissesse prontamente que seria o Bin Laden da altura...faz-me impressão quando me atiram expressões, datas, nomes com uma naturalidade que induz o leitor menos atento a pensar que a pessoa está realmente familiarizada com a temática...

No entanto o tempo/energia que despende com o blog é de louvar...hoje em dia não é fácil encontrar pessoas assim...

Afixado por: amsf em novembro 29, 2004 02:01 PM

amsf:
O Velho da Montanha, ou melhor, a seita dos assassinos, não pode ser comparada ao bin Laden. A sua acção era fundamentalmente interna ao Islão, numa época de grande crise do mundo islâmico, em que o Califado dos Abássidas estva sujeito às hordas turcas (seldjúcidas) que talhavam principados (atabegues) a seu bel-prazer. Mesmo o assassinato de Conrado de Montferrat não há a certeza de ser atribuível aos assassinos.

Afixado por: Joana em novembro 29, 2004 02:10 PM

Joana ... isto esmaga. Ou por outra, não é o que se espera da conversa ligeira de um blog.
Não há dúvida que o seu blog é diferente dos outros. Não direi que é melhor ou pior que os outros blogs de topo. Apenas que é diferente.

Afixado por: Filipe em novembro 29, 2004 02:39 PM

Quando comparei o Velho da Montanha ao bin Laden estava a simplicar a situação como é evidente...estava pensar no papel de Ideólogo dos 2 líderes...

Afixado por: amsf em novembro 29, 2004 02:59 PM

amsf em novembro 29, 2004 02:59 PM:
Velho da Montanha era a designação do chefe da seita. A seita dos assassinos só foi exterminada com a invasão mongol, no tempo de Hulagu Khan, que destruiu completamente Bagdad e arrasou o sistema de canais da Mesopotâmia, o que levou a uma diminuição abissal da população do actual Iraque. A seita deve ter durado perto de 200 anos.

Afixado por: Joana em novembro 29, 2004 09:00 PM

Cara Joana,

Não conhecia o Semiramis. Fiquei muito impressionado e agradado. Percorrendo os seus artigos sobre o "Código Da Vinci", do autor Dan Brown, esse Britney Spears da literatura, fiquei muito surpreendido por ter encontrado, até que enfim, na blogosfera, alguém devidamente informado sobre o assunto.

Joana, dar-lhe os parabéns não é suficiente para exprimir a minha satisfação pela profunda cultura que demonstra.

Fico, no entanto chocado (mas não surpreso) com alguns dos comentários que poluiram as várias partes do seu trabalho. Como é possível que se diga que estes temas são inúteis, ou irrelevantes? Como é possível que se critique algo por ser extenso, e sem bonecos? Como é possível que se diga mal de um trabalho sério, que exige grande esforço, e que é publicado com toda a generosidade?

Devo dizer-lhe que, revendo na sua posição muito do que eu tenho que aturar diariamente, me identifico muito com o seu esforço.
Sei que não escreve para ter leitores. Escreve porque gosta. Por amor à cultura. Por amor à História. Por amor à Verdade.
Não se preocupe se é incompreendida. Esteja descansada que, mesmo que haja muito pouca gente interessada, os que restam entusiasmam-se pelos outros!

Mais uma vez, obrigado pela sua capacidade de síntese, e pela enorme quantidade de material que publicou on-line.

Os meus sinceros e entusiastas parabéns!!
continue!

Afixado por: Bernardo Motta em dezembro 21, 2004 06:27 PM

Caro "amsf":

"faz-me impressão quando me atiram expressões, datas, nomes com uma naturalidade que induz o leitor menos atento a pensar que a pessoa está realmente familiarizada com a temática..."

Não me parece que subsistam dúvidas quanto à familiariadade da Joana com a temática tratada. Se ela lhe "atira" com expressões, datas e nomes é para melhor explicar estes temas. Nesta vida, há mesmo temas complexos, que não podem ser pintados a duas ou três cores. O "Velho da Montanha" não é como o Osama, lá por estar velho e estar, julga-se, escondido numa montanha!
Por favor!
Se, hoje em dia, é bem complexo analisar a situação actual política de um país, porque é que haveria de ser simples, nos dias de glória de Alamute?
Em muitos casos, simplificar é mutilar.
A Joana tem o dom de conseguir sintetizar sem mutilar. E isso é um dom.
Na minha modesta opinião, ela tem um excelente domínio das temáticas, e isto, afinal, é um blogue! Porque seria ela obrigada a colocar aqui a bibliografia? Porque seria aqui exigido o que não é noutros blogues?
A diferença de qualidade deste blogue deveria ser exemplo para os outros.
Qual é a lógica de querer rebaixar este à mediocridade de tantos outros, alguns dos quais até chegam a ser editados em papel?

Estes tempos que vivemos são bem tristes, e a mediocridade abunda. Será que levaremos essa orgia de mediocridade a tal ponto que, deparados com algo de grande qualidade, não sejamos capazes de mais nada senão de dizer mal, só por dizer?

A meditar...

Afixado por: Bernardo Motta em dezembro 21, 2004 06:36 PM

O que a mim me faz espécie, não é a erudição da autora, já se fala na blogosfera que estes textos não são mais que simples plágios, mas sim a qualidade dos comentários aqui deixados. Nenhum deles debate o tema do post, apenas derivam sobre a forma do mesmo.
O meu comentário também nada acrescenta ao blog, e não passa de um mero estado de alma.
Alé do mais de que nem li o citado livro.
Passem bem e deixem-se da mediocridade caracteristica dos nossos politicos - peritos em discutir a forma e não o conteúdo.

Afixado por: Tiago André em dezembro 22, 2004 10:38 AM

Parece que o Papa só chega a Avignon em 1309, portanto já posteriormente à detenção dos templários.

Afixado por: Templário em janeiro 8, 2005 07:30 PM

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Afixado por: texas hold em em fevereiro 24, 2005 01:25 AM
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